Capítulo 5
O salão de reuniões estava lotado. Todos os lordes do reino estavam reunidos obedecendo à convocação real. A comprida mesa de madeira suportava vários jarros de vinho e água, assim como frutas, pães e queijos vindos de todas as partes da fronteira do reino.
A grande porta verde-musgo abre-se rangendo e raspando no chão de pedra rústica, atraindo assim para ela todos os olhares dos lordes. Dois cavaleiros armados com alabardas prateadas ladeiam a entrada e por ela passa o rei, vestido com seu imponente traje dourado e branco, exibindo a coroa de ouro cravejada com pedras preciosas.
O rei caminha vagarosamente pelo salão observando os rostos de seus suseranos e a medida que passava por eles, gesticulava com a cabeça, permitindo assim que eles sentassem em seus devidos lugares. Por fim o rei ocupa sua poltrona localizada à cabeceira da mesa, pousa as mãos sobre a superfície de madeira, pigarreia duas vezes, toma um gole de vinho e depois diz:
— Sejamos breves, não tenho o dia todo. Preciso cavalgar antes que esfrie demais.
Os lordes concordam com um menear de cabeça e se entreolham na tentativa de eleger aquele que daria início as pautas da reunião. Um deles toma a iniciativa, Lorde Fredrich, detentor do Condado Sul.
— Majestade... O inverno se mostra rigoroso, a lenha de provisão está no fim e nem todos do reino podem comprar óleo para aquecer suas casas, comidas e iluminar seus ambientes.
— Mande derrubar o bosque do pântano — respondeu o rei demonstrando impaciência e descaso pelo problema.
— Mas majestade... — Lorde Fredrich insistiu. — Este bosque é moradia e território de caça de muitos lobos. Se retirarmos deles isso, eles atacarão as casas e criações dos aldeões.
— Pois que eles cuidem disso.
— Majestade, com todo respeito... — persistiu o lorde. — Anos atrás houve uma tragédia que abalou o reino, por conta da conduta imponderada do monarca anterior, não quereis repetir teus erros, não é mesmo?
— Questiona meu modo de reinar, lorde Fredrich?
O silêncio reinou no salão. O rei tomou mais um gole de vinho deixando escorrer um filete rubro pelo canto da boca. Pousou o copo confeccionado em um corno de cervo, recoberto com ouro e esmeraldas, sobre a mesa e avistou o lorde que sentava mais distante dele com a mão erguida.
— Diga Lorde Rimbaud!
— Majestade... A preocupação de Lorde Fredrich é bastante pertinente. Nos últimos anos, expandimos nosso campo de plantio, criação e exploração de madeira, no entanto, o território das feras diminuiu, e os ataques aos servos aumentaram bastante. Eles trabalham para nós, eles sustentam esse modelo de sociedade, que nunca saibam disso, pelo amor de Deus... — diz o homem benzendo-se. — Mas o fato é que, a ocorrido de anos atrás pode se repetir devido à aproximação dos lobos, e isso prejudicaria e muito seu reinado.
— E de que forma isso me afetaria, lorde Rimbaud?
— Majestade?! Lembre-se que sua filha está a caminho de casa, se os lobos chegarem muito próximo das estradas em busca de alimento, ela correrá perigo.
— Podem deixar que dou um jeito nisso. Sei de algo que lobos temem.
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Olá pessoas lindas!
Esse foi bem tranquilo né? rsrsrs
Não esqueçam de deixar seu voto e comentário, isso me ajuda muito.
Beijos e abraços!
XOXO
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