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011| Go or stay?

011 | Ir ou ficar?
RAYNA KANE

Os problemas não acabaram apenas porque tudo decaiu no quesito do que parecia ser os meus sentimentos, mas por um outro lado, fico feliz.

Eu não precisaria pensar sobre a última cena que eu presenciei e que parece ficar ainda mais viva e dançante a cada vez que eu repenso nela se eu tiver uma obrigação, se eu estiver preocupada o suficiente com o sumiço de Clarke, Finn e Monty.

Eu também me preocupei com o adolescente, mas acabamos achando-o. Ele não estava bom, tinha uma flecha atravessando do lado direito debaixo de seu peito. Ao menos, as dúvidas ficaram para trás e o garoto confirmou que Clarke e Finn haviam sido sequestrados pelos terrestres.

Por que eu estava preocupada com Monty? Bem, no meio da nossa busca pela floresta, ele simplesmente sumiu e parou de falar pelos rádios que Raven havia conseguido construir. Isso queria dizer que os terrestres estavam nos caçando.

A cena de Raven se vestindo enquanto se levantava da cama onde Bellamy estava com o peitoral nu volta para a minha cabeça.

Balanço-a, obrigando-me a esquecer disso. Eu tenho mais coisas com o que se preocupar, por exemplo... o que faremos com esse jovem garoto atingido por uma flecha sem Clarke aqui.

Simples, não fazemos nada. Tínhamos que estancar o sangramento sem retirar a flecha. Lembro bem da última vez que um ferimento parecido contemplou esse acampamento e mal conseguimos com Clarke aqui, sem ela então, iríamos matar o garoto.

Deixamos ele deitado na maca e paramos o sangramento com um pano úmido em volta da flecha.

Era o que podíamos fazer por agora.

Sabendo que os terrestres estavam mais perto ainda do nosso acampamento, começamos a colocar em prática o plano de Raven sobre as minas terrestres. Até tentei ajudar, mas eles não pareciam precisar da minha ajuda.

Ainda mais quando Bellamy surtou no meio deles, então apenas virei as costas e segui em direção a minha própria barraca para trocar a minha roupa.

Sinceramente, pensar que eu não lembrava da última vez que eu tomei banho dentro de dois dias me deixava enojada. Mas não é como se eu pudesse parar o tempo e me dar o momento de luxo. Se for para eu ser pega pelos terrestres, prefiro estar suja e vestida do que pelada e molhada.

Isso me faz lembrar da cena da barraca, droga. Me pergunto se Bellamy gostaria de ser sequestrado ou até talvez morto naquele momento? Ele estava feliz, quem não gostaria de morrer feliz?

— Merda — resmunguei para mim mesma ao perceber os pensamentos sórdidos. Eu não estava sabendo lidar com a situação, isso era claro.

E não era ciúmes. Acredite, eu pensei muito. Não podia ser ciúmes porque isso indicaria que eu nutria sentimentos românticos por Bellamy e isso não poderia acontecer nem em um bilhão de anos, então simplesmente não!

Eu só estava chateada. Talvez até mesmo essa palavra seja pesada demais. Eu apenas estava brava comigo mesma por ter-me deixado cair naquela ladainha. Mais uma vez, não que eu goste dele, mas eu deixei que ele se aproximasse e deixei que ele me beijasse. Eu só não deixei, eu retribui.

E agora penso na merda que entrou na minha cabeça naquele momento?

O que eu estava pensando? Bellamy Blake sempre seria a personificação da minha raiva. Ele me colocou em uma cela com quatro paredes e nenhuma janela, apenas porque eu o contrariei. Eu poderia estar morta agora se não fosse por Marcus Kane.

Marcus, que provavelmente também estava morto. Estava tentando negar mas percebi que desgastava muito de mim porque quanto mais eu negava — para os outros e para mim —, mas eu pensava em argumentos lógicos para fazer com que minha ideia se concretize e faça outras pessoas acreditarem. Mas todos estavam era me achando uma maluca.

Marcus Kane estava morto e eu tinha que aceitar. Agora eu não tinha mais pai e nenhuma família de merda. Eu ao menos conhecia a minha mãe e nunca pude ter um irmão.

Eu estava sozinha nessa "maravilha" de Terra. Parece um jeito egoísta e idiota de pensar, mas preferia ter sido flutuada ano passado, quando completei dezoito anos naquela cela. Sei o que é isso. Sempre quis conhecer a Terra e agora que eu conheço, quero abdica-la.

É aquele ditado de que só queremos aquilo que não podemos ter. Mas tanto faz. Eu não sou dessa merda. Não me sinto moradora desse Planeta e muito menos desse acampamento.

Qual é a minha função aqui? Verdadeiramente. Cuidar das outras pessoas? Não, Clarke é uma ótima médica e líder. Ser inteligente? Não sonha, Raven e Monty estão aí por isso. Ser uma boa caçadora? Qual é, as únicas vezes que eu fui caçar foi porque eu me ofereci e a outra porque faltava gente.

Ninguém nunca fez questão de me incluir.

Olhando para os corpos que iam e vinham naquele acampamento, cada um com sua função, sendo útil e vivendo. Com medo, talvez, mas vivendo sim, sendo feliz sim, sentindo-se incluídos sim. O que eu ainda estava fazendo aqui?

Ou então... era para exatamente isso que eu servia. Sentir pena de mim mesma, ser estepe para alguns e descartáveis para outros. Merda, estou sentindo pena de mim mesma novamente. Isso é egoísta ou apenas egocentrismo? Estou certa em pensar em mim mesma ou estou dramatizando muito e tem problemas maiores por aí?

Que ótimo, nem eu mesma sei quem eu sou ou o modo como ajo. Vou ser a primeira a morrer caso os terrestres invadam esse lugar. Nem uma arma eu tenho.

— Desculpe — pedi assim que entrei na base e vi que ele parecia estar tendo um momento só dele. — Só vou trocar o pano dele e já vou embora.

Bellamy, que estava apoiado com as suas duas mãos em uma outra maca ali perto, arruma a postura para me encarar. Sinto seu olhar queimar as minhas costas enquanto eu arranco com delicadeza o pano em volta da flecha. O pobre garoto resmunga de dor, mas continua com os olhos fechados.

Voltei para frente com a cabeça meio baixa e fui direto para a escada. Coloquei um pé para começar a subir, mas ele me interrompeu.

— Espera — encaro sua mão em meu pulso. Ele parece ter percebido só agora que me tocou e se afastou sem jeito, coçando a nuca. — Sobre a outra hora...

— Você não precisa me dar satisfação, Blake — nego com a cabeça, parando em sua frente, minha voz demonstrando toda a minha auto defesa. — Você deveria estar bastante frustado e acabou se jogando para a primeira que quis, eu entendo — termino, claramente debochando.

— Frustado? — É claro que ele só focou nisso. — Acha que eu estava frustado por você?

— Eu não disse isso — aleguei, virando um pouco a cabeça para sorrir de maneira venenosa.

— Não pode ficar brava comigo — Bellamy continuou, dando apenas um passo à frente, daquele jeito que deixa seu corpo um pouco pro lado. — Disse que foi um erro o que aconteceu entre a gente.

— E foi — confirmo com a cabeça, decidida.

As sobrancelhas de Bellamy ficam neutras e ele se aproxima de mim.

— É? Você tem certeza? — Engoli em seco, me perdendo naquela escuridão de seus olhos que acabaram de ficar mais selvagens.

— É-É — estou me xingando por dentro, por gaguejar. Mas qual é?

— Você não parece certa de sua decisão — ele pondera com a cabeça, se aproximando mais.

Meu peito subiu normal, mas acabou descendo com dificuldade quando ele parou a centímetros de mim. Sem me tocar um pouco sequer.

— Deixa dessa, Blake — cuspi, recolhendo um pouco da minha força para isso. — Já estivemos aqui antes. Não vou me deixar cair novamente e tocar esses seus lábios imundos.

— Você parece ter gostado bastante — ele diz e o que mais me dá ódio é que ele disse pra si mesmo, como um desgraçado e debochado que ele é. — Hum, tanto faz — deu de ombros, se afastando.

— Mas que diabos...?

— Anarquia? — Me chamou quando eu estava no terceiro degrau da escada. Olhei para baixo e lá estava ele. — Só para saber que da próxima vez que nos beijarmos, porque vamos nos beijar de novo — Bellamy pontuou antes que eu desdenhasse dele —, será você quem me beijará e eu retribuirei.

Desdenhei dele como eu sempre estava planejando e terminei de subir, ignorando o calafrios que passou pela minha espinha.

Assim que passei pela escotilha, encontrei Jasper mexendo com os barris de pólvora.

— Oi, Jasper. Você tá sempre trabalhando, cara — observo e ele me olha, sorrindo em seguida. — Precisa tirar um tempo de folga comigo ou começarei a achar que você me odeia.

Ele ri enquanto eu me abaixo para lavar o pano no balde com água limpa. A água sai vermelha e eu solto um suspiro baixinho.

— Está me chamando para um encontro, senhorita Kane? — Ele entrou na brincadeira, levantando-se e indo até a escotilha para descer. — Olha que eu aceito, hein.

Coloco a mão molhada em meu peito.

— Não brinque com o meu coração, Sir Jasper.

Ele ri mais um pouco e passa pela escotilha, prometendo que iria me trazer água quando viesse daqui a pouco. Continuei a empurrar o pano na água até que ele voltasse consideravelmente mais limpo. Torço e me levanto, secando as mãos em minhas coxas cobertas pela calça preta e me preparando para descer.

— Murphy, larga a arma — escuto antes mesmo de ver.

Pulo os últimos degraus e a atenção de Murphy se volta para mim que paro ao lado de Jasper que estava sendo ameaçado com a arma.

— Que porra é essa, Murphy? — Esbravejo, segurando com força o pano em minha mão, como se ele fosse me ajudar em algo. — Abaixe essa arma.

— Rayna, sai daqui — pediu Jasper, mas parou de falar assim que a arma se voltou para ele.

— Erga suas mãos — Murphy gritou para mim. Fiquei parada, não acreditando mesmo em sua coragem. — Droga, garota, eu não quero te matar, mas eu juro que eu vou.

Mesmo contrariada, fiz o que ele pediu. Calculei a minha distância contra a arma que ele revezava contra Jasper e depois contra mim. Era curta, mas qualquer passo errado, eu estaria com uma bala no peito.

Meus olhos recuaram para o corpo do garoto deitado maca. Sua cabeça estava totalmente relaxada para trás, mas ele não estava apenas dormindo. Ele estava morto. Encarei Murphy de boca aberta.

— Você matou ele? — Empulsivamente, uma de minhas mãos apontou na direção do corpo na maca e ele investiu contra mim com aquela arma. — Qual é o seu problema?

— Está tudo bem — viramos para Jasper que estava tentando ficar calmo. — A gente entende. Vai ficar tudo bem.

Capto seu movimento bem lento da mão recuando até o seu bolso, onde o seu rádio de transmissão estava. Meu peito gela, com medo de Murphy perceber, mas também não posso fazer nada contra.

Murphy havia ido mais para frente, em direção a Jasper, ele meio que estava ao meu lado, de perfil.

— Sabe o que vai acontecer comigo, se contar a Bellamy — disparou Murphy, não acreditando que realmente tudo ficaria bem.

Contar o quê, a Bellamy? — A voz do homem ultrapassa a todos nós pelo ar.

Minha respiração fica presa no ar e quero apertar meus olhos e xingar muito o Blake, mas não o faço porque estou estudando todos os movimentos de Murphy.

Seus olhos se abaixam de forma lenta até onde a mão de Jasper estava.

O mundo parou bem ali. O medo me invadiu, não queria vê-lo atirando em Jasper bem em minha frente. Eu não pensei, mal respirei, apenas joguei o meu corpo para a frente e forcei suas mãos a levantar a arma.

Murphy tinha muita mais força que eu, então não foi uma briga longa e nada calma. Seu dedo escorregou no gatilho e acabou atirando três vezes para o teto. Ficamos nos contorcendo para tomar o poder.

— Jasper! — Rui quase sem aguentar. — Vai buscar ajuda! Agora!

Ouço algo cair no chão e logo depois o garoto começar a correr para fora, gritando por Bellamy com todo o seu pudor.

Meus braços amolecem, eu sinto uma grande pancada na cabeça e caio para trás. Foi forte e doeu o bastante para eu dar um gritinho. Murphy havia me acertado com o cano da arma e agora, corria para puxar a alavanca que prendia nós dois aqui. Sem chances de sair.

Me contorço de dor até estar de barriga para cima, minha cabeça não para de doer e sinto um líquido quente escorrer pelo canto da minha testa. Olho em volta com olhos estreitados e suspiro de alívio ao não encontrar Jasper. Apenas seu rádio que havia caído e estava na posse de Murphy.

— Murphy — ouço a voz transtornada de Bellamy lá fora. — Murphy! Abra...- maldita porta.

Silêncio. O homem armado se vira para me encarar, suas mãos muito mais fortes na arma.

— Se tentar ser herói, eu acabo com ela — grita Murphy, sua potência no máximo para ser ouvido do outro lado da porta.

Mas a porta havia se fechado de vez e todo o som havia sido abafado por um zumbido estranho em meu ouvido, junto com a dor. Caralho, estava doendo muito.

Murphy marcha até onde estou e até tento me arrastar para longe, mas ainda estou meio fora de área com a pancada, então ele não precisa de muito esforço para conseguir amarrar as minhas mãos e me colocar sentada encostada na pilastra ali perto.

Há algo batendo contra a nave, não sei bem o que é e nem parece ser muito forte. Apenas um barulho insuspeitável de ferro contra ferro. O rádio treme em sua mão e a voz de Bellamy soa com muito mais clareza.

Murphy, Murphy — ele estava ofegante, como se estivesse se exercitado muito. — Se tocar em um fio do cabelo dela, eu juro por tudo o que habita nesse mundo que eu vou te matar.

Murphy me encara de rabo de olhos e ergue o rádio, apertando no botão para ser ouvido.

— Você não está muito em posição de ameaças, Bell — debocha, com um sorriso escroto de psicopata. — A vadia de sua namorada me atacou. Vai ter sorte se sair apenas com esse machucado na cabeça.

Ela está sangrando? — Murphy me olha, mas não responde. Eu sei que estou. — Mas que droga, Murphy. Deixe-a.

— Bye, bye — cantarolou, soltando o rádio na maca onde o corpo morto do jovem se encontra morto.

Murphy se senta encostado no pé da maca, a arma entre as pernas. Meus olhos furiosos o encaram e ele sorri para mim, soltando um falso suspiro que arrepia de um jeito bem ruim a espinha da minha coluna.

Sei que não vai ser uma noite fácil.

Principalmente quando minha boca solta:

— Você é um idiota. Sabe disso, né? — Murphy que tinha um braço apoiado no joelho e a mão em frente a boca, me encara de cabeça baixa. — Alguma hora terá que abrir essa porta e eles vão ter matar.

— Tenho rações aqui para duas semanas. Se eles conseguirem sobreviver nesse acampamento até lá, os terrestres aniquilaram todos eles por mim — termina, gesticulando com a mão suspensa no ar. Encaro-o com raiva. — Ainda me acha um idiota?

— O maior de todos — sussurro, alto o suficiente para ele escutar, inclinando minha cabeça para se escorar na pilastra. — E quer saber? Covarde também.

— Ah, sim? — Ele finge se impressionar, arqueando as sobrancelhas.

Aceno com a cabeça, respondendo-o.

— Está se escondendo atrás de mim — rio sem humor no final da frase. — Com o rabinho entre as pernas porque sabe... você sabe que se abrir essa porta, será recebido com sub-metralhadoras.

— Mas e você? — Ele desconversa. — Como acha que vai ser recepcionada? Com aplausos e sorrisos de alívio? No primeiro segundo, sim — deu de ombros, admitindo. — Mas então voltará a ser o que é nesse acampamento. Um nada.

Desvio meu olhar, recusando-me a deixá-lo perceber o quanto pode mexer com o meu psicológico caso decida se afundar nesse assunto.

— Eu sou melhor que você nesse joguinho.

— Você pode até tentar se esconder através de sua máscara de sarcasmo, mas nem ela é autêntica — continua, sabendo bem que estava no poder. — Sinceramente, eu esperava mesmo que você se juntasse a mim.

Nunca — solto como um rosnado.

— Tá bom, miss esquentadinha — ergue as palmas da mão. — Só comentando. Mas eu não preciso, né? Você consegue ver que o seu lugar não é aqui, com esse povo. Nem tem um serviço concreto. Só serve para ser outras pessoas.

— Eu vou dormir. Me acorde para a sua morte — sorri com direito a dentes, mexendo as sobrancelhas —, eu vou adorar.

(...)

Despertei ao sentir mãos me empurrando e dando chutes sem força para que eu acordasse. Esperava muito que tudo não tivesse passado de um pesadelo, mas assim que abri meus olhos, lá estava ele.

— Finalmente acordou! — Murphy me recebeu. Sua mão circulou o meu braço e me puxou para cima. — Vamos lá, levante-se.

Obrigada a fazer, fico de pé em sua frente e disperso as nuvens de sonolência da minha mente.

— O que aconteceu? — Perguntei quando ele parou em frente a porta da nave, segurando meu braço com força. — O que você vai fazer?

— Enquanto você roncava e babava, seu namoradinho barganhava para te tirar daqui — ele explicou, com uma voz excitada demais para que eu pensasse outra coisa.

Levei minhas mãos amarradas em direção a minha boca e revirei os olhos ao perceber que ele tinha mentido sobre a baba. Mas não tive tempo de pensar sobre, Murphy se mexeu para abaixar a alavanca e voltou a me segurar.

Pronto — disse a voz pelo rádio.

— Foi um prazer, dorminhoca — foi o que ele me disse antes de me empurrar para a frente, me fazendo tropeçar nos próprios pés.

Me recomponho e ainda confusa, olha na direção de fora, que estava sendo coberta por uma lona branca e vermelha. Eu não conseguia ver nada além, mas vi muito bem quando um corpo passou pelas cortinas. Bellamy passou do meu lado, me olhando por um momento, analisando o machucado em minha testa e sorrindo sem dentes.

Quis parar e ficar exatamente onde estava, mas o idiota do Murphy apontou a arma na direção de Bellamy e se inclinou para dar um último empurro em mim, que me fez tropeçar de novo e cair dessa vez, rolando para fora.

A porta se ergue. Eu estava fora e Bellamy estava dentro.

Octavia que estava ali andando de um lado para o outro, vem ao meu socorro e me ajuda a se levantar, logo depois desamarra o nó em meus pulsos.

— Quem deixou o merdinha do seu irmão entrar lá? — Foi a primeira coisa que eu soltei assim que ela me largou do abraço.

Alisei meus pulsos, uma marca vermelha e funda predominando na pele.

— Ninguém. Ele decidiu e ele fez.

— É, ele vai morrer — soltei, raivosa. — Mas que diabos, Oc.

— Não se preocupa com Bellamy, ele sabe se cuidar. E... Jasper já está ajudando Raven para abrir essa porta — apontou e eu suspirei aliviada, torcendo para que não demorasse. — É só questão de tempo.

Eu sabia bem.

— Espera... Cadê o Aspen?

Não deu um minuto depois e um trovão em forma de gente explodiu ao nosso redor.

— Onde está ela? Rayna! — Aspen se aproxima, flexionando seus joelhos para analisar o meu rosto. Seus olhos ficam sombrios ao parar em minha têmpora. — Eu vou matar aquele desgraçado! — Correu em direção a porta. — Murphy, abra essa porcaria, seu filho da puta!

— Ei, ei, ei — puxo sua cintura para trás, com medo de Murphy seguir seu pedido de verdade. — Tá tudo bem. Eu tô bem.

Seus olhos se lançaram até os meus. Ele acena uma vez com a cabeça e vai até Jasper — que tinha acabado de chegar, dizendo para todos se prepararem — para pegar uma arma para quando Raven conseguir abrir a porta.

Meus nervos estão tão a flor da pele que nem percebo Jasper se aproximando de mim até que ele está falando:

— Obrigada. Por tudo — ele abaixa a cabeça, parecendo envergonhado por algo. — Me desculpe por não ter conseguido de proteger.

— Ei — me pus em sua frente, negando com a cabeça. — Você fez o que pôde. Todos nós sabemos disso. Não se martirize.

Jasper sorri recluso e então o barulho da porta alarma todos nós. Ele se afasta, mantendo sua arma em mãos, apontadas diretamente para a entrada que terminava de se abrir.

Ao lado deles, entrei. Meus olhos se arregalaram ao ver Bellamy pendurado no ar com algo prendendo seu pescoço e ajo por instinto ao ir até ele e forçar seu corpo para cima.

Ele nem se mexe.

Jasper chega até mim e com sua ajuda, conseguimos pender o corpo do homem até que Octavia conseguisse cortar a corda e o Bellamy estivesse no chão, em busca de ar.

Já eu, respiro aliviada como nunca tinha feito antes. Algo pesado batendo contra o meu peito, algo perto de raiva ao imaginar Murphy fazendo isso com ele. E se não tivéssemos conseguido? E se...

Era tarde demais, Murphy havia se trancado lá encima e havia explodido a nave com toda a pólvora que tínhamos para conseguir fugir. Estávamos fodidos.

Bellamy decreta que não tinha mais nada que podíamos fazer além de procurar por Clarke, Finn e Monty. Concordamos com ele e nos preparamos para sair, mas assim que saímos da nave, o portão do acampamento estava sendo aberto e o casal passava por eles sem ar.

— Ouvimos a explosão — afirmou Clarke, parando no lugar e olhando ao redor. — O que aconteceu?

— Murphy aconteceu — respondeu Bellamy, algo venenoso em sua língua.

E então, para desmoronar tudo de vez, Clarke afirma que não sabe nada sobre o Monty e que os exércitos de terráqueos estão marchando até a gente. Tínhamos que sair dali agora ou morreríamos. Bellamy não concordou e eu meio que concordei com os argumentos que ele soltou.

Não tínhamos lugar para ir. Não que eu ache que ficar aqui faça alguma diferença, mas esses muros e essas armas, com a gente parados em um lugar só, nos daria sustentabilidade.

Sair por aí com 82 pessoas não é uma boa ideia. Estaríamos desprotegidos, sem conhecer nem a terra e nem os lugares que poderíamos usar como suporte.

Era o mesmo que fazer fila única para os terrestres nos matar com calma e, ainda mais, no terreno deles.

Bellamy Blake falou de um jeito lindo, instigando todo o povo a lutar com ele, por esse terreno. Foi um discurso lindo, foi sim, mas ele apresentou um caminho meio disfuncional. Então chegou Clarke e mostrou algo fácil e rápido de fazer, a decisão havia sido tomada.

Partiríamos agora.


Espero que estejam gostando. Bellamy todo preocupado com a Rayna é o meu deleite.

E essa promessa sobre o próximo beijo ser ela quem vai começar, hein?! O que vocês acham? Quem vai puxar o próximo beijo?

Não se esqueçam de interagir!!!

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