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Winona hesitou por um segundo, percebendo que a frieza de Wesk não era apenas um mecanismo de defesa. Seus olhos, sem vida e perdidos, não acompanhavam o ambiente, mas era como se não fizessem falta, pois ela sentia, mesmo assim, como se estivesse sendo julgada.

— Deixe de besteira, Wesk — disse Winona, cruzando os braços com um sorriso forçado. — E a cumprimente corretamente.

Ele soltou um suspiro pesado, inclinando a cabeça na direção de onde sentia sua voz.

— Olá, sou o imprestável que você vai cuidar, me chamo Wesk. — Sua voz era grave, carregada de uma amargura cortante.

Havia algo nele, um vazio profundo que parecia engolir qualquer tentativa de empatia. Cada palavra que ele proferia trazia consigo a dor de alguém que já havia desistido de lutar, como se a escuridão de sua condição fosse mais do que física. Sua irmã lhe deu uma leve cotovelada nas costelas enquanto ele segurava firme a bengala na mão direita. Percebo a diferença de altura entre eles; Winona era bem baixa perto de Wesk.

— Me chamo Valen, é um prazer — digo, simpática. Winona sorri para mim e aperta forte o braço do irmão que, mesmo sem enxergar, parecia absorver tudo ao redor, como se sentisse cada nuance das emoções no ambiente.

— Não precisa se incomodar com as formalidades, Valen. — disse Wesk, com um toque de ironia. A voz rouca se arrastou, como se cada palavra pesasse em sua língua. — Embora eu duvide que dure muito.

O tom de sua voz, dessa vez, era ríspido, mas eu sentia que por trás daquela dureza havia algo mais profundo. Talvez fosse o jeito como ele segurava a bengala com força, como se aquilo fosse a única âncora que o mantinha conectado ao mundo real. Vejo a forma como Winona desviava o olhar, tentando manter uma postura descontraída, mas o desconforto era visível.

— O que ele quer dizer é "seja bem-vinda". Wesk é horrível com apresentações — disse ela, com um riso sem graça, pelas palavras de seu irmão mais velho. — Vamos entrar, Valen, vou te mostrar a casa

Concordo com a cabeça, e por um momento esqueço que Wesk não poderá ver isso.

— Claro — digo com a voz suave, e ela sorri puxando Wesk para dentro da casa.

As grandes portas de madeira ébano rangem levemente quando Wesk as empurra, e sinto o toque firme de Winona segurando a porta para que eu passe. Ao entrar, sou imediatamente tomada pela sensação de estar em dois mundos ao mesmo tempo. As paredes brancas e altas, com pedras verdes expostas, parecem carregar algum tipo de história de tempos antigos. Quadros grandes com pinturas góticas parecem contar um segredo esquecido. Mas, à medida que acompanho minha amiga e Wesk, o ambiente se transforma

No centro da sala, lustres de cristal brilham suavemente, refletindo a luz suave que emana do chão de piso polido. O contraste é claro: sofás de couro preto, de design um pouco retrô, estão dispostos ao redor de uma mesa pequena de centro em mármore, criando uma harmonia inesperada. Olho para as outras paredes e vejo obras de arte abstratas em tons de cinza e vermelho, um choque sutil contra a solidez das pedras verdes.

No canto, uma mesa de madeira maciça, cheia de detalhes esculpidos à mão, sustenta uma vitrola grande e dourada. Tudo aqui parece em perfeito equilíbrio – a antiguidade do lugar se funde ao ambiente de um jeito que eu nunca imaginei ser possível estar em 1960. É como estar em um espaço onde o passado e o futuro coexistem.

— Retornarei à leitura de meu tomo, avisem-me quando o almoço for servido. — a voz grossa me pega de surpresa, pois a casa está sileciosa.

— Eu chamo você — Winona diz, depositando um beijo em seu braço, e o vejo subir as escadas que não havia notado, mas que eram grandes, de tom escuro semelhante ao da porta. Wesk segura a bengala preta e sobe as escadas, virando à esquerda.

— Ele parece meio ranzinza e, de vez em quando, solta umas palavras que parecem do século passado. Mas, quando ele se acostumar com você, ele se tornará um amor — Winona tenta soar convincente, mas sua voz vacila ligeiramente

Eu apenas concordo com um aceno. Ninguém disse que seria fácil, não é? A casa diante de mim parece envolta em uma névoa de segredos e mistérios. As paredes são antigas, marcadas pelo tempo, como se tivessem testemunhado histórias que nunca serão contadas. Sinto uma leve inquietação, mas logo me repreendo. Não acredito que há algo sobrenatural aqui. Isso é tão clichê e genérico que quase solto uma risada de desdém.

— Vamos, eu vou te mostrar o resto — ela abre a porta, e isso me surpreende por ser de vidro; o zumbido mecânico ecoa pelo corredor vazio. Em passos lentos, Winona me guia pela casa, e eu mal noto o frio que começa a envolver o ambiente. Meu olhar tenta captar cada detalhe: os móveis antigos, o cheiro de madeira envelhecida e um ar de limpeza que parece pesar no ambiente. O que é engraçado, pois deveria cheirar a poeira, mas tudo parece tão limpo e organiado.

Enquanto avançamos, a luz fraca que invade pela janela mal ilumina os corredores estreitos. Há algo perturbador no silêncio daquela casa. As sombras parecem se alongar, como se estivessem observando, esperando, mas como eu disse, é só a ambientação da casa.

Winona havia me mostrado toda a casa, incluindo meu quarto, que eu adorei. As paredes, na cor creme, transmitiam uma sensação de calma e acolhimento, enquanto os armários em um tom de marrom claro ofereciam um contraste suave. As cortinas brancas deixavam a luz entrar, iluminando o ambiente de maneira delicada, e havia uma mesinha de madeira clara, polida e bem cuidada, que parecia perfeita para pequenos momento.

O banheiro era enorme, uma verdadeira ode ao conforto. A antiga banheira branca evocava imagens de longos banhos relaxantes após dias cansativos. O piso era de azulejos pretos, refletindo a luz e dando uma sensação de frescor. Acho que é o único lugar da casa onde as cores neutras predominam, criando um espaço sereno.

— Bom, já te expliquei tudo. A única tarefa doméstica que você vai precisar fazer é a comida e lavar as louças, mas o Wesk pode te ajudar com isso — disse Winona, sua voz cheia de um entusiasmo contagiante, enquanto descíamos as escadas que levavam à sala. A luz suave do fim de tarde entrava pelas grandes janelas de vidro, envolvendo tudo em m brilho dourado e fraco.

— Espero que você se sinta em casa aqui — ela acrescentou, com um sorriso genuíno, enquanto eu observava cada detalhe, sentindo a mistura de excitação e nervosismo.

— Não se preocupe, Win. Acho que já estou sendo bem acolhida — dou um sorriso carinhoso para ela.

Acolhida pelos mil mistérios e até fantasmas dessa casa, isso sim.

Sinto o toque frio da mesa de mármore escura sob meus dedos, e o brilho suave das luzes penduradas se reflete no material polido. Winona se move pela sala, seus pés quase não fazendo barulho contra o chão de madeira. As louças de porcelana azul índigo contrastam perfeitamente com a superfície escura da mesa, criando uma cena quase artística. O cheiro da comida, algo familiar e reconfortante, se espalha pelo ambiente, e percebo que ela escolheu pratos na mesma tonalidade das louças.
Winona sai da sala de jantar com passos leves, e eu me demoro a observar tudo ao meu redor. A casa, embora antiga, carrega um charme indiscutível. O teto alto, as paredes revestidas com madeira escura e os lustres de cristal pendurados como joias atemporais. As cortinas pesadas, quase como uma lembrança de tempos passados, enquadram as janelas que deixam entrever o vasto jardim lá fora.

Logo, ouço passos suaves no andar de cima. Winona desce pela escada em espiral com uma postura elegante, quase como se estivesse dançando. Ao lado dela, seu irmão a acompanha. Ele é uma figura imponente, o rosto esculpido em linhas fortes, mas ao mesmo tempo suaves. Wesk é muito bonito, apesar de parecer m ranzinza.
O contraste entre os dois é evidente: enquanto Winona transmite leveza, seu irmão carrega uma aura de mistério, como se a própria casa o moldasse em silêncio.
Ela coloca o prato diante de mim com um leve sorriso, mas há algo por trás daquele sorriso, algo que parece estar contente por ter feito ou conseguido algo. Sem pressa, ela se inclina sobre o irmão, servindo a ele uma pequena porção de salada com mãos delicadas. A comida parece ter sido preparada com cuidado, mas algo me intriga.

— Fez a comida antes de ir me buscar? — pergunto, minha voz saindo calma, mas curiosa, enquanto observo suas mãos ágeis manipulando os talheres.

Winona abre a boca para responder, mas antes que qualquer palavra possa escapar, Wesk interrompe, com a voz cortante e direta.

— Não foi ela que fez — ele afirma com uma certeza que não deixa espaço para dúvida, enquanto se senta à mesa com a confiança de quem conhece cada centímetro do ambiente. Ele se move como se a escuridão fosse apenas uma velha amiga, nada mais do que um detalhe insignificante. — Acha que, porque sou cego, não consigo cozinhar?

Ele inclina a cabeça levemente em minha direção, como se pudesse ver a expressão de surpresa que deve ter cruzado meu rosto. Seus olhos, opacos e sem vida, ainda assim parecem ter um peso penetrante.

— Não foi isso que quis dizer. Winona tem o costume de deixar a comida feita antes de sairmos para algum lugar. Não imaginei que tivesse sido você. — respondo, olhando para ele. Ele pega o garfo, a faca entre os dedos e pega um pouco de purê em seu prato.
— Eu gosto de fazer minhas próprias coisas. Só porque não posso ver, não significa que estou à mercê de todos os outros. — Ele leva o garfo à boca, mastigando devagar, como se estivesse saboreando cada mordida, provando um ponto que talvez só ele compreenda por completo.

A sala está silenciosa; o som dos talheres ecoa pelo ambiente, aumentando o peso da tensão que surge entre nós. Winona nos olha em silêncio, como se observasse nossa primeira interação de verdade. Minha mente corre, tentando entender se fiz algo de errado, se, de alguma forma, o ofendi sem querer. Ele repousa o garfo no prato com um leve clink e então continua:

— Você se surpreende fácil demais. Acha que não sou capaz de viver aqui sozinho? — A pergunta carrega uma leve provocação, mas é a forma como ele me encara, ou melhor, como ele sente a minha presença, que me faz questionar se ele enxerga mais do que todos imaginam.

— Não, claro que não... — respondo, tentando soar menos defensivo do que realmente estou me sentindo. — Eu só... não sabia. —

Ele sorri de forma quase imperceptível, um sorriso que não chega aos olhos, mas que carrega uma compreensão velada. Ele ergue o copo de suco que estava na mesa, suas mãos movendo-se com a mesma confiança de alguém que já fez aquilo centenas de vezes, apesar da escuridão.

Há muitas coisas que você não sabe Valen...

— Certo, gente, vamos comer tranquilamente, o que acham? — Winona diz, encerrando o assunto, e eu pego o garfo e colho um pouco de comida em meu prato.

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