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Atualmente — 17 de Agosto, 2024.

Sabe quando tudo parece dar errado? Pois é, acho que cheguei a essa fase. Não que a vida tenha sido fácil até aqui; na verdade, sempre foi uma batalha desde o momento em que tive que começar a me virar sozinha, carregando o peso das contas, da faculdade e do trabalho nas costas. Parecia que eu estava em uma corrida constante, tentando não ficar para trás, mesmo quando as coisas já estavam desmoronando.

Mas se antes eu já reclamava, agora as coisas realmente ficaram insuportáveis. Fui demitida da loja de cosméticos onde trabalhava. O dono, aquele mesmo que sempre parecia amigável e sorridente, veio com um discurso ensaiado sobre "corte de gastos". A verdade? Ele queria dar o meu lugar para uma garota dez anos mais nova, a mesma com quem ele está traindo a esposa há meses. A injustiça disso me corrói, porque não era apenas um emprego – era o pouco que me segurava de pé.

Eu dependia daquele salário miserável, que mal dava para cobrir o aluguel, as compras e o financiamento da faculdade de enfermagem. Sim, enfermagem. Eu queria ser médica; sempre foi meu sonho. Mas, quando se está sozinha no mundo, tendo que escolher entre um teto para dormir ou uma faculdade dos sonhos, você acaba escolhendo o que é possível. E é assim que fui empurrando os dias, me convencendo de que estava tudo bem, de que eu estava fazendo o melhor que podia.

Agora, sem emprego, tudo parece desabar de uma vez. As contas não vão esperar que eu me recupere, o aluguel não vai magicamente desaparecer e a faculdade? Ela continua sendo esse objetivo distante, algo que eu ainda tento agarrar mesmo quando o chão parece se abrir sob meus pés. E a pergunta que não sai da minha cabeça é: o que eu vou fazer agora? Como seguir em frente quando tudo ao seu redor parece estar se despedaçando?

Atravessando a rua que leva à minha faculdade, sinto a brisa leve que carrega o cheiro do mar. As ruas estão estranhamente quietas hoje, como se a cidade estivesse em um momento de contemplação. O céu, nublado e cinzento, parece refletir o peso que carrego no coração. Gosto de como é Beverly Cove; uma cidade costeira cercada por uma floresta mística que guarda segredos antigos, com trilhas escondidas e riachos que parecem sussurrar histórias esquecidas. As trilhas me convidam a explorá-las, enquanto os riachos que serpenteiam pela floresta parecem sussurrar histórias de tempos em que a natureza reinava soberana.

Enquanto caminho pelo campus, cada passo me lembra das memórias que construí ali — as histórias compartilhadas com amigos, as noites de estudo e até mesmo as festas, as esperanças e sonhos que ardiam dentro de mim. Mas hoje, meu coração aperta ao pensar no que estou prestes a fazer. A diretoria se aproxima e uma parte de mim hesita. Estou prestes a me desfazer temporariamente do meu sonho, aquele que sempre pareceu ao alcance da mão, mas que agora se apresenta como um fardo insuportável.

Com a respiração profunda, sigo em frente. Sei que é uma pausa necessária, mas a dor da renúncia pesa. Sinto a energia ao meu redor, como se o vento gelado estivesse me envolvendo em seu abraço acolhedor, tentando me consolar, mas não funciona bem. Passo pela fonte no centro do campus, onde o som da água corrente parece me encorajar a seguir em frente, mesmo em tempos difíceis.

Dou três batidas na porta e entro na sala da diretora. Estou decidida, mesmo sendo uma situação chata; não consigo manter tudo desempregada. A mesa dela estava coberta de papéis e pastas, e o vento fraco passava pelas janelas, criando um clima tenso. A diretora levantou os olhos, sua expressão firme, mas havia uma sombra de curiosidade em seu olhar.

— Valen, o que a traz aqui hoje? — perguntou com curiosidade.

Eu respirei fundo, sentindo as palavras presas na garganta.

— Olá, Diretora Maly. Eu gostaria de solicitar o trancamento da minha faculdade.

Ela franziu a testa, como se esperasse uma explicação para a minha resposta direta. Maly se levantou e caminhou até mim.

— Por que isso? Você está indo bem nos estudos. É uma decisão séria.

Olhei para os lados, buscando coragem nas minhas próprias palavras.

— Eu sei que parece uma escolha impulsiva, mas não posso continuar assim. Minha vida pessoal está em um momento muito complicado. Preciso resolver isso primeiro para depois continuar.

A diretora balançou a cabeça lentamente. Seus olhos claros transmitiam preocupação.

— Valen, eu entendo que a vida pode ser difícil. Mas você realmente acredita que trancar a faculdade é a solução?

— Sim, é o melhor a se fazer no momento. Não posso dar o meu melhor enquanto vários lados despencam — confessei, com a voz firme. — Preciso me afastar um pouco, até que eu consiga colocar as coisas em ordem.

A Maly respirou fundo e, finalmente, soltou um suspiro resignado.

— Está bem, Valen. Se essa é sua decisão, eu não posso impedi-la. Mas preciso que você formalize seu pedido e que me mantenha informada sobre a sua situação. Estaremos aqui para recebê-la de volta quando você estiver pronta.

Um peso enorme saiu dos meus ombros, mas uma parte de mim ainda estava triste.

— Obrigada, Maly. Prometo que farei o meu melhor para voltar.

Dou um sorriso fraco e saí da sala com uma mistura de alívio e tristeza, mas, ao mesmo tempo, uma sensação de liberdade. Era hora de enfrentar meus desafios e encontrar um caminho de volta à luz.


— Por que não nos disse que estava sem emprego? — minha melhor amiga Winona fala, indignada, com a frustração evidente em sua voz. Para ela, eu deveria ter compartilhado a situação, e ela teria encontrado uma solução.

Estava caminhando para casa, as preocupações se acumulando em minha mente, quando as encontrei em um café aconchegante e iluminado, próximo à faculdade. As duas me arrastaram para uma mesa em um canto, onde o aroma do café fresco e das sobremesas caseiras nos envolvia.

— Poxa, Valen, você deveria ter nos perguntado primeiro! Poderíamos ter resolvido isso de um jeito ou de outro — diz Chloe, a voz cheia de reprovação, enquanto dá um gole em seu café fumegante, o olhar fixo em mim como se eu tivesse cometido um crime.

Eu as olho por um momento, absorvendo a intensidade da situação, antes de pegar meu bolinho de cenoura com cobertura de chocolate, a única coisa que me trazia um pouco de conforto.

— Vamos ser sinceras, nenhum emprego iria brotar do céu — respondo, tentando desviar a conversa para algo mais leve.

— Não é questão de brotar do céu! — Winona insiste, seu cabelo loiro cheio de ondas balançando enquanto ela se mexe na cadeira. Com um semblante cansado, ela deve estar estudando arduamente para as provas de sua faculdade de medicina, as olheiras sob seus olhos azuis, revelando noites sem dormir.

Enquanto isso, Chloe parece impecável como sempre, com seu cabelo de um vibrante roxo que destaca sua pele negra. Já era a quinta vez nesta semana que a via com um visual diferente, e estávamos apenas na quarta-feira. Sua confiança era contagiante, mas, ao mesmo tempo, uma lembrança de como minha vida era diferente.

— Me desculpem, eu não pensei, foi no impulso. Eu só queria me livrar de tudo e não conseguiria pagar a mensalidade este mês. O dono do apartamento onde moro quer o lugar de volta — falo simples, olhando nos olhos delas enquanto pego mais café, o líquido quente me trazendo uma sensação momentânea de alívio.

— Certo, então precisamos arrumar uma casa e um emprego? — Chloe questiona, a preocupação em seu tom. Eu concordo com a cabeça, sentindo a pressão da situação aumentar. Amo minhas amigas, mas não consigo evitar a sensação de que não deveria depender delas, especialmente financeiramente.

Chloe era filha de um dos donos de um mercado no centro, sua vida cercada de privilégios. Sua mãe, uma cabeleireira famosa, tinha uma clientela fiel, e eu frequentemente pensava em como a vida dela parecia tão fácil em comparação à minha. Winona, por sua vez, era herdeira junto com seu irmão, embora não falasse muito sobre ele. Seus pais morreram há dez anos, e só restou o irmão, que morava na cidade vizinha e, pelo que eu sabia, era cego.

Já eu? Meu pai simplesmente sumiu quando eu tinha cinco anos, e minha mãe faleceu há três, deixando-me à mercê do destino, lutando para me virar sozinha em um mundo que parecia não ter espaço para mim.

— Sim, uma casa e um emprego. — concordo com elas, o peso da realidade se instalando sobre meus ombros. Nesse momento, uma garçonete se aproxima, trazendo nossos pedidos e interrompendo o silêncio tenso.

— Vamos conseguir um emprego, já que, obviamente, você não irá querer ajuda financeira — Chloe afirma com determinação, e eu concordo com a cabeça, pegando um bolinho. A expectativa de resolver tudo me faz sentir um frio na barriga. Winona, no entanto, mexe freneticamente em seu celular, como se estivesse buscando uma solução mágica.

— Achei uma solução para seus problemas. Se você tivesse me dito, teríamos resolvido antes.

Winona me olha em repreensão e eu reviro os olhos.

— Conta o que você fez para resolver.

Bebo novamente meu café e Chloe a olha curiosa.

— Você ainda está concluindo a faculdade, porém já sabe muita coisa de enfermagem e outras coisas, pois já faz três anos que entrou — ela diz, olhando para mim com um sorriso no rosto. Espero que ela não venha com aquelas piadas de eu ser stripper vestida de enfermeira novamente. — A mulher que cuidava do meu irmão pediu demissão ontem e estávamos com uma nova, mas ele não gostou dela.

A encaro por um momento e Chloe pergunta curiosa:

— Não é cego?

— Sim, e não pode morar sozinho na casa da minha família, e então? — Winona me olha, esperando uma resposta. — O salário vai ser bom, você vai ter uma casa, comida e faculdade. Podemos fazer o esquema online e você comparece na faculdade três vezes por semana. Ele é cego, mas consegue se virar melhor do que eu, que tenho 26 anos.

— E quantos anos ele tem? — Chloe questiona interessada, e eu também desperto esse interesse. Winona quase nunca fala sobre seu irmão.

— Ele tem 29 anos, e então ele só é mais velho que nós por três anos.

— Você quase nunca menciona sobre ele — diz Chloe, e eu penso na possibilidade. Não é uma ideia ruim, e ela é minha amiga. Chloe e Winona iriam todo final de semana na cidade vizinha onde seu irmão mora para me ver, não tem por que eu não aceitar, não é?

— Eu aceito, mas só se vocês forem me ver.

Digo e recebo sorrisos de Winona. No fundo, acho que ela também não gosta de deixar seu irmão com uma desconhecida, ainda mais sendo cego.

Acho que meus problemas finalmente podem ser resolvidos.




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