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Capitulo 8

Já era tarde da noite quando Rebeca decide, por um momento extremo de coragem, ver se as cartas ainda estavam na casa, se por algum motivo, seu pai pai as houvesse guardado.

Após alguns minutos abrindo e fechando gavetas Rebeca encontra dois envelopes, cada um com um nome, "Daniel e Rebeca".

Quando ela chega no quarto já não tinha mais tanta coragem ou até mesmo certeza de que queria saber o que estava escrito naqueles papéis, mas já que havia começado, iria terminar.

Daniel

Acho mais fácil você ler essa carta do que nossa filha, mas se por um milagre vocês dois fizerem isso eu quero que saibam de algumas coisas.

Primeiro, me perdoe. Você merecia mais naquela época, esse "mais" eu não fui capaz de lhe dar Daniel.
Mesmo que pessoalmente eu nunca tinha sido capaz de pedir perdão eu quero fazer agora.

Estou tentando reparar meus erros e eu sei que foram muitos, com vocês foram a maior parte. Vocês presenciaram o pior de mim. Continue sendo exatamente como você sempre foi, bom marido, boa pessoa, bom pai.
Agora vou escrever para Rebeca, sei que será mais difícil com ela já que ela presenciou coisas que uma criança não deveria.

Me perdoe.

Carla

A segunda carta era maior que a primeira, Rebeca sentia que ia desmaiar a qualquer momento, seu estômago revirava e ela sentia também que iria vomitar.

Rebeca

Você sempre foi mais forte que eu, sempre mais esperta, mais pura... eu cometi muitos erros com você, todos os homens que entraram naquela casa depois de seu pai, todas as garrafas de cerveja, todos os gritos... por favor, me perdoe, eu sinto muito, muito mesmo .

Eu me tornei e fiz com você as coisas que minha mãe fez comigo.
Não conseguirei reparar os danos com palavras, mas espero que consiga escrever tudo que está no meu peito.
A alguns meses eu tive uma overdose alcoólica e fui parar em um lugar que acolhe mulheres... "difíceis" e lá eu ouvi que tinha uma pessoa que me perdoava e me amava, eu acolhi esse perdão de um homem chamado Jesus, mesmo que eu me considere a pior pecadora que andou na face da terra.
Eu nao espero que me ame como uma filha ama uma mãe, porque talvez esse relacionamento eu nunca tenha com você e talvez tenha que morrer aceitando isso. Mas peço que me perdoe, peço que seja melhor do que eu, peço que seja melhor para você mesma.

Eu te amo

Carla

Quando Rebeca termina de ler a carta ela realmente corre até o banheiro e vomita, seu corpo todo formigava e seu peito parece que se rasgaria ao meio; quando ela retorna pro quarto a unica coisa que seu corpo conseguia fazer era deitar no chão e chorar, como se não houvesse amanhã, chorar como se as lágrimas estivessem carregadas de todo o peso que ela carregou consigo durante anos, como se as lágrimas fossem realmente lavar seu coração.

Com a mão na boca, preocupada em não acordar ninguém da casa, ela permanece ali, durante horas, horas demais para ser exata, lágrimas demais acumuladas.

Ora, quantos machucados uma pessoa consegue esconder e por quanto tempo até que tudo desabe? Ferimentos de infância podem durar a vida toda se não forem cuidados.

...

Erick acordou bem mais cedo que o habitual na manhã seguinte, o sol ainda nem havia pensando em aparecer, o que ele teria mais trabalho pra fazer naquele dia já que densas nuvens de chuva apareceram antes dele. Ninguém na casa já havia levantado então Erick improvisa uma xicara de café, que acabou saindo mais fraca que o esperado, e encostando na janela que dava para as árvores de frutas no fundo da casa ele fecha os olhos e suspira o ar úmido e gelado.

Quando ele abre novamente vê a silhueta de uma pessoa sentada na grama úmida e gelada do lado de fora, parecia ser uma mulher mas estava longe e escuro demais para que ele pudesse ver quem era. Erick corre e pega uma pequena manta e se apressa a chegar na pessoa para ver se estava ferida ou precisava de ajuda. 

Quando ele fica de frente para a pessoa em questão sua boca se abre com o choque; Rebeca estava com os cabelos soltos e molhados, estava gelada mas parecia não se importar, ao seu lado estava uma garrafa de whisky barato pela metade, ela parece ficar envergonhada e tenta esconder, mas a bebida e o frio devem ter atrapalhado já que ela desiste, mas porque esconder algo que já estava nítido.

_ Rebeca? Meu Deus! O que aconteceu? Vem, vai começar a chover.

_ Me deixa.

Um trovão forte ruje em cima dos dois e mesmo que Rebeca não quisesse (ou conseguisse) se levantar, ambos iriam sair dali, ou seriam carregados pela chuva.

Não daria tempo de chegar até a casa grande, ja que a chuva já estava dando sinais de que cairia forte em menos de um minuto e Rebeca mal conseguia se firmar nos dois pés, então Erick a leva para um quarto que era usado como depósito das flores e frutas quando estivesse na época da colheita, o que seria daqui alguns dias.

Rebeca tenta lutar mas é em vão, nem tanto pelo frio, mas pelo efeito da bebida em seu corpo.

Quando entram Erick a coloca sentada em cima de um pequeno banco encostado na parede e tenta achar algo que pudesse esquenta-los, mesmo que do lado de dentro estivesse bem mais quente que lá fora.

Quando ele olha para a janela novamente a chuva já estava forte, provavelmente, pelo estado de Rebeca, teriam sidos atingidos em cheio, ele só esperava que não estragasse sua colheita com tantas chuvas.

_ Pode me dizer o que está acontecendo?

_ Eeei bobinho do mundo encantado.... nós humanos temos problemas sabia?

A voz estava mole e arrastada, os olhos mal paravam abertos mas Erick iria fazer ela falar, com certeza iria.

_ Rebeca.

Ele se senta ao lado dela e levanta seu rosto, seus olhos estavam vermelhos e ele não consegue distinguir se eram pelo whisky ou se ela estave chorando.

_ O que aconteceu?

Rebeca parece que finalmente se recupera e se ajeita com dificuldade.

_ Nem todos tem uma vida fácil Erick.

_ Não foi isso que eu perguntei.

Com relutância Rebeca puxa de dentro da fina blusa de frio que ela usava um papel e entrega a Erick, mesmo úmida ele consegue ler cada palavra escrita naquela carta, enquanto lê ele observa Rebeca que parece perdida nos pensamentos.

_ Rebeca...

Não havia palavras naquele momento capazes de amenizar a dor que ela estava sentindo, então Erick se senta ao seu lado e a puxa para um abraço, ela cheirava a bebida barata mas ele ignora, estava fazendo o que achava certo naquele momento.

_ Eu perdi uma pessoa na guerra.

Provavelmente ela não se lembraria de nenhuma palavra que Erick dissesse naquele momento, então ele não se incomodou em contar a ela.

_ Se eu fecho os olhos em alguns momentos os sons ainda vem na minha mente, quando eu vi o corpo de um grande amigo caído sem vida nos meus braços eu entendi que aquilo não era vida para mim, então por favor, não aja como se eu não soubesse o que é a dor.
A única diferença foi onde eu a canalizei. O seu passado pode ter sido escuro, mas sei futuro não precisa ser, você merece mais do que isso.

Erick acaricia os cabelos de Rebeca e ouve o barulho de choro reprimido vindo dela, a tantas coisas que ele queria dizer mas não iria adiantar agora, não adiantaria falar de sentimentos... não era hora.

Ambos ficam ali por um tempo, até que Erick percebe que Rebeca havia dormido ali encostada em seu ombro, ele a encosta bem confortável e decide ir até a casa grande, a chuva ainda estava intensa mas ele não ligou naquele momento, Rebeca iria acordar com fome e queria pegar algumas coisas pra ela.

Quando ele entra na casa suas roupas estavam molhadas, seu cabelo pingava e seu coração estava acelerado, era horrível ver Rebeca daquele jeito, não se parecendo em nada com a menina que ele conheceu na biblioteca.

Após quase uma hora Erick verifica se tinha pego tudo, havia trocado de roupa e colocado algo quente, levava mais uma manta e uma cesta com frutas para ela.

_ Que lindo. Para quem são essas frutas?

Erick não sabia se deveria contar a Maria como Rebeca realmente estava, então ele apenas amenizou dizendo que ela não estava muito bem e que iria levar algumas frutas para ela, o que não era mentira.

Quando ele chega na porta e a abre o que ele encontra faz seu coração acelerar novamente, havia apenas a manta dobrada em cima da cadeira e um papel em cima do pequeno armário no canto.

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