Desvendando o mistério.
Olá pessoas! Mais uma vez trazendo para vocês uma fanfic com o projeto PurpleGalaxy_Project, e dessa vez o foco do sexto ciclo é o nosso gatinho preferido o Yoongi! Os temas sorteados foram Investigação Criminal e Pandemia, e eu escrevi sobre os dois temas, mas separados. Trouxe para vocês "A Casa 13"! Uma mistura de mistério, comédia e investigação criminal.
Espero que gostem e é isso! Boa leitura florzinhas!
CRÉDITOS:
Co-Autor:PurpleGalaxy_Project
Avaliação por:@childmoonlight
Betagem por:MoonchildSunn
Design por:lykamax
Park Jimin
Para começar essa história de investigação, primeiro, preciso dizer que não sou muito bom com essas coisas, e segundo, que eu sou um medroso. Não sou uma pessoa que lida bem com a morte, imagina com um assassinato!? Em todos os meus vinte e três anos de idade, essa é primeira vez que isso acontece no meu bairro. Ainda não consegui entender como isso foi logo acontecer num dos bairros mais calmos de Busan.
A vítima tinha fama de ser uma pessoa calma e fofa, e talvez por ser assim foi uma presa completamente fácil de predar. Minha avó disse que não era para sair na rua durante a noite, até acharem o assassino, mas, e se eu dizer que acho que sei quem é?
Meu vizinho da casa treze é bem suspeito. As cortinas sempre estão fechadas, e a noite, bem de noite mesmo, ele costuma sair e voltar só de manhãzinha. Já faz quatro dias desde o assassinato, e hoje de manhã, depois de ver meu vizinho chegar em casa, o jornal local anunciou o segundo assassinato. Na minha cabeça, as peças se juntaram completamente quando o vi com as mãos sujas de sangue. Perdi a cor, vendo ele entrar em seu quarto naquela situação, e fiquei pior ainda quando ele olhou para mim, sorrindo de lado.
Quase tive um infarto, mas fechei a cortina da minha janela, sabendo que ele ainda me olhava. Fiquei preocupado, mas logo tudo se dissipou, quando lembrei dos cupcakes que estava fazendo. Nunca corri tanto na minha vida por causa de um doce. Mais tarde, depois de sair do banho, passei de relance na janela e vi algo que me deixou com os olhos atrás da cabeça. No quarto do meu vizinho, tinha um quadro de vidro na parede sobre a cama dele. Peguei meu binóculo azul bebê, e fui bisbilhotar o que tinha ali. As fotos das vítimas estavam lá, e mais algumas seguem abaixo delas.
Parei de olhar no momento que vi a maçaneta da porta se mexer, e fui correndo pro meu closet para vestir uma roupa. Depois desse episódio, fui fazer companhia à minha avó, que comentou, durante parte da noite inteira, que estava com um pressentimento ruim.
Na hora de dormir, ela pediu que eu ficasse em seu quarto e não questionei nada. De manhã, depois que tomamos nosso café, recebemos a notícia de que mais uma pessoa havia sido assassinada. Só que, diferente das outras, ocorreu em um bairro um tanto distante do nosso. As características eram as mesmas da primeira e segunda vítima, coisa que fez minha avó me olhar com olhos assustados. De primeira não entendi nada, mas depois de lembrar como sou, me caiu a ficha que eu sou uma das presas perfeitas, para esse assassino desenfreado.
Minha avó me limitou a ir somente na esquina sozinho, e se eu fosse para algum lugar mais longe, que eu pedisse um Uber. Colocar os pés na varanda depois das seis? Fora de cogitação! Dona Min-hy não queria pensar de forma alguma, em receber uma ligação da polícia falando que eu tinha sido morto, então eu fiz tudo que ela pediu sem reclamar.
Ainda sim, minhas suspeitas sobre meu vizinho ser o culpado continuaram. No mesmo dia, depois de ver o jornal, olhando para o lado de fora, vi ele com as mãos sujas de sangue de novo. Min Yoongi, esse que descobri ser seu nome depois de fuçar no seu correio, estava no seu quintal, lavando as mãos com uma mangueira.
As roupas eram as mesmas que ele usava quando vi aquilo na primeira vez, mas diferente daquele dia, ele estava sorrindo muito, tanto que eu conseguia ver suas gengivas. Seria completamente fofo para mim, se não fosse pelas coisas que estava vendo e associando a ele.
Já não aguento mais me ver assustado toda vez que acordo e olho para janela. Então vou fazer algo, que até meu subconsciente vai questionar minha loucura sem precedentes.
[...]
São uma da madrugada, o horário que achei ideal para sair sem minha avó perceber. Ela dorme um sono profundo, então não vai perceber a minha saída. Para essa minha missão impossível, vou levar meu celular com o número da polícia já discado, vai ser como levar meu dedo no gatilho quando eu pegar ele no flagrante. Os anjos da guarda devem estar julgando até minha última célula, mas estou rezando para tudo dar certo.
Estou usando minhas roupas que costumo usar, um conjunto moletom azul bebê, que comprei no shopping recentemente, mais um para a coleção. Por conta do frio que faz a noite, optei por colocar uma touca branca bem felpuda para completar. Me encaixo muito bem nas características das outras vítimas, sei disso, e estou começando a pensar que estou fazendo uma grande bosta. Mesmo assim, segui com toda essa merda, saindo de casa comecei a andar sem rumo.
As ruas estavam completamente desertas, sequer escutava o barulho costumeiro que os gatos faziam ao fuçar o lixo durante a madrugada, e nem mesmo vi a sombra deles. Estava saindo do meu bairro para entrar em outro. O bairro vizinho estava mais escuro, coisa que estava me fazendo começar a tremer de nervoso. No meio da minha caminhada, comecei a escutar alguém andando atrás de mim. Meus olhos dobraram de tamanho, e meu instinto de gazela me fez correr em disparada no meio da rua.
Minha vida toda estava passando diante dos meus olhos. O barulho do meu perseguidor correndo era macabro, porque ele bufava e rosnava feito um animal. Antes de toda essa situação de assassinatos começar a acontecer, lembro bem de ver meu vizinho fazendo seus exercícios. Se fosse ele, já tinha me alcançado há tempos. Virei uma esquina entrando num beco, vendo ao fundo uma grade. Praguejei aumentando a velocidade, e, com muito esforço e adrenalina correndo nas minhas veias, pulei a grade escutando o corpo do perseguidor bater nela. Do outro lado, quando me virei, vi um homem de feições maduras e sorriso macabro.
Aquele não era meu vizinho, mas quando me virei para ir embora, ele estava lá me olhando.
- Boa noite loirinho, sua avó sabe o que 'cê 'tá aprontando? - Ele veio até mim colocando as mãos sobre meus ombros, me puxando para trás, para mais longe da grade, que estava sendo arrancada a base da força pelo louco que estava correndo atrás de mim. - Suponho que não, porque ela estaria puxando essas suas orelhas nesse instante, caso soubesse.
- Você não é o assassino. - Eu estava simplesmente travado, olhando agora para as costas largas dele. As coisas que vi, se encaixavam perfeitamente... Ele não ser o assassino não faz sentido.
- Claro que não, não sou um louco psicótico que mata pessoas fofas por causa de um fetiche doentio. - Ele me olhou de soslaio, seus olhos que sempre foram castanhos, estavam vermelhos, como o sangue que vi manchando as mãos dele na primeira vez. - Mas adoro vermelho marsala, pintar paredes faz muita bagunça, sabe?
Meu cérebro acabou de dar uma pane no sistema operacional, mas explodi por completo quando vi ele se mover de forma sobrenatural para cima do verdadeiro assassino. Em menos de três segundos, o homem assustador estava amarrado e pendurado na grade alta, e eu começando a sentir minha pressão caindo. Me sentei no chão sujo, vendo meu vizinho parar na minha frente agachado, me olhando preocupado e com um ar julgador.
- A polícia logo vai chegar, vou te levar para casa, porque a situação aqui vai ser bem estressante. Não vai querer um bando de homens velhos te interrogando. - Não ia querer mesmo, não ia ter condições de responder nada, porque não consigo tirar da minha cabeça que o homem na minha frente possivelmente saiu de um filme como Crepúsculo. - Durma.
Depois disso não vi mais nada.
[...]
Não sei que horas são, que cama macia é essa que estou, ou que lugar é esse. Só sei que as paredes são vermelhas, e o cheiro de rosas está impregnado no quarto iluminado pela claridade. Algumas coisas me vem à cabeça, me fazendo lembrar do que aconteceu comigo, nunca mais pretendo fazer uma loucura dessas, nem mesmo se alguém me ameaçar.
- Espero mesmo que essa seja a última vez, loirinho. - Me sentei na cama num rompante, olhando para o lado vendo meu vizinho ali. Seus olhos estavam normais, e seu rosto estava sereno, apesar de seu olhar ser de zombaria.
- Onde eu 'tô? - Perguntei, voltando a olhar ao redor, tentando fugir de perguntas embaraçosas.
- Para quem ficou me vigiando durante uma semana, achei que ia reconhecer de primeira. Você está no meu quarto, Jimin. - Vi ele levantar da poltrona, e subir na cama, sentando ao meu lado de forma desleixada. - Sabe, estava pintando essas paredes essa semana, e tive que ajudar um amigo sofrendo de uma desilusão amorosa. Socorrer um bêbado tarde da noite não é brincadeira.
Meu rosto começou a ficar vermelho como uma pimenta, e meu subconsciente estava me xingando em cinquenta línguas diferentes. Desviei meus olhos para o teto, mas de relance vi o quadro de vidro sobre a cabeceira da cama. Me virei para trás e comecei a ler o que tinha ali, começando a entender porque ele me seguiu ontem.
- Você estava investigando.
- Sim, eu estava. Nas duas primeiras vítimas, quando cheguei já era tarde demais, e aquele imundo já havia sumido junto com seu inibidor de cheiro. - Ainda analisando o quadro, vi minha foto ali, ligada às duas vítimas do assassino. - Você seria o próximo, não importa quanto tempo você demorasse para vacilar. Ao que saísse de casa, ele estaria te esperando em algum lugar.
Senti um frio na espinha ao ouvir as palavras dele, e automaticamente me abracei procurando conforto. Ainda sentia seus olhos em mim, então acabei me lembrando da cena surreal que se desenrolou na minha frente naquela hora. Seus movimentos, que não fui capaz de acompanhar, e seus olhos, vermelhos como as paredes desse quarto.
- Faça logo a pergunta, loirinho, estou até vendo fumaça saindo da sua cachola.
- Por algum acaso você é um vampiro? - Não precisava nem perguntar, eu que sou lento demais para assimilar as coisas, e também é um pouco difícil acreditar nisso. Na nossa atual sociedade, os únicos seres sobrenaturais que vivem no nosso meio são os vampiros, mas aqui na Coreia do Sul é um pouco difícil, e quase impossível, se encontrar com um.
- Sim, sou um tanto mais velho quanto sua avó e sua bisavó juntas. E sim, aqui na cidade, eu sou o único vampiro morando pelas redondezas. - Com a informação me joguei de vez na cama. Meus olhos presos ao teto, na minha cara um bico digno de um pato. - Não 'tá nem um pouco surpreso?
- Não, só 'tô me achando um burro, por nunca ter conversado com você, mas ai eu lembro que você sempre 'tá com uma cara de mau.
- Nossa, assim você fere meus sentimentos, loirinho! Cara de mau? 'Tá que todo dia eu tô com o humor do cão, mas sou um amor de pessoa quando quero. - Ele também se deitou, ficou resmungando coisas sem sentido, e depois se virou me olhando. - São as consequências da imortalidade, ficar de mau humor 24 horas por dia é normal para mim.
- Certo, mas você nasceu assim?
- Nasci, meus pais meio que só tiveram três filhos, eles tiveram essa dádiva porque são originais.
- Legal, eles moram por aqui também? - Como chegamos nesse assunto? Eu não sei, só sei que a coisa 'tá fluindo, e eu estou esquecendo do episódio horripilante com o assassino.
- Não, eles atualmente vivem na França.
- Entendo, qual é o seu nome mesmo?
- Min Yoongi, loirinho. - O tom de zombaria não deixava sua voz em nenhum momento, coisa que está começando a me deixar um pouquinho irritado. Mas convenhamos que eu sou um chato de galocha também.
- Certo, senhor morcego, não preciso me apresentar, porque até meu tipo sanguíneo você já sabe. - Realmente, meu tipo sanguíneo estava ali no quadro, junto à outras coisas, como locais que gosto de frequentar, e horários que costumo sair.
- É claro, na minha investigação não poderia deixar nenhum detalhe sobre as possíveis vítimas daquele cão maluco.
- Cão maluco? - Voltamos ao tópico do assassino. O nome condizia com a aparência daquele homem assustador, mas acho que não é só por isso.
- Veja com seus próprios olhos. - Yoongi catou o controle da TV de seu quarto, ligou a tela de 100 polegadas da Samsung, e logo eu estava vendo o jornal local da nossa cidade.
"Nesta quarta-feira, dia 08 de setembro de 2023, o assassino em série que vinha causando medo na população de Busan, foi enfim capturado por um anônimo, que deixou somente no local uma carta vermelha com as iniciais M.Y. A polícia acredita que o anônimo, é um sobrenatural que vem solucionando casos ao redor do mundo há mais de um século.
O assassino em questão, foi identificado como Yeon Jung-ki, um meio lobisomem que é chamado de "Cão Louco" por sua antiga matilha.
Completamente transtornado e fora da casinha, o homem com fetiches conturbados e distorcidos, fez 27 vítimas em todo o país, em menos de três meses. As autoridades, no momento, estão movendo o assassino até a penitenciária de segurança máxima mais conhecida de Seul, onde o diretor do local, Kim Namjoon, ficará responsável por aplicar a pena de morte para Yeon Jung-ki."
[...]
O caso foi solucionado, e eu não precisaria ter feito aquela loucura, mas como podemos ver, eu fui louco demais e quase morri. Minha avó não disse nada quando cheguei em casa, mas puxou muito minhas orelhas, dizendo que eu nunca mais deveria sair sem avisá-la. Meu vizinho Yoongi, o morcego de 230 anos de idade, passou a ser mais do que o cara estranho que mora na casa do lado da minha.
Depois de todo o transtorno, comecei a ajudá-lo a resolver grandes casos de investigação, ficando sempre satisfeito quando conseguimos solucioná-los. E claro, que não é só isso, porque em menos de um mês convivendo com ele, e com todo seu mau humor, eu me apaixonei.
Com orgulho devo dizer, que amo o branquelo com todas as minhas forças, apesar de querer matá-lo em alguma situações.
É isso, e tchau!
Caso "CÃO MALUCO", SOLUCIONADO.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro