Capítulo Bônus: Morrice é "adotado" pela família e o capítulo contará como eles estão agora. É uma pena que só Angelita tenha sobrevivido.

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Ao acordar com um sentimento estranho, Alejandro chamou Morrice para a cozinha, já acostumados em acordar e ver a mesa pronta, Angelita estava na varanda, olhando para o céu.

— Bom dia, mãe — chegou por trás dela e a abraçou, deixando um beijo em sua cabeça.

Entraram e sentaram-se à mesa. Eles estavam bem instalados em Perú, ontem Alejandro comemorou sua formatura e hoje sua mãe e seu parceiro, denominado agora de irmão, tinham uma surpresa para dar a ele.

Tomaram o café ouvindo música na rádio, a manhã estava mais claro que nos outros dias, o céu não continha nenhuma nuvem dando a impressão de que a qualquer momento se transformaria em água e desabaria em todo ser vivente.

Quandi terminaram, rapidamente foram se arrumar, estariam em um local particular, porém aberto. o dia aos poucos se fechava e a sensação indescritível persistia no garoto.

Agarrou-se à sua mãe, abraçando-a fortemente, pedia para que nunca mais fosse embora, mas como ela poderia conceder isto a ele? E como ele podia pedir isto a ela se ele mesmo quebraria o pedido em breve?

Assim se sucedeu a curta viagem até um prédio abandonado, com uma cobertura enorme e mui bela. Alejandro foi obrigado a fechar os olhos e ser guiado pelos seus únicos psrentescos. Subiu uma porção de escadas até chegar lá em cima, sabia que chegara pois sentia o vento se chocar contra seu corpo.

Ao ser permitido abrir os olhos, viu uma mesa com alguns alimentos, bolo, salgados, doces e bebidas. Um pequeno rádio foi ligado por Morrice e a voz de Ramon foi ouvida, cantando a música que fizera a Angelita.

O garoto olhou para mãe, sem entender, um misto de raiva crecera dentro de si, como ela se atreveu a mexer nas coisas dele e pegar o CD que seu pai deixara para ele?

— Você não tinha o direito de mexer nas minhas coisas.

O sol esquentava-o, pingos de suor surgiam em sua testa, seu pulsamento ficara acelerado e seus punhos cerraram-se.

De repente, Morrice estava sangrando, caíu ao chão e atrás dele estava Vincent Carter, com uma faca na mão, sua mão estava coberta pelao líquido vermelho do menino e, lançando àquela faca para o lado, Carter seguia para perto de Alejandro, sacando a arma de suas costas e apontando para o garoto. Lançou um olhar para a calada Angelita.

A voz de Ramon era ouvida com mais intensidade, o som do violão era como um convite para a morte, os olhos de Vincent estavam vivos, cobertos de vingança, lembrava-se das palavras que ele dissera: um assassino.

O garoto num desespero, estava à beira da cobertura, lançava um olhar para sua mãe e, de repente, toda sua família surgira, seus avós, seus tios, sabia que aquilo era imaginação de sua mente, era seu desejo. Morrice estava no chão, mas na sua mente ele resurgia dos mortos, naquele momento, seu pai aparecia, abraçado à sua mãe e, ao sentir uma fisgada em seu peito, tudo sumiu depressa, a cena real voltara a sua visão.

Ele tossiu, cuspindo sangue ao sentir outra fisgada atingir-lhe o estômago, levara dois tiros e sua visão ficara turva, Angelita se transformara em duas, tudo estava duplicado e escurecia aos poucos, sua voz era falha mas conseguiu pronunciar:

— Eu te amo, mãe.

E, tentando dar um paso para trás, escorregou-se e foi de encontro ao chão, sentindo a força da gravidade tirar-lhe a vida juntamente com a bala alojado em seu corpo.

Seu fim chegará.

Uma revolução fora resgatada, morte no verão, verão do Perú, inverno da Espanha. O mar estava abaixo dele e foi dentro daquele pequeno lago dentro de um espaço residencial que ele cairá. O poço onde jazia os mortos.

É uma pena que só Angelita tenha sobrevivido.

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