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1 de Março

Era satisfatório ter o sol iluminando o quarto e não mais a porção de neve a cobrir-lhe à visão. O serviço de quarto passa por lá de meia em meia hora, bem cedo chegaram lá duas moças para entregar o café da manhã, Alejandro estava sem camisa, então pôs um roupão por cima e abraçou seu corpo, sentindo o frescor da manhã.

— Senhoritas, por quê tão cedo? — perguntou educadamente.

— Me desculpe por atrapalhar seu sono, Senhor — desculpou-se a mais jovem, abaixando o olhar.

— Pareço um Senhor para você? — ele riu e ela o observou. Deram de ombros e Alejandro agradeceu, dando uma média gorjeta para as duas. — Sei que queria gorjeta de um himem sonolento — murmurou quando elas saíram.

Levou a bandeja para dentro, perto da cama e sentou-se no chão, o cheiro estava convidativo, como conhecia muito bem Morrice, sabia que ele urgentemente acordaria. E foi exatamente assim.

— Já chegou o café da manhã? — perguntou se espreguiçando — tão cedo, nem pude dormir direito — bocejou alto.

— Nossa, eu vejo! — ironizou — se não conseguiu, volte a dormir.

Mas é claro que ele não voltaria ao seu sono, com aquele cheiro que dizia: venha! venha! Como alguém poderia recusar? Alejandro levou a bandeja para a cama, cuidando para não sujar o lençol grosso que os cobria naquele calor infernal.

Comeram. Se deliciaram com aquela refeição e descansaram ao término. Deram uma volta no hotel e, enquanto Morrice pedia informações sobre a estação de Metrô que falará no dia anterior, Alejandro foi-se até a cobertura e retirou do bolso a carta enigmática. Puxou a última dobra e sentiu-se satisfeito por terminar sua missão. Não teve coragem de ler o que dizia, pois, passando os olhos, viu um agradecimento. Guardou para depois, apenas releu tudo e lembrou-se do que passará.

Em lembranças dolorosas — como o acidente —, ele passou a mão em seu ferimento que ainda não estava totalmente sarado mas conseguia ficar sem os curativos. Talvez por isso ele recebeu um cuidado imenso pelas Senhoras que faziam serviço no quarto. Era tratado como um bebê indefeso.

Quando foi de volta ao encontro de seu amigo, ele já tinha todas as informações em mente, foram pegar um táxi e o motorista os levou até a entrada da estação, informou como eles pegariam um carro para voltar e se despediu após o pagamento.

— Nunca andei de metrô. Como será? — perguntou um Morrice animado e, como sempre, agitado.

— É o que veremos agora — respondeu empolgado.

Entraram e compraram um cartão para passarem pela catraca, olhou os horários e não entendia muito bem o nome dos lugares que estavam escritos. Pediu informações e soube que o metrô era destinado à uma praia, era só esperarem até o último chamado. Foi o que fizeram.

Morrice segurava o braço de Alejandro, agindo como uma criança inocente com seu pai, embarcando numa aventura misteriosa. A ida foi tranquila. Esperaram, com o coração saltitante, à chegada do destino, tiveram medo de se perder, uma irônia, pois já estavam perdidos.

Porém, quando surgiu na paisagem areia e água, tiveram certeza de que aquele era o destino. Morrice se levantou para grudar-se na janela, em busca da visão perfeita entre o céu e as ondas que se quebravam na areia. Algumas rochas espalhavam-se pela praia, a água límpida dava uma lembrança do lago, quando saíram, o lago estava coberto com neve, agora, diante deles havia muito mais que um lago, com suas águas convidativas e um clima fresco.

Quando saíram do metrô, com as pernas bambas e o corpo frio por causa do ar-condicionado, espreguiçaram-se e caminharam pela calçada que os levaria à areia. Tiraram os sapatos e até a camisa que vestiam, sentiram os pés na areia quente e, aos poucos, conforme iam andando, sentiam a água fria tocar a ponta de seus dedos, causando uma sensação de refrescancia total. Eles não estavam preparados para um mergulho, mas com certeza voltariam para mergulhar.

Sentaram-se na areia e observaram aquela visão. Correram entre a areia e a água do mar no intuito de tentar pegar um ao outro e assim, brincaram apenas para aproveitar aquele dia de descobertas. Um novo céu abriu-se diante deles.

❄ ☀ ❄ ☀

Não durou horas, os minutos foram poucos, cansaram e entraram novamente no metrô, agora de volta à Villa El Salvador, caminhavam até a saída, onde o motorista os informara mais cedo.

Alejandro observava ao redor, via as residências construídas naquele local e imaginava qual delas era a da "Senhora Rosales". Ao captar um prédio com a tinta gasta, viu um homem bem vestido ali, parecia ser algum porteiro já que estava parado defronte ao portão.

— Vamos pedir informação àquele homem — apontou o garoto.

Sem questionar, seu parceiro o seguiu, correram para atravessar a rua e pararam ofegantes perto do homem. Completaram o caminho andando até o alcançar.

— Olá. Sabes informar quem é o proprietário dessa residência?

O homem, num ato estranho, o puxou pelo braço para o canto inferior do prédio. Ele abriu um sorriso maldoso como se olhasse para duas crianças indefesas, como um predador e sua presa.

— Passem tudo, agora! — falou apenas, suspendendo a barra da camisa e mostrando uma arma. Ele os prendeu contra a parede, dificuldando as movimentações. — Depressa!

Cobertos de medo, pegaram a carteira que trouxeram e a entregou para o homem que a abriu e pareceu satisfeito. Ele saiu e informou que não fazia idéia de quem era o dono daquele prédio, mas que foi um prazer conhecé-los.

— Droga! — xingou enquanto pisava duro para bem longe dali, puxando o menos consigo. — Vamos procurar uma delegacia.

Demoraram-se à procura de uma delegacia, pediram informação às muitas pessoas que passavam por ele, totalmente alheias do acontecido. Quando finalmente alcançaram a tal delegacia, não pararam para observar a construção estranha com àquela grande denominação. Apenas subiram a escadaria que mais parecia a de um fórum e adentraram com o nervosismo a flor da pele.

— Com licença, quero registrar um roubo — informou eufórico na recepção onde havia dois policiais que tomaram um leve susto à repentina voz do garoto.

— Aguardem ali, por favor, chamarei a responsável por estes assuntos — pediu um dos policiais.

Sentaram e ouviram o policial entrando, deu para ouvir o que dizia. " Cadê Angel? Temos um caso para ela." "Ela está se trocando, o turno dela já acabou." "Ali, ela está saindo."

O homem andou rapidamente na direção da mulher que passava pela porta e sussurrou algo no ouvido dela. Ela retrucou dizendo que estava indo pra casa. Como estavam longe, não viram ela revirar os olhos e o homem a repreender.

Segundos depois ela se convencerá, ou não, e caminhava na direção deles. Alejandro abaixou a cabeça quando ela chegou perto, impedindo-se de ver seu rosto.

— Desculpe por atrapalhar seu dia, Angel.

— Não me chame de Angel, meu nome é Angelita — Alejandro levantou o olhar e viu ela revirar os olhos — e você é...

Por um momento ela parou no tempo, com os olhos esbugalhados a observar cada detalhe do rosto do garoto. Alejandro também ficara boquiaberto com a pessoa que estava diante dele, alguns centímetros distante. O policial perguntou se estava tudo bem, Morrice olhava de um para outro sem entender, quando o garoto estava prestes a soltar uma letra, o dedo daquela mulher o silenciou.

— Está tudo bem Michel, deixe que eu cuido deles.

Pediu para que se levantassem e os levou para fora, sem dizer nada. Somente quando estavam no estacionamento que ela segurou Alejandro pelos ombros para ter uma imagem melhor de seu rosto. Primeiro acariciou seus cabelos.

— Você se parece muito com Ramon — anunciou sorrindo.

Seus dedos tocaram a face do garoto, alisando-o e o afagando num gesto carinhoso, não demorou muito até iniciarem um abraço, abraço apertado e sincero, em certo momento Alejandro se afastou e sussurrou no ouvido de Morrice:

— Você também vê essa mulher? — ele assentiu — não estou dleirando? — ele negou — essa é a minha mãe — anunciou.

Voltou a abraçá-la com os olhos lacrimejando, segurou a carta e leu, sem que ela vesse que ele lia. Seu coração confuso batia contra o dela, ambos sentiam os batimentos descompassados de seus respectivos corações. O sangue puxa e o sangue os puxou.

querido, eu sabia que conseguiria; me perdoe por tudo e não se culpe, ouça a história, confie, é a mais pura verdade... obrigado por vim ao mundo... obrigado por desvendar...
...não chore, estou bem agora... obrigado!

As lágrimas desceram, jorraram, sem controle, sem limites, ele gemeu, fungou como uma criança, se derramou como nunca havia feito, seus olhos ardiam, lembranças vieram em completa desordem, não se questionou, apenas sentiu à harmonia daquele abraço, todo amor e toda a saudade daquele abraço.

— Você foi roubado? O que houve com você? Cuidarei de você agora, estou ciente de que seu pai faleceu.

Ela o colocou dentro do carro e pediu para que Morrice, até então desconhecido para ela, entrasse também. Sem que ela pedisse, Alejando jorrou informações, falou tudo o que viveu neste tempo, sua missão estranha de desvendar os segredos da carta e tudo o que sentiu neste tempo inteiro. Contou também como conhecera Morrice e ele se sentiu livre para contar parte de sua história. Logo em seguida foi a vez de Angelita falar.

— Sei que vocês achavam que eu estivesse morta, vocês podem até ter ido me visitar no cemitério, mas eu forjei a minha morte. Seu pai não fez nada para ser perseguido, ele apenas cumpriu com seu trabalho, mas por isso foi odiado por muitos, a vida geralmente é assim. Eu vim pra cá e, de uma forma, dei notícias para Ramon. Ele estava ciente da minha morada e eu tive de mudar a cada novo mês, pois mesmo longe eu estava sujeita à morte. Tingi meus cabelos de ruivo, como vocês vêem e passei a viver como delegada aqui, apurando os mais fracos casos, mudei apenas o meu sobrenome para Ort. Angelita Ort. Minha gravidez era de risco, e eu não podia ter você, pois meu trabalho exigia muito de mim, então te deixei com Ramon, dando por morta, ele cuidou muito bem de você pelo visto.

Entraram numa conversa sobre o falecido homem até chegarem à uma pequena casa, onde ela abrigava agora. Foram bem recebidos pelo bull-dog que ela criava, sentiam-se à vontade. Daí contaram sobre o roubo e informaram que a mochila com as roupas deles estavam no Hôtel, a estádia já estava paga pois não sabiam quando iriam sair e nem o que poderia, de repente, acontecer.

Ela se dispôs a ir lá, mas antes abraçou novamente seu filho abandonado e encheu seu rosto de beijos, afagando seus cabelos e olhando-o profundamente.

— Filho, eu te amo está bem? Nunca mais te abandonarei.

— Eu... Também te amo, mãe.

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F
   I
      M

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