Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

. 11 .

20 de Fevereiro

— Vamos, acorde! — Alejandro falou, chacoalhando o corpo pequeno do seu parceiro.

— O quê, o que foi? — respondeu sonolento.

— O dia já começou há muito tempo. Não é porque dormimos tarde que vamos acordar tarde também né?

Uma rápida lembrança do dia anterior invadiu a mente dos garotos, ambos estavam com alguns machucados espalhados no corpo por terem pulado o muro e passado por debaixo de uma cerca ao ver que o proprietário havia acabado de colher os morangos que tanto desejavam. "Seus malandros, os pegarei."

— Droga, onde eu fui me meter — resmungou. — Vamos a algum lugar por acaso?

— Sim, vamos, por favor levante-se logo.

Ele se levantou reclamando e foi fazer suas higienes e em seguida pegou uma maçã e foi de encontro à Alejandro que estava do lado de fora da casa.

— Tudo bem, para onde vamos?

Alejandro nada respondeu, apenas começou a seguir sua trilha. Minutos depois, resolveu ler a carta para o parceiro, até a parte do dia de hoje. Como já havia explicado sua história, foi fácil para o menino entender parcialmente do que se tratava, até porque, nem o próprio destinatário compreendia ao todo aquela carta.

tem um galpão, aquele galpão abandonado, quando você era pequeno, eu lhe disse que havia um corvo trancado lá dentro e que você não poderia entrar... é muito mais que um corvo, acredite.

— Corvo? — perguntou ao final da leitura, se encolhendo. — O corvo não é relacionado com alguns elementos obscuros e sombrios?

— Sim. No entanto, pode também simbolizar características positivas. — Ele lhe sorriu. — Topa ir comigo?

— Eu sou seu parceiro né? — respondeu revirando os olhos — além do mais, já estamos a caminho mesmo.

Ambos riram e continuaram seu caminho, o garoto continuava com sua falação e Alejandro apenas o ouvia e falava quando necessário. Minutos mais tarde, ele avistou ao longe a imagem do galpão, inacabado em seu exterior e passava uma impressão de que ainda dava-se para viver ali.

— Lhe parece assombroso? — perguntou, dando um empurrão em seu parceiro - está com medo, Morrice?

— Não zoe agora — respondeu com um bico de chateação —, geralmente estes lugares nos dão uma falsa impressão, você é tolo? — lançou-lhe um olhar provando que estava consumido pelo medo — vais dizer que não hesitou comigo quando me conheceu? Precisamos entrar.

— Medroso — foi tudo que disse, com um sorriso brincalhão.

Avançaram até a trilha já pertencente ao galpão, pisavam em algumas pedrinhas misturadas à neve e o caminho aos poucos desfazia-se de neve, estava bem rasinha como se toda a nevasca que caiu, não tivesse atingido aquele lugar.

Sem dizer uma palavra sequer, abriram a porta de madeira, precisaram fazer um pouco de força e a porta fez um som esquisito, talvez estivesse velha demais.

Logo, estavam no interior do galpão, havia algumas folhas de jornal espalhadas pelo chão, ao pegar uma delas viu que falava sobre um incêndio naquele local. Ao andarem um pouco mais, pisaram em um dos pisos de madeira que parecia solto e um rangido foi ouvido, junto à um grito desesperado de um pássaro que bateu suas asas em direção ao teto. O teto, estava se despedaçando, parte dele havia caído e uma pequena abertura ficou em seu lugar, de noite a lua daria para se ver bem ali naquele lugar.

— O que acha deste lugar agora, Morrice?

— É muito mais que um corvo, acredite! — respondeu usando as palavras de Ramon. Alejandro revirou os olhos e pediu para que não falasse frases de seu pai. — Não, venha aqui.

Alejandro foi puxado pelo seu parceiro, subindo uma pequena escada, parecia mais um trailer e, para a esperança dos dois, a lâmpada funcionava para iluminar a escuridão intensa daquela área. Deram-se de cara com documentos desorganizados nas prateleiras, tinha uma mesa mais no fundo e ali estava uma pasta aberta, alguém havia entrado ali para olhar aquela pasta. Foram olhar e no papel continha um endereço, apenas um endereço escrito no meio da folha.

— Suspeito... vamos até lá? — sussurrou como se alguém estivesse com eles.

— Por que está sussurrando? Está me assustando — respondeu com voz fraca. — Tá, vamos até lá. Mas eu espero que não seja destruído e fantasmagórico como aqui.

Morrice observou seu parceiro recolher aquela pasta com um olhar determinado, àquela altura, ele já sabia que aquilo era arte de seu pai, e o motivo da existência do corvo naquele lugar talvez tenha sido para proteção, o corvo não deixaria outra pessoa entrar. O endereço fazia parte de sua missão.

Antes de sair por completo, pegou escondido uma pasta que continha seu nome e a levou consigo. Saíram do local lendo algumas das muitas folhas espalhadas no chão e, enquanto Alejandro decifrava o endereço, Morrice observava o exterior do galpão um tanto assustado.

Seguiram no lado inverso até chegarem ao endereço que deu-se por uma casa, diferente do galpão, bem construída e pintada, imaginavam-se o interior como seria. Alejandro olhou para seu parceiro e sorriu para ele, simbolizando satisfação.

Subiram os dois degraus até chegarem no hall aconchegante  da casa, o piso era de acrílico e a porta estava pintada em sincronia com o resto da casa. Bateram na madeira até que alguém fosse atendé-los. Era um homem rechonchudo, com um bigode bem feito e cabelos bem cuidados caindo-lhe ao rosto, alguns fios brancos davam a ela a harmonia da idade.

— Ora, ora! — disse o homem ao atender a porta — ao que devo a honra desta visita?

A voz retumbante assustou-os de início e fez consequentemente uma lembrança surgir. Quando estavam caminhando, em certo momento, Ramon contava ao filho sobre suas amizades, até chegar ao homem de voz alta e sua típica frase: — Não me culpe, minha mulher era artesã. 

Alejandro deu de ombros e voltou ao seu estado real, ali, diante daquele homem de lábios finos, cabelos macios e pele alva.

— Perdão, como tem passado? — Morrice se pronuncia ao perceber que seu amigo estava em uma de suas divagações. — Eu sou o Morrice Burnier e este é o Alejandro.

Estenderam-se as mãos e apertaram-nas.

— Sou o Vincent Carter. Pensei que meu sucesso já havia se perdido nestas novas gerações... apenas isso pode explicar o surgimento de vocês. — Ele olhou ansioso por algo da parte dos garotos, vendo que não conseguiria, juntou as mãos e virou-se — vamos, entrem.

Entraram em silêncio, Morrice deu um pequeno empurrão em seu parceiro para que se alertasse. Observaram o interior bem organizado da casa, a sala que lembrava uma época passada estava, em sua maioria, com muitos retratos espalhados e algumas imagens simbólicas.

— Se acomodem que pegarei uma xícara de café.

Os dois obedeceram e se sentaram no sofá, lado a lado, cochicharam sobre a estranheza do dono da casa e alinharam o corpo quando Vincent voltou.

— Vocês sabem que sou um detetive, não sabem? — ambos não responderam nada — pelos meus cálculos nem mesmo vocês sabem por quê estão aqui, certo? — exclamou sem obter resposta imediata — vocês me lembram um amigo meu, quando minha mulher estava grávida, eu admirava o filho deste meu amigo, ele era ótimo. Que saudade! — suspirou. — Agora me digam por que estão aqui?

— Bom... Achamos seu endereço em um papel num galpão abandonado — deixou escapar, Morrice.

— Galpão abandonado? — arregalou os olhos. — Se for onde estou pensando, por que vocês iriam até lá?

— A ordem do pai dele — apontou Morrice, novamente.

— E quem é o seu pai? Deve ser alguém que eu conheço? Não é possível, só pode significar que ele está... morto?

— Sim. Eu sou o órfão Alejandro Rosales, filho do recém-falecido Ramon Rosales.

— Ramon faleceu? Não me diga barbaridades.

Ao perceber que era verdade aquela informação, deleitou-se à súbita e forte tristeza por saber daquilo.

— Eu era amigo dele. Ele nunca te contou sobre mim? Infelizmente ele se envolveu com coisas nada legais e acabamos nos separando por conta disto. Ele deve ter morrido após o que fez, até que demorou já que ele estava sendo procurado pela polícia de cinco lugares diferentes. Quando você fizer sua viagem cuidado para não te confundirem com ele.

O homem falou sem parar e Alejandro demorou um pouco para processar aquelas frases em sua mente.

— Meu pai nunca falou sobre um Vincent Carter.

Mas ele não lembrava, seu pai não havia falado este nome, mas falava sobre esta pessoa repetitivas vezes em toda a sua vida. Acaso ele se esquecerá do tal amigo de teu pai?

— Bom. Posso contar-lhe a história dele e o que você deve fazer a seguir. Sentem-se, colocarei o café e alguns pães de queijo — anunciou apontando para a mesa de jantar onde já estavam as xícaras. Os dois se dirigiram para lá.

— Ele parece ser um pouco aluado — pronunciou Morrice depois de um tempo. — Será que ele é uma pessoa de perfeito juízo?

— Deve ser. Lembrou-se de meu pai, então...

Detetive Carter, agora afastado do serviço por conta da idade, chegou à mesa com o café pronto e a cesta de pães de queijo, colocou-a sobre a mesa e distribuíu o café nas xícaras, sendo que na hora dele, ele acabou por derramar um pouco no pano de mesa e soltou um xingamento baixo. Todos à mesa riram-lhe e ele bufou, olhando atentamente par aos dois

— Não me julguem, minha mulher era artesã.

E tal frase despertara Alejandro, ele ficou boquiaberto e lembrou-se. Era ele. O amigo que seu pai tanto falava era aquele homem, porém, ele não sabia, pela falta de identidade na época passada, não sabia que agora falava com o amigo de seu pai, respeitado e aparentemente amado.

— Lembrou-se de mim com esta frase? Seu pai realmente achava engraçado quando eu dizia isto... — falou quando viu a expressão do garoto — não me admira saberes disto.

— É, meu pai te imitava como uma forma de zombaria, ele gostavs muito de ti, não parava de falar sobre você, mas nunca havia me dito ou mostrado, de fato, quem era.

— Pode confiar em mim — disse pousando-lhe a mão em seu ombro — confie em mim, Alejandro — e assim, sua mente voou no alto dos questionamentos e da dúvida.

❄❄❄❄

Deixe teu voto. 🌟

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro