Kira Campebell/Heitor Duarte

Nosso jantar foi animado. Minha mãe mesmo cansada fez questão de preparar a comida. Por hoje convidei o Antonny e o Alfred para dormirem no quarto de hóspedes. Eles aceitaram e com alguns dos seguranças do Heitor dormiremos tranquilos. Heitor não tira os olhos de mim e mesmo não sendo uma mulher vergonhosa eu fico um pouco sem jeito. Todos brindamos por dias melhores, organizamos as louças e a Angel subiu para o quarto dela. O Alfred ficou com a minha mãe e o Antonny foi deitar.

Heitor me explica como os equipamentos de segurança funcionam e onde as câmeras estão instaladas. Instalou o app no meu celular e agora posso mesmo de longe, monitorar tudo em casa. Mais não falarei para ninguém. Ficar de olho é o melhor a se fazer.

Subimos ao meu quarto e ainda com as lembranças calorosas do nosso momento juntos nos deitamos. Beijos, amassos, gemidos e abraços embalaram nosso sono.

— Bom dia minha gata. — Foi tudo maravilhoso, tudo ao lado dela é especial. Acordar de manhã e dar de cara com essa mulher divina, não é para qualquer um não. Ela boceja e sorri.

— Bom dia. Não vai trabalhar não?— Ele me olha de um jeito que perco até o ar com seu olhar penetrante.

— Vou, mais primeiro estou a admirar tamanha beleza.— Linda.

— Até parece, todo mundo de manhã parece zumbi.— Menos ele que parece ainda mais perfeito.

— Zumbi ou não isso não me importa. Essa mulher aqui...— Peguei em seu rosto.— é a mulher mais linda que já vi.

— Vou fingir que acredito.— Ele me beija devagar e fala entre meus lábios.

— Pode acreditar. Você é gostosa pra caralho. — A tomo em meus braços e depois de longos beijos e amassos, ela deita sua cabeça em meu peito.

Fico sentindo seu peito que sobe e desce e as batidas do seu coração. Ele tinha que me roubar não é. Estou com medo. Não sei o porquê. Nunca tive medo de nada...mais agora estou assim...medo de perdê-lo para sempre.

— Está tudo bem?— Ela está muito quieta.

— Está sim. Hora de você ir garoto.

— Queria fica mais um pouco. — Nunca pensei que estar ao lado de uma mulher fosse tão bom assim. Meu desejo é ficar o tempo todo ao lado dela. Não sei quando foi que fiquei assim...abobalhado.

— Você tem uma empresa para gerenciar. E eu vou dar uma passada lá no DP. Eu volto só na outra semana a trabalhar de verdade, mais quero estar a par da situação. Volto na hora do almoço.

—Posso te levar e podemos almoçar juntos o que me diz?— Assim ela não se cansa tanto.

— Heitor você não é obrigado a fazer isso. Posso ir com a Angel. Vou convesando umas coisas com ela. — A Angel tá estranha, preciso sondar algumas coisas.

— Tudo bem. Mais não vai escapar do almoço. Passo por lá e te pego.

— Está bem. Vamos que minha mãe já deve ter feito o café. — Levantamos, ele tomou banho enquanto arrumava umas coisas. Entrei no closed e peguei duas armas. Carreguei elas e deixei separada na bancada. Depois de um tempo ele saiu do banho. Com uma toalha enchuga o cabelo e a outra está envolto da sua cintura. Se não me controlar, não sairemos desse quarto hoje.

— Não vai usar isso por aí.

— Precaução nunca é demais.

— Minha mãe deixou um espaço aqui pra mim. — Sorri...há palitós novos, roupas casuais e de dormir. Essa Scarlet.

— Tô vendo. Acho que ela pensa que não vai mais voltar pra sua casa. Não pense que já vai morar aqui. — Olhei pra ele divertida.

— Presciso casar primeiro não é? — Essa idiéia de casamento ainda me assusta.

— É sim. Pena que ainda não estou pensando nisso.— É uma responsabilidade muito grande e no momento não posso correr esse risco. Quem sabe no futuro. Não sei o que nos aguarda.

— Somos dois então. — Quem sabe depois que isso acabar as coisas fluam normalmente. Sem pressão.

— Cuida. Preciso falar com o Carter. Estar a par das situações. — Faz uns dias que não tenho notícias dele.

Esse cara de novo. Beleza Heitor é colega dela. Ele pode nutrir sentimentos por ela mais ela está é com você. — Tá bom. Mais antes um beijinho vai cair bem.

— Você está demais. — Ele chega perto de mim e encosto na parede.

— Beijar quem gostamos é sempre bom. — Ainda mais quando a pessoa beija bem demais. Pego ela pela cintura e lhe beijo, minha boca na sua evoca pensamentos bem profanos. Ela se entrega e seus braços me apertam contra ela. Aprofundo ainda mais nosso beijo. Se ela não me afastar essa toalha vai a baixo. Suas mãos percorrem meu corpo desnudo e me contraio ao seu toque  e meu amigo está bem animado. A chama é altamente perigosa. Pego-a pelos cabelos e minha boca a devora. Aperto seu corpo no meu e sinto o mundo parar.

— É melhor parar. — Falo entre seus lábios. Mesmo que minha vontade seja de ficar aqui o resto do dia. Já perdi tempo demais pra pegar aquele desgraçado. Nos afastamos e esse pecado em forma de homem, me olha intensamente e minha respiração desecompassada não ajuda muito. — Não me olha assim. — Pode alguém querer tanto uma pessoa dessa forma tão louca e alucinante?

— Não posso te olhar de outra forma, Kira. — Eu não sei mais quem eu sou perto dela. Ela me toma de tal forma que é difícil resistir a ela. — Não quando meu peito e minha razão só veem você. Me aproximo novamente dela e pego seu rosto em minhas mãos. — Estou sendo bobo eu sei, mais você me desperta tanta coisa.

— Eu sei, sinto isso também. — Passo meus dedos em seus lábios...— Não quero você longe de mim. Não sou uma mulher grudenta, mais te quero por perto. Gosto muito de você Heitor. Até mais do que eu gostaria. — Ele me beija e depois me abraça. É um refúgio seus braços diante dos acontecimentos a nossa volta.

— Não vamos ficar longe um do outro.

— Agora vamos. — Ele me dá um selinho e se veste. Estamos na mesa quando a Angel desce.

Ela está estranha...desde o sumiço dela naquele dia ela mudou um pouco. Não sei o que está acontecendo mais com ela. Angel nunca foi assim...ela parece pensativa demais.

— Bom dia gente. E aí Heitor, gostou do quarto da Kira? — Mesmo assim ela não perde o humor.

— E como gostei. — Olhei pra Kira e sorri. — Super confortável, dormir muito bem.

— Dormiu? Sei.

— Angel, deixa de ser intrometida. — Alfred e Antonny começam a sorrir discretamente. E minha mãe também.

— Ai Kira é muito chata. E vai pra onde vestida desse jeito?

— Para o DP.

— Filha você ainda não terminou a licença, não está recuperada totalmente.

— Eu juro que se eu ficar mais um dia sem fazer nada eu vou pirar. Não aguento mais...e eu estou bem. Não vou fazer arte.

— Teimosa não. — Minha mãe é igual a Angel num drama.

— Estou de olho nela dona Maria.— Se Kira não se cuidar ela vai ver só.

— Tá bom! Vamos parar que eu não sou criança. Já estou bem grandinha, eu sei cuidarde mim. — Todo mundo se calou e terminamos o café em paz. Alfred ficou com minha mãe, Angel, Antonny, Heitor e eu saímos de casa.

— Te cuida. — Mesmo ela sendo durona não deixo de me preocupar.

— Pode deixar. Você também se cuide.— Ele me deu um beijo e entramos no carro.

*****

Angel

Desde o dia que aquele cara me sequestrou, ele não me procurou. É melhor assim. Dona Maria me consolou. As palavras da Kira foram bem duras. Mais eu entendo ela. Nossa mudança foi legal. A mãe do Heitor é uma amor e mobilhou a casa toda. Eu achei um máximo. A Kira que é orgulhosa não gostou muito, mais com o tempo ela vai aceitando bem. Subi para meu quarto estou cansada, mudança dá um trabalho tremendo. Meu telefone toca um número desconhecido. Será se é ele? Deveria denúncia-lo a Kira...na verdade nem sei o que fazer?

Atendo ou não?

#Ligação ON#

— Alô. Quem fala? — Escuto sua respiração do outro lado da linha.

— Já esqueceu de mim Angel?— É ele.

— Como conseguiu meu número?— É claro que ele deve ter pego na casa dele.

— Isso foi fácil. Vocês mudaram não é?

— Sim. — Ele deve estar nos vigiando porém aqui é bem mais seguro.

— Preciso te ver. Amanhã a noite eu vou ai.— Ele tá doido.

— Você está louco, não pode vir aqui. Tem câmeras por todo lado aqui.

— Eu sei tive aí um dia depois da instalação. Você só precisa desligar o sistema de segurança por um minuto. Esse sistema na dá pra invadir sem que seja enviado uma alerta para o fabricante.

— Se a Kira te achar aqui ela vai te matar.

— Não vai não. Eu sou tão bom quanto ela.

—Amanhã as 2:00hs da madrugada deixa sua janela aberta.

— Meu Deus...eu não sei não. Você quer morrer?

— Bjssss gata.— E ele ainda desliga na minha cara. Se Kira já me olha desconfiada depois dessa, ela me mata.

#Ligação OF#

Dormi vai ser difícil. Tomei banho, pelo menos agora tenho um banheiro só para mim.  Vesti um pijama e nada do sono chegar desço para tomar uma água. Dona Maria está sentada na varanda. O que ela faz aqui uma horas dessas. São 3:00 Bebo a água e vou até ela.

— Dona Maria. Que faz acordada uma hora dessas?

— Não conseguir dormir meu bem.— Ela parece distante.

— Eu também não.— Sentei ao lado dela.

— Estou aqui pensando no passado. Minha filha finalmente conseguiu realizar seus sonhos. Agora tem uma casa enorme, trabalha, tem você...— Ela me olha e sorri. — Estou muito feliz por vocês duas. E ainda tá namorando...

— Realmente...foi tudo com muito esforço e trabalho. E ela tem a senhora aqui também. — Ela sorri.— E o pai da Kira, a senhora nunca teve notícias dele?

— Não. Espero que esteja feliz. Soube 1 ano depois que ele casou e teve um filho. De lá pra cá nunca mais soube de nada. — Tadinha da dona Maria. — Deixa isso pra lá. A Kira não quer saber dele e é melhor assim. Menina, e você quando é que vai encontrar alguém?— Ela espera uma resposta.

— Ai dona Maria...conheci um carinha ai, mais é complicado....— Fora o fato dele está com o coringa.

— Menina quer um conselho? Se joga. Eu passei muito tempo da minha vida sozinha e esqueci de ser feliz. Não deixe a oportunidade passar.— Nossa...pior que não é tão fácil assim.

— Vou pensar nisso. Mais e o Alfred emm....vocês bem que combinam.

— Você acha?— Ela corou.

— Lógico que eu acho. Não perca mais tempo mulher.— Ela sorriu.

— Você não existe...eu vou deitar.— Ela me dá um beijo na testa e eu fico sozinha pensando em alguém de quem eu nem sei nada.

****

Pego o volante so carro e o Antonny vai atrás. A Angel está sentada ao meu lado.

Angel parece aérea.

— Tá tudo bem Angel? — Ela não me olha. Tem coisa errada ai.

— Tá sim.

— Tem certeza? Você está distante.

— Não dormi direito...ainda estou cansada.

— Hummmm...Angel se tiver alguma coisa que queira me contar é melhor falar. Não me esconda as coisas. Pode ser perigoso pra você.

— Eu estou escondendo nada. Para tá bom. — Ela fica tensa, estou de olho.

— Beleza. — Seguimos o restante do caminho em silêncio. Se ela pensa que me engana, está enganada.

Chegando ao DP entrego o caro ao Antonny e dou instruções a ele para ficar de olho na Angel e ficar por perto. Subimos e ela se vai para seu departamento, enquanto eu subo para minha sala. Ao abrir a porta do elevador os olhares de todos se voltam para mim. Será se aconteceu alguma coisa por aqui e não estou sabendo. Me dirijo até minha mesa e diante do meu olhar investigativo todos se voltam a seus afazeres. Sento navminha cadeira e me sinto em casa. Ligo meu computador e começo digitando uma lista de suspeitos. Estou concentrada, mais percebo a movimentação ao meu redor.

— Olá dona Kira. — Essa voz me é familiar mais não consigo me lembrar de onde. Me viro para o sujeito e não lembro.
— Olá! Você é...?

— Agente Colson...— Tentando buscar aqui na memória. Acho que lembro desse nome vagamente.

— Trabalhamos na operação Lava jato. Lhe dei assitência com o suspeito Mario Dias.

— Nossa isso é verdade. — Trabalharei com a senhorita. — Que gentil. — Não sabia que viria trabalhar hoje.

— Decidi vir logo.

— Seja bem vinda de volta.— Assenti com a cabeça. Preciso de irfomacões sobre esse cara. Ele é lindo. Alto, loiro, forte, olhos verdes...uma beldade.

— Depois agente senta pra conversar. Tenho que resolver umas coisa aqui.
Tudo bem. Ele se retira e contínuo minhas anotações. Por volta de umas 10 horas, fui chamada a sala do chefe. Ele me deu algumas advertências e voltei para minha mesa. Chegando encontro uma caixa e um buquê de rosas vermelhas sobre minha mesa. Quem será que deixou isso ai? Me sento, pego o buquê e tem um cartão no meio. Abro e leio: " Kira, esse presente é um desejo de boas vindas e melhoras."— Não tem remetente.

— Olá Kira. Porque não me avisou que vinha? — O Carter aparece.

— Decidi de última hora.
Seja bem vinda de volta.  — Ele me abraça e depois foca nas flores e na caixa.

— Presentes.

— Sim e não tem remetente. Vou abrir pra ver o que é. Coloco as flores num canto e pego a caixa. Ela é dourada, e uma fita emfeintam a parte de cima. Parece fria. Desato o laço e puxo a fita que a está prendento. Ao abrir levei um susto e me sentei na cadeira. Que diabos é isso?

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Olá meus queridos!😍

Kira e Heitor são muito top.

E a Angel coitada. To sentindo que essa visita do DC vai dar confusão.

Eita enfim o presente chegou.🤢

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