Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Eu sou o cordeiro?

Nasci de uma promessa, do sonho de um homem que esperou por mim, por muitos anos.

Isaque, significa "Ele rira".
Nome que recebi graças a minha mãe e sua pouca fé.
Por anos fui amado e protegido por meu pai, até mesmo quando sofri perseguição de meu irmão, Ismael. Meu pai, ou Senhor Abraão, como costumavam chamá-lo, era um pai amoroso, cuidadoso, e muito presente, respeteitado por todos como um exemplo de fé, e meu herói.

Até que... em uma madrugada fria, acordou-me dizendo:
- Venha, Isaque, vamos viajar para adorar o nosso Deus.
Sua voz estava baixa, mas ainda sonolento, não percebi nada de diferente do habitual.
Acordei para ajudá-lo com os preparativos, mantimentos para a viagem, a mula, os servos, o cutelo a lenha, o fogo e claro, o sacrifício perfeito - um cordeiro puro e novo, como meu pai havia me ensinado.

Pegamos tudo, mas meu pai dessa vez não foi buscar o cordeiro, achei estranho, essa era a parte mais importante, tinha a certeza que ele não havia se esquecido, mas confiava no meu pai e servo do Deus Altíssimo.

Por três dias caminhamos juntos, até o monte Sinai, no caminho, conversei com os servos, confesso que estava muito contente em ir sacrificar, porém meu pai,  caminhava a frente, em silêncio, quase não respondia, era como se seus pensamentos estivessem longe.

Ele comia muito pouco, demorava a dormir, e estranhamente evitava trocar olhares comigo, às vezes, na hora de dormir, eu escutava o que parecia um barulho de choro, mas achei que era apenas suas orações normais.

No percurso, ao longe enxergamos o monte, paramos ali, e meu pai disse aos servos:

"—Fiquem aqui com o jumento. Eu e o menino vamos ali adiante para adorar a Deus. Daqui a pouco nós voltamos."
Gênesis 22:5

Os servos estranharam a decisão, mas obedeceram.

- Tem certeza, senhor? Não acha melhor que ao menos um de nós vá com vocês?

Meu pai manteve a ordem, desceu do jumento e seguimos a caminhada, agora, só nós dois. Ele me entregou a lenha e o cutelo para o sacrifício, mas caminhamos todo esse tempo e ele não havia arrumado o cordeiro, será que ele se esqueceu?

—Pai!

—Que foi, meu filho? Respondeu-me.

—Nós temos a lenha e o fogo, mas onde está o cordeiro para o sacrifício?
Perguntei-lhe.

Alguns poucos segundos de silêncio se formaram, e fitando seus olhos no monte, ele disse:

—Deus proverá o cordeiro para si.
Genesis 20:7-8

Apesar de sentir um certo peso na voz, confiei em meu pai, se ele havia dito que Deus iria prover, não havia motivos para acreditar no contrário.

Subimos o monte ainda em silêncio, meu pai parecia distante, frio, desconcentrado, como se ouvisse a voz de outra pessoa além da minha.
Ao chegarmos no topo do monte, meu pai então deu a ordem para que eu descansasse porquê ele iria preparar o altar para o sacrifício. Com muita dificuldade, ele foi montando o Altar, colocava pedra por pedra, como se fosse uma tonelada e eu, ao longe, observava tudo.

Com o Altar feito e as lenhas preparadas, o mistério do cordeiro ainda pairava sobre o ar.

- Pai, e agora?
Perguntei.

Em um torturante minuto, ele se moveu até a bolsa, e empunhou o cutelo em mãos, pela primeira vez em três dias ele me olhou nos olhos.

Seu rosto caído, e seus olhos lacrimejados como de quem segura o choro, fizeram-me lembrar das primeiras vezes que sacrificamos juntos. Com ele, aprendi a sempre priorizar o nosso Deus, acima de qualquer outra coisa, aprendi que, para Deus, nós damos o melhor, a primícia da colheita e do gado, o primeiro novilho sem defeitos, o mais novo e valioso, o primogênito.

- Pai, eu sou cordeiro?

Seu corpo tremia e suava, era visível seu medo e tristeza, mas ao mesmo tempo, a convicção de cumprir a vontade de Deus.

- Eu te amo muito, meu filho, mas preciso obedecer a Deus!

Recordo que temi por minha vida, morrer dessa maneira parecia doloroso, assustador para uma criança, mas não pensei em fugir, se eu seria o perfeito sacrifício de meu pai deveria me comportar como um cordeiro, disposto a morrer para cumprir a vontade do pai.

Entrelacei meus dedos para disfarçar meu medo, estendi minhas mãos em direção a ele que me amarrou. A essa altura, seus braços trêmulos colocaram-me sobre a lenha e o altar.

Lá, deitado, eu admirei o azul do céu, as nuvens brancas e o sol brilhando, apesar de estar prestes a morrer, senti uma imensa paz, creio que era Deus ali, me confortanto, olhei nos olhos de meu pai e sorri...  fechei meus olhos esperei pela hora de ir até Deus.

Com uma das mãos, meu pai segurou a minha cabeça, e a outra o cutelo em minhas garganta, pude sentir o fio da navalha engoli seco, respirei fundo, estávamos prontos para o sacrifício.

E então, Deus disse.
*"-Abraão! Abraão!*

Sua voz era como um trovão, imponente, forte, mas sereno como águas, e calmo como nuvens.

- E-e-eis-me aqui, Senhor.
respondeu assustado.

A voz vinha de um ser de luz, vestido com Glória, era o anjo do Senhor, mas não um comum, ele refletia a glória de Deus.

Então, o anjo disse:
"—Não machuque o menino e não lhe faça nenhum mal. Agora sei que você teme a Deus, pois não me negou o seu filho, o seu único filho."
Genesis 22:11-12

As lágrimas se tornaram em cânticos, e com o punhal cortou as minhas amarras, soltando-me, deu-me um abraço mais demorado e forte que já recebi, em toda minha vida, a alegria e os agradecimentos a Deus foram apenas interropidos ao avistarmos um cordeiro com o chifre preso em uma árvore, o sacrifício provido por Deus.

Eu e meu pai, saímos de lá renovados, eu havia acabando de presenciar a maior prova de amor e sacrifício que um homem poderia entregar, mesmo sendo tão jovem, nunca mais fui o mesmo, e sempre entendi o quão pequenos e singelos, meus cordeiros poderiam ser, mesmo que fossem os primogênitos...

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro