Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

A BAILARINA

Era por volta das três horas da manhã quando João andava sem rumo na estrada. Seu carro, um Gol quadrado branco, havia quebrado. Aquele velho Gol já vinha arranjando muitos problemas para ele, um dos quais era o acelerador, que às vezes travava e fazia o carro acelerar sem parar. Nada na Terra conseguia fazê-lo voltar ao normal. Quando isso acontecia, ele tinha que parar o carro e mexer nos cabos, um trabalho cansativo que raramente funcionava. No final, ele sempre acabava tendo que chamar um guincho para levar o carro ao mecânico. Só que, naquela hora, ele não tinha nenhum tostão para chamar um guincho e o celular estava sem bateria.

— PUTA QUE PARIU! DESGRAÇADO DE MERDA! VAI SE FUDER, CARALHO. Mas que merda! — gritou João, antes de descer do carro, bater a porta e decidir andar pela estrada até encontrar algum lugar.

Ele não queria ficar naquele carro, ou então acabaria despedaçando tudo por dentro e depois quebraria o carro todo por fora.

João começou a caminhar. Parecia que ele estava andando há horas, mas nada no céu indicava que o amanhecer se aproximava. Outra coisa que achou estranha foi que, quando seu carro quebrou, muitos carros passavam por ele. Desde que desceu, porém, não apareceu mais nenhum veículo na estrada. Estava deserta e escura. Decidiu então voltar para o carro, pois andar no frio não iria adiantar nada.

João não havia dado nem cinco metros quando começou a ouvir um som. Era uma música. Ele parou para ouvir. Parecia uma daquelas músicas clássicas, e estava muito alta. Ele tentou olhar na direção de onde vinha o som, mas não podia ser… Estava vindo da sua esquerda, mas ele já tinha olhado para lá antes, enquanto caminhava. Não havia visto nada, e agora havia um grande prédio iluminado, cheio de carros. Ele pensou em ir até lá pedir ajuda, atravessou a estrada, o que não foi difícil, já que ela estava vazia. Tudo estava muito estranho. Como ele não tinha visto aquele lugar antes?

A primeira coisa que pensou ao ver os carros foi que todas aquelas pessoas deviam ser ricas e gostar de carros clássicos. Os veículos eram bastante antigos, mas estavam impecáveis, inclusive um Opala preto, que fez João babar por alguns segundos. Depois, entrou no prédio, que parecia ser um grande teatro. Era um prédio antigo, muito velho, tão velho que alguns carros lá fora não combinavam com ele. João só se perguntava como não tinha notado aquele lugar antes.

Ao entrar no prédio, estava tudo escuro, exceto por uma luz vermelha ao fundo. Ele percebeu que estava em um corredor, e a luz vinha do fim dele. João andou até lá e, quando chegou à fonte da luz, não acreditou no que seus olhos viram.

Era uma enorme sala de teatro, com centenas de assentos. Todos estavam ocupados por pessoas usando ternos e vestidos de gala, assistindo a uma apresentação de balé. Foi aí que ele entendeu o motivo da música clássica. No palco, havia apenas uma única bailarina, usando um vestido preto, meia-calça branca e sapatilhas pretas. A iluminação do palco era toda vermelha. João ficou hipnotizado pela dança da bailarina.

Seus pés, tão leves, pareciam flutuar, e seus movimentos, acompanhados pela música, eram indescritíveis e extremamente sensuais. Então, de repente, a música e a bailarina pararam simultaneamente. Uma explosão de aplausos e assobios surgiu, e uma nova música, mais agitada, começou. Os pés da bailarina começaram a cruzar, saltar e flutuar ao ritmo da música tão rápido que João mal conseguia descrever o que estava vendo. Mas foi então que algo aconteceu.

No começo, João achou que fosse parte do espetáculo, pois labaredas de fogo começaram a surgir em volta da bailarina. Mas, logo, o fogo começou a cobrir a dançarina, incendiando-a. Mesmo em chamas, ela continuava dançando, e o fogo rapidamente saiu do palco, começando a tomar conta de toda a sala de teatro, que começou a pegar fogo. As cadeiras ardiam em chamas. João saiu correndo, mas o teatro era enorme. Ao chegar ao final da sala, percebeu que era o único correndo. Olhou para trás e viu que toda a multidão antes sentada assistindo ao espetáculo agora estava olhando para ele. João soltou um grito. Aqueles que o observavam não eram pessoas. Eram cadáveres podres e queimados, alguns não passavam de esqueletos com chapéus. Ele olhou para o palco e viu a bailarina enforcada, pendurada, com as sapatilhas ainda em chamas.

---

— Não entendo.

— Lucas, você sabe, as pessoas são loucas.

— Mas, mesmo assim, André…

Lucas e André eram dois policiais em patrulha naquela estrada de manhã. A estrada passava por um antigo teatro abandonado, e eles acharam estranho um Gol branco estar estacionado lá, pois nunca haviam visto aquele carro ali antes. O carro parecia novo. No início, eles pensaram que pudesse ser roubado, mas não havia indícios disso. Decidiram então entrar no teatro, achando que talvez algum vagabundo estivesse dormindo lá. Foi então que viram João, mais conhecido como Joni no bar que frequentava, enforcado no palco.

— Suicídio.

— Será que ele estava bêbado?

— Não sei. Acho que não. Lorena, a garota do bar que estava trabalhando ontem à noite, disse que não viu ele lá, e você sabe que ele só frequenta aquele bar.

— É, sei.

— Bem, nosso trabalho por aqui acabou. Não foi homicídio, foi suicídio. Agora vamos embora antes que a imprensa chegue. Você sabe como eles são carniceiros, e eu não quero ver a cara deles quando chegarem.

— Sei. Vai virar manchete.

— "Joni bêbado se suicida em teatro abandonado."

E assim, ambos entraram na viatura e sumiram.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro