● Capítulo XXII - Irmã ●
DEDICADO Á TODOS OS MEUS LEITORES AMADOS QUE SÃO UM PRESENTE NA MINHA VIDA <3
FALTAM APENAS 234 LEITURAS PARA QUE NÓS CHEGUEMOS AOS 5K E 77 VOTOS PARA NOSSO PRIMEIRO K :3 VOCÊS SÃO DEMAIS, ESTOU MUUUUITO FELIZ E LISONJEADA. OBRIGADA MESMO.
Uma grande estranheza tomou conta de mim quando a porta do quarto se abriu revelando minha tutora/bruxa má com sua cara amarrada de sempre e seu olhar frio cheio de segredos e ofensas impressas em seu jeito de me olhar.
— Boa tarde Annelise — ela parecia calma.
— Boa tarde — respondi de mau gosto.
— Dispensei Olívia por hora, precisamos ter essa conversa.
— Que conversa? — cruzei os braços.
— Sobre o seu irmão.
Seria fácil assim? Eu não teria que segui-la, investigá-la e arrancar verdade de sua boca? Quem é essa mulher e o que fez com Astrid – a dona do mundo – Corbiére?
— Não vai falar nada? — perguntou e eu pude ver as marcas em seu rosto, Artemis tinha feito um estrago e tanto.
— Pode começar a falar — apontei para a cadeira que Olívia havia deixado ao lado da minha cama desde a última vez que nos falamos há mais ou menos dez minutos atrás.
— Você quer saber como conheço seu irmão, bem lhe contarei sem rodeios para que pare de me encher a paciência com esse assunto bobo — sentou-se.
— Está esperando o que para falar?
— Petulante — reclamou, revirou os olhos, cruzou as mãos no colo e preparou-se para falar — Eu não conheci seu irmão, não de perto. Eu só o via de longe, vivo nesse castelo desde criança sei de cada pessoa que entrou e saiu daqui, seu irmão inclusive. O soldado Green era muito bonito e chamava atenção por onde passava, as garotas do castelo eram loucas por ele, mas ele nunca deu importância pra nenhuma. Diziam as lendas que ele era noivo de uma boa garota da aldeia que sua família morava, cada um deu o nome que quis. Uns a chamavam de Aya, outros de Camille, outros diziam que seu nome na realidade era Gia, outros Genine, mas ninguém nunca soube ao certo até que seu irmão morreu chamando pelo nome dela. Um soldado que o viu morrer contou para outro soldado que contou para a mãe que passou de boca em boca a história de que seu nome era Genevieve. O que estou querendo dizer que tudo o que sei sobre seu irmão são teorias criadas por todos aqui e só uma coisa eu tenho certeza — fez uma pausa quase dramática — Seu irmão se envolveu com a irmã mais velha de Olívia, a Capitã Kendra Saint-Claire — a Capitã Bonitona é irmã de Olívia? — Ouvi dizer que ele prometeu casar com ela quando voltassem da batalha na qual ele morreu, Kendra adoeceu quando descobriu que ele morrera chamando pelo nome de outra, ela jamais se casou ou se envolveu com ninguém.
Sebastian havia tido um caso no castelo quando deixou Genevieve á lhe esperar?
— Mais alguma coisa?
— Escute Annelise todos nesse castelo conhecem seu irmão de alguma maneira, ele foi uma lenda. O homem que salvou a vida do Rei e se tornou seu braço direito até sua morte, quando moribundo implorou ajuda do homem que salvara e ele lhe deixou para morrer. Rei Drago era um homem ruim Annelise, James é só um covarde perto dele.
— Você fala como se conhecesse James tão bem.
— Porque eu o conheço — desviou o olhar — James e eu somos meio irmãos.
Eu não conseguia nem respirar direito. Então eles eram irmãos todo esse tempo? Nada de caso amoroso? Nada de traições? Astrid e James são irmãos?
— Eu sei que é estranho, mas é a verdade — suspirou — Por um tempo eu era muito próxima á ele, mas depois nos afastamos por motivos óbvios.
— Quais?
— Embora ele se esforçasse o máximo pra me fazer sentir em casa... Não adianta Annelise. Eu era só a dama de companhia da Rainha Helena, nada mais. Eu não era da família, era apenas uma bastarda.
Havia tanto desgosto e mágoa em suas expressões e palavras e cheguei perto de sentir compaixão por minha tutora mal humorada.
— James não tem nada de Drago, mas eu tenho — levantou-se — E para o seu bem é melhor ficar longe de mim e não tente esmiuçar minha vida.
Ela mudava de humor rapidamente. Estava sendo legal contando coisas sobre meu irmão, depois triste por me contar sobre ser bastarda e agora brava e me ameaçando.
— Não tenho medo de você Corbiére — levantei-me.
— Deveria para o seu próprio bem — arqueou a sobrancelha loira — Agora viva com a verdade sobre seu irmãozinho.
— Você está me escondendo coisas Astrid e eu vou descobrir o que é.
Astrid voou em cima de mim e segurou meu braço com força o suficiente pra deixar vermelho e ardendo.
— Está me machucando — reclamei.
— Eu vou te machucar ainda mais se não sair do meu caminho — me soltou na direção da cama — Você vai casar com o Príncipe e fazer tudo direitinho.
— Fazer tudo o quê?
— Você vai saber na hora certa — virou-se para sair.
— Se quer proteger sua amiguinha Olívia é melhor não pedir que ela mexa nas minhas coisas — continuou de costas — Nunca mais.
Saiu batendo a porta, as lágrimas vieram meus olhos e eu comecei a chorar por muitos motivos.
#1: Relembrar a morte de meu irmão
#2: Saber que morreu chamando por Genevieve
#3: Descobrir que ele a enganou e iria se casar com outra mulher.
#4: Ser ameaçada pela minha tutora psicótica.
#5: Eu quero Lincoln de volta.
E esse último me doía como o inferno. Eu queria que ele estivesse aqui agora porque não consigo mais ficar longe de alguém como ele. Preciso de suas palavras, sua voz, seu cheiro, seus beijos, seus abraços.
Eu sei que não sou boa o suficiente pra ele, mas não consigo imaginar minha vida sem tê-lo ao meu lado.
Isso é complicado, tão complicado.
Neguei por muito tempo o que estava sentindo, mas é como se eu estivesse cansada de negar o que sinto. Eu gosto dele, gosto de verdade, gosto o suficiente pra machucar meu coração de tanta saudade e medo de perdê-lo.
Eu estou tentando me salvar de toda essa situação, mas não quero no meio do caminho acabar perdendo meu Príncipe, meu amor.
— Anne — Olívia abriu a porta e veio correndo até mim — Estás a chorar — abraçou-me e eu me debulhei ainda mais.
— Astrid me ameaçou — contei pra ela — E ameaçou você.
Olívia se afastou com a mão levada a boca em sinal de surpresa.
— Por que você não me contou que é irmã da Capitã Bonitona?
— Você tem ciúmes dela, achei que ia ficar chateada — abaixou a cabeça.
— Vocês não se parecessem e os sobrenomes são diferentes, como isso acontece e por quê?
— Kendra é a filha do primeiro casamento de papai, quando ele enviuvou pensou que precisava de uma nova mãe para seus três filhos mais velhos: Kellan, Kendra e Ella, que era um bebê na época, casou com minha mãe e do segundo casamento só nasceu eu — apontou para si mesma e eu sorri com seu jeitinho de contar as coisas — Mas papai não se contentava com uma só mulher, então teve várias amantes e duas delas engravidaram, a vizinha casada que teve o Anthon e a irmã da minha mãe que teve a Mabelle, minha irmã mais nova e meu xodó.
— A vida amorosa do seu pai é movimentada — ela sorriu com meu comentário.
— Dizem por aí que ele tem mais filhos perdidos, mas vai saber né? — deu de ombros — Não falei nada também porque eu e Kendra não somos muito próximas, ela acha que papai tinha um caso com minha mãe antes da dela morrer.
— E qual é sua relação com os outros?
— Ella é amável e foi ela quem me ajudou a convencer papai á me deixar trabalhar no castelo, ela é casada com um Duque, Anthon é soldado e não somos próximos, Mabelle trabalha aqui no castelo também e Kellan faleceu em batalha há anos, por causa dele papai treinou Kendra pra ser soldado e as coisas só melhoraram para ela, ela é um exemplo a seguir.
— Eu não sabia que você tinha vida quando sai do meu quarto — brinquei.
— Mas eu tenho e não é das melhores, sabe como é? Minha mãe é complacente com as traições de papai que parece que vive em função de ter amantes... Minha vida não é interessante.
— E o soldado Ravaner o que acha disso tudo?
— Eu não sei, ele não tem olhado pra mim esses dias — fez cara de tristeza.
— Não fique assim — abracei-a — Ele é um bobo se não se apaixonar por você.
— Sério? Você acha isso mesmo? — se afastou limpando as lágrimas que eu nem havia visto em seu rosto.
— Se quiser eu posso dar uma corça nele até ele admitir que gosta de você — ela riu.
— Você é como uma irmã pra mim Anne, nunca me deixe, por favor.
— Eu nunca deixaria você nem que me pedisse pra isso.
— Então somos uma família eu, você e o Príncipe?
— Somos — abracei-a novamente.
— Eu te amo Anne.
— Eu te amo também Liv.
E de repente minha tristeza havia se esvaído e tudo isso graças á Olívia e suas histórias. Olívia Mosart, minha melhor amiga, minha irmã.
NOTA FINAL DA AUTORA:
NOSSA AMIZADE OLIANNE NÃO É FOFA? <3
GENTE ESTOU MUITO GRATA Á VOCÊS POR TEREM EMBARCADO NESSE LIVRO COMIGO E PEÇO CONTINUEM POR AQUI PORQUE A HISTÓRIA TEM MUUUITA COISA AINDA.
CONTINUEM MANDANDO SUAS PERGUNTAS PARA A ENTREVISTA COM A AUTORA, PODEM SER PERGUNTAS SOBRE MIM E SOBRE O LIVRO, QUALQUER PERGUNTA... A MESMA PESSOA PODE FAZER VÁRIAS <3 NOS VEMOS EM BREVE (NA TERÇA FEIRA AQUI E TALVEZ AMANHÃ EM MAKING OFF - E O CAPÍTULO BÔNUS QUE POSTAREI É COM O PONTO DE VISTA DO PRÍNCIPE MAIS AMADO DO LIVRO - E ESPERO VER VOCÊS LÁ)
VOU DEIXAR UM TRECHINHO DO CAPÍTULO DE TERÇA:
" —Anne eu sinto muito
— O que aconteceu?
— Príncipe Lincoln..."
VOCÊS VÃO TER QUE AGUENTAR ANSIEDADE MUHAHAHAHA ou...
SE A GENTE CONSEGUIR NOSSO PRIMEIRO K DE VOTOS OU NOSSO 2K DE COMENTÁRIOS POSTO ESSE CAPÍTULO AMANHÃ :3
XOXO, Lady Allen.
ATUALIZAÇÃO: GENTE NO CAPÍTULO PASSADO EU ERREI, O CERTO DO DITADO É "LOBO EM PELE DE CORDEIRO/OVELHA", PERDOEM-ME.
PS: GENTE QUERO INDICAR UM LIVRO QUE ESTOU APAIXONADA, É DE UMA LEITORA MINHA: A Rainha da Itália da Srta.Hale <3 Acompanhem e se apaixonem como eu. Agora vou postar o capítulo, de verdade... Vou parar de falar kkkkkk
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