● Capítulo XL - SEGUNDO CONFRONTO●
CAPÍTULO DEDICADO Á CADA LEITOR QUE TIRA DO SEU TEMPO UM TEMPINHO PARA LER ESSE LIVRO E SONHAR ESSE SONHO COMIGO <3
CAPÍTULO DE VERDADE ÊêÊê
NARRAÇÃO EM TERCEIRA PESSOA
— Olá novamente irmãzinha.
Annelise tremeu ao ouvir a voz de seu irmão e virou-se apoiando o corpo de Darin na parede. Por um breve momento Sebastian olhou o primo e por mais quisesse não sentir aquilo, sentiu-se culpado por ter mandado que lhe dessem uma surra. Darin era um bobão, mas era seu primo e Astrid receberia seu castigo por ter mandado que arrastassem Darin pelo caminho, Sebastian não tinha estomago para tanto e quando ouviu um dos homens que deixara para trás junto a ela comentar com outro sobre o acontecido, Bash ficara furioso e voltara do meio do caminho para tirar Darin daquela humilhação, não que ele se importasse – impossível –, mas Astrid havia passado dos limites. Infelizmente Astrid já havia descartado o corpo do rapaz em algum lugar quando ele chegou, mas agora o vendo ali machucado, porém vivo, Sebastian sentira até certo alívio. Ele o odiava, eles se odiavam, mas Sebastian ainda era um Green e sua parte sentimental ainda falava alto em seu ouvido quando seu coração dava sinais de vida.
— Você é um monstro — Annelise estava furiosa e Sebastian sabia que ela tinha razão — Eu errei ao te dar uma chance de mudar, não deveria tê-lo deixado ir.
Ela o havia poupado uma vez, não pouparia agora. Abaixou pegando uma espada do chão, ela podia não saber lutar como ele, mas Annelise se lembrava do dia que Sebastian havia lhe ensinado á empunhar uma espada.
— Ainda se lembra do que ensinei — ele reparou.
— E eu vou matar você com o que você me ensinou, irônico não?! — ameaçou.
— Não, não vai, mas pode tentar se quiser.
E ela tentou, Anne avançou para cima do irmão, mas ela não tinha força o suficiente para levantar espada, e seu pulso doía com aquele peso, não tinha agilidade o suficiente para atingi-lo ou chegar perto disso, mas continuava tentando e isso estava a machucando.
— Annie você vai se machucar — Sebastian se preocupou — Pare com isso — segurou o pulso da irmã e derrubou a espada no chão.
— Como pôde fazer isso com Darin? Como pôde fazer isso comigo? — Anne estapeava o peito do irmão — Eu odeio você, odeio você, odeio você — repetia vezes e vezes seguidas.
Doía em Sebastian ouvir aquilo, embora ele não acreditasse, ela havia dito por achar sentir. Então de certa maneira o odiava.
— Onde está a Gen? — continuava batendo nele — E a minha família?
— Nossa família — a corrigiu — E Genevieve está bem e a menina também, estão com a nossa família — garantiu — Eu nunca a machucaria e você deveria saber disso.
— Eu não te conheço mais, não sei do que é capaz.
Sebastian segurou os pulsos da irmã com mais força e a olhou firmemente.
— Tudo o que faço é pelo seu bem e pelo bem do povo. E uma hora dessas a Rainha já deve estar morta de acordo com as ordens que recebemos — começou — Então meus parabéns irmã, você alcançou o trono. Com a morte da Rainha Helena, você é a Rainha agora Annelise.
— Não...
— Tudo foi planejado certinho, você veio para cá uma camponesa sonhadora e pobre, olha para você agora, é a soberana. A Ascensão da Rainha Annelise, foi dura, mas eficaz.
— Sebastian...
— Longo seja o seu reinado, minha irmã.
— Você não sabe o que está falando — Anne gritou — EU QUERO QUE MORRA.
Olívia, Mabelle e Lia chegam a tempo de ouvir Anne gritar seu desejo mais obscuro e mentiroso, ela não queria que ele morresse, era um monstro, mas assim seu irmão.
Um soldado rebelde chega acompanhado de Astrid.
— Eu amo uma reunião de família — Astrid zombou — Principalmente as agitadas. Sentiu minha falta Annie?
— Não — respondeu entre dentes sem olhar para sua ex tutora.
O rebelde partiu para cima de Darin e Mabelle partiu em sua defesa enquanto gritava para que Darin tentasse levar Lia para longe dali. Ele nunca havia visto uma garota lutar daquele jeito, mas obedeceu e saiu com a garotinha.
Sebastian e Anne continuavam vociferando um contra o outro palavras que já estavam repetidas.
— Então somos nós duas — Astrid foi caminhando na direção de Olívia a encurralando contra a mureta — Vou-me ver livre dessa sua voz irritante e desse jeitinho meigo insuportável.
— Não chegue perto de mim — Olívia vociferou e se abaixou pegando uma espada de um dos soldados mortos.
— Ou o quê, vai me matar?
— Já matei um homem hoje, matar você não será tão ruim — enfrentou.
— Eu sou o perigo Olívia, você não deveria mexer comigo.
— Estou morrendo de medo — disse como se não estivesse, mas estava e muito.
Mabelle foi mais rápida, precisava salvar sua irmã. De canto de olho enquanto segurava os braços furiosos de Annelise, Sebastian viu quando Mabelle enfiou a espada na barriga de seu soldado que caiu sangrando mortalmente. Não havia piedade ou culpa no olhar da moça, apenas determinação.
— Que o inferno te receba com dor — cuspiu no homem — E você sua vadia saia de perto dela.
Sebastian não pode não sorrir de uma garota de no máximo um metro e cinquenta e seis enfrentado uma mulher que saberia lutar de olhos fechados.
— Quanto tempo que não nos vemos, querida — Astrid zombou — O que vai fazer? Fatiar-me como fatia queijos na cozinha?
— Não seria uma má ideia.
Mabelle era rápida demais e em uma distração Annelise empurrou Sebastian que bateu a cabeça em um canto e ficou tonto no chão, ela correu até Olívia entrelaçando seus dedos nos dela.
— Corra irmã — Mabelle mandou — Você sabe que eu sei me virar muito bem.
Olívia não queria ir, mas Annelise a puxou para fora dali.
— Somos só eu e você — Mabelle era corajosa.
— Parte para cima coisinha.
E ela partiu mesmo, um golpe atrás do outro, Astrid não conseguia segurar a força do braço da garota. É claro, o que Astrid poderia esperar, Mabelle era irmã de Kendra – a capitã do exército – e filha de um dos melhores comandantes que o reino já teve e fora treinada para se defender.
— Surpresa Corbiére? — mais golpes e a espada de Astrid voou para longe — Isso foi tentar matar minha irmã — Mabelle arrastou a espada na bochecha de Astrid que sentiu o rosto arder e sangue escorrer.
Astrid sabia que tinha perdido aquela batalha e então usou a perna para derrubar Mabelle no chão e fugir dali.
— Vadia covarde.
Mabelle se levantou e foi na direção de Sebastian que a olhou tentando voltar a enxergar direito.
— Vaso ruim não quebra fácil, não é? — ela ia pisar na barriga dele, mas Sebastian fora rápido e derrubou a garota no chão ficando por cima dela.
— Você é boa pequena, mas eu sou melhor — tirou a espada dela e a jogou no canto.
— É o que vamos ver — a moça bateu a cabeça na dele, mesmo que tenha ficado levemente tonta e com a cabeça dolorida, Mabelle trocou de lado e subiu em cima de Sebastian deferindo socos.
— Você luta como um homem.
— Não — fincou as unhas no rosto dele — Eu luto como uma mulher — outro soco.
Sebastian sorriu, ela era uma fera e seu desejo era domá-la. Ele deixou que ela se levantasse para pegar a espada e nesse momento a encurralou na parede, o rosto dele ardendo pelos cortes e com algum sangue escorrendo, o dela com alguns fios de cabelo colados em sua pele molhada pelo suor.
Céus, como era linda aquela maldita garota, Sebastian praguejou tamanha beleza. Em um momento de distração Mabelle virou para encarar Lia que estava parada na porta.
— Eles pegaram o moço e eu fiquei sozinha, não sabia para onde ir — Lia disse chorando — Eu voltei, desculpa.
Sebastian pegou a espada e a pressionou na garganta de Mabelle. Ele estava com a lâmina na garganta dela, seria fácil, um movimento e ela seria apenas mais um dos corpos. Mas Sebastian não podia fazer aquilo, não que ele tivesse um bom coração, mas os olhos dela. Ah, os olhos dela! Pareciam uma maldição, um tipo de feitiço.
— Me mate de uma vez, covarde — ela enfrentou, ele sorriu.
— Tola, porém corajosa.
Mabelle escorregou a mão até a adaga que estava na cintura dele e quase a empunhou, Sebastian foi mais rápido e afastou seu quadril para longe dela, os braços pequenos de Mabelle não alcançariam.
— Mais tola do que corajosa — observou.
— A coragem é tola meu caro — ela o chutou.
— Se quer me vencer tem que fazer mais do que isso menina — ela engoliu em seco após ouvir as palavras dele, todo aquele maldito conjunto de voz presente, estatura alta como o perigoso que transbordava pelos olhos verdes e um sorriso zombeteiro que lhe tirava a concentração.
Ele também tinha a atenção nos olhos dela.
Céus como é linda a pirralha de cabelos acobreados e olhos claros. Em outra ocasião Sebastian faria de tudo para tê-la em seus braços, daria tudo para domar a fera de um metro e meio, mas naquela ocasião só precisava se livrar daquela pequena distração.
— Vou te soltar e você vai pegar a criança e correr para longe, entendeu Pequena?
— Por que vai nos deixar ir?
— Porque eu quero e porque não mato crianças.
— Não sou uma criança — enfrentou — Sou uma mulher.
Ele riu torcendo o nariz. Realmente criança ela não era, mas também não era do tipo de mulher que ele estava acostumado, deveria ser um pouco mais nova que Annelise ou até mesmo as duas poderiam ter mesma idade.
— Uma linda mulher, diga-se de passagem — ela sentiu as bochechas corarem — E eu estava falando dela — apontou para Lia e depois olhou para Mabelle novamente. Linda e feroz, um tipo completamente adorável.
— Não olhe para mim dessa maneira — censurou-o.
— De que maneira? — instigou — O que acha que passa pela minha mente quando te olho Pequena?
Mas que ideia, flertar com uma garota no meio de uma guerra! Sebastian repreendeu a si mesmo e sentiu certa raiva.
— Agora vá — tirou a espada da garganta dela — E tente não entrar no meu caminho novamente.
— Eu poderia lhe matar, mas vou fugir pela menina e não por covardia.
— Eu sei Pequena, vi do que é capaz e se for para eu morrer em uma batalha espero que seja você quem me mate. Seus olhos seriam uma última visão perfeita.
— Não espere que eu lhe agradeça nem por nos poupar a vida e nem pelos elogios — Mabelle segurou a mão da menina.
— Não espero que agradeça, mas espero que não esqueça.
A moça pegou a espada do chão e correu com a garotinha porta á fora, mas não saiu sem antes olhar para trás uma última vez.
Aqueles olhos, aqueles malditos olhos.
Sebastian olhou para baixo e lá estava a fita que antes prendia parte do cabelo dela, ele não sabia, mas as Mosart tinha mania de usar fitas. Pegou o pedaço de tecido e enrolou guardando-a. Provavelmente jamais voltaria a vê-la, mas ela era bonita demais para deixar que saia de sua memória tão facilmente.
— Então nos encontramos novamente — ele conhecia aquela voz.
— Kendra — virou-se — Sentiu minha falta querida?
— Por um tempo — respondeu e o atacou como uma eximia soldado ela jamais iria colocar seus assuntos pessoais acima de seu dever.
— Continua lutando muito bem — reparou e ela quase lhe cortou a garganta.
— Não, eu estou lutando muito melhor.
— Quanta humildade!
Era uma guerra de egos, uma guerra entre ex amantes. Dois animais sedentos pelo sangue um do outro. O tilintar das espadas ecoava se misturando entre as outras lutas.
E ela lutava muito melhor do que na última vez que treinaram juntos e o treino os levou direto para sua cama. Sebastian se lembrou da garota que acabara de lutar, elas tinham um estilo de luta bem parecido assim como seus olhos, mas ele não ligou um ponto ao outro, não descobriu que Mabelle e Kendra eram meio irmãs.
NOTA FINAL DA AUTORA:
Umas coisinhas para dizer:
#1: VOU RESPONDER OS COMENTÁRIOS GENTE, DE VERDADE. É QUE ESTAVA SEM TEMPO, MAS VOU RESPONDER. NÃO DEIXEM DE COMENTAR, POR FAVOR.
#2: Alguém mais ama a Mabelle?
#3: Fiz uma aberturazinha para a trilogia, tá meio feiazinha porque eu nunca tinha feito aberturas antes kkkk Mas espero que curtam.
https://youtu.be/v7Yhcl7RHL8
SE TUDO DER CERTO VOU POSTAR AMANHÃ <3
XOXO, Lady Allen.
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