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17) fantasma do passado

Eu esqueci de avisar no capítulo 16, mas a partir de agora vou alternar os pontos de vista na narração. O capítulo passado foi o Tae, esse é o Guk, às vezes pode ter ambos no mesmo capítulo 🥰

Lembrem de deixar o votinho e usar a tag no tt #PaletasePoesiasTK

Boa leitura! 💙


Uma felicidade genuína apossava-se do corpo de Jeongguk, não queria deixar Taehyung ir embora. Ficaram o máximo de tempo possível, até Jihoon mandar mensagem avisando que estava para chegar.

Taehyung ficou tímido de encontrá-lo, porém prometeu que em uma próxima vez o cumprimentaria. Na saída, mais beijos foram distribuídos, sorrisos bobos eram ofertados, olhares continuaram sendo trocados. Jeongguk perdeu as contas de quantas vezes suspirou, cada detalhe do dia parecia um sonho, um dos melhores que já teve.

Com a alma tão leve, os pesadelos não encontravam espaço para o atacar e Jeongguk agradecia por isso. Taehyung, com certeza, era um dos motivos para ter amenizado, entretanto sabia que sua coragem para resolver assuntos pendentes foi o maior responsável pelos pesadelos diminuírem.

Estava próximo de seus amigos, parou de fumar, saiu da casa de sua mãe e abriu seu coração para Taehyung. Não sentia saudade de sua vida antiga, tudo era sufocante e barulhento, o deixava estressado e ansioso. Na última discussão com sua mãe, não sabia se ela teria a coragem ou a falta de noção para mandar mensagem, por via das dúvidas, bloqueou o número.

Não queria vê-la, não queria o mínimo de contato. Desde a morte de seu pai a amargura tomou conta dela, jogando todo o peso para Jeongguk, quase o culpando pela morte dele. Isso era o que mais doía no universitário, e o que mais lhe fazia pensar se era merecedor de ter uma vida tranquila, porque há anos foi ensinado de que não merecia nada de bom. Sua mãe foi uma cobra peçonhenta, e seu padrasto um veneno a mais, um incômodo absurdo.

Traumas o assombravam, e eles sabiam disso, e machucavam essa fraqueza de Jeongguk. Sua pergunta diária nesse tempo era “o que eu fiz para merecer isso?”

Não havia resposta.

Pensar em seu pai, ao mesmo tempo que acalmava seu coração, o deixava agitado. Com o tempo, aprendeu a não pensar muito, e se forçou a lembrar apenas dos momentos bons que passou com ele, e foram muitos. Seu pai era seu melhor amigo e o ajudou a ter um coração bom, aberto e sensível.

Jeongguk, apesar de feliz com o que foi ensinado, foi forçado a entender na época que foi isso que matou seu pai: Ser tão sensível.

Por conta disso, suas emoções eram refreadas, sua mãe tentava o moldar para ser rude, antipático, apático. Porém, nunca obteve sucesso. Se permitir sentir foi a melhor coisa que Jeongguk decidiu fazer, mesmo sendo introvertido, fez amizades preciosas e se apaixonou.

Desde sua primeira paixão, não imaginou que aconteceria outra vez. Na época, achou o sentimento tão avassalador que cogitou poder sentir isso somente uma vez na vida, mas enganou-se. Descobriu que é possível sentir quantas vezes quiser, dependendo de sua disposição e entrega.

Sua primeira paixão foi intensa, um pouco descuidada, e um tanto imatura. Não queria ter sumido sem deixar notícias, mas achou que era o melhor a fazer, não saberia como se despedir. Preferiu se machucar de uma vez e seguir sua vida, percebeu que se continuassem juntos, poderiam terminar em uma briga, e era o que menos desejava.

Olhando para sua situação atual, notou sua evolução, seu comprometimento, sua confiança. Melhorou em vários quesitos, e o que ainda não havia melhorado, estava tentando. Tinha ciência que se seu pai estivesse vivo, se orgulharia de quem se tornou, tanto pessoal quanto profissionalmente, afinal, seguia a mesma carreira que a dele.

Aguardou Jihoon chegar sentado no sofá, enquanto divagava sobre sua vida. Nesse pouco tempo de espera, cogitou pintar o cabelo, pintar um quadro, fazer outra tatuagem, queria fazer mudanças. Considerava as mudanças exteriores um reflexo do interior, poderiam representar uma nova fase, um momento difícil, de qualquer jeito, achava ser algo positivo. Ter a possibilidade de mudar algo em seu corpo era animador, principalmente sobre cores. Queria se pintar para sempre.

Guardando o que sobrou do jantar que fez, sorriu olhando para o prato. Os elogios de Taehyung eram um afago, um carinho para sua confiança. Um incentivo, um sorriso ou um olhar, cada ato dele deixava Jeongguk com uma sensação ótima: a sensação de ser capaz de fazer qualquer coisa. Sorriu ainda mais ao perceber que estava apaixonado por alguém assim, nunca errou em suas paixões, entregou seu coração duas vezes e ambas entregas foram preciosas.

— Guk, cheguei! – Jihoon anunciou, interrompendo seus pensamentos.

— Hyung! – Terminou de guardar a comida e foi abraçá-lo. — Como foi lá com sua mãe?

— Ah, o de sempre, ela disse que da próxima vez é pra eu levar vocês, disse que é um absurdo eu ainda não ter apresentado meus melhores amigos. – Sorriu nervoso. — Fora isso, uma fofa.

— Nós vamos! É bom que o Jongho resolva o que ele tem pendente pra gente ir. – Soltou sem pensar.

— E o que ele tem pendente?

— N-nada... Ele me disse que vai resolver umas coisas, nada demais. – Desviou o olhar. — Tá com fome?

— Não... – Preferiu não insistir no assunto. — Me conte sobre seu encontro, Jeonggukie.

— Aish... Conto amanhã! Ainda não raciocinei tudo que aconteceu. – Sorriu enquanto corava.

— Vou cobrar tudinho no almoço! Quero detalhes, ouviu?

— Pode deixar, Hyung! – Não contaria tudo, tinha vergonha demais para isso, mas se esforçaria para contar a maioria das coisas.

Jihoon se arrumou para deitar e deu um beijo de boa noite na testa de Jeongguk.

Ainda eufórico demais para dormir, continuou na sala, lembrando do beijo que aconteceu naquele mesmo sofá em que estava sentado. O respeito de Taehyung sempre o deixava feliz, porém o que mais mexeu consigo foi sua facilidade de demonstrar seus desejos e permitir que eles tomassem conta do momento. Há tempos não acontecia isso, e ver que Taehyung lhe desejava da mesma forma foi ainda melhor.

Desde que começou a mostrar seu lado mais íntimo, não foi repelido e sim abraçado. Taehyung se surpreendia, mas nunca questionava, entendia rápido e entrava na provocação. Jeongguk sorriu pela sintonia tão forte que ambos tinham, mesmo antes do beijo acontecer.

Tomou um chá para o sono vir, e se deitou. Algo lhe dizia que a semana seria agitada, precisava descansar para aguentar.

Eunbi não citava mais Taehyung em suas conversas com Jeongguk, entendeu que não era algo para falar o tempo inteiro e respeitou. Ele quis contar sobre seu encontro, porém lembrou que ela também teve um e não havia dito nada, estranhou isso.

— Aconteceu alguma coisa?

— O encontro com Jaebum. – Respondeu olhando para o chão, com uma expressão triste.

— Ele fez alguma coisa de errado? – Automaticamente cogitou possibilidades bem ruins.

— Ele... Não era o que eu esperava. Eu agi como sempre, segui seu conselho sobre não mudar minha personalidade para agradar alguém, só que ele não gostou muito. – Sua voz embargou.

— O que ele disse, Eunbi?

— Disse que eu não sou o tipo dele, que perdeu tempo comigo, e que sou muito irritante. Enquanto eu falava sobre minhas coisas, sabe, coisas idiotas – Riu, sem achar graça. — Ele tentava se aproximar de mim pra me beijar, e eu queria, só não queria isso o tempo todo, entende? Eu queria conversar, queria que ele conhecesse mais sobre mim, e queria conhecer mais sobre ele... Eu não sei nada dele, Jeongguk-ssi, ele não me disse nada, eu não mereço saber?

Eunbi começou a chorar e Jeongguk se desesperou. Aproximou o corpo pequeno e a abraçou, acariciando seu cabelo. Sentiu muito por ela e soube exatamente pelo que ela passou. Saiu com uma pessoa que não estava nem um pouco interessada em conversas, e sim em amassos o tempo todo. Mesmo que os interesses não fossem iguais, Jaebum não tinha direito de falar aquelas coisas de forma tão rude.

Jeongguk entendia Eunbi, sempre a entendeu. Interpretando sua cor, a interpretou por inteiro, uma alma alegre, curiosa, extrovertida. Um amarelo vivo como sol, como mercúrio. Seu jeito, um tanto intrometido, nunca era por maldade, e sim por ingenuidade. Aprendeu que podia ser assim, e levou costumes da infância para a vida adulta, isso não é pecado.

Por isso, recuou quando a conheceu. Era mais do que simples aparências para compreendê-la, em seus intervalos como aquele, conheceu mais sobre ela, nos almoços, em cada olhar, Jeongguk a entendeu. Nunca se imaginou em uma amizade como aquela por ela ter essa necessidade de saber sobre as coisas e de contato e conversas frequentes, tudo era novo.

Porém, através da cor, soube que ela era uma boa pessoa, confiou na sua leitura. Pela sua percepção visual, uma onda foi emitida, Eunbi se fez refletida, e assim pôde contemplá-la sem pré-julgamentos.

Há pessoas que podem se incomodar, querer afastá-la, e também não é um problema, relações precisam ser recíprocas e sinceras. Mas, Jeongguk não admitiria essa situação, o que ela teve que ouvir e como estava se sentindo. Por experiência própria, sabia o que era tentar sair com alguém e ser visto apenas como uma boca para beijar e um corpo para agarrar.

Eunbi passou toda a pausa chorando no ombro de Jeongguk, não queria falar, já havia dito o que tinha acontecido. As lágrimas foram diminuindo, Jeongguk foi buscar lenços para ela poder enxugar seu rosto e se recompor.

— Tudo bem? – Aguardou em pé ao lado dela.

— Obrigada por me deixar ensopar sua farda. – Sorriu com o rosto inchado. — Você é muito gentil, Jeongguk-ssi.

— Eu realmente sinto muito por isso, você sabe que não é verdade, né? Nada do que ele disse.

— Não é a primeira vez que escuto algo do tipo. – Levantou, jogando os lenços no lixo. — E não será a última, eu já tô acostumada.

— Isso não é algo para se acostumar, Eunbi! – Disse irritado. — Ninguém pode desmerecer uma pessoa assim, não é por que vocês não possuem nenhum tipo de relacionamento que ele pode te tratar como lixo.

— Não vale a pena se irritar, Jeongguk-ssi... Você sabe que existe muita gente assim, o que podemos fazer?

Jeongguk odiava aquele sentimento de impotência, ficava remoendo em seu âmago, o consumia. Não gostava de ver um amigo seu machucado, não suportava.

Esperou seu turno acabar, e quando se arrumava para ir embora, deixou Eunbi para trás e foi até o portão principal falar com Jaebum.

— Ei, Jaebum – Pela voz, Jeongguk não soava muito intimidador, porém estava com suas roupas de sempre, casaco e calça preta, botas no pé. Com a postura ereta, sua altura era maior que a de Jaebum. E foi como ele ficou, com a cabeça erguida.

— Algum problema, Jeon? – Manteve a pose, olhando para a rua.

— Acho que você sabe qual é.

— Não faço ideia. – Virou de lado, medindo Jeongguk com os olhos, e desviou para a rua novamente.

— Então, serei direto – Aproximou mais um passo. — Por que tratou Eunbi daquele jeito?

— O que você sabe para vir falar comigo assim? – Riu soprado. — Aquela garota é louca, não ligue para o que ela diz.

— Jaebum... – Mexeu a língua dentro da boca, passando pela bochecha, um sinal de impaciência. — Eunbi pode ser muitas coisas, mentirosa não é uma delas. Ela nem precisou dar detalhes, só me disse as babaquices que você falou, e foi o suficiente.

— Jeon, fala sério. – Deixou sua pose de lado, encarando Jeongguk. — Ela é insuportável, não parava de falar um segundo, eu até fui muito paciente. Não sei o que ela te contou, mas eu não fui um monstro, só fui sincero.

— Sinceridade não é sinônimo de falta de educação, sabia disso? Você falou com ela antes desse encontro, ela te mostrou como age, vocês conversaram! Então me diga, pra quê sair num encontro com uma garota que você não suporta?

— Eu estava entediado. – Rolou os olhos. — Passo o dia todo trabalhando aqui, ela se aproximou de mim e eu aproveitei isso, é pecado?

— Você é desses que mesmo explicando, se recusa a entender a merda que fez, né? – Sua voz ficou mais baixa e raivosa. — Você foi um completo idiota com ela e deve desculpas, Eunbi não tem culpa por não ter correspondido essas suas expectativas nojentas.

Jaebum não respondeu, e Jeongguk não queria ouvir uma resposta, não queria mais ouvir a voz dele.

Virando para ir embora, sentiu um empurrão em suas costas, o fazendo desequilibrar.

— É bom você e sua amiguinha chata ficarem longe de mim.

Jeongguk não chegou a cair, só tropeçou. Mesmo assim, se recompôs, e respirando fundo, voltou a olhar para Jaebum.

— Estamos no nosso local de trabalho, não seja ainda mais estúpido! – Disse ríspido.

— E daí? Se vier me dar sermão de novo, não vai ser só um empurrão. – Olhou com desdém para Jeongguk e voltou para sua pose ao lado do portão.

A paciência de Jeongguk se esvaiu, porém, seu senso não.

Se aproximou rápido de Jaebum, o encurralando contra o portão, colocando seu antebraço no peito dele, o segurando.

— Eu odeio brigas, Jaebum. Odeio discussões, odeio pessoas grosseiras e estúpidas. Aprendi a prezar pela minha paz e você está a tirando no momento, não gosto disso. Acha que eu não sei brigar? Eu só não reajo a essa sua provocação ridícula por respeito ao Namjoon, e por não querer estar no mesmo nível que você. Sabe o que eu aprendi? Que quem é agressivo numa discussão perde a razão. Você sabe que foi um idiota, então peça desculpas a ela, e é você quem não deve ousar chegar perto da Eunbi. Entendeu? – Não demonstrava raiva, e sim seriedade.

— Jeongguk-ssi? – Eunbi parou ao lado do portão, assustada.

— Oi, Eunbi.

— O que tá acontecendo? – Alternava seu olhar entre ele e Jaebum.

— Eu tive uma conversa com ele, não foi, Jaebum? – Cruzou seus braços. — Ele me disse que queria te falar uma coisa.

— Ah... É? – Eunbi se sentia perdida.

Encarando sério Jaebum, Jeongguk deu seu último aviso e se afastou deixando os dois a sós.

— Me desculpe... Me desculpe pelas coisas que eu disse, não foi legal. Eu... Fui idiota. – Falou baixo, não conseguindo encarar Eunbi.

— Eu não entendo – Eunbi estranhou demais as desculpas repentinas. — Você não tá arrependido.

— Eu tô... Eu tô. – Se forçou a olhar nos olhos dela. — Eu não tava, mas agora tô... Desculpe te tratar daquela maneira.

— Não está. – Eunbi constatou. — Mas espero que se arrependa mesmo.

Sua cabeça doía demais para continuar aquele diálogo forçado, Eunbi o deixou de lado indo até seu amigo.

— Jeongguk-ssi? O que foi isso?

— O que você merece ouvir. 

— Mas... Você ameaçou ele?!

— Não, eu só dei um pequeno conselho a ele. Quando erramos com alguém, devemos pedir desculpas, né?! – Andaram lado a lado, com Eunbi dando passos maiores para acompanhar Jeongguk.

— Eu disse que não precisava fazer nada... Eu sei lidar com essas coisas.

— Ficar calada não é saber lidar, Eunbi. Em qualquer situação que se sentir desconfortável, fale! E se precisar de ajuda, estarei aqui.

Comovida pelo que Jeongguk fez por ela, Eunbi o abraçou forte. Por anos ela teve que passar por essas situações sozinha, nunca era compreendida, ninguém se esforçava para entender seu jeito. Não queria ser chata, e sim presente, gostava de interagir, de fazer amizades. Apesar de tudo, não podou sua personalidade, sabia que em algum momento encontraria alguém que a entendesse e a deixaria confortável. Jeongguk era a maior prova de cumplicidade que ela poderia ter encontrado.

— Você é um ótimo amigo, Jeongguk-ssi.

— Você também, amarelinha.

Ela não entendeu o apelido, porém sorriu achando fofo. Nem tinha ciência de sua cor, brilhante e intensa, assim como ela. Nem sempre sabemos qual é nossa cor e que alguém é capaz de vê-la, muitos não dão essa sorte. Jeongguk um dia contaria para cada amigo seu as cores que os representavam e os faria enxergar o quão únicos são.

Uma sensação estranha incomodou Jeongguk no trem, se sentiu observado. Ficou em alerta olhando para os lados e para trás, mas não detectou ninguém lhe acompanhando.

Isso o lembrou do medo que tinha de esbarrar com sua mãe ou seu padrasto, ambos usavam o trem, poderia acontecer.

Desconfiado, andou com ainda mais pressa para a casa de Jihoon, ainda atento para ver se estava sendo seguido ou não.

Chegou em casa bem, deduzindo que aquela sensação foi somente pelo estresse com Jaebum, sua mente precisava relaxar.

— Guk, hoje eu fiz o almoço! – Jeongguk foi recepcionado por um grande sorriso orgulhoso de Jihoon. — Ei, você está bem? – Estranhou a respiração ofegante dele.

— Tô bem... só vim andando rápido. E aí, não queimou nada? – Colocou a bolsa no sofá e tirou suas botas, indo para a cozinha averiguar o que seu amigo fez.

— Não mesmo, eu segui o que você me ensinou e tirei umas dúvidas na internet!

— Só me espere tomar banho que venho avaliar sua comida, Hyung.

Jeongguk riu com a ansiedade óbvia de Jihoon para que ele provasse logo, então não demorou no banho.

Enquanto se secava, olhou para o espelho e se entristeceu com seu cabelo tão desbotado, o azul saía muito rápido. Estava uma cor esverdeada, em poucos dias ficaria só com a tonalidade descolorida, pensou se deveria retocar ou deixar do jeito que estava. Voltar para o preto não era uma opção.

Ao retornar para a cozinha, Jihoon já havia servido os dois pratos, e encarava Jeongguk com expectativa.

— Senta aí logo! – Puxou Jeongguk para a cadeira.

— Hyung, não precisava levar isso tão a sério. – Não conseguia parar de rir.

— Eu levo a sério sim, vou provar que sei cozinhar!

Primeiro, Jeongguk observou a aparência do prato e achou muito boa. O arroz, vários legumes, e os pedaços de carne, tudo parecia apetitoso.

Em seguida, sentiu o cheiro, e também estava atrativo. Nenhum cheiro de queimado como costumava sentir nas outras tentativas de Jihoon.

E por fim, o sabor. Provou uma porção generosa e ficou em silêncio enquanto degustava. Achava engraçado Jihoon tentar tanto lhe impressionar, afinal não era nenhum chef de cozinha, aprendeu a maioria das coisas sozinho para ter sua independência.

— E aí...? – Jihoon nem encostou no prato, apenas esperando a resposta de Jeongguk.

Prosseguindo com o silêncio, fez uma expressão séria para amedrontar Jihoon, e depois riu.

— Tá ótimo, Hyung! Tudo no ponto certo, você com certeza se superou. – Elogiou com sinceridade, realmente impressionado com a evolução de seu amigo.

— Ah! – Jihoon gritou, levantando da cadeira, indo abraçar Jeongguk. — Viu? Eu disse que iria conseguir!

— Eu nunca duvidei! – Gargalhou com a reação dele, o abraçando de volta. — Vai, senta, vamos comer.

Jihoon era o mais velho, mas em situações como aquela Jeongguk se sentia como o Hyung. Sempre foi cuidado por seus amigos, porém gostava de cuidar deles também, considerava isso a melhor forma de demonstrar seu amor: cuidando.

— Sim... Me conte sobre seu encontro, não poupe detalhes. – Jihoon sorriu ladino.

Jeongguk poupou e muito os detalhes.

Contou sobre a orquestra, sobre o jantar e sobre a dança, não entrou em detalhes sobre nenhum beijo ou conversa. Jihoon insistiu um pouco para saber mais, e Jeongguk o cortou voltando a falar o quanto a comida estava boa.

A preguiça pós-almoço bateu, fazendo Jihoon cochilar e Jeongguk ficar deitado no sofá, lendo um livro. Não tinha um bom ritmo de leitura e isso o entristecia, queria ler mais.

Em sua rotina, após um tempo procrastinando, Jeongguk organizava a casa. Geralmente, fazia isso com Jihoon, mas achou que ele se esforçou muito no almoço, pois o sono dele seguia pesado.

Começou arrumando seu quarto, decidiu não ir para o quarto de Jihoon para não acordá-lo, e seguiu para o corredor, depois a cozinha e a sala. Gostava de limpar os cômodos, não só pelo prazer de ver a casa limpa, mas também para ajudar Jihoon. Era incrível morar com ele, e por mais que pagasse suas contas, não parava de se sentir um peso. Velhos hábitos não morrem.

Terminou tudo no fim da tarde, descansando enquanto mandava mensagem para Taehyung. Conversaram sobre a prova de História da Arte que teria na quinta, e o trabalho que ele iria passar para a turma de Jeongguk, já que não haveria prova para eles.

Essas conversas deixavam Jeongguk um tanto incomodado, mas ele ignorava a sensação. Lembrava que Taehyung era seu professor, não deixava esse fato de lado, porém às vezes esquecia naturalmente por já estar tão envolvido. Precisava se manter atento, se conter, precisava de cuidado, não poderia cometer deslizes. Estava feliz por estar com ele, mesmo sem um rótulo, não faria nada para estragar aquilo. Isso não mudava o fato de ser uma situação frágil.

Jihoon despertou um tanto apressado, correndo para o banheiro e depois para se arrumar.

— Vai sair, Hyung?

— Não – Gritou de seu quarto. — Aquele meu amigo que te falei tá pra chegar e eu esqueci totalmente!

— Oh... – Se levantou do sofá. — Quer que eu faça alguma coisa? Prepare algo?

— Fique tranquilo, eu fiquei nervoso porque era pra ter preparado uma parte do TCC antes dele chegar. – Passou a mão no cabelo, agoniado. — Dormi muito... Por que não me acordou?

— Tenho pena de acordar você, Hyung, sei que fazer esse trabalho cansa você. – Apertou o músculo do trapézio dele, aliviando a tensão que sentia.

— Ah... E como. Por isso pedi ajuda dele, Yoongi já terminou o curso e o TCC dele foi incrível, tenho me inspirado muito nele.

Jeongguk parou e abriu sua boca, sem sair som algum. Seus olhos dobraram de tamanho, sua pele ficou pálida.

— Jeongguk? O que foi? – Segurou o rosto dele, preocupado.

— O nome do seu amigo é Yoongi? – Perguntou baixo.

— Sim... Eu pensei que já tinha te falado. Algum problema?

— N-não... Nenhum. – Piscou o olhos, voltando seu olhar para o chão.

No mesmo instante, escutaram batidas na porta.

— Deve ser ele! Atende para mim, por favor? Vou trocar a calça. – Fechou a porta do quarto para adiantar e Jeongguk ficou no corredor sem saber o que fazer.

As batidas continuaram, e forçando seu corpo e mente, Jeongguk andou até a porta. Implorava que fosse outro Yoongi, com certeza existiam vários, não podia ser o mesmo. Se bem que recordava de uma coisa: seu ex-namorado era estudante de Direito quando estavam juntos.

Lembrar disso fez um choque atingir seu corpo e ficar parado de frente para porta, sem conseguir pôr a mão na maçaneta.

Na terceira batida, fechou os olhos, prendeu o ar, e abriu a porta de uma vez.

— Jeongguk...?

Ouvir a voz dele foi como entrar numa máquina no tempo, voltar em um momento de sua vida que não parecia ter passado. Abriu seus olhos com relutância, e o ver ali, em sua frente, foi como voltar para o Jeongguk de 19 anos.

Min Yoongi continuava o mesmo, alguns centímetros mais baixo que Jeongguk, usando as mesmas roupas maiores que si, o cabelo ainda preto.

— Meu Deus... É você mesmo?! – Ele arregalou os olhos pequenos, sem acreditar.

— O-olá... – Mordeu os lábios, saindo de frente da porta para ele ter espaço para entrar.

Yoongi não conseguia parar de olhar para Jeongguk, notando o cabelo diferente, o corpo mais desenvolvido, a mesma timidez.

— Há quanto tempo não nos vemos? Quatro anos? Céus... – Riu desacreditado. — Estou tão feliz por revê-lo.

— Você não mudou nada. – Tentou descontrair para não deixar o clima tenso.

— Nem você... Quer dizer, o cabelo mudou.

— Era azul – Sorriu. — Vou tingir novamente.

— Posso abraçá-lo? – Yoongi era sempre direto em seus pedidos, determinado com o que queria. Ele conhecia os limites de Jeongguk, por isso pediu permissão.

Jeongguk travou para responder, porém estendeu os braços, e Yoongi o compreendeu. Chegando perto o suficiente, a realidade o atingiu.

— Desculpe... – Afastou Yoongi. — Não consigo. – Toda a interação foi demais, não estava preparado.

— Ei, Yoongi! – Jihoon apareceu na sala. — Já conheceu o Jeongguk?

— Eu o conheço há um bom tempo já – Manteve uma boa distância de seu ex-namorado depois dele demonstrar desconforto. — Não sabia que ele era o amigo que morava com você, Jihoon.

— É... Eu tenho o péssimo hábito de não falar o nomes das pessoas, desculpa. – Sorriu constrangido. — É bom vocês se conhecerem, deixa ainda mais confortável esses encontros. Quer ficar com a gente enquanto não dá a hora de ir pra faculdade, Guk?

— Não! – Respondeu alto e rápido. — Não... Eu já vou sair.

— Mas não está na hora...

Jihoon ficou sem resposta, pois Jeongguk passou correndo para seu quarto afim de se trocar logo e sair.

Pronto para ir, se despediu tão rápido que Jihoon e Yoongi mal escutaram. Jihoon não entendeu nada, e Yoongi ficou triste, não queria aquela reação, suas expectativas para um possível reencontro eram outras. Entendia as dificuldades que Jeongguk tinha para se relacionar, esperaria ele se acostumar com a ideia para tentar outra aproximação. Não guardava mágoas do que aconteceu, não tinha raiva por ter sido deixado, se importava demais com ele para carregar algum sentimento ruim.

Com suas mãos trêmulas, no meio do caminho Jeongguk só conseguiu mandar uma mensagem:

Hobi-hyung... Preciso de você.”

Parado na estação, Jeongguk não sabia se ia diretamente para a casa de Hoseok, se ia para a faculdade, estava confuso.

Encarando a tela do celular, recebeu uma ligação.

Jeongguk? Meu Deus... Que susto, porra. Manda uma mensagem daquelas e não me explica nada!

— Onde você tá, Hyung? Eu só preciso conversar...

— Tô na casa do Jimin, quer vir? Antes que você pergunte, ele não se incomoda. – Jeongguk pôde escutar Jimin confirmando de fundo.

Pensei que você ainda tava no trabalho...

— Saí mais cedo, e resolvi visitar meu Jimin. Pela sua voz dá pra perceber que tá muito nervoso, vem logo pra cá, estamos preocupados.

Jeongguk guardou o celular e esperou a chegada do trem. Não era o fim do mundo Yoongi ter aparecido, era só mais uma bagunça no meio de tantas. Só mais uma parte sua que precisaria de ajuda para arrumar.

Atordoado e um tanto trêmulo, Jeongguk chegou na casa de Jimin depois que Hoseok lhe deu as instruções. Era uma rua próxima da casa de Taehyung, e uma casa tão bonita quanto a dele.

— Então... – Hoseok o deixou sentado e ficou em pé junto a Jimin na frente dele. — Por que tá tremendo tanto?

— O Yoongi... – Murmurou, fazendo seus amigos não escutarem direito. — O Yoongi tá aqui.

— O quê? – Se aproximando mais, Hoseok torceu pra ter ouvido errado.

— O Yoongi tá aqui, Hyung.

— Eita, que... – Fechou a boca para não falar um palavrão. — Como?

— Ele é amigo do Jihoon-hyung e eu não sabia... Tá ajudando ele com o TCC, e foi lá na nossa casa hoje. E-ele continua o mesmo, tentou me abraçar... 

— E quem é Yoongi? – Jimin não entendia o porquê de tanto nervoso.

— Vamos dizer que foi o primeiro cara que o Jeongguk se apaixonou e namorou. Tipo você e o Taehyung – Fez cara de nojo. — Só que o caso deles foi mais... Sei lá, ele foi a primeira vez do Jeongguk em tudo.

— Nossa – Jimin encarou Jeongguk. – Por que terminaram?

— Eu era imaturo naquela época, mais do que sou hoje – Jeongguk riu, estralando seus dedos. — Aqueles sentimentos me assustaram, fora que eu não tava numa fase muito boa por causa da minha família... Sabe como tentei afastar o Tae? Então... Fiz o mesmo com o Yoongi, só que com ele eu consegui ir embora.

— Pelo menos ele não é babaca, não é? – Jimin procurou algo positivo para falar.

— Não é, mas mesmo assim faz o Jeongguk lembrar de todo aquele tempo, é algo meio pesado. – Hoseok respondeu pelo seu amigo.

— O problema é mais a vergonha, não consigo fingir que nada aconteceu, que não o deixei...

Passando um tempo calado, Jeongguk organizou seus pensamentos e decidiu que era melhor mudar de assunto.

— Mas enfim, me lembrei de outra coisa agora... – Levantou o olhar para seus amigos. — Eu só descobri ontem que o Jimin-Hyung é ex do Tae. – Aproveitou que Hoseok citou isso para falar sobre.

Jimin ficou vermelho, muito vermelho.

— Você tá com raiva, Guk? Eu mandei o Tae explicar direito! – Colocou as mãos no rosto, sem saber o que fazer.

— Não tô! – Mudar de assunto o fez se acalmar. — Ele explicou direito, achei bonito o quanto você se esforçou por ele, Hyung.

— Ah, Guk... – Jimin se sentou ao lado dele, o abraçando. — Fico aliviado. Eu tentei muito ajudar a situação dele, era triste o ver tão perdido, muitas vezes ele dizia se achar insuficiente para um relacionamento, não duvido que se sinta assim até hoje.

— Ele é inseguro, né? – Jeongguk constatou triste. — Não imaginei que fosse... ele parece ser tão confiante.

— Não veja o que está por fora. Taehyung tem muitos medos... Ele está sendo muito corajoso com você, isso me deixa contente.

— Você apoia a gente, Hyung? – Perguntou receoso.

— É claro?! – Levantou, deixando Hoseok colado ao seu corpo. — Nós apoiamos demais o novo casalzinho.

O clima que os envolvia ficou ótimo novamente, Jeongguk deixou suas aflições para trás, não precisava se preocupar com isso ainda, resolveria seus novos assuntos pendentes depois.

— Vai pra aula do Taehyung ou prefere ficar aqui ainda? – Hoseok perguntou já sabendo a resposta.

— O que você acha, amor? – Jimin sorriu malicioso. — Taehyung vai acalmar por completo esse coraçãozinho.

Jeongguk ficou calado, porém seu sorriso confirmou, ver Taehyung lhe trazia paz. Se encontravam com frequência, entretanto sua ansiedade continuava a mesma para encontrá-lo.

Antes de saírem, Jimin chamou Jeongguk para conversar a sós.

— Eu não quero ser indelicado, Guk... Mas você fuma?

— Fumava... Por quê? – Não sabia como ele tinha percebido.

— Hoseok citou isso uma vez, e observando você hoje, acredito que isso que você tá sentindo não é só ansiedade por rever o Yoongi, na verdade, isso parece ser o que menos afetou. Você parou recentemente, não é? Eu creio que os sinais de abstinência estão aparecendo... Tem se sentido irritado, sem muito foco e umas alterações no sono?

— Ah... Sim. Eu tenho tentado me segurar quando acontece algo assim, que me deixa estressado ou ansioso, a vontade de fumar é grande... – Não se orgulhava em admitir isso.

— É a falta da nicotina, não se preocupe... É só continuar tentando, eu sei que você está indo bem. Se a vontade apertar, faça algo que o acalma, sempre procure outros meios, está bem?

Impressionado com a leitura de Jimin sobre a situação, Jeongguk não soube como responder, porém o agradeceu com um abraço. A sensibilidade dele, tanto por sua personalidade, quanto pela profissão, fazia Jimin perceber coisas que a maioria não percebia. O que pudesse fazer para proteger um amigo, faria. Jeongguk prometeu a si mesmo que iria se esforçar para superar aquilo.

Hoseok não saía de perto de Jeongguk. Desde o episódio desastroso da festa, a culpa o corroía por não ter feito nada, então toda vez que pisavam na faculdade, ele ficava perto.

— Taehyung já chegou? – Notou que Jeongguk olhava muito para os lados.

— Acho que a gente chegou cedo... Ah, ele chegou. – Viu de longe Taehyung estacionando o carro de frente para o bloco e tentou segurar seu sorriso.

— Vocês conversam normalmente por aqui? – Hoseok questionou curioso. — Tipo... Íntimos?

— Nós evitamos... – Disse cabisbaixo. — Precisamos evitar. Alguns já estranharam a falta das discussões entre a gente, dá pra ver só pelo olhar.

— É perigoso falar com ele aqui?

— Pode ser, mas eu não consigo – Seus olhos estavam presos na figura de Taehyung se aproximando. — Não consigo não falar ou evitar...

— Boa noite! – Taehyung os cumprimentou ao chegar perto o suficiente.

— Boa noite, professor! – Hoseok respondeu. — Agora vou deixar vocês sozinhos...

— Hyung! – Jeongguk exclamou nervoso. — Não diz essas coisas.

Tanto Taehyung, como Jeongguk andavam em alerta, reparando se alguém poderia estar perto para escutar, ou se alguém os encarava demais. Ambos olharam ao redor, porém não viram nada demais.

— Jeon – Taehyung chamou sério. — Preciso de ajuda lá em cima.

— Oh... Tudo bem.

Hoseok foi para a sala, Taehyung e Jeongguk subiram as escadas até a sala dos professores. Já que o horário das aulas começaram, não havia nenhum professor no corredor.

Taehyung entrou deixando suas coisas em cima da mesa, e rapidamente fechou a porta, encostando Jeongguk nela e o abraçando.

— Eu queria muito fazer isso... – Sussurrou. — Não deveria, mas...

Jeongguk o abraçou forte de volta, sentindo o calor e o cheiro dele.

— Você está bem, My Sweetie? Jimin me pediu para cuidar de você, porém não entendi...

— E nem precisa entender. – Repetiu uma fala de Taehyung dita há tempos. — Só cuide de mim...

Com um autocontrole invejável, Taehyung não o beijou, só continuou o abraçando por mais um tempo, fazendo carinho no cabelo azul desbotado.

O abraço, que naturalmente tem o poder de acalmar, liberar o hormônio do amor e da felicidade, e acima de tudo, curar, reduziu à zero as turbulências que Jeongguk sentiu em seu coração ao longo do dia. Dentro daquele pequeno espaço, cabia um grande universo e a sensação de proteção.

Para ninguém estranhar a demora dos dois, o carinho não durou muito. Descendo as escadas, Taehyung não poderia deixar de elogiar.

— Eu não falei antes, mas acho seu cabelo lindo assim também...

— Ele tá todo desbotado, Tae – Sorriu envergonhado.

— Você tem o poder de deixar até o desbotado belo.

Era um grande desafio não se tocarem nos corredores, principalmente com diálogos como esse sendo trocados. Por um bem maior, se contentaram em se tocar apenas pelo olhar.

Jeongguk foi para seu lugar de sempre ao lado de Hoseok, e pelo menos daquela vez, se deixou ficar admirando Taehyung o tempo todo, mantendo sua atenção presa nas ações dele.

— Boa noite, turma! – Foi respondido de volta em uníssono. — Hoje iremos falar do último trabalho para compor essa parte da nota.

— O senhor parece estar animado. – Uma aluna comentou surpresa.

— Os trabalhos de vocês mais recentes não foram um desastre, isso me deixa animado. – Forçou um sorriso. — E citando esses trabalhos, esse novo será diferente.

— Diferente? Deve ser é mais difícil... – Jeongguk escutou um aluno murmurar no fundo da sala.

— Esse vocês não precisão expor aqui na sala ou na faculdade. – Taehyung iniciou a explicação. — Eu quero que vocês explorem tudo o que sentem ao desenhar, eu quero que não se contenham. Por isso não será um desenho para ser exposto, e sim pessoal, só eu irei ver e avaliar.

— O que temos que desenhar, Tae- Senhor Kim? – Jeongguk tremeu ao errar o tratamento.

— Que bom que perguntou, Jeongguk... – Andou até o meio da sala. — Vocês vão desenhar pessoas. Não me importa quem ou lugar, desenhem alguém que os inspira, tratem esse como o melhor desenho de suas vidas. Usem suas melhores técnicas, explorem os traços que sabem usar.

— Se é pessoal, pode conter nudez no desenho? – Outro aluno questionou.

— Sim, nudez artística também é algo belo, tratem como tal, não quero nada que soe desrespeitoso ou que não tenha nenhuma relação com o que foi proposto. Com roupa ou sem roupa, capturem a essência do que admiram.

A explicação foi feita com Taehyung olhando para a turma, mas principalmente para uma pessoa específica.

E Jeongguk entendeu. Teria que desenhar alguém, e não precisaria se conter. Poderia desenhar alguém cuja beleza o inspirava para além dos limites. Um desenho pessoal, único. Para tal coisa, só poderia desenhar uma pessoa:
Kim Taehyung.

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