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14) sentimental

Quem gosta de ler ouvindo música, "Sentimental – Los Hermanos" é uma ótima opção.

tag no tt #PaletasePoesiasTK (espero que vocês usem muito hoje, viu)

Boa leitura! 💙


Jeongguk paralisou na sala dos professores após ficar sozinho. Encostado na janela, não teve ação, não conseguiu se mover. Queria gritar para Taehyung voltar, mas sabia que ele devia estar longe àquela altura. Queria refazer todos os seus passos, ter tirado Taehyung daquela faculdade para poder fazer o que queria.

A alma inocente de seu professor pesou, o confrontou e o colocou no lugar. Jeongguk sentiu uma genuína tristeza por aquilo, pois no momento, não se importava com nada. Taehyung era o responsável entre os dois, o mais racional e menos impulsivo, Jeongguk o beijaria ali, na estação, em uma esquina, em qualquer lugar. Porém, o respeitou de volta, respeitou a decisão, também se controlou, se controlou tanto que não conseguiu mais se mover.

A faxineira do prédio teve que ir até lá e pedir para ele sair, assim trancando a sala.

Passando pelas ruas, – deixando de ir de trem mais uma vez – pensou em jogar seu último maço de cigarros, mas quis guardar. Não pretendia usar, pretendia guardar o gesto consigo. Taehyung se utilizou do cigarro para os conectar, não foi um ato romântico, foi um ato de desespero. Mesmo assim, foram tragados juntos, não esqueceria disso. 

Jeongguk reparou que ele odiava mesmo tudo sobre cigarro. A tragada não foi bem feita, ele lutou muito para não tossir ou reclamar. Ambos tremiam as mãos, um terremoto parecia estar acontecendo na sala, sob seus pés, e um vendaval dentro de seus corações. Saber que sentiu os lábios dele sobre os seus, mesmo que daquela maneira, lhe desconcertava. Não foi, nem de longe, como idealizou. Porém, teve a certeza que Taehyung o queria da mesma forma, na mesma intensidade, por isso apelou para um beijo indireto, pois ambos não suportavam o incômodo de não se encostarem.

Isso não sanou sua vontade, só o fez querer mais. Deveria ter o abraçado e ter dito que tudo estava bem, que ele não precisava sentir culpa, que nenhum dos dois possuía culpa sobre aquilo. Vê-lo chorando em sua frente atrasou seus pensamentos, congelou suas ações. Na dor, agarrou o rosto dele, mas se arrependia cruelmente de não ter feito mais.

Do mesmo jeito que Taehyung fez no dia da estação, Jeongguk ligou para ele. Sua angústia só seria acalmada se ouvisse a voz dele, se soubesse que ele chegou em casa bem. Porém, nenhuma chamada sua foi atendida.

Sem saber o que mais poderia fazer, ao chegar em casa, desligou seu próprio celular para não ceder à vontade de continuar ligando. Não precisou explicar o que aconteceu para Jihoon, ele entendeu que seu amigo queria ser distraído.

— Quer assistir um filme comigo, Guk?

— Você não vai acordar cedo, Hyung? – Perguntou aninhado no sofá, todo coberto com o lençol.

— Não ligue para isso, estou querendo passar um tempo com você. – Encostou no braço do sofá, achando fofo o modo que seu amigo estava coberto, só com os olhos de fora. — Quer que eu faça um docinho?

— Vai queimar.

— Andei praticando! – Exclamou ofendido. — Você vai ver, vai ficar uma delícia.

Não ficou.

Apesar disso, Jeongguk comeu tudo junto à ele. Não quiseram ver mais um filme de terror, apostaram nos desenhos animados por serem mais leves.

Ele conversava com Jihoon, assistia ao filme, mas seu coração continuava preso à situação. Sabia que sua mente não pararia de martelar aquilo, então foi dormir. Jihoon dormiu no meio do filme e Jeongguk teve pena de acordá-lo.

Sua companhia para adormecer foi o casaco, de novo. O cheiro começava a esvair, estava fraco, porém Jeongguk se esforçava para sentir os últimos resquícios. Que se dane se parecia um viciado, todos têm um ponto de calmaria, e aquele era o de Jeongguk.

Naquela noite, teve um pesadelo. Parecia que toda vez que sentia qualquer sentimento negativo ou entrava em algum conflito interno, os pesadelos surgiam com mais força.

Estava no meio do nada, tudo branco ao redor. As paredes, o chão, tudo. Não quis se esforçar para achar uma saída, sabia que não encontraria, seria um esforço em vão. Sentou, abraçando os joelhos, escondendo o rosto entre as pernas.

Abria e fechava os olhos para conferir se o pesadelo já havia acabado, mas não. Olhando para o chão, viu que ele se transformava em fumaça pouco a pouco. Temeu cair, indo para o lado que ainda era solo, entretanto, não adiantou, tudo virou fumaça. Ela entrava nos pulmões de Jeongguk o deixando sonolento, por ser fumaça, flutuava no ar. Jeongguk tinha medo de altura.

Começou a chorar, pois seu corpo não se movia, mesmo que tentasse muito. O pânico tomou conta de si, e Jeongguk fez o que achou ser o certo: se entregou.

Parou de lutar, aceitou a fumaça entrando em seu corpo, fechou os olhos para não encarar seu medo.

Foi ao chão sem notar, percebendo que a fumaça dissipou. Ficou um pouco mais escuro, e aparentemente, toda fumaça se transformou em cheiro.

Nessa parte do pesadelo, que virou sonho, Jeongguk conseguiu calar sua mente e dormir.

Não era comum para o universitário apresentar muitos sinais de ansiedade, porém naquele dia estava impossível. Conseguiu dormir, mas acordou cedo demais, mais cedo do que deveria para ir trabalhar.

— Jeongguk-ssi! – Eunbi o cutucou. — Você não para de olhar para a porta, tá esperando alguém?

— N-não... – Desviou o olhar. — Só quero ir embora, tô cansado.

— Você tá é agitado, parece que tomou um energético pra vir até aqui. – Direcionou o olhar para as pernas inquietas dele.

— Muita coisa na faculdade, é por isso.

— Hum... Sei. Aquele professor bonitão vai vir te ver de novo? – Perguntou sugestiva.

— É melhor não falar dele. – Foi tomar água e molhar o rosto para tentar voltar para si.

— Eu posso fazer uma pergunta bem sincera, Jeongguk-ssi? – O esperou ficar mais calmo para perguntar.

— Depende.

— Eu vou fazer. – Encostou mais nele para falar baixo. — Quando eu fico apaixonada, pareço você. A cabeça não para de pensar na pessoa, me sinto nervosa o tempo todo! Inclusive, tô assim por causa do Jaebum, tento disfarçar aqui, mas acho que ele percebe. Você tá do mesmo jeito, né?

— Não! São situações diferentes. – Suas mãos suavam.

— Tudo bem. – Desistiu de fazê-lo falar. — Aconselho que, já que não quer me dizer, diga pra outra pessoa.

— Dizer o quê?

— Eu posso ser meio boba às vezes, mas não sou burra. Você quer falar alguma coisa que tá entalada na garganta e não sabe o que fazer. Então eu digo: fale. – Disse com um semblante sério.

— Devo mesmo? – Hesitou.

— Isso vai acalmar você, Jeongguk-ssi. Você tá parecendo um fugitivo da polícia, olhando pra todos os cantos, tremendo as pernas, roendo as unhas, sempre com esses olhos assustados. Não precisa guardar isso pra si! – Sorriu, bagunçando o cabelo dele.

— Você até que sabe dar conselhos, sabia? – Agradeceu pela conversa e Eunbi corou com o elogio.

A única pessoa possível para Jeongguk conversar seria Hoseok. Jihoon sabia da situação, mas como sempre, não queria atrapalhar o amigo. Jongho tinha seus próprios problemas, ainda precisavam conversar antes de Jeongguk falar de suas bagunças também.

Cogitou falar com Jimin, porém lhe intimidava o fato dele ser amigo de Taehyung. Precisava falar com Hoseok.

Hyung? Seria muito ruim se eu aparecesse no seu trabalho hoje?”

“O movimento tá fraco hoje, tem problema não. Aconteceu alguma coisa?”

“Preciso conversar com você... Preciso de um conselho.”

Hoseok mandou várias risadas nas mensagens.

Conselho meu? Que situação... Pode vir agora.”

Almoçando rapidamente com Eunbi, Jeongguk se despediu da amiga e foi para a estação, afim de ir até o trabalho de Hoseok.

Ele tentou, assim como Jeongguk, uma vaga em algum museu, porém não conseguiu, a concorrência era alta, todos os estudantes possíveis de Artes Visuais tentavam a mesma coisa.

Acabou que Hoseok conseguiu emprego em uma grande papelaria, além de oferecer seus serviços, fazendo edições em imagens, manipulações, tudo que estivesse ao seu alcance, os cursos que fez por fora para se aperfeiçoar lhe fizeram bem.

Jeongguk encostou no canto da porta principal, com vergonha de entrar. Procurou seu amigo olhando por cima, e não avistou.

— Ei! – Hoseok gritou por trás dele.

— Hyung! – Deu um pulo assustado. — Não faz isso!

— Você tava parecendo aquelas crianças que se perdem no mercado da mãe. – Riu. — Fui comprar meu suquinho – Balançou o copo para Jeongguk ver. — Bora ficar lá dentro.

Colado em Hoseok, Jeongguk entrou no local cumprimentando todos os colegas dele com uma breve reverência.

Ambos ficaram mais afastados, na parte onde ficava os computadores, e Hoseok deu início à conversa.

— Quer falar do Taehyung? – Colocou o canudo na boca, tomando o suco.

— O quê? – Se assustou.

— Você ouviu. – Estreitou os olhos.

— Por que tão direto assim?

— Porque eu sei que você quer falar dele, né! O que houve? – Respondeu o óbvio.

— Aconteceu uma coisa meio estranha ontem... Anteontem também. – Começou a cutucar os dedos e desviar o olhar.

— Estranha?

— Eu demonstrei que queria beijá-lo. – Disse de uma vez.

Hoseok tirou o canudo da boca, tossindo. Ficou tão surpreso que engasgou.

— Você foi o primeiro a demonstrar? – Passou a mão na boca, limpando. — Que surpresa... pensei que seria ele.

— Mas você não sabia que ele queria o mesmo...

— Jeongguk, com todo o respeito, só você não sabia disso. Eu pensei que vocês iriam explodir de tensão naquele dia na casa dele. Aconteceu alguma coisa ali também, né? Antes da gente chegar. – Sorriu ladino.

Parando para lembrar, Jeongguk corou, olhando para suas mãos.

— É... Chegamos bem perto um do outro. – Murmurou.

— Por isso que eu e Jimin marcamos, eu sabia que iria dar em alguma coisa. Voilà! – Respondeu afoito.

— Eu ainda não te contei a parte ruim! – Fez um bico.

— Ah – Murchou. — O que foi?

— Na monitoria ontem, a gente quase se beijou... Na noite anterior quase aconteceu também, lá na estação, só que ele se afastou. Nas duas situações ele disse que não podia, que não era o local ideal... E eu juro, eu entendi o lado dele, mas ele ficou tão triste. – Seu coração doía ao recordar. — Ele tá se achando errado por querer o mesmo.

— Era de se esperar, Guk... Taehyung é nosso professor. Não é tão mais velho, mas ainda tem esse espaço entre a gente e ele, devemos respeito e tal, não é algo comum de acontecer. Vocês não estão se falando?

— Não, ele não me responde, nem atende as ligações. Eu devo desistir? – Lhe deixava triste essa cogitação.

— Vocês devem conversar! Mas eu tenho que admitir, tô bem surpreso com você. – Deixou escapar um sorriso orgulhoso.

— Por quê?

— Porque você também enxerga que é errado, tanto que demorou pra cair na real, mas dá pra ver na sua cara que você tá desesperado pra beijar ele. Fora a naturalidade que tá me contando isso, tipo, eu já sabia, mas não esperava que você fosse dizer tão fácil assim. Eu dei alguns sinais, rondei a situação, até pensei que você demoraria mais pra falar.

— Hyung! – Se envergonhou.

— E nem vou julgar, né... Te falei desde o primeiro dia, Taehyung é muito bonito. – O confortou ao seu modo.

— Não é só por ele ser bonito...

— Eu sei, eu sei... É porque ele demostrou que se importa, cuidou de você, foi paciente, te respeitou. O que mais, hum? – O encarou esperando a resposta.

Jeongguk continuou com seu bico, sem falar.

— Vai, Guk... O que ele fez pra você cair na real?

— Recitou um soneto de Shakespeare... Além de todo o carinho nos pequenos gestos... Aish! – Colocou as mãos no rosto, a saudade lhe frustrava.

— Eita – Arregalou os olhos. — Ele sabe como fisgar alguém...

— Hyung!!! – Deixou sua voz manhosa. — É sério, não é brincadeira, acho que vai dar tudo errado... Só queria que ele falasse comigo.

— Você quer que isso resulte no quê? – Perguntou sincero.

Pensando por um tempo, não teve uma resposta.

— Pois é, você não pensou nisso, mas aposto que ele sim. O que acontece depois de vocês se aproximarem ainda mais?

— Só acontecendo pra descobrir...

Hoseok sorriu largo, apertando a bochecha do amigo.

— Você fica ainda mais impulsivo quando tá apaixonado. Taehyung com peso na consciência e você querendo se jogar no colo dele, rapaz... – Brincou.

— Não é assim! E-eu tenho vontades como qualquer um... – Tentou se defender.

— Eu não vou dizer o que é certo ou errado pra você, se é o que tá esperando. Meu único conselho é que conversem e esclareçam as coisas, não dá pra fugir disso pra sempre. Meu conselho pessoal, como seu melhor amigo, é... Beije este homem!

— A-agradeço a sinceridade, vou tentar o meu melhor. Talvez eu consiga conversar com ele hoje... – A ideia da conversa o deixava nervoso.

— Espero que sim! E falando em conversar, falou com o Jongho? – Questionou com curiosidade e preocupação.

— É... Sim... – Gaguejou. — Falei sim, a gente vai conversar melhor no fim de semana.

— O que houve com ele? Continua ignorando minhas mensagens...

— É algo pessoal, não posso dizer. É mais simples do que imaginei, porém, mais complicado também. – Contornou a resposta para não revelar muito.

— Tá bom... – Hoseok estranhou. — Vai ficar mais tempo aqui?

— Não, não quero te atrapalhar, Hobi-hyung... Vou pra casa.

— Passo lá pra gente ir pra faculdade, tá?

— Tá! – Abraçou seu amigo, beijando a bochecha dele e indo embora.

Checou o celular a todo momento. Zero mensagens, zero ligações. Pensou em ligar para Jimin e perguntar se ele sabia como o amigo estava, mas não queria soar invasivo.

Como forma de distrair, Jeongguk pediu para Jihoon ser seu modelo àquela tarde, queria começar a desenhar rostos.

— Por que logo eu, Guk? – Se olhava no espelho da sala sem gostar do que via.

— Porque moramos juntos! E eu gosto do seu rosto, Hyung.

— Deveria desenhar seu professor. – Deu aquele olhar para o amigo. — Hoseok já disse que ele é bonito.

— Tenho que ficar vendo a pessoa no meu lado enquanto desenho... – Desviou o assunto. — É só ficar sentado, quero ver se consigo.

Jihoon nunca via nenhum desenho ou pintura de Jeongguk, sempre foi curioso para conhecer o talento de seu amigo. Terminando os últimos retoques, mostrou aflito para Jihoon, com medo da reação dele.

— Você disse que está praticando ainda? – Seu queixo poderia cair com o que via.

— É... Desenhei uma vez o Hobi-hyung, agora você.

— Jeongguk? Isso é desenho de um profissional! – Pegou a mesa digitalizadora para poder ver com mais detalhes. — Você é incrível! Olha os traços, está idêntico ao meu rosto! Parece uma foto... Tô em choque.

— Não é pra tanto, Hyung – Riu sem graça. — Eu sei que preciso melhorar.

— É, precisa melhorar essa autoestima! – Empurrou a testa dele com seu dedo indicador. — Não menospreze o que você faz, Jeongguk. Eu nem sou um profissional, e sei que isso aqui está muito bom. Próxima vez que você falar isso de um desenho seu, vou ficar sem falar contigo!

— Ei!

— É sério! – Fez uma expressão brava.

Jeongguk ficou muito feliz com o elogio. Tão feliz, que passou o resto da tarde o pintando e mexendo em alguns detalhes. Isso pelo menos o distraiu o suficiente para não pegar mais no celular.

Hoseok apareceu na hora combinada para irem juntos até a faculdade, e nesse momento, Jeongguk não tentou mais disfarçar a ansiedade.

No seu bloco, passou a vista em todos os lugares e não o viu. Decidiu ficar na sala com Hoseok, e alguns outros colegas se aproximaram também. Jeongguk não desgostava da sua turma, mas também não morria de amores. Trocava uma ou duas palavras com a maioria, não queria se envolver.

Deu o horário da aula, e ninguém apareceu.

O universitário bateu seus pés no chão, estralou os dedos, mordeu seus lábios, tamanha tensão. Taehyung nunca se atrasava, costumava chegar antes de horário marcado.

Com mais alguns minutos de espera, a coordenadora do curso entrou na sala.

— Boa noite, turma! O professor Kim não poderá vir dar aula, ele está com virose. Ele me passou o conteúdo de hoje, então eu ficarei responsável pela explicação, tudo bem? A aula seria prática hoje, mas devido a esse imprevisto, será teórica.

Ninguém se surpreendeu com a tal virose, entretanto, Jeongguk sim. Não só se surpreendeu, como estranhou. Apesar da discussão, Taehyung estava fisicamente bem, mais do que bem. Era mesmo uma virose?

Como era de esperar, Jeongguk não prestou atenção na aula. Sua mente pensou em tantas possibilidades, que as horas passaram rápido e já estava sendo liberado.

Hoseok não sabia o que falar para o amigo, mas também estranhou a virose, foi muito repentino. Aproveitou para levá-lo até em casa e deu mais um conselho.

— Ligue para o Jimin, ele deve saber o que tá acontecendo.

— Tem certeza? – Já estava pensando em fazer isso devido a preocupação.

— Sim, eu sei que ele vai te dizer. Não pense besteira! Isso vai se resolver.

Não tinha como não pensar. Jeongguk se encontrava ainda mais nervoso, nenhuma possibilidade que pensou sobre a situação era boa.

Ligou para Jimin, apreensivo, torcendo por uma boa notícia.

Jimin-Hyung! Tá ocupado...?

— Guk! Não estou, pode falar!

— Você tem alguma notícia do Taehyung? Ele não foi dar aula hoje... A coordenadora falou que ele tá com virose.

Virose? – Riu. — Ele é muito dramático. Não se preocupe com aquele cabeça dura, Guk, ele está bem.

Então... Por que ele não foi dar aula?

— Acho que você sabe o porquê.

— Jimin-hyung... – Hesitou. — O que eu faço?

— Pense mais um pouquinho e decida alguma coisa. Quando decidir, não volte atrás, será a coisa certa. Você é esperto, Guk, vai saber o que fazer.

Jeongguk adoraria saber o que fazer, mas não sabia. Se Taehyung se afastou, era por que queria distância, não havia o que ser feito. Sua frustração o impulsionou a mandar mais uma mensagem, uma única mensagem.

“Por quê?”

A mesma rotina se repetiu no dia seguinte. Jeongguk estava desanimado, não queria nem ter saído para trabalhar. Eunbi tentou de todas as formas o animar um pouco, e não teve êxito. Suas explicações sobre as obras foi no automático, só o seu corpo estava no museu, sua mente continuava a dormir em casa.

Aquele dia seria difícil. Eunbi não poderia almoçar com ele, pois marcou de sair com suas amigas. Jihoon sairia com sua mãe, Hoseok ficaria ocupado com o emprego, o Universo conspirando para nada dar certo.

A manhã passou lenta, assim como sua volta para casa. Costumava se animar ao saber que passaria a tarde sozinho, podendo fazer o que quiser, mas só estava deprimido.

Não teve vontade de pintar ou desenhar. Depois de comer e tomar seu banho, se jogou no sofá, se enrolando todo e escolhendo algum filme aleatório de terror. A apatia era tanta que nem se assustou com as cenas macabras.

Colocando o segundo filme para começar, escutou um barulho. Olhou para os lados e não soube de onde o som vinha, até reconhecer que era o toque de celular e ir correndo atrás de sua bolsa para pegá-lo.

Atendeu rápido, nem precisou ver o nome, sabia que era ele.

Jeongguk?

— Oi... Taehyung. – Prendeu a respiração.

Não poderei dar aula hoje também, pode assumir para mim? Mandei por e-mail o programa, eu preparei slides sobre o romantismo. – Sua voz era calma, baixa, e triste.

Você tá bem? – Ignorou tudo o que ele disse.

Irei ficar... E você?

Tô com saudade. – Soltou o ar preso, sentindo um alívio.

Tanto o coração de Jeongguk, quanto o de Taehyung deram um salto com a confissão.

Jeongguk...

— Não me chame de Jeongguk – Pediu triste.

Tenho que desligar, Sweetie... Nos vemos depois, boa sorte na aula, eu sei que vai se sair bem.

Jeongguk só precisou escutar ele o chamando mais uma vez de sweetie para ter certeza do que faria.

Revisou os slides para ter certeza que explicaria o que foi pedido, e deixou toda sua desanimação de lado, dando lugar à determinação.

Sua aula fluiu bem, apesar de não ter prática. Os alunos pareciam gostar daquele assunto, pois na maior parte do tempo prestaram atenção e expuseram muitas dúvidas e curiosidades.

Falar do Romantismo era mais do que fácil para Jeongguk. O movimento artístico que surgiu no século XVII, mostrando seu repúdio às regras, seu inconformismo, com a Revolução Francesa sob os holofotes. Marcado pela objetividade, pelo drama, o subjetivo e a emoção, foi um grande opositor do realismo, criando uma dicotomia entre clássico/romântico. Não queriam ordem ou equilíbrio, o foco era a paixão desmedida.

As pinturas representavam o mar, as montanhas, as nuvens, a natureza, a solidão. William Turner pintava quadros dramáticos com suas luminosidade, John Constable era naturalista e poético, pintava ambientes acolhedores. Théodore Géricault pintava o passado, lutas, naufrágios, vida e morte, muito dramático. Eugène Delacroix, o mais famoso do movimento, pintou A Liberdade Guiando o Povo, no contexto da revolução francesa, mostrando a luta pela independência.

O drama humano, amores trágicos, ideais utópicos. Tudo isso Jeongguk explicou, e ao mesmo tempo, se inspirou. Há beleza na tristeza, nos excessos. Lembrou do que Taehyung explicou sobre Pathos. Jeongguk precisava de um impulso, um espanto, precisava traçar o próprio destino, mesmo que um dos destinos fosse o sofrimento. Precisava viver.

A aula não acabou muito tarde, seguiu para a estação e não desceu em sua parada. Continuou no trem, até chegar no bairro de Taehyung.

De frente para a porta, não ficou receoso em nenhum momento, não demorou a tocar o interfone e ser atendido por Seokjin.

Quem é?

— Sou eu, Seokjin-hyung.

Seokjin não esboçou surpresa ao ver Jeongguk em sua casa.

— Demorei um pouco porque estava cuidando do meu Hamster. – Deu espaço para o universitário entrar na sala.

— Um Hamster?

— Sim! Adotei ontem, olha – Buscou a caixinha do pequeno roedor para Jeongguk ver. — Ele está bem acomodado na nova casinha dele, ainda não dei um nome, estou pensando na melhor opção.

Jeongguk não costumava achar roedores fofos, mas admitiu que aquele era. A pelagem clara e os olhos grandes o deixavam adorável.

— Vai encher a casa de animais, não é? – Perguntou passando seu dedo no animal.

— É claro! Deveria ter feito isso há muito tempo, aos poucos vou trazendo mais. Enfim... Tenho certeza que você não veio aqui para falar sobre meu Hamster.

— Sempre é bom falar com você, Hyung... – Sorriu tímido. — Mas sim, quero conversar com o Taehyung... Ele tá aí?

— Está no quarto dele, mal sai daquela caverna há dois dias. – Suspirou.

— Ele tá doente mesmo?

— Depende do ponto de vista. – Colocou a caixinha do Hamster no balcão. — Ele se sente doente, mas fisicamente não está.

— Eu acho que fui eu que deixei ele assim. – Disse cabisbaixo. — Quero pedir desculpas, ele mal falou comigo, não tive oportunidade.

— Jeongguk – Sorriu pequeno. — Eu acho que é você quem pode melhora-lo.

— Não tenho tanta certeza... – Mordeu os lábios.

— Então vá lá e pergunte pessoalmente. – O encorajou.

— Posso mesmo? Ele deve tá dormindo, não quero incomodar. – Deu um passo para trás.

— Garanto que ele não está dormindo. – Empurrou Jeongguk de leve para o corredor. — Vá em frente. Qualquer coisa, estou aqui na sala com esse pequenininho. – Apontou para o Hamster.

— Tudo bem. – Jeongguk encarou a porta do quarto e seguiu pelo corredor, ainda aflito, mas concentrado.

Seu único receio era entrar sem avisar, porém a porta não estava trancada, estava encostada. Jeongguk entrou de mansinho, vendo que a única luz dentro do ambiente era do abajur. O mesmo abajur da noite em que dormiu lá.

Taehyung não notou a presença do universitário, estava deitado de lado, no canto da parede.

— Tae? – O chamou baixinho para não assustar.

— Quando escutei o interfone, imaginei que era você. – Continuou virado para a parede.

— Eu nem sei se deveria estar aqui... Se me pedir pra ir embora, eu vou.

— Sente aí. – Moveu o braço mostrando o espaço disponível na cama.

Com incerteza, Jeongguk sentou bem na ponta, sem saber como deveria se portar. Tirou a bolsa das costas, deixando em seu colo e a abraçou.

Levantando devagar, Taehyung também ficou sentado, e o universitário pôde o enxergar melhor. Um pijama de seda, azul, cobria seu corpo. Uma camisa com mangas longas e uma calça, parecia confortável. O cabelo se encontrava um pouco bagunçado, e o rosto um tanto abatido.

— Eu só queria saber se você tá bem... – Brincou com sua bolsa para não ter que o encarar. — Eu tentei, e muito, saber disso sem ter que vir aqui, mas você não me respondeu.

— Me desculpe por isso. – Encostou na cabeceira, ficando de frente para o quarto, também não olhando para Jeongguk. — Não queria preocupar você, precisei de um tempo.

— Eu que tenho que pedir desculpas! Eu que te coloquei nessa situação... Prometo não fazer mais nada que te deixe assim, não vou mais me aproximar, não vou falar mais nada constrangedor, vou te deixar em paz. – Atropelou as palavras falando rápido.

— Sweetie... Se você fizer isso será uma tragédia. Escute-me pelo menos dessa vez, você não fez nada de errado. – Reforçou.

— Como quer que eu acredite nisso se tá assim? Nem foi dar aula... Nem falou comigo, o que você quer que eu pense? – Sua mente era pura confusão.

— Sendo bem sincero – Virou seu rosto para o lado dele. — Eu queria que você me deixasse de lado, que não insistisse. Tudo seria mais fácil se você me rejeitasse.

— M-mas... Você me rejeitou.

— Não, não rejeitei. Eu quis você, eu quero você, disse isso com todas as palavras. Eu digo que quero que você se afaste, porém se fizer isso, eu não irei aguentar, do mesmo modo que você não aguentou.

— Eu não sei o que você quer! – Não elevou a voz, mas disse com raiva. — Tudo que você fala se contradiz com o que você faz! Quer me beijar, mas não beija. Quer ficar perto de mim, mas se afasta. Eu não sou uma criança! Você não tá me influenciando coisa nenhuma, se é isso que tá pensando, eu quero você! – Pôs a mão em seu peito. — E você ignora isso.

— Jeongguk...

— Tá pensando no quê? No que vai acontecer depois? Eu também não sei, nem você sabe, ninguém pode saber o futuro! E-eu... Eu não costumo falar essas coisas, eu não costumo me abrir assim, mas você não me deu escolha, eu simplesmente não sei o que fazer... Nada do que eu digo parece te convencer.

— Eu expliquei meus motivos. Essa situação é nova para mim em todos os sentidos possíveis, nunca aconteceu algo parecido, eu não sei como agir, Jeongguk. Eu não sei como reagir ao que você me causa... – Olhou para a bolsa. — Ainda está com o cigarro?

— Não tive coragem de me livrar... – Abriu o bolso, deixando o maço de fora.

Taehyung o pegou, puxou o isqueiro também, e acendeu.

— Isso não é suficiente – Tragou sentindo agonia. — Não é.

— Por que tá fazendo isso? – O choro do universitário estava entalado na garganta.

Tragando novamente, se aproximando um pouco de Jeongguk, Taehyung soltou a fumaça no rosto dele, especificamente, perto da boca. Em reflexo, Jeongguk deixou a boca aberta.

Entendendo o ato, Jeongguk fez o mesmo. Puxou o cigarro da mão dele, tragou, e soltou a fumaça próximo à boca de Taehyung.

— Nunca será suficiente. – Confirmou o que seu professor disse. Apagou o cigarro em sua bolsa, o guardando de volta no bolso para não descartar no chão.

— Você perguntou o porquê... – Taehyung lembrou da mensagem que recebeu. — Eu não sei responder.

Um silêncio se iniciou, com suas vontades ainda mais instigadas depois de mais um momento íntimo. Taehyung queria agir, e ao mesmo tempo, recuava. Percebendo isso, Jeongguk decidiu ter a iniciativa, estava farto daquela situação sufocante, ele podia e iria resolver tudo.

— Tae... Você enxerga bem sem o óculos? – Parecia, mas não era uma pergunta inocente.

— Eu tenho miopia, não enxergo bem de longe.

— Então posso me aproximar? – Inclinou o corpo para a frente, tirando a bolsa de seu colo e a colocando no chão.

— Pode, Sweetie. – Riu fraco.

— Eu queria escutar outro soneto... – Se aproximou, deixando seus corpos em contato.

Taehyung não recusaria um pedido daquele, feito por uma voz tão manhosa. Pensou em mais um dos sonetos de Shakespeare, e começou a recitar em inglês:

Não chame o meu amor de idolatria
Nem de ídolo realce a quem eu amo,
Pois todo o meu cantar a um só se alia,
E de uma só maneira eu o proclamo.
É hoje e sempre o meu amor galante,
Inalterável, em grande excelência;
Por isso a minha rima é tão constante
A uma só coisa e exclui a diferença.
‘Beleza, Bem, Verdade’, eis o que exprimo;
‘Beleza, Bem, Verdade’, todo o acento;
E em tal mudança está tudo o que primo,
Em um, três temas, de amplo movimento.
‘Beleza, Bem, Verdade’ sós, outrora;
Num mesmo ser vivem juntos agora.

Acometido pela poesia, Jeongguk pegou na mão de Taehyung, entrelaçando seus dedos.

— Você poderia recitar outro, e mais outro, eu nunca me cansaria de ouvir. – Sentia-se hipnotizado.

— Shakespeare tem 154 sonetos, além de outros poemas, e meus próprios devaneios. O quanto você quiser ouvir, eu falarei. – Confessou.

— Eu gosto tanto disso em você... Sua poesia, seu sotaque. – Continuava a se aproximar.

— Você não costuma falar palavras tão afetuosas, Sweetie. — Estava afetado tanto pelas palavras, como pelo olhar dele.

— Fiz muitas coisas desde que você chegou. – Desvinculou suas mãos e pôs sua mão direita no coração dele. — Inclusive fiz o que nunca me imaginei fazendo. Seu coração tá tão acelerado, Tae.

— Ele está conversando com você.

— Traduza o que ele diz.

— “Eu gosto do seu toque sobre mim, suas mãos frias são muito acolhedoras. Eu moro dentro do peito desse homem que você está vendo, ele não me deixa em paz contando coisas sobre você. Nesses últimos dias, senti um aperto ao redor de mim, era a angústia dele em pensar na possibilidade de nunca te beijar. Em todas as mensagens e ligações que você fez, eu acelerei, esse homem não parava de ficar nervoso. Quando ele escutou sua voz entrando no quarto minutos atrás, pensei que eu ia parar de bater. Eu gosto muito de você, dono das mãos frias, mas por favor, acabe com a agonia dele, não aguento mais achar que vou parar de bater toda vez que você se aproxima.”

— Tae... – Seus olhos encheram de lágrimas. — Posso falar pelo meu coração?

— Fique à vontade...  – Colocou sua mão sobre a bochecha de Jeongguk.

— Eu gosto tanto do seu toque... – Puxou a outra mão dele, a segurando. — Das suas mãos... Elas são tão lindas. – Trouxe-as para perto de sua boca, as beijando. — Se eu fosse beijar tudo o que acho lindo em você, te beijaria por inteiro.

— Eu tenho tempo. – Sorriu, ignorando o rubor que surgiu em suas bochechas com o beijo tão singelo que recebeu.

— Se me permite... – Chegou ainda mais perto. — Suas mãos eu já beijei, vou para o rosto. – Ficando a centímetros de Taehyung, Jeongguk começou a sussurrar. — Eu amo os brincos que você usa. – Beijou o lóbulo esquerdo. — Seu cabelo é muito bonito e cheiroso. – Afundou seu rosto nos fios, deixando um beijo. — Sua testa é bem atrativa. – Riu enquanto a beijava. — Seus olhos... – Taehyung entendeu e fechou os olhos, Jeongguk beijou as duas pálpebras. — São os mais lindos que já vi.

Sentindo o coração de seu professor ainda mais acelerado, Jeongguk soube que estava fazendo o certo.

— Suas bochechas são adoráveis. – Beijou cada uma. — Seu nariz também... Essa pintinha é um charme. – Deixou o beijo em cima do sinal.

— Não faça assim comigo... – Suas forças estavam se esvaindo.

— Sua clavícula... – O pijama de seda era largo, mostrando aquela área do corpo de Taehyung. — Também é muito bonita. – Beijou, sentindo a pele arrepiar sob seus lábios. — Seu pescoço, Tae... – Respirou fundo, aproximando-se daquela parte tão sensível. — É lindo. Desde que prestei atenção nele, quis encher de beijos. Além de seu cheiro ser mais forte aqui... – Deslizou seu nariz na parte lateral, e começou a distribuir selares.

Começou de forma simples, porém Jeongguk intensificou o contato, beijando todo pescoço, enquanto Taehyung tremia abaixo de si.

Sweetie – Suspirou. — Por que eu sinto que está beijando meu pescoço como se beijasse minha boca?

— Porque é isso mesmo que tô fazendo. – Se afastou, também ruborizado, mas não acanhado.

— Essa faceta sua é impressionante...

— Qual? – Sabia muito bem do que ele se referia.

— Ser reservado, tímido, cuidadoso em um primeiro contato, porém quando cria intimidade, se transforma.

— Não tenho motivos para me envergonhar perto de você, já me enxergou de tantas maneiras... Estou mostrando tudo o que eu sou.

— E você é lindo. – Segurou o rosto dele com suas duas mãos. — Tão lindo...

— Tae... – Fechou os olhos com o toque.

— Diga, My Sweetie. 

— Eu também acho sua boca muito bonita, faltou deixar um beijo nela. – Abriu os olhos, e Taehyung pôde contemplar o anseio no olhar dele, o causando arrepios infinitos.

— Beije.

— Tem certeza disso? – Encarou os lábios, sentindo seu corpo se aproximar involuntariamente.

— Eu preciso beijar você.

Jeongguk o beijou com toda sua vontade, e foi retribuído na mesma intensidade. Segurou no pescoço dele, enquanto Taehyung mantinha suas mãos no rosto, ambos obstinados, necessitados daquela troca de carinho.

Os lábios se esbarravam, se juntavam, se completavam. Jeongguk queria aprofundar, e não sabia como fazer ou pedir aquilo. Interrompendo o contato, encarou Taehyung com um brilho nos olhos, o mesmo brilho de curiosidade.

Taehyung não precisou de mais nada para compreender. Devagar, passou sua língua pelos lábios dele, retribuindo o olhar, dando seu consentimento.

Fogos de artifício eram soltos dentro de seus peitos, o frio na barriga não diminuía, mas o calor em seus corpos aumentava. Jeongguk ajoelhou entre as coxas dele, deixando seu tronco erguido, sem sentar. Taehyung desceu suas mãos para a cintura, apertando entre seus dedos, o trazendo para perto de si.

Jeongguk levou suas mãos até o cabelo dele para sentir a maciez, era uma ótima sensação. Taehyung fez o mesmo, não só encostando, como apertando os fios entre seus dedos.

O beijo não era desesperado, tampouco desajeitado. O desejo de ambos era refletido na medida certa, se conectando com total sintonia. Os pensamentos ruins sumiram, todos os pesadelos foram ofuscados. Devido a tamanha impetuosidade, perderam o fôlego e se afastaram para buscar ar.

Enquanto suas respirações estavam descompassadas, Taehyung se levantou, indicando para Jeongguk sentar, e se posicionou da mesma forma que ele. Ajoelhado entre as coxas.

— Se importa?

— Não... – Jeongguk o olhava desacreditado, Taehyung conseguia ser ainda mais bonito com o cabelo bagunçado, rosto e boca avermelhados. — Apenas me diga... – Inspirou — Que não vai se arrepender.

— Por que está pensando isso logo agora?

— Porque não quero que acabe amanhã... Não quero que acabe nunca.

Taehyung retomou o beijo com a mesma paixão, fervor e ternura. O cuidado era presente, o zelo. Se tocavam com tanto querer, que os suspiros escapavam sem intenção.

Desacelerando o ritmo, Taehyung continuou perto, deixando seus lábios em contato, para dizer o que queria:

Don't be afraid, my sweetie... I’m completely surrendered by you.

*Não tenha medo, my sweetie... Eu estou completamente rendido por você.

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