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O mais fácil de se gostar


Remus amava e, tanto quanto amava, odiava olhar as estrelas. Tinha algo de terrível em desejar fazer isso com Severus exatamente um dia depois de sua calamidade de todo o mês. Ainda estava fatigado, mas aquela era a noite em que Vênus estaria alinhado com a Terra e ele queria vê-lo junto a Severus.

James havia feito o enorme favor de contar-lhes a respeito de sua noite de bolo com o Sonserino. De acordo com o irritante, haviam feito um bolo de coco delicioso e conversado sobre o que gostavam. Remus gostaria de conversar com Severus a respeito de seus gostos, momentos felizes, sobre conquistas acadêmicas e sobre Senhor dos Anéis, que parecia não ter fim.

Remus aguardava Severus na entrada da Torre de Astronomia. Haviam combinado de subirem juntos, embora o lupino estivesse ansioso para organizar o telescópio e apontá-lo para onde Vênus se encontrava logo, tanto que sua perna balançava em ansiedade. Precisava ainda organizar a manta e colocar em cima a cesta de piquenique que carregava. Quando terminasse de olhar o planeta, queria sentar-se com Severus.

Ainda era cedo, alguns minutos após o jantar. Apesar de temer ser pego por algum professor, era monitor. Aquela era a sua noite de cuidar daquele corredor, mas havia conversado com o monitor da Corvinal sobre fazer o seu turno por apenas uma pequena quantia.

Se perguntava se deveria contar a Severus sobre a sua condição como licantropo. Estava querendo ter uma relação com o sonserino, então, obviamente, esse merecia saber. Seu estômago revirava, porém, com a ideia de dizer algo tão íntimo ao garoto. Se esse o odiasse depois disso, se saísse correndo ou se jamais olhasse para seu rosto novamente, Remus se odiaria pelo resto de sua vida.

Quando Severus apareceu no corredor, tentou respirar fundo para não surtar. Olhou para a cesta de piquenique em seu braço e lutou contra o ímpeto de pegar um sanduíche e devorá-lo de uma vez só para conter o nervosismo.

–Severus!--Quase falou alto demais quando o garoto chegou em sua frente. O sonserino, porém, não esboçou uma reação assustada.--Está tudo bem?

–Sim! Não me atrasei, não é?

Remus olhou para o relógio. Severus havia chegado na hora em ponto.

–Não, chegou bem na hora. Vamos subir?

Remus deixou-o ir primeiro, com medo de ir na frente e ele notar que suas pernas estavam tremendo. Quando chegaram na torre, Lupin tratou de colocar a manta que tinha no braço no chão e a cesta de piquenique em cima.

Severus se aproximou e colocou os braços atrás das costas, sorrindo para a cesta. Estava com muita fome, não havia jantado.

–Então, Remus,--olhou-o, as sobrancelhas franzidas em curiosidade.--qual seu plano completo?

Lupin abriu a boca e em seguida fechou-a, sem saber exatamente como falar. Engoliu em seco e respirou fundo, querendo recuperar o controle de seu corpo.

–Vênus está alinhado com a terra. Estou desejando vê-lo. E, depois,--ele apontou para a cesta–podemos fazer um lanche.

Severus pareceu gostar da ideia. Ele andou até o telescópio e Remus ajeitou-o no lugar correto, testando-o até encontrar Vênus no mar de estrelas.

–Achei! Caramba, como é magnífico!

Severus achou graça de sua empolgação. Quando Lupin deu passagem para deixá-lo olhar, entendeu o motivo de tanta felicidade.

–Nossa, é incrível mesmo.--Ele afastou o rosto do telescópio, sorrindo para o grifinório.--Astronomia é a sua matéria favorita?

Remus deu de ombros.

–Não gosto muito das aulas, mas sou fã de um bom estudo por fora.

–Então qual é a sua matéria favorita?

Remus pareceu ponderar por um tempo.

–Gosto de Runas. Você? Já sei!--Remus não deixou-o responder, embora Severus já tivesse aberto a boca para falar–Poções, obviamente.

Antes que Lupin colocasse os olhos no telescópio novamente, ele já retrucava:

–Defesa contra as artes das trevas, na verdade.

–Jurei que você ia dizer Poções.--Remus ri.--Desculpa.

–Tudo bem, você não é o único a pensar nisso. Ambas as matérias têm seu charme, para mim.

–Entendo.--Remus olha novamente o telescópio, apontando-o.--Gostaria de observar outros corpos celestes?

–Com toda a certeza!

Vinte minutos depois, eles estavam sentados na manta observando o céu de longe. Severus comia um sanduíche e Remus aproveitava o doce conforto de sua companhia.

–Estou quase no fim da primeira parte de Senhor dos Anéis.--Quebrou o silêncio.

Severus terminou o sanduíche antes de olhá-lo.

–O que está achando?

–Cansativo.

–Seria estranho se não achasse.--Revirou os olhos em brincadeira.--Mas está achando legal?

–Sendo sincero, eu estou gostando, é claro, mas não é o tipo de leitura para se ler rápido. Amo os personagens e a trama, por outro lado.

Severus gostava da forma como Lupin falava, tinha uma espécie de charme. Dos três, Lupin parecia o mais fácil de se gostar. Severus não entendia exatamente o motivo para pensar assim, mas Remus era decidido e, de certa forma, mais adorável e sincero. Severus gostava de sinceridade.

–Eu acho a mesma coisa.

Remus pareceu aliviado. Era como se temesse dar qualquer passo em falso. Severus entendia qual era a sensação.

Não estava com vontade de fazer teste nenhum, mas como havia feito em Potter, o certo era fazer com esse também. Esse. Estava tratando-os como objetos compráveis.

–Então... Me diga, Remus,--Lupin pareceu se assustar–conter-me sobre a sua infância, algo que eu tenha que saber?

–Você quer saber sobre momentos ou algo assim?

–Sei lá.--Severus dá de ombros.--Qual a sua comida favorita?

De novo, Lupin pareceu aliviado.

–Eu gosto muito de Chocolate. Principalmente daqueles com recheio.

–Então você gosta de um doce bem doce mesmo.--Severus pegou na cesta um chocolate e estendeu para Remus, que aceitou.--A minha comida favorita é a Torta de Abóbora.

–Eu também amo!--Remus falou de boca cheia, colocando a mão na frente dela em completa vergonha.--Desculpa por isso.

–Tudo bem, eu gostei da sua animação.--Ele sorri.--Um momento especial?

Remus estava a um passo de se derreter. Severus parecia tão fofo. Olhava para o céu com uma animação quase tocável, assim como a sua própria. Queria abraçá-lo, beijá-lo, deitá-lo em seu colo e enterrar a cabeça em seus cabelos.

–Quando eu conheci os meninos eles disseram que achavam as minhas cicatrizes maneiras. Esse momento foi especial.

–Sério?

–Ninguém nunca tinha ficado sem se assustar com elas.

Certo, Severus também acharia esse um momento especial se fosse consigo. Nunca havia tido amigos tão próximos, mas aqueles três pareciam inseparáveis num nível que ele jamais conheceria.

–Tem algo que gostaria de me contar? Não estou afim de fazer uma seção completa de perguntas.--Severus ri, pegando na cesta uma maçã.--Sinto que fazer isso não é exatamente conhecer vocês. Sei que Potter contou como foi ontem.

Remus concordou com a cabeça, o nervosismo óbvio sob seus olhos. Snape esperou que ele falasse, até o garoto fechar os olhos e respirar com dificuldade.

–Eu não irei culpá-lo se sair correndo depois de eu contar o que irei dizer.

Severus não gostou de como o momento ficou tenso depois dessa fala.

–Vai me contar que matou alguém?--Tentou fazer piada, mas Remus não riu.

–As minhas cicatrizes–começou a falar–são de mordida. Quando eu era bem pequeno, o lobisomem GreyBack invadiu meu quarto e me transformou de propósito. Foi culpa de algo que meu pai fez, mas é uma longa história.

Remus fechou os olhos com força, o peito subindo e descendo num ritmo frenético. Severus o olhava com um sorriso pequeno e, talvez, um pouco de tristeza pela maneira como Lupin se forçou a contar algo tão difícil para ele simplesmente por achar ser o seu dever. Antes de falar, suspirou.

–Eu já sabia...

Remus abriu os olhos em supetão e agarrou Severus pelo ombro, fitando-o nervoso. O sonserino se assustou com o ato, mas não tentou se afastar.

–Como?

–Bem... Desde que aprendemos sobre Lobisomens no terceiro ano, eu imaginei. Você não faltou na aula hoje, embora costume sempre faltar depois de uma noite de lua cheia. Cara, você está com olheiras gigantes e as suas pupilas ainda não voltaram totalmente ao normal, além dos seus olhos estarem meio amarelados devido a ontem de noite e seus dentes mais pontudos.

Remus soltou-o lentamente, parecendo a um passo de começar a chorar de alívio.

–Então você não se importa?

–Se eu me importasse, eu não estaria aqui.

Lupin engoliu o resto do chocolate que Severus lhe entregara rapidamente, contendo as lágrimas que pareciam lutar para sair. Severus imaginava, porém, que Remus não as queria em seu rosto.

–Obrigado por ser tão legal, Snape. Sério, eu estava apavorado com a ideia de você sair correndo.

A alguns anos Severus teria se importado, mas, como dissera, Remus era o mais fácil de se gostar. Não seria algo óbvio, que achava nem ser necessário para a conversa, que o afastaria.

–Eu estou com preguiça de correr, Lupin.--Brincou.--Agora, me diga, posso comer o segundo sanduíche da cesta?

–Fique à vontade.

O resto do encontro foi baseado em risadas e, claro, em conversas acadêmicas e muito Senhor dos Anéis. Remus sentia-se vivo.

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