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Extra 1: Sirius precisa aprender a enfrentar seus medos


Sirius não estava se sentindo em um bom dia. Tendo acabado de voltar da reunião da Ordem da Fênix, carregava nos braços um pedaço de pergaminho levemente rasgado, uma caixa velha e tinha a expressão mais irritada e deprimida que Severus já havia visto em seu rosto. Black largou as coisas no sofá e subiu as escadas, sem, ao menos, o cumprimentar. Franzindo as sobrancelhas, Snape, que trabalhava em uma poção da paz para a sua lojinha, o seguiu em direção ao banheiro, onde parou em frente à porta e o viu jogar uma quantidade considerável de água no rosto.

–O que aconteceu?--Perguntou com cautela.

Sirius fungou e respondeu com os dentes serrados:

–O idiota do meu irmão está em Azkaban!

Severus fez um pequeno solavanco involuntário. Sabia que Régulos era Comensal da Morte, mas não evitou o susto ao escutar Sirius dizer que o Black mais novo estava na prisão dos bruxos.

–Quem o pegou?--Perguntou com mais cautela ainda, com medo de Sirius acabar chorando. Régulos era um assunto delicado e Sirius geralmente perdia o compasso por causa disso.

–Ele se entregou.--A voz do Black soou baixa e assustada.--Se entregou a mim hoje pela manhã!

O som de um grilo cantando ao longe foi a única coisa que Severus escutou antes de exclamar alegremente:

–Olha, isso é bom!

Sirius, porém, não pareceu achar bom. Severus o seguiu escada abaixo e sentou-se ao lado dele no sofá. As coisas que Severus não perguntou o que eram, mas que provavelmente envolviam Régulos, foram empurradas para o canto.

–Sinal de que ele se arrependeu!--Severus tentou, mas Sirius não fez nada que não fosse fechar os olhos e deitar a cabeça contra o sofá.--Ele era Comensal a poucos meses e...

Sirius o interrompeu, visivelmente irritado:

–O problema, Severus, é que eu estou me sentindo um péssimo irmão. Desde que nós nos formamos, eu poderia ter tentado o convencer a não fazer isso, mas eu não fiz. Agora ele irá passar anos ou a vida inteira em Azkaban!

E Severus sabia disso. Havia tentado convencer Sirius a conversar com Régulos ano passado, mas as suas tentativas foram em vão. O Black não quis escutá-lo.

–Tudo bem, Sirius, você cometeu um erro...

–E olha o erro!--O interrompeu novamente, agora com uma lágrima escorrendo pelo rosto. Severus o puxou para o seu peito, massageando os cabelos longos com carinho.--Eu deveria ter tentado... Precisava...

–A culpa não é só sua, Sirius.

Talvez tenha dito a coisa errada, porque Sirius chorou de maneira que Severus jamais havia o visto chorar antes. Agarrou-o em um abraço apertado e deitou a cabeça no ombro do ex sonserino, deixando que as lágrimas corressem soltas.

–Sirius,--Severus massageou as costas tensionadas e tentou falar de uma maneira que não fizesse Sirius Black o odiar.--Eu posso ir com você visitá-lo em Azkaban amanhã... Para vocês conversarem e se entenderem!

–Eu não quero vê-lo assim!--Sirius afastou-se, visivelmente machucado. Severus nunca sentiu tanta vontade de consolá-lo.--Você não sabe a maneira como ele me olhou quando se entregou!

Severus imaginava.

–Mas você nunca ficará totalmente curado desta ferida se não enfrentar seu medo, Sirius!

Por mais triste que tivesse sido dizer tal coisa, Severus sabia que era exatamente o que o Black precisava escutar. O ex grifinório olhou-o de maneira magoada, mas não fez qualquer objeção.

–Promete que irá segurar a minha mão?

Severus segurou o risinho fraco que amaçou sair de sua garganta. Sirius estava falando feito uma criança com aquele beicinho em seus lábios.

–E quando eu não segurei?

Puxou Sirius novamente para os seus braços, permitindo que ele colocasse toda a mágoa para fora.

***

Aquele lugar estava lhe dando arrepios. Segurava a mão de Sirius com força enquanto seguia entre as celas, escutando palavras um tanto quanto Iúgubres. Não demorou muito para Severus reconhecer o homem dentro de uma delas. Abriu a boca em um O perfeito, mas não olhou por muito tempo, com medo de andar até ela.

Não sabia que Lucius estava em Azkaban! Olhou para Sirius, em busca de alguma explicação, mas esse não parecia ter visto o mesmo que ele, ocupado em temer a conversa que teria com o irmão.

Pararam em frente a uma cela qualquer, mas o residente dentro dela não era um qualquer. Severus pigarreou para chamar a atenção de Régulos, já que Sirius parecia assustado demais para fazê-lo.

Um homem de 19 anos, de rosto cansado e magro demais para se considerar comum, andou até estar em frente às grades.

–Sirius? Snape?--Soou confuso.

Olhando-os com aqueles olhos fundos e opacos, Régulos Black não poderia parecer pior.

Severus deu um empurrão em Sirius para convencê-lo a falar, mas de nada adiantou.

–Régulos,--Snape pigarreou, começando o assunto que o namorado parecia tentado a não puxar–Sirius gostaria de conversar com você.

Diante da falta de palavras por Sirius, após longos segundos apenas focado em fitar o irmão de olhos arregalados, Severus bufou e gritou, de forma que acabou por assustar os presos das outras celas e chamar a atenção de Lucius, que correu para a frente das grades, com os olhos arregalados.

–Sirius Black, abre a porcaria da boca!

–Régulos...–O Black mais velho balançou a cabeça, saindo de seu estupor. Parecia extremamente nervoso.-- Nós não conversamos depois de você se entregar, não é?

Régulos Black não poderia parecer com menos vontade de conversar. Os Dementadores haviam sido retirados de serviço na área apenas pelo tempo que os dois ficariam aí dentro, mas, mesmo sem a presença deles, Régulos parecia prestes a cair de joelhos e balançar para frente e para trás até enlouquecer.

Um dia. Apenas um dia que Régulos estava preso, e ficaria por anos, talvez para sempre. Esse era o preço de suas escolhas.

–Sirius...--Régulos trancou a respiração.--Pode falar.

Severus não deveria participar desta conversa. Apertou a mão de Sirius, que o soltou lentamente.

Haviam tido essa conversa naquela manhã. Sirius dissera, que apesar de preferir que Severus ficasse ao seu lado, não conseguiria tocar em tópicos envolvendo a sua infância com o namorado perto.

Severus entendeu, apesar de entretecido pela falta de confiança. Porém, ele próprio teria agido assim, então aceitou.

Quis sair do corredor dos comensais, então andou em direção à saída, mas uma voz baixa o fez virar o rosto. Lucius olhava-o como se não o reconhecesse.

–Severus?--Malfoy soltou um risinho baixo.--Quanto tempo! Como está?

Aqueles olhos eram estranhamente desfocados. Uma tristeza terrível beirava as íris de Malfoy. Lucius, apesar de tentar parecer feliz, parecia tentado a socar a parede.

–Como eu estou?--Severus não se aproximou, mas deixou que a raiva subisse a cabeça e soou tão sarcástico quanto conseguia ser.--Melhor do que você, eu imagino.

Conversar com Lucius não era exatamente o que queria. Ergueu o nariz e andou em direção à saída, escutando a voz baixa de Sirius enquanto conversava com Régulos.

Lucius fechou a cara, mas não disse nada.

Se arrependimento tivesse nome, Severus imaginava que teria o de Malfoy.

***

Severus não foi capaz de esconder o orgulho que sentia quando Sirius, naquela noite, decidiu contar para os três sobre a conversa que tivera com Régulos. Resumidamente, eles haviam se entendido e Sirius passaria a visitar o irmão no dia de visitação, ocasionalmente uma vez ao mês (isso não existia ainda, mas Sirius mexeria os pauzinhos no Ministério para o dia passar a acontecer).

Os quatro estavam jantando e James, de alguma forma, havia feito a melhor lasanha que Severus já havia se dado ao luxo de provar.

–Por que você nunca antes fez essa lasanha?--Remus perguntou após todos terminarem de comer, batendo na barriga com as mãos.

Diante da pergunta, James deu de ombros.

–Eu nunca antes tinha feito lasanha.

Severus riu. Desde que haviam se dado ao luxo de morarem juntos, sempre fora James o responsável por fazer os melhores jantares. Ironicamente, Potter aprendia com uma facilidade surpreendente algo que, até então, nunca havia aprendido.

–Se continuar assim, iremos forçá-lo a fazer o jantar todos os dias, James.--Sirius brincou, com o bom humor acima do que normalmente estava.

–Assim vocês vão me enjoar de tanto fazer comida!--James pareceu levar a sério, porque só faltou repreender. Nem parecia gostar de cozinhar.

Semana passada havia feito um ganso assado dos deuses!

Severus lançou um olhar de esgueira para Remus quando os dois começaram a discutir, um em tom de brincadeira e o outro parecendo nervoso. Era cômico o quanto amava aquelas antas.

Colocou o último pedaço de lasanha na boca e pigarrou.

–Quem lava a louça?

Diante disso, Remus também entrou na discussão, mudando o cenário de brincadeira para uma guerra. Severus apenas levantou, revirou os olhos e subiu as escadas com um sorriso. 

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