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02|Lembranças (Des)Bloquedas, Discussões (Não) Paternais & Decepções Contínuas

boa leitura!
😘

       Meu papai me pega pelo pulso e me tira do carro, caminhamos quase correndo para uma casa grande branca com uma porta rosa. Uma porta rosa!

        Eu adoro rosa!

        Ele bate e espera, mas fica fazendo uma uma dancinha engraçada, como se estivesse com vontade de fazer pipi. Solto uma risadinha, mas tampo a boca com a mão para abafar o som.

        A porta se abre e uma senhora bonita de cabelos pretos começaaaando a ficar branco aparece. Ela 'tá de avental. Avental rosa!

        Solto mais uma risadinha. Eu gosto mesmo de rosa.

        Ela abaixa seus olhos pra mim e sorri, mas seus olhos estão tristes. 

        — Por que ela tá tiste? — pergunto puxando a mão de papai que ainda segura a minha. É gostoso e quentinho. Seguro.

        Meu papai se abaixa na altura dos meus olhos marroins*. Marroins iguais aos seus. Eu sou a menina dos olhos dele, porque nós temos o mesmo tom de marrom, como se fosse casca de árvore no verão.

        — Princesa, lembra que eu te falei sobre ficar com uma senhora por um tempo? — pergunta e aceno com a cabeça. Papai havia me falado que iria me deixar com uma senhorinha por alguns dias, até ele resolver as coisas de adulto. — Audrey, esta é sua avó. Seu nome é Roselyn. 

        Olho para senhora bonita que agora sei ser minha avó e sorrio pequeno, mas alegre. Gosto de conhecer pessoas, gosto de fazer amigos. Tento ver o rosto da mamãe das fotos que vi no seu, mas não acho que são parecidas.

        — Oi vovó! — Quando aumento meu sorriso, sinto um ar frio entrar pelo lugar onde estava meu dente, mas a fada do dente veio buscar na semana passada e o levou, deixando para trás um dólar e um pirulito debaixo do meu travesseiro.

        Ela solta um barulho tipo o de um sapo e começa a chorar. Olho para meu papai assustada, procurando ajuda. Papai diz que sempre que eu não souber lidar com uma situação, tenho que procurar ele.

        — Ela não gosta de mim? — Falo baixinho pra vovó não escutar.

        — Não meu amor, ela gosta sim.

        — Quando você vem me buscar? — pergunto, não gosto quando choram.

        Meu pai olha para o nada e volta seu olhar pra mim, então ele me dá um sorriso engraçado. Faço uma careta, não gostei muito desse sorriso engraçado.

        — Quando der bebê, quando der...

        Ele dá um beijo e sussurra com a boca na minha testa.

        — Eu sempre vou te amar, menina dos meus olhos.

        Me afasto encolhendo o rosto nos ombros por que faz cócegas na minha testa e passo os braços pelo pescoço de papai, que me ergue.

        — Eu não quelo que vá embora! — escondo meu rosto em seu pescoço e sinto meus olhos encherem de lágrimas.

        — É só por um tempo, boneca. Isso é uma promessa. — papai coloca a mão em minha cabeça fazendo um carinho. 

        Me afasto para olhar pra ele.

        — Promete? — pergunto.

        — Prometo.  

        — De dedinho? — pergunto estendendo meu dedinho mindinho.

        — De dedinho. — ele cruza seu dedo no meu em uma promessa inquebrável.

        — Eu te amo, papai. — volto a abraçar seu pescoço, ainda com lágrimas nos olhos e não querendo que ele vá embora e me deixe aqui.

        Minha respiração se torna rasa conforme vejo e revejo a lembrança até então perdida em minha mente, como um loop infinito. Sinto uma imensa vontade de recuar e analisar cada pequeno detalhe desse flash de memória, mas franzindo o cenho eu continuo me aproximando da mesa, ignorando a confusão interna que está acontecendo nesse exato momento em minha mente.

        — Sente-se, por favor, Audrey. — A mesma voz da memória me diz. 

        Seu rosto seria exatamente o mesmo se não fosse por algumas rugas a mais que apareceram durante os anos que se seguiram, mas ele continua charmoso, bonito até. Provavelmente destruiu corações quando tinha minha idade e possivelmente até hoje em dia, mas o que me chama a atenção são seus olhos, os mesmos olhos que encaro toda manhã no espelho, o mesmo tom de castanho mel preso em um par de íris.

        Me sento à sua frente e o encaro conforme ele tenta fugir do meu olhar. Tento me manter o mais firme por fora enquanto lido com o turbilhão de emoções em meu interior. É tanta coisa me atingindo ao mesmo tempo que me sinto tonta e desnorteada, quase nocauteada. Mas ainda não. De alguma forma continuo me mantendo em pé.

        Fico dizendo a mim mesma para lidar com calma com isso, que vou encarar essa situação com maturidade e indiferença, mas esses sentimentos podem acabar com esse objetivo tão rápido quanto um castelo de cartas cai durante uma ventania. Normalmente não sou boa em lidar com emoções, então as bloqueio, com facilidade até, mas nada funciona nesse momento e o sentimento de vulnerabilidade me atinge em cheio.

        — Bem, creio que você gostaria de respostas…

        — Você acha? Você acha que eu gostaria de algumas respostas? — solto uma risada irônica e mal humorada — Pelo que exatamente? Eu não faço ideia do por quê eu gostaria de respostas.

       O sarcasmo transborda como veneno de cada palavra.

        É, e lá se foi a indiferença, parabéns Audrey.

        Tento me acalmar, mas me sinto uma garotinha ingênua e birrenta nesse momento e eu só quero ser um pé no saco, não quero ser madura, quero gritar, espernear e xingar. Quero por pra fora anos de rejeição e rancor e mágoa e espera. Quero que ele se sinta tão mau consigo mesmo, quanto eu me senti várias vezes por conta de sua ausência.

        — Eu sei que você deve estar chateada, que tem muitas perguntas, mas...

        — Eu não vejo porque eu ficaria chateada, você vê? — indago com rancor — Talvez pelos inúmeros natais aos quais você não compareceu, ou pelos aniversários em que você se fez ausente, quando vovô morreu e mesmo assim você não apareceu. — engulo a seco, tentando veementemente não chorar — Será que algum desses motivos é o suficiente pra ficar chateada? — elevo a voz com raiva e a raiva faz com que eu quase chore.

        E Deus, será que eu consigo me humilhar ainda mais para esse homem? Parece haver uma falha enorme de conexão entre meu cérebro, coração e boca. Eu não quero falar, não quero me deixar exposta e vulnerável, eu não faço isso, eu não falo de sentimentos, de expectativas não alcançadas, de traumas nem nada, mas algo nessa situação está me deixando fora de controle, é como se fosse outra pessoa dentro da minha pele e eu não consigo voltar para o eixo.

        Reprimo o choro que quer sair de qualquer jeito porque sei que assim que ele sair, eu vou chorar tanto que não conseguirei formular uma palavra decente e coerente nesse encontro.

        — Não levante a voz pra mim mocinha! Querendo ou não, eu ainda sou seu pai! — sua voz é severa assim como sua expressão e me atinge como um tapa.

        Inacreditável!

        — Meu pai? Você? — Não seguro a risada seca e desdenhosa.

        Jesus, eu pareço um papagaio, só repetindo.

        — Você não é meu pai! — praticamente rosno pra ele. Como ele tem a coragem de dizer uma coisa dessas? — Onde estava meu pai nos meus aniversários? — levanto e apoio ambas as minhas mãos na mesa, as xícaras tilindam contra os pires — Onde você estava na minha formatura? Ou quando eu recebi uma carta de aceitação na faculdade? Por onde você andava quando era pra conhecer meu primeiro namorado? — gradativamente vou me inclinando sobre a mesa, tamanha minha raiva — Ou pra ficar comigo quando eu estava doente? Você não é meu pai, você é no máximo um cara que usou uma drogada pra esvaziar esperma!

        Ele fica vermelho e por um momento penso que pode me bater, na verdade, eu quase que espero pelo tapa que não vem. Não me importo se estou na casa dele, ele não tem o direito de se sentar aqui e simplesmente dizer que é meu pai. O único pai que eu tive foi meu avô, que morreu quando eu tinha doze anos. Ele sim foi meu pai, não esse projeto de homem a minha frente.  

        — Você não sabe pelo o que passei ou os motivos das minhas decisões e não tem o direito de jogar qualquer coisa na minha cara, mocinha.

        Sua voz é mortalmente fria.

        — Eu não tenho o direito? Sério? Quer saber? Você me enoja! O que você teve que passar? Faça-me um favor, você mora numa mansão! NUMA PORRA DE UMA MANSÃO! E vem me falar do que você "teve que passar"? Eu sou a porcaria da sua filha! Você devia ter ficado comigo! Era a sua responsabilidade! Você prometeu que voltaria! — permaneço com lágrimas nos olhos, mas não permito que as mesmas caiam e mentalmente me parabenizo por esse feito. — Essa é a verdade nua e crua, você me abandonou e desde então não tem o direito de sequer pensar ser o meu pai. Você não é nada pra mim. — digo pausadamente.

          Ficamos nos encarando com os peitos arfantes, palavras presas na garganta e olhos acusadores, ambos tentando se acalmar. É verdade, ele deveria ter voltado, ele me prometeu que voltaria. Ele me fez esperar por muito, muito tempo antes que eu percebesse que ele não voltaria mais, que ele não estaria mais ali para soprar meus joelhos ralados ou me fazer doce de leite caseiro toda manhã de quarta-feira.

        Depois de alguns segundos nos olhando em um jogo de encarar, ele finalmente abre a boca pra dizer algo, mas é interrompido pelo toque de seu telefone. O vejo suspirar antes de tirar o aparelho da parte interna de seu terno preto.

        Eu só quero que ele se arrependa de ter me deixado, de ter me excluído de sua vida e se excluído da minha de uma forma tão abrupta e fria. Eu só quero que ele justifique o que houve, que me dê uma boa explicação. Eu quero que ele não tenha me abandonado à toa, apenas por ser... Eu.

         — Alô? — ele escuta quem quer que esteja do outro lado da linha por muitos  segundos e solta outro suspiro pesado, ainda olhando pra mim. — Já estou a caminho.

        INACREDITÁVEL! 

        É a primeira vez que ele me vê em anos e ele vai sair? Assim sem mais nem menos, no meio da nossa conversa? Se é que dá pra chamar isso de conversa, está mais para confronto do que qualquer outra coisa.

        — Olha, eu realmente sinto muito! De verdade, mas eu preciso ir, tive problemas na minha empresa. Me desculpe. — ele diz já se levantando — Fique pelo tempo que precisar. Daemon e os empregados podem te ajudar na acomodação. Volto assim que possível, sim? — sem me dar chances de sequer processar o que havia acontecido, muito menos protestar.

        — Sim, eu já escutei isso antes. — murmuro baixo antes de bufar, tentando não me deixar abalar por sua escolha de palavras “fique pelo tempo que precisar” e não “sinta-se em casa” ou “seja bem vinda” não que eu devesse esperar algo assim vindo dele. Eu não deveria esperar nada dele, iria minimizar os danos, mas… mas ainda assim, parte de mim, uma parte fodidamente masoquista, ainda espera.

        A última coisa que vejo antes de soltar um soluço que machuca o peito e me jogar novamente na cadeira são seus cabelos castanhos. Aperto minhas unhas nas palmas das mãos, para que eu evite cair no choro aqui da forma mais deprimente e patética possível.

          Retorno ao meu quarto no segundo andar com vontade de me deitar direto na cama. Quando chego ao cômodo percebo que o mesmo é amplo e claro, com uma sacada grande de onde entra uma brisa leve. O closet é enorme assim como o banheiro que é conectado ao quarto, mas nem ao menos consigo me forçar a ficar animada por isso.

        Me deito sobre o edredom fresco sentindo meu peito queimar enquanto lágrimas molham meu rosto e rolam até encontrar a fronha branca do travesseiro macio. Enfio a cara no travesseiro e solto um grito abafado, mas isso de nada adianta para aliviar a dor que sinto.

        Por que eu me importo, afinal?

        Eu não acredito que fiquei lá, praticamente implorando para que ele me falasse o porquê de ter me abandonado, o porquê de não ter... Me amado.

        Deus, eu sou patética. Digna de pena.

        Eu não deveria estar surpresa, claro. Coisas desse tipo sempre acontecem comigo, mas mesmo assim, eu continuo tendo expectativas só para no fim, eu me decepcionar. Novamente e novamente e novamente. É um ciclo vicioso, alguns até diriam que é meu passatempo preferido.

        As pessoas são decepcionantes.

        Sempre dizem nas horas boas que estarão lá com você, mas quando seu mundo desabar cabe a você e somente a você a responsabilidade de melhorar.

        A vida te derruba e você tem que levantar forte. Muito mais forte.

        E é isso que eu vou fazer. Vou me reerguer mais forte, vou dar orgulho a minha avó e seguir em frente. Ser a mulher que ela me criou pra ser.

        São apenas seis meses e eu sou uma garota. Por mais difícil que seja eu aguento qualquer coisa.

        Nós garotas somos feitas de aço, suportamos qualquer coisa. Somos fortes, por mais que não achemos isso, nós somos e é por isso que muitas vezes somos reprimidas tanto pela sociedade quanto por homens e até mesmo familiares, porque eles sabem, sabem o quanto nós garotas somos poderosas e eles temem, assim como temem qualquer coisa que não entendam ou saibam como controlar, e nós, nós garotas encabeçamos essa lista.

        E eu vou lutar, lutar como uma garota pra sobreviver nesse mundo.

        E depois... Depois tudo volta a ser como era antes.

        "Nada nunca mais vai ser igual" — diz meu lado realista.

        "É só por seis meses. Você aguenta" — o lado otimista também dá as caras, óbvio.

        "Você está completamente ferrada" — e claro, o meu querido e amado lado negativo surge.

        Eu choro até dormir.

        É meu estômago roncando que me acorda três horas após o desastroso e vergonhoso reencontro com meu progenitor. Uma curiosidade sobre mim é que sempre que eu choro acabo ficando com muita fome. Sempre foi desse jeito.

        Não demora para que eu encontre a cozinha e assim que entro, vejo o gostoso, quer dizer, garoto de mais cedo se servindo de um copo d'água. Suas costas bem definidas e com algumas pintinhas que poderiam facilmente ser uma constelação provocam um pequeno embaraço em meu estômago. Faz um tempo desde que estive com alguém e aparentemente minha líbido decidiu que agora era a hora certa para acordar, mas tenho que dar o braço a torcer e reconhecer, a bichinha tem bom gosto.

        — Você não tem uma camiseta, não? — a pergunta vem acompanhada de um sorrisinho que deixa claro que não estou realmente reclamando.

        Deus, eu sou uma descarada.

        — Até tenho, mas é como o ditado: "O que é gostoso, tem que ser mostrado". — seu sorriso é largo e bem humorado.

        E ele está certo, santo jogo de seis gomos, com direito ao "v" de valei-me nossa senhora dos garotos deliciosos.

        — Hum, acho que não é bem assim que diz o ditado. 

        — Talvez, mas do meu jeito fica muito melhor. — me lança uma piscadinha.

        Normalmente acho ridículo esse gesto, mas nele fica irritantemente charmoso.

        — Você tem razão. — Me dou por vencida — Mas se for assim, vou precisar tirar minha roupa também. — sorrio de lado, me apoiando na bancada da cozinha à minha esquerda.

        "Lembrando que ele pode ser seu irmão”. — ah, bem lembrado. Audrey realista joga um balde de água glacial em minha deusa interior.

        — Acabei de perceber que estou em desvantagem aqui. — comento tentando não o secar novamente.

        — Sério? É só tirar a camisa. — agita as sobrancelhas pra cima e pra baixo em uma falsa malícia. 

        Cruzo meus braços.

        — Tentador, mas estou me referindo ao fato de que você sabe o meu nome, mas eu ainda não sei o seu.

        — Meu Deus! — finge ultraje com direito a mão no peito, expressão dramática e tudo — Onde está minha educação? Perdoe-me por isso milady!

        — Perdoado, milorde. — subitamente meu humor está 10 vezes melhor do que há cinco minutos.

        — Meu nome é Daemon Stark. — estende a mão.

        — É um prazer. — seu aperto é firme — Será que eu posso me servir de algo? — questiono e ele arregala os olhos, como se nem tivesse passado pela cabeça dele a possibilidade de eu estar com fome.

        — Por favor, sente-se, você vai provar o melhor sanduíche da sua vida. — ele acena para o banco da ilha e faço o que ele indica. — Normalmente meus sanduíches são feitos apenas para pessoas e ocasiões especiais — continua, indo até a geladeira —, mas como você está parecendo o balão de It: A Coisa, eu vou abrir uma exceção. — sorri por cima da porta da geladeira 

        — Balão?

        — Sim, rosto vermelho e inchado. — então me lembro que chorei e por isso devo estar com uma aparência medonha.

        — Isso não é muito cavalheiresco da sua parte.

        — Vai descobrir que raramente sou cavalheiro.

        — Disse ele, preparando um sanduíche para uma desconhecida com fome. — ele se levanta e fecha a porta da geladeira com o quadril e tcharã, gominhos novamente. 

        Será que estou babando? Eu sinto que posso estar se o olhar mais um pouco.

        O moreno deposita uma caralhada de coisas no balcão e fica de costas pra mim novamente, me permitindo reparar em sua bunda que fica deliciosa na calça de moletom cinza clara que veste. Sinto minha barriga reclamar de fome.

         — Aí é que está. — continua — Cavalheirismo tem que ser na dose certa, para minha sorte, eu sei qual é a dose. — bufo.

        — Isso é arrogante, não?

        — Vai descobrir que eu tenho motivos para ser confiante. — diz me olhando por cima do ombro, seus olhos passeando por meu corpo como se pudesse ver além da bancada e das roupas.

        — Eu vou? — minha voz é um murmúrio baixo e ele sorri antes de se virar novamente.

        "possível irmão, Audrey. possível irmão."

          — Então... Você não é filho de Robert, certo? — questiono como quem não quer nada.

        Por favor não seja, por favor não seja, por favor não seja. 

        — Não, mas quem me dera. — responde e mal tenho tempo de sentir alívio antes de ficar incomodada com a forma com que ele me respondeu.

        Obviamente com o Daemon meu suposto pai se preocupou em manter uma relação amigável e pelo tom de voz dele, até mesmo paternal. Ugh, não quero ficar com raiva do garoto a minha frente por conta disso, mas me vejo… ressentida com a situação.

        Deus, implorando explicações por ser rejeitada e sentindo ciúmes de um estranho no mesmo dia. Que fundo do poço eu vim parar em.

        Ele volta a se virar pra mim, dessa vez com dois sanduíches num prato com as bordas decoradas de um lindo azul emaranhado de flores delicadas.

        — Tcharam! Aqui está o inesquecível, inigualável e insuperável sanduíche de Daemon Stark. — estica os braços, mostrando o prato na bancada e meu estômago ruge em alegria.

         — Vamos ver se é bom mesmo. — comento, pegando o sanduíche com as mãos.

        Meus anéis reluzindo por um segundo na luz. Dou uma mordida e preciso refrear um gemido, antes que ele fique me conhecendo como a garota dos orgasmos gastronômicos. Sim, isso é realmente muito bom. Eu digo isso a ele, que sorri ao buscar um copo de suco de laranja pra mim. Surpreendentemente, ele é bem doce. O garoto, não o suco. Me distraio comendo e quando percebo, tenho Daemon com os braços tatuados e cruzados conforme mantém em seu rosto uma expressão indecifrável que me deixa subitamente insegura.

        — O que foi? — pergunto ainda incomodada com seu olhar e reprimindo a vontade de me ajeitar na banqueta. 

        — Quer ir a uma boate hoje? Meu amigos são legais, você vai gostar deles. Da maioria pelo menos — ele franze a testa, como se tivesse pensando em alguém em específico e não sei se isso é bom ou ruim.

      Ergo minha sobrancelha pra ele, terminando de mastigar minha última mordida.

        — É que... Eu sei que você discutiu com Robert e bom, o que melhor do que beber para esquecer, né?

        Não sei porque estou tão surpresa por ele ter escutado minha discussão com Robert, mas estou. Mesmo com o tamanho da casa eu não fiz questão alguma de abaixar meu tom de voz, pelo contrário, elevei o máximo que podia e ainda assim me sinto em desagrado com outras pessoas ouvindo o que dissemos um ao outro. Era algo pessoal, mas não demonstro meu desagrado.

        — Tudo bem. — aceito — Que horas saímos? — A perspectiva de encher a cara hoje se mostra bastante atraente, mesmo com um bando de desconhecidos. 

        Ele me olha surpreso.

        — Que foi? Não achou que eu fosse aceitar? — semicerro meus olhos pra ele.

        — Pra falar a verdade, não. Não achei.

        — Bom, se você convidou por educação, eu fico aqui. Sem problemas. — dou de ombros planejando sair mesmo se esse for o caso. — Mas você deveria parar de convidar as pessoas, elas podem aceitar, sabe?

        — Não, não é isso. É que você nem me conhece.

        — E que jeito melhor de conhecer alguém do que embebedando ela? — indago antes de com as pontas dos dedos rasgar um pedaço do sanduíche e assopra-lo para esfriar.

        — Nisso eu tenho que concordar com você. — sorri malandro — Saímos às 20:00 PM. 

        Ele se despede e logo sai da cozinha. Termino meu sanduíche e volto pro quarto, onde planejo começar a me arrumar já que são 18:30 PM.

...

Me digam: O que vocês fariam no lugar da Audrey?

Eu provavelmente não consiguiria falar metade do que ela disse e já estaria chorando há horas
rsrs.

Eu choro quando estou com raiva e isso é péssimo nessa horas, só quem vive sabe.
😂😂😂

Enfim, quero por ela num potinho.

Alegrem minha noite e deixem uma ★ estrelinha ★ se gostou!

Até mais seres humanóides!
👽

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