90_ Vim salvar você..
Música: Troye Sivan - My My My!
Renato On~
Um lado de minhas asas enfiaram no peitoral de um lobo abrindo-o ao meio, enquanto a outra fazia o mesmo com mais dois.
Enfiei uma de minhas mãos no peito de um lobo alto e negro arrancando seu coração com as pontas dos meus dedos e em seguida o jogando ao chão. O corpo cai por cima do sangue escarlate que enchia o piso do bar enquanto mais dois homens vinham em minha direção.
Maurice observava dando um passo atrás, me fazendo rir e me erguer esperando os dois caras se transformarem. Assim poderia sentir o gosto de matar alguém colocando forças sobre os braços.
E assim eles fizeram, se transformam e pularam os dois, juntos, por cima de meu corpo coberto de sangue e esperei suas garras se enfiarem em mim para causar aquela típica dor que todos sentem em uma batalha, no qual eu estava desejando e saciando para acontecer.
Os pulos dos lobos sobre o meu corpo foi inevitável. Fui jogado para trás brutalmente me fazendo bater forte as costas no chão.
Grande, com os pelos cinzas e os dentes afiados era o primeiro.
Marrom com as pontas dos pêlos amarelados, era o segundo.
Lúcifer assistia os lobisomens levantarem as patas para meterem as garras sobre meu peitoral. E claro, eu permiti. Nem ao menos eles perceberam que eu estava deixando aquilo acontecer e deslumbraram meu sangue escorrendo ao chão.
Eu sentia as garras enfiarem na minha pele rasgando e isso me causou arrepios profundos.
Eu queria mais, queria sentir mais dor. Então ergui minha cabeça para que eles rasgassem minha face brutalmente, assim fizeram.
Para muitos, aquilo era uma cena de esquartejamento e um tanto diabólico. Digamos que nã, para mim. Essa cena era como estar em um spar proporcionando o desejo no qual necessitamos.
Maurice encarava a cena perplexo. Ele sabia que eu estava deixando tal ato acontecer, então ruivou com suas presas para fora ordenando que os lobos saíssem de cima de mim. Assim eles fizeram deixando suas patas ensanguentadas molharem o piso.
Me ajoelhei após eles saírem de cima do meu corpo e quando me ergui, as feridas, arranhões e buracos em minha pele feita pelos lobisomens foram se curando rápidamente, fazendo com oque meus inimigos se afastassem receosos.
— Não me diga que estão com medo de um simples anjo? — Debocho retorcendo o pescoço de modo sombrio e satisfeito pelo ato que eu mesmo queria que estivesse acontecido.
— Oque aconteceu com você? — Maurice me olha de cima abaixo quando fechei minhas asas negras me recompondo e rindo logo a seguir, deixando apenas a camiseta rasgada pelas garras dos lobos.
— Digamos que estou mais forte.. — Sorrio de lado me aproximando.
— Se tornou novamente o Conselheiroda Morte. — Ele diz mais para si do que para mim e meus passos aumentam o ritmo. — Suas asas negras aparecem apenas quando está sem a humanidade, ou quando está com raiva.. — Sussurra. — É nunca foram tão grandes e afiadas.. — Levanta o olhar mim. — Meelim.
— Parece que andou estudando.. — Sorrio de lado abrindo as asas e voando para degolar Maurice.
Sem antes reagir, sua cabeça sai rolando pelo chão e os lobisomens recuam correndo pela porta da frente, como se estivesse tido a liberdade.
— Cachorrinhos medrosos. — Sussurro rindo com os joelhos no chão e as asas abertas.
— Batalha justa! — Lúcifer è irónico e revirei os olhos me levantando e dando um passo frente.
— Vou buscar as outras duas presas! — Vôo atrás dos dois que fugiram.
Lourenny On ~
Ter o intuído de dar sua vida de bandeja a alguém é algo no qual a humanidade lhe dar todos os dias a cada minuto que passa, sentimentalmente.
Digamos que, no meu caso, não é um simples intuito de agradar, ou até mesmo tentar ser quem não sou.
Sempre odiei Rachel, e de todas as formas eu nunca imaginária esse futuro no qual estou vivendo agora.
Queria ter planos concluídos em minha vida, e um deles não era ser uma híbrida e nem lutar em uma guerra física com o diabo.
Destruir meus sonhos para realizar os de Rachel era oque me tornava humana, buscando uma nova chance de buscar a paz, se é que mereço ela.
Passei pelo portal receosa, mas segui o caminho me distanciando da vida passada que deixei.
Pé ente pé fui pensando mentalmente as formas de salvar Rachel do inferno que estava.
O caminho foi longo, e pelo incrível que pareça estávamos andando sobre a Terra. Pisando no solo e observando as pessoas passarem rapidamente como hologramas aos meus olhos. Ninguém poderia me ver, era como uma alma vagando entre as pessoas, cada uma delas.
Engoli em seco quando ví de longe um corpo flutuando sobre os prédios, sendo usada como bateria humana. Nuvens negras o cobria sugando de si a vida para se manter no equilíbrio proporcional.
O desespero de Rachel era nítido aos meus ouvidos, enquanto as pessoas passavam por baixo dela, a mesma gritava por socorro de todas as maneiras possíveis e ninguém a ouvia.
Corri desesperadamente até o prédio enclodindo nas pessoas passando por dentro delas e se aproximando do desespero de Rachel Victória.
Ergui a cabeça, usando as forças, que graças a Maurice eu tinha, pulei nos cantos da parede dos prédios de em a um até chegar no topo, onde se encontrava o corpo de Rachel.
Cheguei perto e ergui meu braço um tanto maravilhada com a força que ela ainda tinha.
Como conseguiria segurar tanto tempo algo que nem Lúcifer conseguiria em dois minutos?
Assim que toquei meus dedos no ombro nú e queimado de Rachel, ela virou o rosto brutalmente mostrando o pescoço quebrado e os ossos a mostra. Isso me fez colocar as mãos sobre a boca tentando conter o grito de desespero que me encontrava.
Ela estava desgastada, seus ossos quebrados e a metade do rosto queimado.
Novamente levo minha mão contendo as lágrimas e seguro seu ombro quente.
— Lo-Lourenny? — Sua voz sai fraca e sem vida. — É mais uma visão ou é você mesmo? — Limpo as lágrimas e a olho nos olhos mortos.
— Sou eu.. Eu tô aqui.. — Seguro seu rosto e sinto minhas mãos queimarem. Foi aí que percebi que o fogo vinha de dentro dela mesma, a matando. — Vai ficar tudo bem.
— Não, não vai.. — Ela vira o rosto quebrando mais alguns ossos do mesmo e me fazendo recuar um passo. — Aqui não existe morte, fica tranquila.. — Diz de olhos fechados e vendo suas pálpebras rasgadas.
— Rachel.. — Observo a cena em choque.
— Já tentei de todas as formas sair daqui e a morte foi minha primeira... opção! — Baixo meus olhos para os ossos dela saírem dos joelhos, braços e pescoço.
Sua coluna estava um tanto revirada para trás a deixando de um modo horrendo e assustador.
— Vim salvar você..
— Não há salvação Lourenny, todos estão mortos, os vi morrer em minha frente milhares de vezes.. — Seu pescoço range virando para mim. — Passei quarenta anos queimando nesse lugar.. — Arregalo os olhos a olhando. — Acha mesmo que serei a mesma depois que me tirar daqui? Onde estavam?
— Por favor.. — Sussurro. — Seus filhos te esperam, são tão lindos.. — Os seus olhos se enchem de lágrimas. — Vem, só precisa passar pelo portal!
— Só passa uma pessoa.. — Vira o rosto para mim e baixo minha cabeça. — Não, não vou permitir isso!
— Para.. — A olho puxando seu corpo desmontado para meus braços e vejo uma enorme nuvem negra aparecer no local.
Ácido. Era como pegar uma boneca de pano.
— A decisão foi minha, a promessa foi minha, não vai me fazer mudar de idéia! — Me viro com ela nos braços.
— Eu sei.
Olhei para os lados e fechei os olhos segurando seu corpo em meus braços. Em um impulso, pulei. Assim que colidi ao chão, senti os ossos de minhas pernas trincarem.
Andei por dentre as pessoas até chegar no local onde apareci deixando a fumaça nos perseguir aos poucos. Após ver o portal de longe, me viro para Rachel que ainda sentia dor.
— Sem despedidas, por favor.. — Digo em lágrimas.
— Quem diría, Lourenny dando a vida por Rachel! — Ela ri e sinto minhas lágrimas descerem. Ainda sua garganta rangia.
— E confesso que é uma das minhas melhores decisões.. — Seu sorriso flui deslumbrando o local morto que se encontrava e vejo seus olhos se direcionar a nuvem negra e logo os fecha tentando não imaginar a cena quando ela sair daquele mundo alternativo — Diga aos meus pais que os amo muito! — Soluço para fora e ela assente me olhando.
— Eu direi.. — Cheguei perto do portal e ergui os braços com Rachel em seu encontro.
— Adeus, Rachel!
— Adeus, Lourenny! — Suas lágrimas somem junto com o corpo e o portal me deixando no local sozinha.
Me viro lentamente para a nuvem negra de ácido e fecho os olhos para sentir o impacto das queimaduras que irá fazer minha pele derreter deixando apenas as cinzas de meus ossos.
Minha vida se passou como filme debaixo de minhas pálpebras. Guardei cada detalhe e respirei fundo tentando me trasformar.
— Vai ficar tudo bem...
Sinto as lágrimas sobre meu rosto e o quente se aproximando até colidir ao meu corpo.
— AAAAAAAAAAAAA...
Olá docinhos? ☆
Estão bem?☆
Estão mal? (Espero que não)♡
Até o próximo capítulo..
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