70_Você tem que me deixar
Música: Cia - Alive
Ária On~
Assim que abri meus olhos segurando na mão de Adrian, apareci dentro do castelo em Aulkaman.
Eu simplesmente não sabia que podia ter força o suficiente para atravessar a maior concentração de poder existente em toda a história.
Talvez seja o equilíbrio que está com defeito. Não só Rachel e Halfh que se danificam, tudo que existe no mundo sobrenatural é danificado.
Adrian sem entender olha para os lados assustado.
Logo me deparo com Karl correndo ao meu encontro e me puxa para um abraço. Eu me assustei no começo, mais sedi.
Alice tinha felicidade nos olhos. A olhei rindo, sério ela é muito idêntica à filha.
Adrian encara Lourenny assustado, sem entender nada a mesma o fita.
— Como conseguiu? — Um homem alto, ruivo e cabelos encaracolados me encara e pergunta. Apenas assenti negativamente.
Deve ser o rei, vestido como tal. Ele estava alí, me encarando com uma menina do lado, Nasri.
— Ela é uma Tankert! — Lourenny diz e corre para um abraço apertado em mim. O que me surpreendeu.
Nasri me encarava de um modo estranho, mas nem me importei. Eu ria constantemente com Lourenny.
— Lourenny? — Adrian sussurra.
— É uma longa história! — Ela diz e pula para meus abraços novamente.
Senti falta de Halfh e Oliver alí com todos.
Do nada ouço um barulho na porta de entrada e olho assustada.
Vejo Halfh parado, com, Mary? Então as outras Âncoras conseguiram mesmo vim até aqui.
Ele me encara sem entender e um sorriso de orelha a orelha se enche em seu rosto, que sangrava.
Corremos um de encontro ao outro e nos abraçamos. Sentí o abraço alto de Halfh que me fez se sentir mais protegida. Sentí falta disso.
Ele se afasta de mim e olha Adrian com seu sorriso desaparecendo por completo.
— Ária e Adrian? — Ele sussurra.
Eu ví ódio nos olhos de Halfh. Olhei seu corpo todo aumentar de tamanho e se enrijecer. Me afastei e o encarei assustada. Esqueci que ele odiava Adrian.
— É melhor você sair daqui! — Digo alto para Adrian.
Os olhos dos dois se encontravam com ódio.
Em seguida Halfh anda rápido de encontro a Adrian e soca seu rosto com um murro tão forte que Adrian voa para o canto da sala do trono.
— HALFH, PARA AGORA! — O homem ruivo grita.
Halfh nem o ouvia. Correu para cima de Adrian e o ergueu para a parede.
Adrian mudou a cor dos olhos e segurou na garganta de Halfh. Com força o jogou contra o chão, o mesmo se levanta e voa para cima de Adrian novamente.
O mesmo estava transformado, vê-lo assim me causou medo. O único Vampiro na história que foi transformado por uma Âncora.
Ele rosna alto para Halfh e o mesmo dá um soco na cara de Adrian que apertou os pés no chão e rosnou indo de encontro ao adversário.
Os dois se grudam e deitam no chão para se matarem.
Lourenny e Alicia gritavam para pararem. Mas nada se ouviam.
— HALFH, PARA! — Grito quando ele estava em cima de Adrian, não parava um segundo de bater no rosto de Adrian, que já estava sangrando.
Adrian já não tinha mais forças, apenas deixou que Halfh acabasse logo com aquilo.
— HAAALFH! — Grito.
Adrian desmaia e deixa cair a bolsa com os livros de Halfh os esparramando pelo chão.
Quando o mesmo ia dando um murro bem no meio do rosto de Adrian que quase o mataria, ver os livros. O seu rosto muda de ódio e fica assustado. Perplexo.
Ele sai de cima de Adrian e pega a bolsa dos livros, com os livros.
Corri em direção a Adrian e o levando um pouco.
— IA MATAR ELE? — Grito para Halfh que me ignora olhando os livros.
— Ia.. — Ele pega os livros e sai da sala voando para algum outro cômodo. Eu o encarei sem reconhecê-lo.
— Ele está bem? — Mary pergunta.
A olhei e fiz um escudo enorme, protegendo o rei, Nasri, Lourenny, Karl e Alicia.
A mesma me encara assustada assim como os outros e o rei. Ela é inimiga, quer destruir Aulkaman. Não posso confiar.
— Eu não estou mais com elas! — Ela diz assustada.
Parecia mais uma adolescente chorona que não tinha coragem de matar uma mosca. Sedi e tirei o escudo. O rei me encarou emocionado, eu apenas assenti.
— Eu posso curá-lo, não se esqueça que já fui a Âncora, tenho o poder da cura!! — Ela sussurra. Alice não tirava os olhos de Mary.
Assenti, e a mesma corre em direção a Adrian. Com sua mão magrinha e branca, a põe em cima do peito de Adrian e fecha os olhos. Sua mão começou a brilhar, vermelho.
No mesmo momento Adrian acorda com uma respiração forte, como se respirasse pela primeira vez.
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Renato On~
Eu simplesmente não acredito que estou com meus diários nas minhas mãos novamente.
Desde a última vez que o ví, eu os escondi dentro de uma árvore no Rio. Mas roubaram eles. Pelo menos a maioria deles.
Eu estava apenas com o último, sobre Rachel. Mas quando a salvei da cachoeira, pegaram-no de mim.
O maldito Adrian estava com eles. Não sei como, mas estavam com ele.
Quase tirei a vida dele, se eu não tivesse visto meus diários eu o mataria. E nenhuma das pessoas que estavam alí dentro, com os gritos me impediriam disso.
Eu pensei em Rachel, em tudo o que aconteceu. Me lembrei do Rio, onde fiquei com ela pela primeira vez. Lembrei do celeiro e da uma semana maravilhosa que tive com ela.
Eu não posso, não posso esquecer ela assim do nada. Tá tudo muito confuso entre a gente.
Eu sei que ela está sem a humanidade, e talvez seja por isso que ela não me ama. Eu sei que lá no fundo, ela sente o mesmo que sinto, saudade de quando nos amávamos.
Eu simplesmente não posso destruir esse sentimento, ele está grudado em mim, percebi isso hoje, quando coloquei meu olhar no maldito Adrian.
— Halfh? — Ouço a voz de Lourenny na porta.
Ela é linda e gosto dela. Mas não a amo, posso ter confundido meus sentimentos no momento de fraqueza e imaginei que a amasse. Mas não a amo.
Lourenny abre a porta e logo se senta do meu lado no chão. Me abraça e me beija. Eu virei o rosto e limpei minhas lágrimas.
— Quantos segredos você consegue guardar? — Pergunto ainda em lágrimas.
— Eu não consigo! — Ela sussurra e me abraça.
— Há muita coisa que o tempo não pode apagar!! — Sussurro.
Lourenny se afasta um pouco do meu corpo e me encara.
— Tá falando da Rachel? — Ela pergunta sem expressão no rosto.
— Eu não posso acreditar que o meu destino é mesmo estar aqui, aqui para sofrer. Tenho tantas perguntas á Deus. Eu errei, pequei, mas ainda quero perdão. Quero me redimir. Não queria ter conhecido Gonny Anber, ela é a causadora de todo esse sofrimento dentro de mim! — Digo em lágrimas. — Essa dor que me corrói todos os dias desta vida a tanto tempo que já não consigo contar.
Talvez seja esse o meu fim. Gonny deve ter errado quando disse que eu nunca teria um fim, e viveria eternamente nessa maldição. Eu digo que ela estava errada, eu sei que estou de frente a morte e que irei morrer logo, morrer de dor, angústia.
Eu estou assim, no meu fim. Estou tentando aguentar, tentando superar, mas eu sei que ela não preveu o desequilíbrio da Âncora, Gonny não preveu o equilíbrio sendo destruído. Esse realmente é o meu fim.
— Ei, eu tô aqui com você Halfh!! — Lourenny sussurra e me deita sobre seu corpo.
Eu chorei, lamentei, gritei porque estava doendo.
— Você tem que me deixar! — Digo.
— O que? — Ela pergunta me empurrando e me encara.
— Eu disse, tem que me deixar. Não posso magoar você, não posso tá com você quando o equilíbrio explodir! — Digo tocando seu rosto fino e pálido.
— Não tô te entendendo Halfh!! — Ela sussurra e começa a chorar.
— Você sabe o que vai acontecer quando o equilíbrio se for? — Ela assente negativamente em lágrimas. — Eu vou com ele! — Sussurro a olhando.
Ela chorava assentindo negativamente.
— Por favor, não tem que ser assim...
— Tenho que tentar impedir isso, tenho que ir até Rachel! — Sussurro.
— Halfh...
— Tenho que tentar trazer a humanidade dela de volta e eu não quero fazer isso enquanto estivermos juntos, tenho medo de não conseguir! — Digo e ela me abraça.
— Você não vai morrer! — diz.
— Eu não posso fazer nada! — Sussurro apertando o chão e me erguendo para olhá-la.
— Por favor! — Diz me abraçando.
— Isso não significa que eu perdi meu sonho de um dia ficar bem, muito pelo contrário. Lourenny, eu estive com você e eu tenho orgulho de dizer que não fui obrigado por uma maldição idiota. Meus sentimentos por você foi real, mesmo não sendo amor, eu sinto muito. Mas não posso continuar com isso, porque posso perder, literalmente tudo o que tenho. Não quero perder você! — Digo em lágrimas.
— Não vai me perder!
— Eu sinto muito! — Digo e jogo meus livros em cima da cama.
— O que é isso?
— Quero que fique aqui e leia todos. Você saberá porque estou partindo! — Digo, chego perto dela e a beijo sobre a cama.
A beijei tão fortemente, que por alguns segundos eu pensei em desistir de tudo e ficar alí com ela, mas não a amo o suficiente para isso.
Ela me deixa bem, mas não pode me fazer esquecer tudo que vivi com Rachel.
Me levantei de cima dela e a deixo sozinha dentro do quarto, chorando.
— Você está bem? — Alex pergunta no momento que saio do quarto.
— Vou atrás de Rachel! — Digo indo em direção a porta.
— Tá maluco? Ela não tá sozinha! — Ária diz.
— Eu sei oque tô fazendo!! — Digo.
— Ela tá mais forte, é melhor ter ajuda!! — Adrian diz como se a gente nunca tivesse quase se matado.
— Isso não interessa a você! — Digo frio.
— Posso ajudar! — Continua.
— Onde conseguiu? — Pergunto indo em sua direção e o fuzilando com o olhar.
Ví que ele já estava curado. No mínimo foi Mary, já que ela tem poder de cura. A encarei e a mesma me fita.
— O que? — Adrian pergunta meio assustado.
— Os livros. ONDE CONSEGUIU? — Grito e todos da sala me fita.
— Encontrei no teatro de Lucca! — Ele diz se afastando.
— Maldito. MALDITO! — Gritei e me virei.
— Chama alguns guardas! — Alex ordena me fitando.
— Não preciso de ajuda! — Digo saindo do castelo.
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Olaaaaa docinhos?
Estão bem?
Estão mal? (Espero que não)♡
Tenso.
Até o próximo capítulooooo..
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