63_Eu estou morta?
Música: Ariana Grande - One Last Time

Ária On~
Ver Halfh daquela forma me fez lembrar de como é bom ter tido uma vida normal, uma vida antes disso tudo.
Sempre dizia ser chata e quando assistía seriados de Vampiros ou algo surreal, meu sonho era participar de uma vida assim, cheias de aventuras. Me arrependo plenamente.
Não sabem como é passar por tudo isso, sofrer, lutar para que nada possa atingir as pessoas que tanto ama. Tentar fazer de tudo para que nada aconteça com você ou com sua família que é a mais ameaçada.
Não tenho palavras para descrever o que Halfh está sentindo nesse momento. Sua quase esposa morreu, morreu por ele.
Tá tudo tão terrível, minha maldita visão se realizou por metade. Halfh perdeu suas asas, e perdeu uma pessoa que ama.
Não sei se realmente essa pessoa é Rosie, porque quando fecho meus olhos não a vejo em Aulkaman, vejo uma pessoa na terra, em um túmulo.
Não é Rosie.
— Ele vai ficar bem? — Pergunto olhando nos olhos de Karl.
Estávamos em frente de uma grande roda azul cristal, flutuante em nossas frentes. Uma passagem para Aulkaman.
Halfh estava lento, imóvel. Sem derramar uma lágrima.
Lourenny se sentía culpada por não ter ajudado Rachel em algo. Oliver se lamentava por não conseguir resgatar a mulher que ama. E Halfh, sofria por ter perdido uma pessoa amada e suas asas.
Imagina eu em seu lugar? Uma vida de sofrimento. Tortura.
— Não.. — Oliver diz se afastando do portal.
Eu o encarei e continuei a olhar os olhos mortos de Halfh. Lourenny se distanciou e foi falar com ele e em momento algum o ví se mostrar bem. E com razão.
— Como é la? — Pergunto para Oliver e ele se vira rindo.
— É grande! — Diz. — E não tem solo! — Olha nos meus pés e franzi a testa.
— Como nós vamos fazer para andarmos lá? — Pergunto incrédula.
— Tem como fundir asas para suas costas. Famosas asas de aluguel! — Ele brinca e ri.
Rosie estava coberta por uma luz azul. Seu corpo ainda estara lindo, como se estivesse apenas dormindo. Seus lábios estavam rosados e seu rosto brilhava. Ela flutuava como uma pena. Suas asas brilhavam e cobria todo o seu corpo nú.
Suspirei forte e olhei mais uma vez para Halfh, vendo aquele rosto que transbordava decepção.
Lourenny sangrava o coração por vê-lo assim, todos sabem que ela o ama.

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Lourenny On~
Porque eu? Porque fui andar naquela floresta idiota logo depois de Adrian terminar comigo? Porque aceitei a ajuda de um desconhecido?
Assim que me tornei um monstro. Desde a semana passada minha vida mudou completamente.
Adrian terminou comigo para ficar com Rachel. E ela deu um pé na bunda dele. Não sei o que ele viu nela. Eu realmente estava gostando dele.
Sabe quando uma pessoa é idiota demais para perceber que amamos alguém?
Era aquele tipo de pessoa que não ligava para nada, apenas queria está na frente de todos, fosse quem fosse eu passava na frente. Humilhava. Sempre tive namorados lindos, amigas ricas.
Depois do meu último namorado, Adrian, descobri que o amava de alguma maneira. Eu ia largar tudo, tudo que eu era para ficar com ele. Comecei a ter ciúmes dele, parei de sair com minhas amigas interesseiras, eu tinha tempo apenas para ele. Mas não deu certo, pois terminou comigo. Terminou para ficar com uma pessoa que não o amava como eu.
Havia mudado comigo, depois do Baile Anual da Escola, então eu mesma terminei com ele, o deixei ir.
Corri para longe, corri o mais rápido que pude. Entrei na mata quando carros apareciam no meu caminho.
Chorei, chorei muito. Quando tropecei alguém segura minha mão e me ajuda a levantar.
Preferia ter comido terra do que ter pegado na mão daquele imbecil.
Ele mordeu meu braço, mordeu tão forte que eu gritava por socorro. Ninguém me ouviu.
Gritei Adrian, gritei meus pais. Parei de gritar quando percebi que não tinha mais ninguém para chamar. Apenas esperei ele sugar todo o meu sangue. Nunca havia visto algo tão sinistro como aquilo.
O que era realmente aquele homem? Enquanto ele sugava, eu tentava entender o que estava acontecendo, era um vampiro?
Não, Vampiros não tem as orelhas pontuadas assim, nem pelos por todo o rosto, e nem se comportava como cachorro.
Lobisomem? Existem?
Quando meus olhos já estavam pesados e quando já não conseguia mais gritar por alguém, o homem, criatura, que tirava minha vida foi jogado para longe.
Olhei lento para um cachorro alto, grande, dos olhos amarelos e os dentes afiados.
Pensei estar vendo coisas.
Imaginei o resto da minha vida indo embora, quando percebi aquilo molhado em cima do meu braço amordaçado no chão por cima das folhas secas e escuras da noite fria.
Aquele enorme cachorro, ou quem seja o que era, me lambia. Lambia aquele sangue nojento do meu braço. Olhei para o lado e ví o homem que me sugara jogado de olhos abertos e fixo para o céu preto.
ESTAVA MORTO? Eu não consegui me mover, apenas olhei para o animal e para o meu braço, me assustei quando o ví curado. Meu braço estava totalmente curado.
O cachorro põe as patas por cima do meu peitoral e me encara, como se quisesse dizer algo. Eu tremia por não está acreditando no que estava acontecendo.
O animal chega perto do meu rosto e rosna, abre aquela boca enorme, com presas afiadas e amareladas. Gritei de medo e ele começa a brilhar em cima de mim, senti algo frio percorrer por todo o meu corpo, meu braço atacado doía tanto que contorci no chão entre as folhas secas.
O animal estava fraco, como se ele estivesse me passado toda sua energia para mim
Ele caiu no chão e eu me levantei rápido, estava sem dor, sem nada. Me sentia melhor que nunca. Menos o animal. Olhei para o chão para poder ver o cachorro e ele estava se formando, levei um susto.
ESTÁ SE TRANSFORMANDO EM UMA MULHER? Em questão de segundos vejo uma mulher deitava no chão, pálida e nua.
Eu me assustei, mas me abaixei para ajudá-la, porque sei que de alguma forma esquisita foi ela que me salvou.
— Proteja ela! — A mulher sussurra fechando os olhos.
— Quem? — Pergunto alto ainda assustada com tudo aquilo.
— A Âncora, ela vai morrer se você não proteger ela! — Ela diz fraca.
— Âncora? Morrer? Proteger? Do que tá falando? — Grito.
— Lucca, ele vai matar ela! — Ela diz.
— Quem é você? Quem é Lucca? Quem é a Âncora? — Pergunto assustada e sem entender a maluca da mulher nua na minha frente.
— Não sou nada, não mais, você é, você será uma híbrido! — Ela diz com falta de ar em seus pulmões.
— Sou o que?
— Proteja ela e os bebês! — Ela diz e fecha os olhos.
Eu gritei tentando acordar ela. Mas não consegui. A deixei alí e comecei a correr.
Uma dor no meu estômago aparecia. Corri bastante, achei uma mansão, um celeiro, a mansão do antigo Vamp, não vi ninguém e entrei.
Quando ví já estava dentro do lugar. Olhei por todo lado, achei um porão e entrei.
Infelizmente encontrei vários homens de preto e senti meus corpo mudar.
Minhas presas apareceram, me assustei no começo, mas me acostumei segundos depois.
Pulei em cima dos homens que se transformavam em algo estranho de dentes longos. Vampiro?
Mordi todos, MATEI TODOS. Corri atrás de vários e mordi todos, gritei de pavor de mim mesma quando fiz aquilo.
Corri até os corredores e comi mais três caras Vampiros. Deixei tudo e todos cobertos de sangue. Deitei perturbada no canto do corredor.
Queria mais. Alguém chega na sala e sinto o cheiro maldito de Rachel.
Ouço sua voz chegar mais perto, chamando por alguém. Toca em mim e me vira. Quando a vejo senti uma necessidade enorme do seu sangue. Mas alguma coisa valiosa nela me impedia disso.
Os bebês. Senti dois corações a mais bater dentro dela. Lembrei da mulher que me disse da Âncora, era ela?
A mesma estava com uma espada grande e brilhante nas mãos. Ela chama meu nome e eu a encaro tremendo. Do nada mordi seu braço, levei um chute e me levantei. Ela tentou pegar a espada e a peguei.
Ví Marcos e o encarei. Corri atrás dele, mas ele sumiu. Do lado de fora encontrei Adrian e Brian. Tentei me defender, eu ia lutar com os dois, queria matar Adrian, se não fosse por ele nada disso estaria acontecendo e eu não teria matado dezenas de homens hoje.
Foi quando Renato apareceu, ajudou os dois e sairam dalí.
Ele era alto, forte de olhos azuis. Tudo mudou.. Apesar de ter o machucado, eu fugi.
Depois encontrei Rachel "com ele" na mata e dei a espada de volta a ela. Tentei proteger Rachel de tudo. Esse era meu dever.
Depois disso, lutei com Lúcifer e o deixei longe de Rachel por um tempo. Fui amiga dela, até ela ser essa pessoa fria e sem humanidade. Renato está sendo cada vez mais importante para mim. Mesmo ele amando Rachel de alguma maneira.
Adrian está sumido até hoje, perdi Rachel por Lúcifer e falhei com minha missão de protegê-la.
Rosie morreu e Renato está arrasado. Não aguento vê-lo dessa forma, triste. Meu mundo morre aos poucos quando seu sorriso desaparece.
— Um "tudo bem?" não vai mudar nada. Mas, você vai ficar bem, tá? — Digo olhando nos olhos tristes dele e saindo dos meus pensamentos. Ele apenas assente.
Estávamos levando o corpo de Rosie para Aulkaman, mundo dos anjos, por um portal mágico.
Entramos e tudo ficou branco. Em instantes estávamos em outro lugar. Em cima de uma pedra gigante.
Havia anjos voando por todos os lugares. Era incrível aquilo.
Oliver voou e depois de alguns minutos volta com várias asas flutuando. Dei um sorriso e olhei para Renato que ficava mais triste ainda sentindo falta de suas asas.
— Ele está bem? — Ária pergunta. Assenti negativamente pegando uma asa enorme branca.
— Legal né? — Alicia diz. Assenti e coloquei as asas em mim. Ela grudou nas minhas costas. Foi irritante no começo, mas acostumei.
— Vamos? — Oliver diz segurando no ombro de Rosie. Todos haviam colocado asas. Menos Ária.
Ela conseguia voar sem um par de asas. Mas Oliver pediu para por, já que todos iam usar.
— ISSO É INCRÍVEL! — Ouço Ária gritar no meio dos anjos. Desajeitada.
Apenas fiquei do lado de Renato. Peguei na mão dele e ele a aperta. Senti todo o meu corpo mudar de temperatura. Queria mostrar a ele de alguma forma que havia alguém que estaria com ele aconteça oque acontecer.
Voamos por todos os lugares.
Haviam tocas, casas, e um enorme castelo mais alto do lugar. Nele tinha um gigante par de asas abertas, no topo da mais alta torre.
Olhei e me encantei com aquilo. Era tudo maravilhoso... tão divino.
— Aqui é onde fica todos os anjos caídos? — Pergunto a Renato.
Lúcia e Marcos havia ficado em sua casa, não vamos deixar eles nessa confusão, ela está grávida e tem que ficar protegida.
As bruxas e alguns vampiros foram a procura de Rachel e Adrian. Alexa comandava tudo por lá.
Karl e Alicia voavam e paravam em todos as casas para observar como eles trocavam de roupa nas casas de vidros.
— Quando entra dentro, não os vemos mais! — Oliver diz e ela assente como se estivesse entendendo.
Não eram todas assim, mas a maioria delas eram totalmente de vidro.
O castelo era enorme, o maior de todos. Tudo brilhava, o ouro e algumas partes de vidro.
Quando chegamos mais perto, dávamos para ver vários anjos como guardas. Imaginei que tivesse guarda demais. Ou eles gostam de proteção, ou estão se protegendo de algo específico, que trás medo aos seres mais poderosos da terra e do universo a fora, os Anjos.
Chegamos na porta e um dos guardas, enorme com capacete de asas de ferro, assente e a enorme porta se abre.
Quando ele ver Rosie, leva um susto e logo encara Renato amedrontado.
— Príncipe Halfh... — Engoliu em seco. — Bom vê-lo novamente. — Baixou seus ombros como reverência. — Oliver. — Fixou nos olhos do mais alto. Com a total diferença possível.
— Myriun! — Foi a primeira palavra de Renato quando baixou a cabeça para o guarda como respeito.
Entramos no castelo e percebi que era o maior lugar que já vi na vida. Deve ter mais ou menos uns mil quartos, dezenas de salas, andares, e tudo mais. Era extremamente enorme. Gigante. Ou isso tudo que vejo é de vidro, ou é cristal, pois brilhavam bastante.
O que diferenciava, era o piso. Vidraça com alguns desenhos de asas e anjos. A mesma das esculturas antigas que havia no local.
De longe vejo uma menina voando rápido em direção de Renato, transbordava felicidade.
— Halfh!
Em segundos os dois se grudam e ela a chorar. Não entendi nada daquilo, ou era uma irmã, ou outra coisa importante. Franzi a testa e os dois se desgrudam um pouco.
— Essa é Nasri! — Ele apresenta a nós e observei seus cabelos loiros encaracolados.
— Ária! — Se apresenta com um sorriso enorme ao ver aquela Anjo brilhar de emoção ao ver Renato.
— Karl!
— Alicia!
Eles se apresentam de forma estranha. A menina dos olhos cinzas me encara e depois de alguns segundos eu assenti.
— Lourenny! — Digo rindo.
Nasri olha para Rosie e uma enorme tristeza toma conta de seus olhos que deixam de brilhar.
— Por aqui! — Ela se vira para a porta estreita do lado da enorme porta do castelo. Isso, por uma menor.
— Porque não vamos pela porta frente? — Pergunto.
— É proibido um Anjo sem a vida entrar no castelo pela porta principal! — Renato explica pela primeira vez há horas.
Entramos e vimos dois casais chorando, dentro de uma sala enorme e um portal menor negro. Do outro lado pude ver as estrelas e o ar gelado pela minha pele. Ri ao poder ver o universo inteiro por uma bola mágica.
O casal se despediu de Rosie, como todos. Menos Renato que estava de costas. Eu ia ficar com ele e dar apoio, mas Nasri estava com ele e o mesmo parecia estar bem.
Do nada ela some pelo portal.
Me viro para ver Renato e um enorme clarão aparece por cima dele e de Nasri.
Corro em direção dos dois e os salvo.
— Você está bem? — Pergunto vendo o rosto de Renato em desespero, ví dor e angústia em seus olhos.
Nasri estava por cima dele, como se nós duas tivesse o salvado.
— NÃO! — Ele grita e me viro para trás rápido.
Eu estava deitava no solo daquela sala. Meu corpo. Minhas vestes.
Parada. Imóvel.
— Eu estou morta?

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Olaaaaa docinhos?
Estão bem?
Estão mal? (Espero que não)♡
Até o próximo capítulo...
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