47_Ele é um monstro
Andamos por toda a mata e nada de Marcos.
Essa história desse tal Oliver Dark o ter mandado para o passado não está entrando na minha cabeça.
Isso realmente existe? Se existe, como eu não saberia? E quem é Oliver Dark? Renato não me disse, está estranho desde que Lourenny falou esse nome.
Andamos há horas e ele não abriu a boca para nada, realmente se ele conhece esse Oliver, não gosta muito dele.
Lourenny nos salvou daquele homem da alcatéia (clã) do Maurice. Isso tudo já está estranho demais.
O que falta para acontecer? Brian se foi, e nem sei se Adrian sabe. Eu sinto que ele precisa da minha ajuda. Sinto que vou perder alguém muito importe para mim. Tenho medo de que seja Marcos, ou até mesmo Renato.
— Rachel, volta pra terra! — Lourenny me chama alto me tirando dos meus pensamentos.
— O que houve? — Pergunto olhando para frente e me desviando dos galhos.
— Olha isso! — Ela diz apontando para seu lado.
Me viro e me deparo com uma cabana velha de palha. Algumas árvores a tampavam um pouco, deveria ser um esconderijo.
— Vamos? — Perguntei e Renato logo tomou a frente ainda calado sem nem ao menos olhar nos meus olhos.
— Okay, vamos! — Lourenny ironizou.
Talvez ele precisasse conversar logo depois de tudo isso. Tenho que conforta-lo de algo que sei que está perturbando sua mente. Que estava trancada por sinal.
Não tenho acesso a ela.
— Não vai vim? — Lourenny me tira outra vez dos meus pensamentos, estava parada olhando Renato ir até a cabana.
Chegamos e Lourenny bateu na porta perguntando se tinha alguém.
Uma mulher abriu depois de alguns minutos. Estava suja e parecia não ser uma humana simples.
Loira, com os cabelos desbotados, vestido branco comprido e sujo, unhas enormes e sujas, rosto fino e sujo, ela estava completamente suja.
— Quem são vocês? — Ela pergunta um pouco assustada ao nos ver.
— Meu nome é Lourenny! — Lourenny diz levantando sua mão para comprimentá-la. E a mesma nem se move, apenas nos olhava com a porta velha entreaberta.
— O meu é Rachel.. — Digo e antes de terminar qualquer frase ela faz um grande sorriso de orelha a orelha e abre a porta por completo.
Segurando meu braço me puxa para dentro de sua casa pequena e fria. Lourenny quase se transforma para tentar me ajudar, Renato logo entra atrás e me ver abraçada com Alicia.
Minhas lágrimas desciam.
Karl estava sentado numa velha poltrona suja, se levanta e me abraça junto a ela.
— Pensei que tinham sumido de mim pra sempre! — Digo apertando o abraço nela.
Eu tenho uma mãe, nunca tive uma de sangue além da minha tia que hoje já não está mais aqui. Alicia era a única e tenho que protegê-la.
— Não, nunca, não de novo! — Ela diz rindo e chorando ao mesmo tempo.
Senti suas lágrimas no meu ombro direito nú. A soltei depois de uns minutos e abracei Karl. Quem diria eu amar Tuyanac não é mesmo?
— Meu nome é Lourenny! — Ela diz olhando para Alicia depois de alguns minutos sentadas naquele lugar.
Era meio pequeno demais, tudo marron, havia apenas uma mesa pequena, uma cama longe do alcance, algumas roupas no chão e uma poltrona com um sofá muito velho.
— Alicia Anber.. mãe da Rachel!! — Ela diz sorridente.
— MÃE? — Ela pergunta fazendo uma enorme cara de surpresa com a situação. — A morta?
— Isso mesmo, mãe. Viva! — Digo olhando para Alicia feliz.
— E você é... — Digo olhando para a mulher sentada do lado de Karl.
— Morgan! — Ela diz fazendo um grande sorriso amarelo.
— Bem.. Como vinheram parar aqui? — Perguntei.
Renato ainda não abriu a boca para nada. Estava sentado do meu lado, ouvindo as batidas lentas de seu coração, a respiração fraca e as veias aceleradas.
Tinha algo errado com ele.
— Eu e Lúcia estávamos na frente da mansão de Lúcifer, foi quando alguém chegou e a levou de perto da gente. Não entendi como, mas acho, juro na verdade, que vi Oliver Dark! — Ela diz e olha para Renato que tentava prestar atenção no que ela dizia. — Eu vi o rosto dele, Karl disse que ele havia morrido, mas eu sabia que não. E depois que Lúcia desapareceu e que meus olhos viram que foi Oliver, vinhemos andando para te procurar já que a mansão estava completamente vazia, encontramos Morgan, que nos deu o que comer e dormida...
— Quem é Oliver, mãe? — Pergunto, sabia que Renato não gostaria disso, mas eu queria saber.
Queria muito saber.
— Mãe? — Ela pergunta sorrindo e assenti sem jeito. — Eu, eu.. — ela pausa e encara Renato.
— O que está acontecendo aqui?! — Pergunto olhando os dois que se fitavam.
Renato se levanta e sai lento da cabana. Minha mãe assentiu para que eu fosse atrás dele, e fui.
— Renato? — O chamo lento.
Andei um pouco e ele estava sentado em uma madeira alguns metros longe dalí. Ouvi alguns soluços. Renato está chorando, mas o que realmente está acontecendo?
— Eii.. — O chamo tocando no seu ombro.
Ela se vira, me fita com seus olhos vermelhos cheios de lágrimas e baixa a cabeça de novo.
— Quer conversar? — Pergunto sentando do seu lado.
— Ele é um monstro!
— O que houve? Quem é ele? — Pergunto.
— Ele, ele é.. — Respira e continua chorando. Ele olha para mim e eu levo minha mão para limpar suas lágrimas. — Ele é meu irmão!
— Irmão? Tenho um cunhado? E porque está tão triste? — Pergunto segurando seu rosto redondinho cheios de lágrimas, seus olhos azuis brilhavam.
— Tenho medo de perder você! — Ele diz ainda soluçando e me fitando colocando suas mãos no meu rosto.
Ele estava realmente com medo. Mas, porque?
— Amor? Não vai me perder, okay? — Digo já com os olhos lacrimejados. — Nem o Diabo conseguiu me tirar de você, porque seu irmão conseguiria?
— Você não entende, ele te quer e ele vai ter se você conhecê-lo! — Ele diz com a voz alta e tirando suas mãos de mim.
— Ei.. Não vai, eu te amo, e é com você que sempre vou estar! — Digo com as lágrimas descendo.
— Você continua sem entender! — Ele diz balançando a cabeça negativamente e me fitando.
— Fala pra mim, porque eu trocaria o homem da minha vida por alguém que eu não conheço? — Pergunto beijando cada centímetro do seu rosto até chegar na sua boca.
— Promete? — Perguntou.
— Ainda tem dúvida nisso? — Pergunto dando um beijo quente nele.
Ele me levantou, segurou firme na minha cintura e me beijou ainda mais. Entrelaçou nossas línguas fazendo uma dança gostosa nela.
Paramos por causa do inútil oxigênio.
Me beijou de novo, mas algo o puxou de mim brutalmente o levando para o alto.
Olhei assustada tentando entender o que havia acontecido. Um brilho ensurdecedor me fez piscar diversas vezes, mas pude ver um homem além de Renato brilhando e o segurando com as asas abertas. Enormes.
Não conseguia ver muito bem por causa do sol em meu rosto. Assim que os vi se distanciando, voei chorando atrás e eles sumiram nas nuvens.
— REANAAAAATO.. — Grito caindo sentada no chão e todos vinheram correndo da cabana para ver o que aconteceu.
Eles chegam perto de mim e me fita assustados.
— Levaram ele, LEVARAM ELE! — Grito chorando ainda no chão!
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Até o próximo capítulo.
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