Palavras
Graham Carter
Estou esperando Savannah chegar aqui em casa enquanto faço o jantar. Will vai levar Howard em um bar e eu tenho a casa toda para mim e para Savannah.
Ou seja, vou usar essa noite para aquele jantar que prometemos e finalmente ficar um tempo sozinho com ela. Ia fazer uma semana que a gente não transava transava. Algumas brincadeiras pra lá e pra cá...
Dou uma última olhada na lasanha que estava fazendo e me afasto indo até a sala para escolher uma música. Eu ainda sabia fazer acontecer um clima.
A campainha toca e acho estranho, Savannah nunca tocava a campainha. Ou pelo menos não tocou quando eu e os caras estávamos só de cueca depois de chegar de um treino envolvendo água.
-Já falei que não precisa bater...- abro a porta e não é Savannah que vejo.
Na minha frente tem uma mulher com os cabelos loiros pintados e com olhos tão pretos que me dão medo, ela parece me odiar logo de cara.
-Graham Carter?- ela levanta as sobrancelhas.
-Sim, sou...- assim que respondo ela começa a entrar tirando o casaco.- O que você está fazendo?
-Eu vim conversar com você.- ela fala séria.
-Desculpa, mas eu nem conheço você.- deixo a porta aberta.
-Não é problema. Eva Willians.- ela estende a mão e fico parado.
-Willians?- franzo as sobrancelhas.
-Sim. Você está namorando minha filha.- ela ri.- Eu vim conversar.
-Você veio de Nevada...
-Isso.- ela senta na poltrona.- Podemos?
-Não.- aponto para a porta.- Você pode ir embora. Não vou falar sobre Savannah sem estar na presença dela...
-Olha aqui, garoto.- ela levanta rapidamente.- Eu não tenho tempo para isso. Savannah precisa treinar e você está atrapalhando ela...
-Nossos horários são arrumados.- falo sério.
-Você está atrapalhando ela, Graham, preciso que se afaste.- ela cruza os braços.- Se quiser posso até dar dinheiro...
-Não quero dinheiro.- é minha vez de rir.- Eu quero que você saia da minha casa...
-Carter, você deixa a porta aberta em uma noite dessas?- Savannah sobe as escadas.- Estou morrendo de frio, você vai ter que me esquentar....
Ela para tirando o casaco, acho que pela sua reação nem ela sabia que a mãe estava na cidade, Savannah logo entra e fecha a porta rapidamente.
-Mamãe.- ela murmura.
-Oi, Savannah.- ela fala fria.
-O que você...- ela olha para mim.- O que está fazendo na casa de Carter?
-Eu vim conhecer ele.- ela dá uma desculpa.
-Antes de vir me ver?- Savannah deixa as coisas em cima do sofá.- O que ela falou, Carter?
-Acho melhor vocês duas conversarem.- falo calmo.
-Não.- Savannah faz bico inconscientemente e tento não sorrir.- Você nem avisou que vinha, mãe!
-Eu quis fazer uma surpresa, sua ingrata!- ela grita igual criança.
-E ameaçar meu namorado?- Savannah cruza os braços.
-Você é tão inocente, Savannah.- a mãe dela ri.- Acha mesmo que esse cara gosta de você? Acha mesmo que ele quer algo mais além de...
-Se falar mais uma palavra vou jogar você na rua.- falo com raiva e Savannah se encolhe.- Eu e Savannah combinamos de jantar hoje. Então amanhã vocês conversam!
Pego as coisas de Eva e jogo em seus braços enquanto a arrasto para fora de casa, logo tranco a porta e me viro para Savannah ouvindo as reclamações de sua mãe.
-Linda.- eu seguro seus braços.- Sinto muito.
-Não é sua culpa.- ela abaixa a cabeça.- Ela é....insistente.
-Nada no que ela falou...
-Eu sei.- Savannah me encara.- Você não está me usando.- ela sorri e eu adoro aquele sorriso.- Eu que estou.
-Ah, é?- pergunto.
-Sim.- ela passa os braços por meus ombros.- Afinal, quem mais além de você pode me satisfazer?
-Ah, entendo.- coloco ela no colo e levo as mãos até sua bunda.- Não me importo de ser usado.
-Que bom.- ela fala enquanto a coloco na mesa.- A gente não ia jantar?
-Eu já tenho o meu.- sussurro em seu ouvido e ouço ela arfar.
Observo seus olhos brilharem enquanto começo a ficar a barra da sua calça, mas logo ela segura meu pulso e morde o lábio me observando.
-Não posso.- ela fala tímida.
-Por que?- pergunto confuso.
-Eu estou...- ela mexe a cabeça e sorrio esperando ela falar.- Ai, Carter, você é um idiota!
-Ainda bem que eu fiz uma lasanha grande e comprei muito chocolate.- beijo a bochecha dela.
-Você comprou?- ela parece feliz.
-Sim, muito.- desço ela da mesa.- Comprei vinho também.
-Você sabe comprar vinho?- ela vem até a cozinha comigo.
-Não.- tiro da geladeira.- Mas você vai provar agora para ver se é bom.
-Ah, claro.- ela pega duas taças.
Abro o vinho e encho as taças até a metade enquanto Savannah esfrega as mãos, está mais frio que o normal ultimamente, e olha que já passou o inverno.
Ela pega a taça dela e bebe um pouco, sorrio quando Savannah franze o nariz e olha para mim balançando a cabeça. Seu maxilar trava e não consigo ficar sério.
-Bom?- pergunto.
-Muito.- ela limpa a garganta.
-Não sabia que você mentia agora.- falo divertido e ela começa a tossir.- Savannah...
-Desculpa, é muito doce.- ela respira fundo.
-Sério?- bebo um pouco e faço careta.- Verdade.
-Mas dá pra beber.- ela me abraça e eu beijo sua cabeça.- Obrigada.
-É só um vinho barato, Savannah.- acaricio suas costas.
-Por tudo.- ela levanta a cabeça.
Sorrio beijando a cabeça dela e então digo que vou pegar a lasanha, ela começa a colocar a mesa enquanto eu tiro a lasanha do forno.
✩
Savannah Willians
Tudo estava tão confuso. Primeiro essa coisa de Carter e o time dos sonhos dele. Agora minha mãe estava aqui e eu não conseguia pensar direito.
Estou sentada na ponta da cama enquanto não sei o que fazer sobre isso, não sei se cinto para ele ou se acredito que foi apenas uma coincidência.
Acho que primeiro tenho que lidar com minha mãe, acho que ela pode estar querendo apenas atenção, então amanhã falo com ela.
-Linda?- Carter acorda.
-Oi.- olho para ele assustada.
-Teve um pesadelo?- ele respira fundo afastando o cobertor.
-Sim, tive.- minto enquanto entro nos cobertores com ele.
-Ah, tadinha.- ele fala e sorrio enquanto ficamos de conchinha.- Melhorou?
-Sim.- beijo o braço que está me abraçando.
-Quer falar sobre?- ele pergunta sonolento.
-Eu sonhei que perdia você.- explico.
-Que idiotice.- ele beija minha cabeça.- Você nunca vai me perder.
-Promete?- apelo para isso? Sério mesmo?
-Sim.- ele parece estar quase dormindo de novo.
-Ok.- respiro fundo me acalmando.- Boa noite, Carter.
-Boa noite, linda.- ele suspira.- Eu te amo.
Assim que ele fala isso meu corpo inteiro congela e logo depois se aquece de uma maneira idiota e boa ao mesmo tempo. Ele falou que me amava... E eu também o amo.
Sorrio contra o braço dele o acaricio. Acho que ele nem percebeu que disse que me ama, mas vale do mesmo jeito, não?
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