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44. As ultimas despedidas

- Hum...

- Desculpa, não queria acordar-te.- Murmurei.

- Bom dia.- Sorriu-me como se não me visse há anos, e esse sorriso tão honesto e expressivo de Helena, fez nascer um sorriso no meu próprio rosto.

- Como te sentes?- O marquês foi rápido a interromper-nos.

- Ainda sinto.- Murmurou.

As suas palavras eram socos para mim. Ainda.

- Sinto-me tão cansada...

- Sim, claro.- Levantei-me, dando-lhe o repouso que bem precisava.

- Não, espera. Fica. Simplesmente sinto-me cansada para quem não tem feito nada e passa do dia deitada.

- Tens de recuperar, milady e eu não quero ser o empecilho que...

- Henry, tu és tudo menos isso.- O seu tom era meigo e baixo, muito frágil também.

Os suores frios da febre ainda estavam presentes, o seu tom de pele passou a parecer cera. Parecia que começava a ir-se, como se o seu corpo se preparasse para a despedida.

Bianca trocava afavelmente as toalhas húmidas com regularidade.

Os seus olhos, apesar de brilhantes das lágrimas, tinham perdido o brilho habitual e o seu sorriso parecia provocar-lhe dor.

- Estás quase boa.- Eduardo apertou a sua mão, no entanto o sorriso não era sincero. Ele também a estava a sentir ir.

- Helena...- Afligi-me.- Helena, diz-me o que sentes. De verdade. Diz-me como te posso ajudar.- Segurei a sua mão como se me valesse de algo.- Qualquer coisa: um médico, um padre, um investigador, uma bruxa se necessário!

- Blasfémia! Tento na língua, seu herege mal-educado!- Eduardo repreendeu-me depois de se benzer, porém ignorei-o.

- Diz-me.- Incentivei.

- Só preciso de vocês e do meu irmão.- Garantiu-nos, sempre naquele tom baixo e frágil.- O meu irmão disse-me que encontraram o responsável.

- Ham... sim.- Anui desconfortável.

- E então?

Veio-me à cabeça o modo com tratei Emily ontem à noite. Eu ainda não sabia distinguir se sentia vergonha ou ódio.

- Helena, não é um assunto com que tenhas de te preocupar agora.- Eduardo tentou apaziguar a situação, mas desde quando é que ele tinha conseguido impedir Helena de algo?

- Foi mesmo a Emily?

- Foi. Foi sim.- Suspirei envergonhado.- Perdoa-me. Eu nunca a devia ter deixado chegar tão perto de nós, devia ter-te protegido mais.

- Protegido do quê?- Franziu as sobrancelhas incrédula.- Não tinhas como saber.

Sentia-me culpado de qualquer forma.

- O que é que lhe fizeram?

- Não sei.- Não era mentira.

- Como não sabes?- Bastou o seu tom elevar-se um pouco para desatar a tossir. Tossia tanto que fiquei aflito.

Eduardo estendeu-lhe um copo de água e alguns minutos depois lá se conseguiu acalmar um pouco.

- Não sabes...?

- Eu... eu não me orgulho do que fiz Helena. Eu tinha de proteger a minha irmã e vingar-te.- Não fui capaz de a encarar.

- Mataste-a?

- Não.

- Bem, eu já bati nalguns homens. Acho que já... que já pus fim à vida de uns dois. O primeiro foi em Sintra.- Olhou para o fundo da cama como se visse a cena à sua frente.- E já bati em mulheres também.

- Helena, não é...

- Eu bati em homens, e jamais bateria em ti.

- Deste-me um estalo na biblioteca.

- Não me tinhas escrito por meses depois de uma despedida atribulada.- Enraiveceu-se e sorri divertido, era simplesmente maravilhoso irritá-la.- E também matei homens e nem nos meus pesadelos o faria contigo.

- Eu sou um cavalheiro, Helena...

- E essa mulher não é uma dama, não é indefesa nem insegura. Ela não é nada Henry. Não é alguém com que devas perder o teu tempo a pensar.

As suas palavras acalmaram algo na minha alma, como se mais de uma tonelada me tivesse sido tirada de cima.

- E então em quem é que eu deveria pensar, milady?- Sorri, sabendo a sua resposta.

- Em mim, claro. E nos teus pais, na tua irmã, nos teus amigos, nas tuas responsabilidades.

- Helena, tu és aquela que nunca me sai da cabeça. Principalmente ultimamente.

- Não devias preocupar-te comigo. Devias descansar, isso sim.

- Oras, mesmo de cama quereis mandar em mim. Não se faz.- Gargalhei.

- Eu não mando em ti. Mando?

- Não, sois apenas preocupada. Por falar em amigos, recebi esta manhã o convite para o casamento real. Sei que é por razões diplomáticas, no entanto suou-me a progressos.

- Eu disse-te que o rei não era assim tão mau. Só tinham de se conhecer um pouco melhor.

O seu rosto tinha olheiras que a envelhecia dez anos.

- Pois, o papá e eu fomos do primeiro a receber convite. Privilégios de altos cargos.- Brincou.- Só espero estar presente.

- Claro que vais.- Eduardo sorriu.

Depois, pediu para lhe contar o que aconteceu ontem. A principio não achei que fosse grande ideia, afinal de contas, no estado em que se encontra qualquer emoção mais forte pode ser fatal, mas então lembrei-me que falava com Helena, e não havia outra coisa que talvez a fizesse sentir tão viva quanto as nossas aventuras. O que ainda fazemos lá fora, as vidas que levamos, o sangue que derramamos... embora essa ultima parte tenha deixado de lado.

- Eu tenho de ir agora.- Olhei para as horas no meu novo relógio.- Já está tarde.

- Onde encontraste isto?- Pegou no relógio com delicadeza.

- Gostas?- Sorri, contente por ter reparado.- Consegui um tempinho para os meus vícios. Tinha de o ter.

- Foi o relógio que vi naquela noite.- Sorriu admirando o brilho madre-pérola do fundo, onde estavam cravados os números e os ponteiros.- Pensei em ti quando vi. Achei que te iria ficar muito bem e não me enganei.

Havia um sorriso terno no seu rosto.

Não sabia que dizer-lhe, portanto apenas sorri e beijei a sua testa, prometendo regressar amanhã.

No dia seguinte

- Henry, estiveste a chorar?- A minha irmã perguntou baixinho à mesa do pequeno-almoço.

- Não, são as alergias.- Respondi friamente.

Não consegui pregar olho a noite toda. Não conseguia encontrar a solução para o sofrimento que Helena passava, não sabia que médico contratar...

- Já vais? Não comeste nada.

- Não tenho fome.- Despedi-me dela com um beijo na bochecha e de Edward com um piscar de olho.

Durante o caminho prometi a mim mesmo que ganharia bolas. Não podia chorar, eu era um homem!

Se Helena me visse pouco confiante, então também desfaleceria.

- Bom dia.- Sorri batendo à porta aberta do seu quarto.

- Olá.- Lucas respondeu-me sem se mexer.

Estava com a mão na testa, demonstrando cansaço, enquanto Eduardo via Bianca a dar duas colheres generosas de um medicamento a Helena.

Girei levemente a cabeça e li Láudano.

Soltei uma respiração pesada e lenta, como se sentisse toda a minha alma abandonar o corpo.

- Melhor?- As mãos da empregada tremeram enquanto tentava tapar o frasco.

Helena fez um subtil barulho com a garganta e permaneceu quieta. Quanto ópio tinha aquela mistura? Quão necessária era esta medida de recurso?

Lucas acenou-me e segui-o até lá fora.

- A minha irmã não passa desta noite.

Cambaleei e demorei horas até encontrar o que dizer.

- O... o quê?- Senti uma facada no peito e quase implorei por misericórdia.

- O médico foi bastante claro esta manhã.

- Médicos enganam-se! Helena é forte! Ela...

- Olha para ela, Henry.- Ordenou e apontou para o quarto.- Mesmo que ela sobreviva mais uns dias, vale a pena todo este sofrimento? As suas ultimas horas haviam de ser em paz.

Ele tinha razão.

Dei meia volta e passei as mãos pelo rosto. Com certeza havia outra solução. Tinha de haver! Ela só tem 18 anos! Caramba, ela está a dar a vida pela da sobrinha, não devia ser poupada, Deus? É um sacrifício afinal de contas.

- Milady?- Sentei-me lentamente a seu lado.

A empregada organizava os medicamentos e os panos secando uma lágrima de vez em quando.

- Henry?- Os seus olhos mal se abriam.

Quão forte foi a dose para hesitar em reconhecer-me?

Encarei Eduardo que estava ainda mais acabado que eu. A madrasta de Helena tentava consolá-lo em vão.

- Sim, sim sou eu.

Os seus olhos encheram-se de lágrimas e os meus também. Eu prometi a mim mesmo que não chorava, caramba!

- Sai daqui, por favor.

- O quê?

- Eu não quero que me vejas assim.- Puxou os cobertores um pouco mais para cima, apesar do calor de Agosto.- Sai.

- Helena...

- Eu não quero que te recordes de mim assim.- Soluçou.- Quero que a ultima lembrança que tenhas seja o meu sorriso, ou sei lá... Quero que te lembres de mim bem.

- Helena eu não vou sair daqui.- Mordi a bochecha para não desabar em lágrimas.

- Por favor, vai embora. Só te peço isso.- Implorou.

- É a única coisa que não me podes pedir.

Eduardo chorava em silêncio, ou pelo menos tentava que assim fosse.

- Eu não vos queria deixar assim. A minha existência não vale tanto.

- Helena, fica calada.- Beijei a sua mão com todo o tempo do mundo.- Se o que vais dizer não tiver sentido, fica calada.- Pedi.

Eduardo levantou-se e foi dizer algo a Bianca, que saiu depressa.

Este quarto parecia um autêntico velório.

- Ainda há tanto que gostava de fazer...

- E vais fazê-lo.- Menti a nós dois. Ainda havia uma pequena chama de esperança no meu pobre coração.

- Gostava de ter o meu Zé Abacaxi aqui comigo.

Achei estranho demais, no entanto Lucas soltou um pequeno sorriso. Talvez esta frase fizesse algum sentido.

- Quem vai cuidar dele agora?

Quem irá cuidar do meu coração agora, Helena?

Suspirei estremecendo com a ideia de daqui a uma semana acordar, sentir o sol no rosto, visitar a corte e não a ver lá. Sem o seu sorriso, o seu beijo, o seu bom humor contagiante, a sua sagacidade e beleza.

- Não toco há tanto tempo... parece que não monto há anos...

- Eu simplesmente não imagino a minha vida sem ti.- Admiti.

- Henry, tu já tinhas uma vida antes de me conheceres.- Disse no que pareceu ser um suspiro.- E continuarás a tua vida sem mim.

Estas palavras saídas da boca dela foram... meu Deus, senti até uma fraqueza. Ainda bem que estava sentado.

- Mas...

- Eu só espero que tenha tido um propósito sabes?- Voltou a suspirar.- Que um dia, junto da lareira, ao lado da tua mulher e com filhos no colo sorrias ao pensar em mim.

- Helena, por favor.

Eu sabia que ela estava em pleno sofrimento, contudo isso não lhe dava o direito de me magoar também.

- Eu amo-te, vou sempre amar.- Foi a minha vez de murmurar.

- Peço desculpa pelas horas, sei bem que a hora de almoço é sagrada, contudo...- A boa disposição do rei caiu por terra quando viu o ambiente do quarto.- Isto mais parece um velório.

- Ele sabe sempre dizer a coisa certa.- Helena tentou respirar fundo.

- Como estás?- Sorriu para Helena, em pé e a meu lado.

Era bom que desse dois passos atrás ou ainda levava um soco.

- Aqui.- Respondeu sem saber que dizer.

- Oras, Helena...- Parece que a boa disposição tinha caído por terra.- Mais uns dias e já estarás melhor.

- Já vos vi mentir melhor.- Estreitou o olhar.- Isso sim.

- Desculpa não ter vindo antes.

- Henry contou-me. Está tudo bem, tendes responsabilidades.- Parecia verdadeiramente compreensiva.

- Não, eu...- Hesitou em continuar e olhou para nós três.- Podem dar-nos um pouco de privacidade?

- Não!- Respondemos em uníssono. Se eu não podia estar só com Helena, ele também não estaria!

- Por favor, Eduardo.

O marquês suspirou e acabou por sair. Eu acho que ele precisava verdadeiramente disso. Talvez fosse encertar uma garrafa de bebida forte. Eu também preferia passar por este momento, um pouco menos sóbrio.

- Vem.- Lucas puxou a minha manga quando não me movi.

- Mas...

- Já voltamos.

⭐👑⭐

- Não me podes deixar aqui sozinho, Helena!

- Mais umas semanas e tens uma esposa que te cuidará.- Falou num tom baixo, como quando a brisa de verão passa por nós.

Só que desta vez não era agradável. Havia um intragável sabor a morte no seu tom.

- Diz-me. O que posso fazer por ti? Precisas de médicos melhores? Melhores medicamentos?

- Preciso de mais ópio na mistura.- Olhou para o frasco e senti-me engasgar.

- Tudo bem.- Sabia onde o encontrar.- Sabes eu... tenho medo. É injusto dizer-te isto, afinal de contas tu estás... eu tenho medo.- Senti o frágil calor da sua mão.- Ao teu lado não me sinto só. És a única que está lá sempre para mim, Helena.

- João, isso não é verdade. Tu tens os teus irmãos, os teus conselheiros, em breve uma rainha...

Parecia um maldito egoísta, principalmente agora.

- Eu vou ser uma pessoa pior sem ti.- Senti o ar faltar-me.

- Isso é mentira.

Ouvi bater à porta e virei a cara para a parede limpando as lágrimas às pressas.

- Podes dizer a Francisca que foi a melhor menina que conheci?

- Com certeza.

Como é que iria contar isto tudo à minha irmã de 10 anos?

- O padre chegou.- Eduardo adentrou no quarto com um homem vestido de negro.

Helena parecia confusa.

Senti uma pontada no peito ao lembrar o que acontecerá: a Santa Unção.

- Majestade.- O padre curvou-se e ergueu o terço para Helena.

Senti o estômago revirar e desviei o rosto. Não conseguia engolir. Eu não acreditava que Helena podia morrer agora!

- Confessai os vossos pecados, irmã.- Falou pragmaticamente depois de rezar um Pai Nosso.

- Parem.- Pedi.

- Majestade...

- Ele tem razão.- Henry parecia ter sido espezinhado por uma manada de vacas, tamanho era o seu estrago.

- A minha filha não irá...

- Eu disse para saírem!- Ordenei desembainhando a espada e todos recuaram surpresos.

- Pára com isso.- Helena falou com uma mansidão que me cortou.- Temos de reconhecer quando perdemos.

A espada pareceu-me estranhamente pesada no momento.

- E eu perdi esta jogada. Não me arrependo do que fiz, apesar de tudo. A maneira como morro parece nobre e honrada.

- Helena...

- É verdade, Lucas.- Interrompeu o irmão.- Não encontro maneira mais bonita de morrer do que dando a vida por quem amamos. Posso ver a Vitória uma ultima vez?

- Claro!- O irmão de Helena parecia absorto indo buscar a criança.

- Padre, prossiga.- Pediu certa de si, embora frágil.

Pensei que Henry fosse desmaiar naquele mesmo instante.

- Confessai os vossos pecados irmã.

Helena permaneceu em silêncio e por um instante aproximei-me aterrorizado temendo o pior.

- Irmã?- O padre olhou para mim, pelos vistos pensado o mesmo.

- Tenham calma, estou a pensar.- Franziu a testa.- Quando é que fui a ultima vez que pequei?- Parecia realmente preocupada, ela não estava a brincar.- Algum de vocês se lembra?

- Não. Nunca erraste.- Henry encolheu os ombros.

- Bem... agora e assim de repente não me vem nada à mente.

- Esse medicamento tinha mais ópio que o que devia.- Irritou-se.

- Irmã, temos de admitir que somos pecadores. Nenhum humano é perfeito.

- Padre, ela já disse que não se lembra, avance logo essa merda!- Henry enervou-se. Apesar de tudo tinha razão.

Desiludido com a suposta falta de humilde de Helena, o homem de Deus tirou ólios e azeite de dentro da sua bolsa, bem como um missal e a bíblia.

Cada oração, cada palavra eram como graves cortes na pele.

Eu também vi de perto a Santa Unção do meu pai, claro que senti a tristeza da sua partida, porém nada que se parecesse com o que estou a sentir agora.

O meu pai era um grande filho da... minha avó.

Era um ingrato frio e imparcial. Só queria saber de mim para aprender a reger o reino. Passava mais tempo debaixo das saias das concubinas do que comigo. Nunca aparecia nos meus recitais, nunca foi comigo à Opera, e quanto aos treinos de cavalaria só assistiu a um e bem de longe.

Longa vida a D. Pedro II, o maior traidor da história deste país! E Portugal já teve muito maus reis.

A tristeza da sua partida era simplesmente o peso da responsabilidade que se avizinhava.

Com Helena era simplesmente uma mágoa muito profunda, e algo me dizia que uma mágoa que demoraria imenso tempo a passar.

Quando o padre saiu, pensei que tivesse levado a alma de Helena com ele. Estava tão calada que assustava, encarava o teto como se observasse a sua nova casa.

- É estranho passar um dos sacramentos. A vida tem uma ordem e essa ordem não foi cumprida.

Respirei fundo controlando as lágrimas.

- Com certeza terei um lugar justo no céu. Sou mais pura que a Virgem Santa, com certeza.

- Helena, estar para morrer não significa que podeis blasfemar à vontade.- Estabeleci o limite do respeito.

- Melhor que eu, tu sabes donde vêm os bebés.

- Os milagres de Deus estão acima da compreensão humana, mesmo para mim.- Terminei o assunto.

- Tens alguém especial lá em cima a quem queiras que diga olá?

- Ai Helena, se não paras com essa conversa eu mesmo te tapo a cabeça com o travesseiro.- Tentei brincar para esconder as lágrimas.

- Henry?

- Nunca pensei que pudesses ser fatalista, milady.

Voltou a suspirar e a olhar o teto.

- Olha quem veio dizer olá à tia favorita!- Lucas tinha um sorriso triste ao entregar a filha a Helena, sempre com o maior cuidado para não magoar nenhuma delas.

- Olá princesa.- Beijou a testa da bebé com cuidado e foi então que os seus olhos derramaram as lágrimas mais pesadas.

A Vitória olhava Helena de modo confuso e atento.

- Tu com certeza não te vais lembrar de mim...

- Eu vou certificar-me que vai sim!- O irmão interrompeu firmemente.

- Provavelmente não te vão ensinar a defenderes-te...- Murmurou quase com desilusão.- Henry, podes abrir a gaveta e levantar o fundo?

Estranhou a pergunta dela, no entanto o inglês não demorou muito a acatar o pedido.

- Dá-me o diário, por favor.

Com um sorrio, Helena recebeu o diário e entregou-o à menina.

- O teu pai vai dar-te isto quando fizeres 16 anos.- Beijou a testa da menina que mordia a esquina do livro.

- Eu tenho medo do que aí está?

- Um manual prático de como lidar com a vida.

Acabaram por adormecer abraçadas as duas.

Não vi a esposa de Lucas, devia de estar péssima.

⭐👑⭐

- Que estás a fazer?- A estranheza estava estampada no seu rosto.

- A sentar-me a teu lado, a abraçar-te.- Descalcei os sapatos e deitei-me a seu lado, sobre as cobertas, enquanto a abraçava.- Eu sei que vais ficar bem.

Senti a sua mão apertar o meu braço e sorri, apesar da pouca força.

Consegui arrancar-lhe ainda uns sorrisos e manter conversas de animo leve. Queria fazê-la esquecer das suas preocupações por algum tempo.

Acabou por adormecer nos meus braços, tranquila, por isso aproveitei para fixar todos os seus traços, apesar do seu aspeto débil.

Que Deus cuide bem do meu anjo.

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