Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

4. Deus salve o Rei

Quanta... Quanta... Quanta ousadia! Como se atreveu a... Pirralha infantil!

- Ham... eu... ham... vou falar com ela.- O marquês saiu apressado e a porta foi fechada.

- Insolente!- Parti o copo de cristal atirando-o à parte. A fúria corria pelas minhas veias.

- Oh não...

Inspirei fundo e tentei acalmar-me.

- Que foi, Francisca?

- Nada, deixa.- Continuou a comer.

- Vamos, quero ouvir!

- Queres mesmo?- Perguntou receosa.

Voltei-me para ela.

- Não foste muito simpático com Helena. Ela é muito querida, sabes? Também é simpática, mas foste muito chato com ela. Se fosse a primeira vez que nos vissemos, também não quereria ser tua amiga. Foste insuportável.

- Eu só fiz perguntas!

- Não mano. Fizeste perguntas, as quais sabias a resposta. Riste-te na cara dela. Ninguém gosta disso.

- Não quero saber. Se eu pergunto, ela responde. É simples.

- Não é por teres poder que podes fazer os outros ficarem tristes. O pai sempre disse que o poder era para fazer todos felizes, principalmente o povo.

Verdade.

- Ela é inteligente. É divertido implicar com pessoas inteligentes.

- Deve de ser por isso que agora estás a rir e a saltar de animação.

- Que direta, Josefa.- Provoquei.

- Iue! Não me chames isso. Sabes que não suporto.- Amuou.

Olhei para cima da mesa e vi as delicadas luvas de Helena próximas ao prato. Tinha-se esquecido delas...

⭐👑⭐

- Helena!

Ouvi o papá gritar, no entanto não parei. Atravessei corredores e mais corredores. Onde é a saída deste inferno?!

- Helena!- Alcançou o meu braço, agarrando-o com tanta força que me magoou.

- Papá estais a...

- Sabes a vergonha que me fizeste passar?! Vamos acabar a mendigar pela tua insolência! Adverti-te sobre o comportamento a tomar e ainda assim...

- A culpa foi do rei! Porque lhe contaste que viajei? Ele estava a zoar de mim.- Senti os meus olhos humedecerem.- Lamento, mas não serei chupista, submetendo-me às humilhações daquele pirralho como vós.

Ardor. Muito ardor. Levei a mão ao rosto, que ardia como o fogo.

- Não voltai a proferir tais palavras! Sou teu pai e exijo respeito, o mesmo que deves ao rei!

Mordi o lábio impedindo a saída de todas as minhas palavras furiosas.

- Pois então ide! Eu vou para casa, não aturo mais o papel de fantoche!- Chorei e corri até à carruagem.- Para o palacete o mais depressa possível!- Ordenei ao cocheiro.

- Sim, senhora.

Eu quero voltar para o Brasil! Nunca devia de ter vindo.

⭐👑⭐

- Majestade, peço perdão pela minha filha.- O marquês baixou a cabeça perante mim, depois de pedir permissão para entrar.

Este incompetente nem consegue controlar a filha, quanto mais ajudar-me a cuidar de um país.

- Não tem importância. Espero sinceramente que Helena tenha aprendido com o seu erro. Não darei nem mais uma chance.

- Eu... compreendo majestade.- Balbuciou.

- Ide. Quando precisar de vós, ireis saber.- Virei-me novamente para a janela.

Qual seria a maneira mais acertada a enviar a Helena os seus pertences?- Sorri para mim mesmo.

*

- AGHRT!- Tranquei-me no quarto com o maior estrondo. Arranquei os brincos e tirei os ganchos, deixando o cabelo cair livremente.- QUE SITIO DOS INFERNOS!

- Menina precisa de...

- SAI BIANCA!- Gritei furiosa.

O pirralho do rei brinca comigo e a culpa ainda é minha?! Quem se quiser submeter e ser humilhado, muito bem então, mas não me leve consigo!

- FANTÁSTICO!

Na minha fúria atirei uma jarra de flores à parede, que se desfez em pedaços e tirou um pouco da tinta no gesso.

- Eu odeio este país!

- Helena!- Ouvi gritar. Parabéns! O Sr. Marquês teve permissão do dono para se ausentar. Será que está proibido de sair à rua por uma semana?!

*

- Onde está Helena?- Perguntei para a governanta.

- Sr. Lencastre, Helena está muito alterada. Conversar agora é o mesmo que dizer apenas disparates. Deixai-a acalmar-se. Mais tarde falarão.- Aconselhou.

- Não. Nós iremos falar agora!- Insisti e subi as escadas de madeira alemã.- Helena, abre a porta!- Bati com fúria.

- Ide embora! Quero ficar sozinha!- Ouvi do lado de dentro.

- Se não abrires, arrombarei a porta.- Deixei claro.

Pouco depois a porta foi aberta, mostrando uma pequena Helena afogada em lágrimas. Creio que foi realmente horrendo para ela. A culpa foi toda minha, nunca lhe devia ter pedido para ir para a corte contra a sua vontade.

Estou em risco de perder a estima do rei, a minha filha está furiosa e a corte deve de estar a arranjar forma de se ver livre de mim.

Apesar de tudo sou um Lencastre, e um Lencastre é o ultimo a perecer!

- Dizei.- Insistiu voltada para a janela do jardim.

- Admito que tive um pouco de culpa.- Suspirei.- E que não te devia ter batido em pleno palácio, por isso devo-te um pedido de desculpas.

Esperei, porém nem uma resposta.

- Não dizes nada?

- Que havia de dizer?- Respondeu rispída.

- O tom, Helena!- Adverti zangado.

- Pois muito bem!- Sorriu numa tentativa de esconder toda a ira.- Eu não suporto o palácio, a corte e muitos parabéns: agora nem o rei!- Exaltou-se.

- Então é bom que mudes essa opinião dentro de muito em breve, porque é para vos submeterdes!- Deixei claro.

- Eu não tenho de me submeter a ninguém com aquele carácter!- Resmungou.

- Tendes sim.- Esclareci.- Jamais alguém se opôs ou oporá ao poder do rei, e muito menos será uma mulher!

A sua cara de confusão era a mais dolorosa de todas.

- Sabeis que sou um pai benevolente ao deixar-vos ler e aprender. Muitos outros tinham-te negado essa dádiva, mas entende o teu lugar como mulher, Helena.

Se a minha filha não desposasse dentro de em breve acabaria arruinada, só herdará parte dos meus bens quando casada e não vou para novo.

- Entendi.- Sorriu amargurada, contudo via-se que estava furiosa.- Compreendo mais que bem o facto de ter de me casar em breve, de preferência com um senhor de grande importância na corte do rei, engravidar, e cuidar dos meus filhos em casa. Fingindo a minha estupidez quando nobres falam de assuntos importantes de forma totalmente ignorante.

- Verdade um pouco crua mas...

- Agora que entendi, podeis sair finalmente. Não descerei para jantar.- Voltou-se novamente para o jardim.

- Boa noite Helena.- Murmurei entristecido e zangado com a sua atitude de menina mimada.

*

- Menina, o jantar.- Uma das empregadas bateu à porta mais tarde; bem, bem mais tarde.

Eu continuava sem fome, contudo permiti a sua entrada, ficando sozinha logo que saiu.

O aroma do jantar fez o meu estômago roncar e com isso cedi. Jantei o que me tinham trazido, permanecendo pensativa.

Não tinha sido correta com o papá, ele estava certo em obedecer ao rei. É a honra da família que está em jogo, e não quero ser eu a manchá-la.

- Perdão, Helena, um lacaio pediu que vos entregasse isto.- Bianca entrou com uma caixa de presente.

Abri de forma muito curiosa e dei com a minha sombrinha, as luvas e o livro que levei e me esqueci.

Havia um bilhete também:

Aqui estão os pertences de vossa excelência,

Peço perdão pelo meu comportamento, a verdade é que a menina me intriga. Solicito também uma nova oportunidade, não é de todo minha intenção que fique com uma ideia errada a meu respeito.

Espero uma resposta, o meu lacaio não deixará vossa porta sem a mesma. Tenha uma boa noite.

O mais atencioso possível;
D. João V , Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc.

Meu Deus, o rapaz deve de ter tido uma dificuldade dos diabos para decorar toda a sua titularia régia. Isso não importa agora, precisava de conter a raiva isso sim. O rei pedia uma nova chance para os dois e seria uma idiotice não aceitar.

Peguei numa folha amarelada, procurei a pena e o pote de tinta. Veremos...

Vossa majestade fidelíssima;

Desde já agradeço o facto de me ter enviado os meus bens, não havia necessidade de tanta urgência.

Peço também que me perdoe. Exaltei-me um pouco hoje pela hora de almoço. Não queria que construísse uma imagem errada acerca de mim, porém, sejamos sinceros, vossa graça também não colaborou.

Terei todo o gosto em recomeçar do zero, seria uma honra.

Apelo, já que assim é, à vossa maturidade e que não prejudicais o meu pai ou seus trabalhos pelo meu comportamento um tanto ou quanto... infantil.

Dê os cumprimentos a D. Francisca por mim, por favor, é uma menina amorosa e adorável.

Aqui me despeço, da forma mais atenciosa de vossa senhoria, e que Deus salve o rei;

Helena Brotas Lencastre.

Li e reli a carta novamente. Parecia-me bem. Passei um pouco de perfume e derramei o lacre, cravando o brasão da família por cima.

- Bianca.- Chamei.

- Sim, menina?- Apareceu de imediato.

- Entregai esta carta ao lacaio do rei, por favor.

- Sim, Helena.

Começou de chover.

Ótimo! Mais uma coisa para melhorar o meu humor.

- Bianca?- Chamei pouco depois.

- Sim?

- Podeis ajudar-me?- Pedi em relação ao vestido.

- Claro.- Sorriu e ajudou-me a trocar pela camisola de dormir.

- Bons sonhos menina.- Aconchegou-me, beijando a minha testa.

Sabia tão bem quando ela fazia isso...

- Igualmente Bianca.- Sorri abraçando a almofada.- E desculpa por há bocado.

- Está tudo bem.- Sorriu antes de fechar a porta.

⭐👑⭐

- Majestade, o mensageiro chegou.

- Qual?

- O que enviou a casa dos Lencastre.

- Mande-o entrar.- Ordenei ao mordomo.

Nunca esperei mesmo que chegasse uma resposta. Estou sinceramente curioso pelo conteúdo da mensagem. Esta Lencastre é uma língua afiada.

- Majestade.- O mensageiro entregou-me a carta, estava encharcado. Aposto que se eu o torcesse escorreria água ao invés de sangue.

- Vistes Helena? O marquês?

- Não majestade. Disseram que o marquês estava no gabinete, e que Helena nem para o jantar saiu do quarto. Apenas uma empregada me entregou um copo de água, porque recusei vinho. Ofereceram-me abrigo, porém recusei.

- Cumpriste as ordens que te foram dadas, à risca.- Sorri.- Podeis ir descansar. Boas noites.

- Igualmente majestade.- Sorriu ao sair. Via-se que estava cansado.

É o único mensageiro em quem confio; pelo que lhe pago, nem esperaria outra coisa.

Bom, abriremos então o envelope... tem o perfume dela.

Uma doce e feminina fragrância de rosa, algo muito delicado. Gostei, sim senhora.

Tirei o papel de dentro.

- Hum...- Examinei com mais atenção.- Sem uma alfinetada, nem uma provocação... Ainda bem que chegamos a acordo. Parecem-me progressos.- Gargalhei.

Confesso que o seu "Deus salve o rei" e a sua submissão a isso me deixa bastante satisfeito.

Mais uma oportunidade, algo me diz que será interessante.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro