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29. Volta para mim, meu amor

- Bons dias!

- Humpft!- Tapei a cabeça com a almofada mal senti a luz.

- Vamos lá, Deus ajuda a quem cedo madruga.

Suspirei e afastei as cobertas. Deveria ter vindo mais cedo a noite passada.

Apenas o facto de não me terem notado foi algo muuto bom, tendo em conta todo o barulho que fiz. É difícil andar no bosque à noite, acreditem.

Bianca já tinha o meu espartilho, o vestido e os sapatos prontos.

- Tudo bem?- Bocejei calçando as chinelas.

- Sim, porque perguntas?- Sorriu.

Não me pareceu um sorriso honesto ou uma resposta sincera.

- Sabes que gosto muito de ti, não sabes Bianca? Não quero que leves uma vida infeliz por minha causa.- Bebi água.

Parecia muito cedo para uma conversa destas, porém o assunto era delicado demais para poder esperar.

- Eu também te adoro, Helena.- Sentou-se a meu lado e deu-me a mão.

Abracei-a com força. Eu não queria deixá-la ir. Bianca esteve comigo nos piores e melhores momentos, era a unica em quem confiava. Embora os segredos de ultimamente sejam grandes demais para serem partilhados com alguém.

Quando afrouxei o abraço, senti que ainda me agarrava com força. Ouvi soluçar baixinho.

- Não quero deixar-te sozinha.- Murmurou.

- Eu não estou sozinha, nunca estarei.- Respondi no mesmo tom e um nó formou-se na minha garganta.

- Eu amo uma pessoa.- Afastou-se e limpou os olhos.

- Um passarinho contou-me.

O seu rosto ficou ainda mais vermelho.

- Desculpa.

- Pelo quê?- Sorri confusa.- Não há absolutamente nada a ser perdoado.

- Eu prometo que não volta a acontecer.

- O quê?- Fiquei muito séria. Eu pensei que ela o amasse.- Porque é que não ficas com ele?

- Conhecemo-nos quando viemos cá há uns meses. Nunca mais falamos e agora... não nos conhecemos, não sabemos se temos força para enfrentar as tempestades da vida.

- Tu ama-lo?- Dei-lhe a minha mão.

- Tanto...- Sorriu.

- E ele ama-te?

- Acho que sim.- Corou.

- Faremos assim então: irás perguntar-lhe se quer ir trabalhar para Lisboa, se ele aceitar falarei com o avô.

- De verdade?

- Sim. É uma vida. É uma decisão que deve ser tomada sem dúvidas.

- Não sabes como me deixas feliz, Helena!- Beijou as minhas bochechas enquanto eu sorria satisfeita por vê-la feliz.

⭐👑⭐

- As malas estão prontas?- Perguntei a Bianca enquanto entrançava o cabelo.

- Estão quase.

- Ótimo. Irei montar, mas voltarei depressa.

- Ide com cuidado Helena.- Aconselhou.

- Já falastes com o vosso...- Não sabia como lhe chamar.

Amigo? Namorado? Cônjuge?

- Já pois.- Corou, dando-me as costas e sobrando umas camisas interiores.- Ele fica muito agradecido com a vossa oferta e terá todo o gosto em servir-vos.

- Fico satisfeita que assim seja.- Sorri pouco antes de sair.

No pátio, um rapaz segurava as rédeas do meu cavalo. Parecia o amor de Bianca.

- Bons dias.- Cumprimentei.

O rapaz baixou a cabeça numa pequena vênia e retribuiu com educação.

- José Barros, verdade?- Perguntei enquanto me ajustava os estribos.

- Sim, senhora.- Corou.

- Espero que vos saibais adaptar depressa a Lisboa.- Sorri.

- Com certeza irei. Muito obrigado pela oportunidade; pelo que estais a fazer por nós.

- Não têm de quê.- Encolhi os ombros e galopei para fora do palacete.

⭐👑⭐

- Carta da Áustria.- Eduardo entregou-me.

- Maria Ana em pessoa.- Analisei a letra e a assinatura.

- E então? Boas notícias, se me é permitido perguntar?

- Gostou do colar. Casa daqui a duas semanas. Está tudo pronto. Embora não diga está ansiosa.

Percebia-se pelo tom das suas palavras.

- Creio que esteja mais nervosa que ansiosa.- Emendou-me.- Mulher alguma anseia casar sem conhecer o esposo, seja ele rei ou pastor.

Talvez tenha razão.

- Precisais de lhe demonstrar que tendes fortes alicerces morais.

- Português, Eduardo.- Resmunguei.

- Escrevei-lhe e dizei o que Vilar Maior não pôde dizer por vós.

- Como por exemplo?

- Que estará segura, num casamento onde a respeitais acima de tudo. Abri-vos para ela, não irá comer-vos.- Brincou.

- Eduardo, se eu temesse mulheres, não me deitaria com elas.- Firmei a voz.- Não quero cometer erros. Qualquer instabilidade e casam-na com o espanhol. Quando chegar a Portugal e consumar o casamento logo se vê o que há.

- Com certeza, majestade.

Eduardo lançou-me aquele sorriso como quem diz "vais errar, mas não posso fazer nada por ti. Tendes de aprender sozinho" e para ser honesto, esse sorriso tira-me do sério.

- E Helena?

- Chega daqui a uns dias. E os prisioneiros?

- De penas atribuidas. Só a espero para dar o seu... toque final.- Imaginei o castigo que Helena lhes atribuiria, principalmente ao gordo pestilento.

Ordenaria com certeza que lhe cortassem a masculinidade.

Só de recordar o que ia acontecendo dá-me uma tontura.

- Até amanhã, majestade.- Fez-me uma vênia e saiu com as pastas debaixo do braço.

Onde estás Helena? Sinto a tua falta.

⭐👑⭐

- Estou aqui papá.- Sorri quando o vi entrar na capela.

- Bianca disse-me. Só vos esperava daqui a uns dias.- Abraçou-me com força.

- Senti vossa falta.- Confessei.

- Eu também.- Sorriu no meu aperto.

Fiquei a conversar com o papá por umas horas e claro que o assunto do avô veio à tona. O papá estava envergonhado pelo comportamento dele, porém não havia nada que pudesse fazer.

Homens já nascem com pouco juizo, e quanto mais velhos, pior.- Repetia.

Eu não sei ao certo se ele repreendia o comportamento do sogro ou se se divertia com a situação.

- Irei ver da infanta.

- Já? Chegaste hoje.

- Eu não estou de férias papá.

⭐👑⭐

... As palavras que escrevo são indignas para descrever vossa formosura sem igual. Deus teria de me dotar de talento para encontrar as indicadas para vós.

Sinto vossa falta, meu amor. Volta depressa.

Daquele que tanto vos ama;
João, rei de Portugal.

- Boas tardes!

- Aff!- Dei até um pulo na cadeira e apressei-me a esconder os papéis que escrevia.

Não deu nem para a tinta secar.

- Um olá seria simpático.

- Helena, se eu sofro de um ataque de susto ireis para a fogueira.

Ela simplesmente riu e tanta falta que senti da sua alegria...

- Como correu? Decidiste parar de fugir e enfrentar a verdade?

- Fugir? Quem queria estar na cela éreis vós, não eu.

Levantei-me do cadeirão e contornei a secretária, cruzando os braços e encostando-me enquanto via a minha vida nela.

- Como está vosso avô?

- Como vós.- Tocou a delicada pena com que escrevia.- Rodeado de mulheres interseiras e prostitutas.

- Ah!- Diverti-me.- Ainda bem que tanto ele quanto eu vos temos por perto.

- Para quê? Nunca fazem nada do que digo.- Suspirou encolhendo os ombros.- Está tudo bem?

- Sim.

- Onde está a minha cota de prisioneiros? Prometestes que...

- Eu sei o que prometi. Deixei o melhor para vós.- Sorri.

- Ótimo. Virei amanhã.

- Cá vos espero.- Lamentei vê-la ir uma vez mais.

- Xadrez? Pensava que não sabieis jogar.- Divertiu-se vendo o novo jogo que António comprou.

Peças brancas feitas de diamante, peças pretas de onix, adornadas com rubis e safiras.

- Helena, ganhar uma batalha não significa vencer a guerra.- Aproximei-me do tabuleiro também.

- São bonitas.- Examinou as peças detalhadas.

Estava encantado por tê-la tão perto de mim, sentia-me embriagado, como num sonho donde não queria acordar.

- Jogamos?- Sugeri mordendo o lábio.

- Claro, quais são as vossas apostas?- O seu tom divertido mostrava que brincava.

- Fazemos assim, se eu ganhar escolho o prémio, se vós ganhardes escolheis vós.

- Parece-me justo.- Sorriu matreira e sentamo-nos, começando a montar as peças no tabuleiro.

Da última vez que jogamos eu estava fragilizado e pouco confiante. Não como hoje.

Helena movia as peças com a certeza da vitória, esse seu excesso de confiança e rapidez iriam ser a sua ruína... Melhor para mim.

- Como assim?

- Vós mesma dissestes que a rainha era a peça que mais se movia no jogo.

- E é, mas não é razão para me comeres as peças todas!- Reclamou.

- Sem misericórdia, Helena.

- Ireis implorar em menos de 10 minutos.- Avisou amuada.

- Dizias...- Sorri certo de mim, quando encurralei o seu rei.

Mordeu o lábio nervosa e tentou escapar, contudo a minha torre não permitiu a fuga.

- Xeque-mate.- Declarei vitorioso.

- Quero a desforra!- Insistiu repondo as peças no tabuleiro.

- Podereis tê-la, assim que eu tiver o que eu quero. Era esse o combinado.

- E o que quereis vós?- Estranhou.

Recostei-me na cadeira e examinei o rei de diamante. Não conseguia pedir tal coisa em voz alta.

- E então?- Indagou estranhando a minha demora.

- Esta sexta-feira haverá um baile.

- O meu pai disse-me.

- Quero três danças convosco.

- O quê?! Nem pensar.- Encostou-se atrás.- Três danças são o suficiente para manchar a minha reputação.

- Quatro e não se fala mais nisso.- Sorri com esperança.

- Não sois bom a negociar, pois não?- Revirou os olhos.- Duas danças, e bem distantes uma da outra.

- Três danças, todas três espaçadas.

- Três não.- Insistiu.

- Três danças e podeis pedir-me o que quiseres.

Ela pareceu hesitar.

- Eu não quero nada de vós. Porque quereis tanto dançar comigo, afinal?

- Quereis de mim uma resposta.- Circundei a pergunta.- Três danças e respondo.

- Três danças espaçadas.

- Sim.

- Parece que temos acordo então.- Sorriu e estendeu-me a mão para fechar o contrato.

- Parece que sim.- Eu por dentro estava ao rubro!

⭐👑⭐

Olá, minhas rainhas!!

As provas estão a acabar, mas as que faltam são as mais difíceis. Vocês torçam por mim, por favor!

De qualquer maneira deixei aqui um miminho, até à proxima!😚

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