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Capítulo 6

    Depois de dar todas as ordens aos serviçais do palácio e de eleger o vestido azul escuro para essa noite, me ponho à procura de Katharine que a essa altura já deveria estar pronta. Começo a andar pelos corredores do castelo até que finalmente a encontro encostada em uma das sacadas com seus olhos concentrados em um livro. De alguma forma aquela cena me impactou, mas de uma forma muito agradável. Ela estava linda e elegante como sempre, mas suas roupas a deixavam com uma áurea mais romântica, o que definitivamente não é seu estilo mas caiu muito bem nela. Uma saia longa de cor rosê combinava com seu chapéu grande arrumado na lateral dos seus cabelos presos em um coque baixo. Uma blusa branca rendada a deixava ainda mais delicada com um lacinho do mesmo tom da saia amarrado no pescoço. Meus olhos estavam presos naquela cena, eu poderia ficar ali parada olhando para ela por horas... mas céus, por quê eu tô dizendo isso? Depois de tudo o que eu tinha sentido no quarto mais cedo, ter esse pensamento e essa sensação aqui comigo agora está me deixando louca! Que diabos eu tô sentindo? Sem tempo para encontrar minhas respostas, sou interrompida por ela que se impacta também quando põe seus olhos em mim:

— Nossa! Seu corpo nasceu para vestir esse vestido mesmo!

Ela fecha o livro rapidamente e se põe em minha direção.

— Desculpe, me envolvi com este livro aqui enquanto lhe aguardava e perdi a noção do tempo. Vamos descer?

Assinto com a cabeça e assim fazemos.

    Chegando na sala de jantar confiro se tudo o que eu havia ordenado tinha sido feito. Certamente a senhora Thompson teve um enorme trabalho! Sei que essas arrumações com as frutas são todas feitas pessoalmente por ela. A mesa estava linda! Muito farta e bem posta, a toalha de mesa branca quase não aparecia devido a quantidade imensa de comida. Frango, carne, saladas, frutas, grãos cozidos, taças e principalmente muitas opções de talheres da prataria real faziam aquela noite ser realmente digna de um jantar da realeza. Como eu estava animada, resolvi ordenar que os empregados trocassem as cortinas claras por algumas azuis escuras com detalhes em dourado e também que caprichassem nos arranjos de flores. Queria mesmo um visual majestoso para esta sala nesta noite. Fiquei muito satisfeita quando vi tudo pronto.

    Mesmo animada em receber alguém no palácio para um jantar, o que é algo muito raro, é claro que a frustração iria se fazer presente como sempre acontece. Parece que os nobres têm uma espécie de protocolo comum de se viver e de agir! A viscondessa presente em minha mesa usava tantas jóias que parecia mais um mostruário de um vendedor. Carregava tantos anéis nos dedos que mal conseguia usar os talheres direito. O visconde apesar de um pouco mais discreto que ela, ainda chamava atenção com seu bigode gigantesco e uma cartola alta demais para se entender o motivo. Ambos carregavam consigo uma arrogância sem tamanho, um desdém por qualquer um que não se vista ou não coma como eles. Tudo e todos estão errados, menos a nobreza, é claro... Estou farta de conviver com gente assim! Passar por aquele jantar sem dúvida nenhuma foi um verdadeiro inferno na Terra, mas eu juro por Deus que eu estava tentando me manter firme ali até o fim. Até que a tal da Viscondessa resolveu começar a me atacar de forma bem direta enquanto estávamos sentados à mesa no meio do jantar:

— E como estão os planos para se resolver o gritante problema de herdeiros do nosso reino, minha rainha?

Eu engulo seco sem acreditar no que eu acabei de ouvir e muito menos que eu terei que responder a isso!

— Bem querida Viscondessa, acredito que não haja muito o que ser feito além do óbvio, por tanto acho que não cabe a senhora vir me fazer tal questionamento. Eu e o rei já passamos por consultas com os médicos da realeza e graças a Deus estamos saudáveis. Acho que isso é tudo o que deve saber.

Viro a minha taça de vinho de uma só vez arrancando uma risada discreta de Katharine, que sabiamente complementa minhas palavras dizendo:

— A não ser que a Viscondessa deseje saber como as coisas funcionam dentro dos aposentos reais, Vossa Majestade.

Dárius se engasga com a comida e também dá um gole no vinho. Absolutamente ofendida, a Viscondessa exclama:

— Que absurdo! Mas isso é forma de me tratar uma Viscondessa? Quem você pensa que é menina?

Eu respondo:

— Ela é a dama de companhia da rainha, um cargo importantíssimo nesta corte. Saiba que eu lhe tenho muito apreço, ela está comigo a meses! E se ela respondeu de forma desagradável a um questionamento desagradável a culpa não é dela!

Se os olhos da Viscondessa fossem armas, eu já estava morta! Em seguida o Visconde resolve vomitar o seu veneno sobre a mesa também:

— Não é porque ela lhe acompanha que pode achar que tem o direito de desrespeitar a minha esposa com sua falta de educação transparente! Sem falar que não há nada de mal em querer saber se depois de quatro anos de casamento a rainha ainda tem condições de nos dar um herdeiro para o trono!

Antes que eu conseguisse falar algo, Katharine diz:

— Caro Visconde, fui muito bem educada por minha mãe, a Condessa de Bucareste. Inclusive tive educação formal com os melhores professores da Romênia. Sou conhecedora de todas as regras comportamentais e regras de etiqueta à mesa. Regras essas que claramente a sua esposa não tem conhecimento, visto que só ganhou o título de Viscondessa depois que a sua antiga esposa faleceu de desgosto quando descobriu que o senhor a traía com essa dama nada discreta que temos aqui em nossa mesa. Ela não tem intimidade ou muito menos autoridade sobre a rainha para lhe fazer tais questionamentos! Se estivéssemos vivendo a 500 anos atrás, a sua amada Viscondessa teria sua cabeça cortada e seu corpo jogado aos cães! Mas vamos ignorar isto, pois certamente ela não deve ter tido aulas de história enquanto estava na cama com o senhor!

Dárius bate com sua mão na mesa e grita:

— Basta! Isso aqui era para ser um jantar amigável e não um campo de batalhas!

O silêncio paira sobre a mesa e é quebrado quando o mordomo diz:

— Alguém aceita mais vinho?

Eu e Katharine levantamos nossas mãos imediatamente!

    Após terminarmos o jantar com um delicioso bolo de frutas vermelhas acompanhado de um silêncio delicioso regado a vinho, Dárius acompanhou as nossas "ilustres" visitas até a porta do palácio enquanto eu optei por me despedir no salão e por lá eu permaneci com Katharine. Dárius retorna ao salão dizendo:

— Amália e Katharine, me acompanhem até a minha biblioteca!

Ele saiu disparado enquanto eu e Katharine ainda estávamos tentando assimilar tal o surto. Nos levantamos e fomos atrás dele. Assim que entrei na biblioteca, estava nítido que Dárius estava com fogo nos olhos! Tranco a porta, encaro ele e questiono:

— Bem, o que é tão urgente?

Ele me olha com um desdém nojento e começa a falar:

— Primeiramente, quero dizer que vocês duas acabam de arruinar um dos negócios mais importantes da coroa! Apesar de tudo o que a Katharine disse na hora do jantar ser verdade, a Viscondessa ganhou de presente de casamento de um tio, grandes terras com uma vasta produção de alimentos! Elas ficariam à disposição da coroa no final desse jantar se vocês não tivessem irritadinhas por uma coisa que ela tinha total razão em questionar! Amália, não há ninguém neste reino que não questione o motivo de ainda não termos filhos! A sua única função como rainha é me dar um herdeiro, mas você é uma estúpida e faz de tudo para me manter longe da sua cama! Tudo bem que agora você tem uma dama de companhia, mas ficar escutando o que ela diz e bebendo o dia inteiro não vai fazer você engravidar!

Meu sangue começa a borbulhar dentro de mim e apesar de querer esbofetear Dárius, eu lhe olho nos olhos e digo de forma bem direta:

— Não tenho vontade de estar com você! Meu corpo não se excita mais na sua presença! Foi você que criou esse afastamento entre nós no dia em que começou a trazer outras mulheres para assumir o meu lugar na sua cama! Não venha cobrar um herdeiro de uma mulher que você fez questão de humilhar! Eu não fui criada para ser uma máquina de filhos como as nobres que você conhece, eu fui criada para ser livre e ser feliz, mas acabei destruindo isso me casando com você!

Sei que aquilo o impactou, mas ele devolve a ofensa de forma bem mais brutal:

— Você não tem fibra para ser minha rainha! Nunca vai deixar de ser aquela plebéia idiota! — Ele se aproxima de mim, segura meu rosto com força e continua — Saiba que se não me der herdeiros, eu posso tranquilamente me desfazer de você e colocar no seu lugar alguma mulher que seja capaz de se deitar comigo até me dar um!

— Fique à vontade! Só quero ver de que forma todos irão receber tal notícia!

Sem soltar meu rosto e sem desprender seus olhos de mim ele diz:

— A partir de agora eu entro e saio dos seus aposentos na hora que eu quiser! Com o seu corpo me desejando ou não, isso não me importa mais! O que vai determinar isso agora será a minha vontade! A propósito eu estou com vontade agora!

Ele me empurra na cadeira que estava próxima, se vira para Katharine enquanto abre os botões da sua blusa e ordena:

— Nos dê licença Katharine! Acredito que não vai querer ficar para ver um herdeiro real sendo concebido!

Katharine o encara com indignação nos olhos, mas se vê sem alternativa e se retira conforme as ordens de Dárius. As lágrimas escorrem no meu rosto sem minha permissão, mas eu às seco e grito:

— Você é um monstro! Se arrependimento matasse, eu já estaria morta!

Eu tento fugir dali, mas ele me puxa pelo braço, me empurra em cima da mesa e rasga o meu vestido arrancando as minhas roupas de baixo em seguida. Por mais que eu fizesse força e me sacudisse em total protesto e negação, ele me imobiliza com a força dos seus braços e naquele momento, eu comecei a viver o meu pior pesadelo... a dor que ele me causava a cada estocada era muito grande, mas nada se comparava no que ele estava causando na minha alma como mulher. Ele tampava os meus gritos com sua mão enquanto falava em meu ouvido: "Agora vai ser assim, vou te tratar do jeito que você merece ser tratada... que nem uma égua no cio!" Meu choro tomou conta de mim. Me dei por vencida e sem ter mais o que fazer, fechei os olhos e em silêncio esperei ele acabar.

    Jogada no chão como uma prostituta, eu estava tremendamente destruída por dentro e por fora. Assim que Dárius deixou a biblioteca sem proferir nenhuma palavra depois de me empurrar no chão, Katharine entrou correndo na biblioteca e se ajoelhou ao meu lado me abraçando imediatamente. Eu me agarrei no seu abraço e consegui me sentir acolhida. Minhas lágrimas eram tantas que senti o tecido do seu vestido encharcar conforme os minutos se passavam. Quando eu consegui começar a respirar com alguma normalidade, Katharine levantou o meu rosto e secou minhas lágrimas com suas mãos enquanto me dava um olhar coberto de ternura e acolhimento.

— Eu sei, foi horrível! Eu queria matá-lo com as minhas próprias mãos! Eu sei que pode ser difícil se levantar e andar agora, mas vamos para os seus aposentos tomar um banho, você vai se sentir melhor depois que se lavar. Eu te ajudo.

Assenti com a cabeça, pois de fato me pareceu uma boa ideia, mas assim que segurei a mão dela para tentar levantar, senti uma dor terrível que me fez cair ao chão novamente. Coloco as mãos na região que doía e vejo que eu estava sangrando. Assim que Katharine viu o sangue ela é tomada por uma raiva que eu nunca tinha visto em seu rosto, mas ao mesmo tempo vi uma lágrima lhe escapar.

— Vou chamar alguém para me ajudar a te levar no colo.

Puxo-a pelo braço e a interrompo.

— Não! Eu não quero que ninguém me veja assim! Com a sua ajuda eu consigo chegar até lá.

Seguro a mão dela novamente e mesmo com muita dor eu consigo me pôr de pé.

    Katharine pediu água quente para Bianca, mas depois a dispensou para que eu pudesse ter privacidade. Eu mal conseguia me olhar no espelho do banheiro, estava com medo da imagem que eu iria ter de mim. De alguma forma doida Katharine ouviu os meus pensamentos e virou o espelho para parede, começo a pensar que ela possa ter vivido algo parecido, mas espero que eu esteja enganada, não desejo isso nem para o meu pior inimigo! Ela passa a tranca na porta e em seguida se coloca na minha frente. Ela me olha nos olhos, coloca a mão na alça do meu vestido e me pergunta:

— Posso?

— Por favor.

Ela começa a me despir devagar e me ajuda a entrar na banheira. A água quente abraça meu corpo me dando um alívio instantâneo e um conforto por consequência. Katharine pega uma jarra de louça e a usa para molhar meu rosto e meus cabelos. De uma forma muito boa eu começava a sentir realmente que tudo aquilo que aconteceu realmente tinha acabado e agora eu já não corria nenhum risco, pelo menos não ali naquela banheira. Sinto as mãos de Katharine tocarem meus ombros e devagar ela começa ensaboar minhas costas. O toque leve de seus dedos relaxa meu corpo e por alguns instantes eu até consegui dispersar meus pensamentos das cenas terríveis que eu havia vivido. Com muito cuidado ela passa o sabonete em meus braços, mas no momento que ela vai em direção às mãos sinto uma dor intensa.

— Ai!

— Desculpe. Vou tomar mais cuidado.

Nesse instante a memória de Dárius me segurando pelos punhos para que eu não fugisse, me explica a dor que eu sentia.

— Não se desculpe, você está sendo um verdadeiro anjo na minha vida, ainda mais nesse momento.

Ela me olha com muito carinho em seu semblante e diz:

— Eu prometo que vou estar sempre aqui por você e pra você. Eu farei tudo o que estiver ao meu alcance para que isso não volte acontecer.

Suas palavras soaram como o canto dos pássaros numa gostosa manhã de primavera, mas a realidade era bem diferente disso.

— Você é um doce Katharine, mas infelizmente depois do que aconteceu eu não sei mais do que Dárius é capaz.

Ela acaricia meu rosto de leve e seu toque me trouxe uma paz que não dava para explicar. Nossos olhares se encontram de uma forma intensa, parecido com o que aconteceu hoje no quarto.

— Eu não posso impedir completamente as atitudes do rei, mas eu nunca tive medo de lutar as minhas batalhas. Cuidar de você, te fazer sorrir e te proteger de Dárius é tudo o que eu quero fazer daqui pra frente. Lutar por você é minha atual batalha.

Ela puxa a cadeira mais pra perto de mim e acaricia o meu rosto com bastante delicadeza de novo, me despertando uma conexão com ela quase magnética. Levo minha mão até a dela e retribuo o carinho de leve, mas sem saber como responder aquelas palavras tão gentis e a todo esse clima intenso que está pairado no ar como se fosse um gás sufocante. Ela quebra o nosso silêncio completando:

— Saiba que para cada dor que ele lhe causar, você receberá de mim carinho em dobro.

Sinto meus olhos marejados e meu peito quase explode com a frase que acabei de ouvir. Mesmo sem querer admitir pra mim mesma, acabo de perceber o que realmente estou sentindo e isso só me faz querer uma coisa... Aproximo meu rosto do dela e em uma questão de segundos nossos lábios se encostam e meus olhos se fecham...

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