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A Senhora da Floresta

— Entre, mestre Voughan — uma voz feminina disse em sua mente —, coma comigo!

Ele nem se deu ao trabalho de procurar pela dona da voz, pois sabia que ela havia sido projetada telepaticamente através das árvores, e decidiu aceitar o convite. Qualquer pessoa que tivesse a bênção de árvores tão ancestrais, merecia o seu respeito e o seu temor. Não seria sábio recusar a hospitalidade de um usuário de magia em seu território, então seguindo até a cabana, abriu a porta cuidadosamente.

— Dia duit, Grande feiticeira da floresta! — ele disse, curvando-se em reverência no centro da sala vazia, que parecia muito maior vista de dentro que de fora — Mil bênçãos a alcancem, por sua hospitalidade que aceito de bom grado!

— Vejo que o corvo não mentiu sobre sua honra — a mesma voz que havia lhe convidado a entrar disse, agora à sua frente e, erguendo sua cabeça, ele pôde ver vários móveis surgirem na sala, dispostos organizadamente, alguns ele nunca havia visto antes. Sentada em uma cadeira de uma mesa de jantar, ela surgiu, linda e imponente, irradiando um brilho quase divino —, mas não precisa fazer tanta cerimônia, mestre Voughan, sente-se e me acompanhe na refeição, é um prazer ter a companhia de alguém tão ancestral e sábio.

— O prazer certamente será meu — ele respondeu, assentando-se também ao redor da mesa, enquanto seu prato era servido, por uma força invisível que manipulava a louça, de uma sopa que parecia apetitosa —, creio que não exista nada mais sábio ou mais belo que a senhora nessas terras!

— Ora, você é também um cavalheiro então! — ela disse, enquanto seu prato também era servido.

Como era de costume, ambos começaram a comer em silêncio e nenhum olhar ou palavra foi trocado durante toda refeição. Já fazia algum tempo desde a última vez que Voughan havia se sentado em uma mesa para se alimentar, e ele mesmo quase se esqueceu desse nome pelo qual ela o chamou. Era bom sentir o aconchego de um teto outra vez, e ele estava grato por isso. Após a deliciosa refeição que repetiu com prazer, ele se sentiu cansado, como se o peso de todos esses anos de peregrinação estivesse caindo-lhe sobre os ombros, mas não podia ser descortês e precisava saber o nome da sua anfitriã, e o porquê de ele estar ali.

— Eleanor — ela respondeu, lendo sua mente, e por mais bloqueios que ele colocasse, sua magia não se comparava à dela —, você está aqui por que eu preciso de ajuda e os Deuses elementais o indicaram a mim por sua justiça.

— Te direi tudo pela manhã — ela continuou —, mas antes você deve descansar. Um banho quente deve revigorar suas forças.

Antes que ele pudesse protestar, ela desapareceu e a mobília novamente se reorganizou, transformando a sala em um quarto. Uma grande e convidativa banheira o esperava em um canto e ele, decidindo aceitar o convite, se despiu e entrou na água morna deixando escapar um suspiro de relaxamento, enquanto ia se acomodando na superfície que parecia até anatomicamente feita para ele. Com os olhos fechados, ele se permitiu relaxar, desfazendo sua postura rude e dura de guerreiro. A imagem de Merida veio a sua mente, linda como era, e ele sentiu seu coração aquecer, mesmo sabendo que ela não estava ali de verdade. Ela havia lhe dado um propósito quando o acolheu, e amá-la foi a maior alegria que ele já sentiu.

Ela estava usando um vestido branco leve, que destacava as curvas do seu corpo maravilhoso, e sorria pra ele do jeito que sempre fazia quando ele voltava de uma caçada. Ele se aproximou e a beijou apaixonadamente, sendo correspondido enquanto deslizava as mãos pelo seu corpo, sentindo sua perfeição com o tato, pescoço, seios, barriga e… olhando para as mãos ele viu que estavam vermelhas, assim como o vestido, ambos banhados em sangue. Sua amada não estava mais em seus braços, mas no chão à sua frente. O ambiente não era mais o seu quarto e sim um campo aberto, e ao redor deles, pilhas de corpos que ele reconheceu como sendo dos amigos que viu morrer ao longo de sua imortalidade, e das vítimas de suas vinganças, fantasmas que o assombravam e não o deixavam ter sonhos felizes. A vingança não o satisfez, por isso ele começou a vagar pelo mundo ajudando seres do bem a lutar contra seres do mal, e talvez algum dia ele encontrasse algum adversário ou outra coisa que fosse capaz de lhe matar. Seu maior sonho era poder morrer.

— Ela te amou muito também! — disse Eleanor, materializando-se no quarto, que agora tinha outra aparência, e ao abrir os olhos saindo de suas lembranças, ele viu que não estava mais em uma banheira, e sim em uma espécie de piscina natural e o quarto agora era uma gruta.

Ela usava um vestido cor de esmeralda levemente transparente, e seu corpo era uma escultura perfeita, seus cabelos brancos que brilhavam e iluminavam todo ambiente, pendiam dos ombros e alcançavam a cintura em cachos perfeitos. Seus olhos verdes também brilhavam e, mesmo daquela distância, ele podia se ver neles como se fossem um espelho d'água.

Sem dizer mais nada, ela desamarrou as alças do vestido e o deixou cair no solo de pedra, exibindo toda beleza que ele já havia imaginado, e caminhou até a água andando sobre sua superfície até afundar à sua frente.

Ele também não quis dizer nada, apenas a beijou e segurando suas coxas com força, se posicionou entre elas e colocando-a entre ele e a parede rochosa, a penetrou com força, como se fosse um animal no cio. As unhas dela rasgavam sua pele causando dor e prazer, mesmo as feridas se fechando quase que instantaneamente, e eles se amaram enlouquecidamente pelo resto da noite, nos vários ambientes que ela criava com sua magia.

— Você é realmente incrível, Voughan — ela disse ainda deitada, ao vê-lo se vestindo —, porém, eu não ouço mais seus pensamentos, e sei que você está pensando em algo.

— Um antigo mestre me ensinou que magias intrusivas são como doenças, se você sobrevive a elas, você pode criar imunidade — ele respondeu, enquanto se vestia sem olhar para ela. — Eu adaptei magias de proteção mental pensando nisso.

— Fico imaginando quantas mulheres você já teve — ela disse, se manifestando à sua frente ainda nua.

— Tenho certeza de que não me trouxe aqui só para isso — ele disse, ignorando ela completamente e terminando de se vestir.

— Realmente não foi, embora eu não ligue se resolvesse ficar só para isso! — ela disse sorrindo — Vamos conversar na mesa do café! Eu estou faminta!

Ele nem se deu o trabalho de lhe perguntar que mesa, pois já estava habituado às mudanças de ambiente, e num piscar de olhos, estavam de volta à sala e uma mesa farta os esperava.

— Com todo respeito Eleanor, eu agradeceria se fosse direto ao assunto — ele disse de forma direta, mas sem desrespeitá-la, enquanto sentava-se também —, no tempo em que esteve em minha mente, deve ter visto que minhas estadias demoradas nunca dão muito certo.

— Como quiser, senhor estraga prazeres! — Eleanor sorriu, mas logo assumiu uma postura séria — Como o seu corvo lhe reportou, terríveis mortes vem acontecendo nos arredores do vilarejo de Duhars, e eu soube pelas árvores que estão atribuindo elas a rituais de bruxaria. Acontece que uma de minhas ninfas, assumiu a forma humana para atuar como médica nesse vilarejo, e por conta de seus métodos de cura pagãos foi presa e será julgada como bruxa.

— Entendo, e sei bem como é a justiça dos homens quando precisam dar satisfações políticas — ele disse —, então você quer que eu a liberte e a traga para você?

— O que ela fará depois, não é problema meu — Eleanor respondeu rispidamente — ela decidiu ir, logo é responsável pelo próprio destino agora.

— Mas então porquê se preocupa com o destino dela? — ele indagou, gostando de ver o desconforto dela com o assunto — Se foi ela quem quis viver com eles.

— Ela é minha filha! — Eleanor respondeu a contragosto, vendo que ele se divertia ao vê-la irritada — Ela foi criada da minha essência para ser minha sucessora quando eu me juntasse à natureza, mas a natureza não é ditatorial, e ela usou seu livre arbítrio para escolher.

— Ainda assim, vejo que o seu coração está com ela. — ele concluiu com a sagacidade de sempre — Pela descrição que recebi das mortes, não são rituais de bruxaria, são rituais demoníacos!

— Demônios não vêm para essas terras há séculos — ela disse espantada —, não é de se estranhar que eu não tenha nenhuma informação sobre quem está por trás das mortes.

— Porém, você é uma Deva — ele argumentou, pensativo —, os deuses elementais deviam ter te alertado sobre esses demônios assim como me indicaram para você.

— O quê você está querendo dizer? — ela perguntou, agora temendo a resposta.

— Para conseguir ocultar suas ações dos deuses elementais — ele disse com convicção —, os demônios só podem estar recebendo ajuda de algum deles!

— Isso é uma acusação muito grave, andarilho! — Eleanor disse, assumindo uma postura rígida!

— Não é uma acusação — ele respondeu, levantando-se, e pegando o seu cajado seguiu em direção à porta. Se os demônios estavam agindo longe de suas terras, ele não podia perder mais tempo. —, não ainda!

— Encontre e liberte Lyanna, mestre Voughan — Eleanor gritou enquanto ele saía —, e volte para pegar suas moedas.

— Se ela é realmente inocente, eu não preciso de moedas para ajudá-la! — ele disse saindo pela porta.

Do lado de fora ele parou um pouco para refletir — teria que andar muito até chegar à Duhars, se ao menos ele tivesse um cavalo…

Um barulho vindo das árvores interrompeu seus pensamentos, e após as árvores se moverem abrindo espaço, um belo cavalo branco apareceu. Ele era um animal magnífico e de grande porte que com certeza também era bem veloz.

— Eu não preciso ler seus pensamentos para saber que precisará de um cavalo — Eleanor disse, e sua voz e sua risada ecoaram pela floresta —, o nome dele é Alísio, porque, assim como o vento, ele pode viajar sem descanso e pode ser até quatro vezes mais veloz que um cavalo comum.

— Com humildade e respeito, eu peço permissão para montá-lo, Alísio, e seremos companheiros, cuidando um do outro nas viagens! — o andarilho disse, encostando a sua testa na do animal e, após vê-lo fazer uma reverência sinalizando a sua permissão, ele o montou e seguiu decididamente na direção de Duhars, enquanto as árvores saiam de sua frente deixando o seu caminho livre.

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