Lud: Oi amor - Falei me sentando ao lado dela na cama - Pronta para sair daqui?

Bru: Sério mesmo que perguntou isso? - Disse séria de braços cruzados, tá até parecendo uma criança - Os enfermeiros já estão quase me botando para fora a chutes, de tanto que estou enchendo o saco deles.

Lud: E ainda falava de mim - Disse lhe dando um selinho.

Bru: Eu já deixei bem claro que detesto hospitais - Me olhou sem se expressar.

Lud: Nunca disse que gostava - Sorrir e ela deu língua - Não faz isso que pode se arrepender - Pisquei e em resposta ela me encheu de tapas já entendendo o duplo sentido - Assim quem vai ter que ficar aqui sou eu.

Bru: As vezes me esqueço do quanto você pode ser insuportável - Disse parando com as agressões físicas - Onde foi que fui me prender hein?

Lud:  Confessa que me ama que é mais bonito.

Bru: Mas isso não quer dizer que você não seja uma idiota insuportável - Disse e eu assenti sorrindo feito uma palhaçada.

Continuamos nesse clima até que papai e a mãe dela chegaram com algumas roupas para mesma poder sair, já que o médico veio assinar sua alta. É até estranho ver meu pai frequentando hospitais de verdade.

Lud: Agora você pode escolher - Sorrir para ela, assim que entramos no carro - Sua casa, a dos meus pais ou a nossa - Sussurrei a última parte e ela sorriu. Bru: A nossa é claro - Disse me dando um selinho - Mas antes  vamos esclarecer toda essa bagunça, já que eles se recusaram a dizer qualquer coisa lá no hospital.

Mia: Concordamos com tudo - Disse sorrindo, ao se virar para gente.

Não falei nada ao ver que papai pegou o caminho de casa e claro que eu sabia o motivo. Mamãe também participaria da conversa e agora puxando na memória, é até normal a presença dela, já que a mesma estava junto nisso tudo. Pela primeira vez,  desde que me entendo por gente e sei em que papai trabalha. Ela resolveu participar de algo.

Assim que o carro foi estacionado, descemos já seguindo para dentro com os velhos logo atrás. Me joguei no sofá e puxei a Brunna para se sentar no meu colo, queria descontar todo esse tempo que ela ficou longe e tivemos que agir sob limitações. Miriam também se sentou enquanto papai foi atrás de mamãe.

Lud: Vamos ter que esperar por eles né? - Perguntei e ela assentiu - Mas só para saber mesmo... Você não vai me querer ver presa ou tentar me matar não, né? - Perguntei e ela sorriu.

Mia: Nem se eu quisesse - Disse sem desprender seu olhar da gente - Você a faz feliz e é isso o que me importa... Não poderia pedir mais nada... Vocês se cuidam de modo que eu não poderia sequer imaginar, aceito e apoio muito o casal que vocês são - Completou já me ganhando por completo.

Lud: Eu não te conheço, mas devo deixar bem claro que já te amo - Falei e quem sorriu dessa vez foi a Bru - Não mais do que sua filha, mas você entra na lista.

Enquanto papai foi buscar mamãe lá na China, a gente engatou um assunto sobre o nosso relacionamento, já que Mirian não iria dizer nada sem a presença dos meus velhos. E até que foi legal ouvir algumas histórias sobre a infância da minha loira, diferente do que eu achava, até que ela foi uma menina bem levada e não pude evitar cair na gargalhada, o que me resultou alguns tapas. Qual o problema dela em pedi para parar? Não precisa dessa agressão toda.

Lud: Se não sabe, isso já tá começando a doer - Falei me deitando e a puxando junto a mim.

Bru: É só parar com essa palhaçada e estamos resolvidas - Disse me acertando um tapa bem forte no rosto.

Lud: Não faz isso, se não for aguentar as consequências depois - Falei baixinho e foi ela quem sorriu dessa vez - Viu só, não  é só eu que penso em merda.

Mia: Até que fim apareceram - Voltei a me sentar assim que ouvir ela dizer - Já estava quase dando privacidade para o casal.

Lud: Eu teria agradecido - Falei abrindo o meu melhor sorriso.

Bru: Se não for falar o que presta, nem abre a boca - Disse me acertando outra vez.

Lud: Fique sabendo que vou cobrar cada um desses tapas - Falei baixinho  no ouvido dela, que abriu um sorriso safado.

Sil: Vamos nos controlar um pouco? - Disse se sentando ao lado da Mia e papai perto da gente - O que querem saber?

Lud: Tudo? - Disse meio na dúvida.

Sil: Sabemos... Mas fica mais fácil se for na base da perguntas - Disse  cruzando as pernas ao se recostar no sofá.

Bru: Certo... O que de verdade aconteceu aquela noite? - Perguntou deixando seu braço direito em volta do meu pescoço.

Diego: Tudo o que disse antes - Respondeu - Com a diferença de que o atestado de óbito que você encontrou e mesmo eu indo contra, decidiu mostrar para Brunna. É a consequência de uma parada cardíaca e depois de conseguimos a trazer de volta, pedi para que o fechassem e dessem início a um novo a partir daquele momento.

Lud: Por quanto tempo você ficou no hospital? - Perguntei curiosa com a resposta.

Mia: Oito meses ou quase...Entrei em coma induzido - Sorriu - Só não Morris, por muita insistência da equipe médica responsável.

Lud: Era por conta dela que fiquei proibida de entrar naquela área por mais de um ano não é? - Perguntei e vi mamãe assentir.

Bru: Por que não contaram nada para o idiota do papai? Poderiam ter evitado toda essa confusão - Disse focada em todos.

Sil: Isso é algo no que insistir por muito tempo... Mas depois de conversar com os dois, vi que não era possível - Respondeu - Sua mãe estava com a memória afetada... Se lembrava de alguns momentos com você, mas somente isso. Não poderíamos arriscar e piorar ainda mais a situação dela.

Lud: Quanto tempo levou até você está com a saúde 100%?

Mia: Quase dois anos... Mas ainda sim nada era como antes, faltava algo.

Bru: Por que a senhora não voltou quando recuperou completamente a sua saúde?

Mia: Já tinha passado muito tempo, eu não podia simplesmente voltar assim depois de anos. Então me convenci de que me manter longe era a melhor escolha. Sendo assim, passei a ajudar no laboratório de pesquisas, onde nos vimos aquele dia.

Lud: Se você achou melhor se manter a uma certa distância - Me virei para papai - Por que o senhor decidiu revelar tudo, justamente depois que finalmente resolvi parar de me meter no seu passado?

Sil: Por que tudo o que ele sempre comandou, agora é seu, tudo está sob sua posse e comando - Disse me causando surpresa, sabia que ele já estava pensando nisso, mas não esperava ser assim tão rápido - Querendo ou não, vocês iriam se encontrar e em algum momento você iria querer mostrar tudo para Brunna... E como iria explicar  a presença da mãe dela ali, se nem mesmo você saberia? - Sorriu - segurando a minha mão - Vocês teriam uma possível briga e a desconfiança iria nascer. Eu te conheço Ludmilla, mais do que você pensa e esse seria o estopim para se tornar alguém pior do que eu um dia já fui. O que te deixa na linha, é o sentimento que vocês sentem uma pela outra - Disse e meus olhos se encontraram com os dela. Não poderia negar ou afirmar isso, não sei o que poderia acontecer se algo assim, acontecesse, mas acredito que iríamos conseguir resolver, nem que para isso demorasse um longo tempo.

Lud: E o que acontece agora? - Perguntei revesando meu olhar entre eles.

Bru: Agora tudo volta a ser como antes - Disse me beijando - Só que com uma integrante a mais e com papai preso - Sorrir para ela, que apenas retribuiu.

Como eu disse que faria. Tratei pessoalmente de todas as acusações contra o Jorge e sendo quem sou, conseguir uma breve ajuda para conseguir retirar dele seu distintivo e qualquer tipo de influência ou benefício que ele poderia ter na prisão. Já que ele decidiu agir como um criminoso filho da puta, então que seja tratado como um.

Como eu estava com muita preguiça de dirigir ou chamar um táxi para ir para casa e não deixaria a Bru por fazer. Dei um "Até Logo" para os idosos ali presentes e subi as escadas com ela na minha cola, já entrando no quarto e trancando a porta logo atrás de mim e observando ela sentar na cama na pose de índio e me fitar sorrindo. Retribuindo na mesma  intensidade, retirei minha regata e em seguida a calça, ficando apenas de top e boxer.

Lud: Sabe... - Disse engatinhando até ela e a puxando para o meu colo ao me sentar - Eu preciso muito retribuir aqueles tapas que recebi lá em baixo.

Bru: Ah é? - Sorriu colocando os braços em volta do meu pescoço - E como pretende fazer isso?

Lud: Conheço várias formas - Falei já retirando sua blusa e a deitando ficando por cima dela - Mas essa aqui é a que mais vai me satisfazer melhor e possivelmente te ensinar como realmente deve me agredir.

Bru: Isso eu já sei fazer muito bem - Disse me acertando um tapa bem leve no rosto - Não preciso que ninguém me ensine... De você eu quero é outra coisa - Disse e sem esperar mais nada, tomei seus lábios nos meus e deixei minha mão caminhar por todo o seu corpo, me dando livre acesso a todos os pontos possíveis.

Lud: Hoje a noite é nossa - Sussurei em seu ouvido, sentindo as vibrações passadas pelo seu corpo.

Demorei, mas postei kkkkkkkk!
Gente o próximo infelizmente será o último capítulo! E quero avisar também que a segunda temporada não vai ser um mar de flores, "como foi" nessa 1 temporada ( me refiro ao casal juntas), então tenham paciência. Eu tô pensando em desistir da segunda temporada e fazer outra kkk.