67°
Bru: Por que será que o seu pai gosta tanto de lugares tão distante do centro da cidade? - Perguntei assim que estacionamos em frente a um prédio muito bem cuidado a uma certa distância da entrada da cidade, pela localização está mais do que claro que a intenção é que ninguém venha dar uma de curioso.
Lud: Não é porque ele gosta... É o que chama menos a atenção da polícia - Disse já descendo da moto e caminhando para entrada assim como eu... E não podemos ficar no radar deles - Sorriu se pendurando no meu ombro.
Bru: Acho que deviam ter pensado nisso antes de me trazerem aqui - Joguei a indireta e ela apenas sorriu.
Lud: Sei que posso confiar em ti... Do contrário não teria arriscado - Disse me beijando ao parar em frente a porta de entrada - Acho que não teria sequer dado uma segunda chance.
Bru: Que bom que confiamos uma na outra então, não é mesmo? - Falei pousando meus braços em volta do pescoço dela, que por sua vez depositou suas mãos com certa força em minha cintura.
Lud: Pois é... Confio a minha vida a você, Brunna marrenta Gonçalves - Disse sorrindo e voltou a me beijar com avidez e desejo, separando nossas bocas apenas por falta de ar.
Bru: Da mesma forma que eu confio a minha a você, Ludmilla pé no saco Santoro - Disse e ela sorriu voltando a me beijar, mas dessa vez cortamos o beijo por causa de um certo alguém que apareceu feito fantasma.
Diego: Vão continuar com toda essa enrolação ou vão entrar logo?
Lud: No mundo de hoje é proibido fazer até mesmo uma simples declaração - Desse passando lotada por ele e me arrastando junto a ela - O senhor já foi menos estraga prazeres, pai.
Diego: Como eu preciso de paciência, tempo e raciocínio para explicar tudo o que está acontecendo aqui - Disse parando no centro do que eu julguei ser uma espécie de laboratório ou algo assim - Não vou me dar ao trabalho de responder essa sua afirmação, filha... Por que demoraram tanto mesmo?
Lud: O taxista parecia uma tartaruga deficiente - Disse ela me fazendo sorrir - É a verdade ué? Precisei quase o ameaçar para ver se ele andava mais rápido.
Bru: Entendemos... Mas qual é o assunto Diego? - Perguntei ficando a frente da Ludmilla, que rodeou seus braços em minha cintura.
Diego: Você só precisa saber que é sobre a sua mãe - Disse me deixando meio para baixo, esse assunto sempre mexe muito comigo - Preciso fazer algo de muita importância no andar de cima... Me esperem aqui e tentem por favor não mexer em nada - Pediu e já indo em direção ao elevador e como se ele tivesse dito para analisarmos cada parte do que estava montando aqui, a Lud se sentou de frente à um dos computadores e acessou o sistema encontrando vários prontuários médicos. Sem muito ânimo me sentei ao lado dela e apenas fiquei observando tudo por longos minutos, isso até sermos surpreendidas por algo não muito bom.
Jorge: Então essa é instalação onde ficam os agentes feridos? - Me virei em um reflexo enorme ao ouvir a voz dele - Até que pode mesmo ser considerado um hospital de ponta... Onde estão os funcionários?
Lud: Como foi que você entrou aqui? - Perguntou já ficando de pé.
Jorge: Podemos dizer que apesar da surra que levaram, meus seguranças serviram para algo - Disse sorrindo e aí eu saquei que ele estava falando de um rastreador.
Bru: O que você quer aqui, pai? - Perguntei ficando de pé ao lado da Ludmilla.
Jorge: Como eu disse em casa - Sorriu e em seguida uma equipe se projetou atrás dele, entre eles estavam a Lari e o filho da puta do Caio - Quero que ele pague por tudo mesmo que seja na mesma moeda.
Lud: Filho da puta covarde... Vai agir na trairagem outra vez?
Jorge: Você tem sorte de estar viva garota.
Lud: E com certeza não é graças a você.
Jorge: Se fosse por mim... Você não teria sequer a oportunidade de tentar lutar pela vida - Disse ríspido, em nenhum momento deixando de sustentar o olhar que recebia - Da mesma forma que seu pai não deu uma chance para ela - Fez menção a mamãe e eu não conseguia dizer nada, apenas ouvia e observava tudo em silêncio.
Lud: Você não sabe a merda que tá falando... Meu pai fez tudo o que podia para tentar salvar a vida dela - Disse dando passos a frente, o que fez alguns agentes erguerem suas armas - Ele não é Deus, não tinha como evitar o inevitável... Ele só deu o azar de escalar uma dupla falha para agir aquele dia.
Jorge: Um erro que eu não me dei o luxo de cometer - Disse olhando a equipe atrás de si - Se não quiser ser presa ou algo a mais do que isso, se afasta e me diz onde ele está - Deu seu ultimato, mas Ludmilla não se moveu ou disse qualquer coisa.
Não sei como e nem porquê, mas eu não estava conseguindo raciocinar, estava vendo e ouvindo tudo, só não estava conseguindo reagir a nada, até ver meu pai sacar e engatilhar sua arma. Voltei a mim e caminhei até ela, ficando a sua frente, estava para dizer algo quando Diego decidiu aparecer em um péssimo no momento e com sua atenção presa a uma pasta de documentos em mãos.
Diego: Bom meninas, tenho um tempo limitado para explicar tudo para vocês e Brunna... - Parou de dizer ao erguer a cabeça e ver papai ali - Espero que me entenda - Completou me causando uma enorme confusão.
Lud: Pai? - Angel se virou para ele.
Diego: Como você encontrou esse lugar? - Perguntou ignorando fala da filha.
Jorge: Devo isso a sua filha - Sorriu e Diego olhou para Ludmilla sem entender nada - Vamos dizer que ela cometeu um vacilo quando decidiu me visitar - E mais uma vez Diego não entendeu muita coisa. Diego: Vejo que veio prevenido dessa vez... Conseguiu me pegar em um momento ruim - Sorriu - O que vai fazer agora? Jorge: Boa pergunta - Disse é rindo sua arma o que devo fazer de prender Não adiantaria muita coisa, até porque isso não é um flagrante... O que acha de uma visita aos entes queridos? Bru: Você não pode fazer isso, pai - Falei me virando para ele - Seria um crime de alta gravidade e com vários testemunhas... Você perderia o seu posto e iria para prisão.
Jorge: Eu estaria fazendo um favor a sociedade! - Gritou prendendo seu olhar em mim - A limpando de uma escória dessas - Sorriu levando seu olhar até Diego - Quem iria testemunhar contra mim? Até onde todos saberão... Será apenas uma perda após uma troca de tiros, talvez duas - Completou mirando a Lud com o olhar.
Bru: Para você Encostar um dedo sequer nela, vai ter que passar por cima de mim primeiro - Falei no mesmo tom que ele, o que o fez soltar um longo suspiro.
Diego: Sabe Jorge... Você não acerta uma - Disse Olhando em seu relógio, parecia estar querendo ganhar tempo, Mas porque? - Vir até aqui, disposto a me matar com tantos agentes na sua cola? - Sorriu -Não foi inteligente.
O clima presente aqui estava mais do que tenso e esse jogo que papai e Diego tanto jogam, não é nada interessante. Na verdade é uma merda.
LUDMILLA
Essa discussão dos dois já tava me enchendo o saco, não tenho nada a ver com essa história e esse babaca insiste em jogar indiretas de morte para cima de mim. Garanto para geral, que se ele não fosse o pai da Brunna, eu teria dado um jeito de ferrar com a vida dele durante alguma noite por aí. Ninguém sentiria falta.
Lari: Senhor, as ordens são Claras - Disse com toda a calma do mundo - É para efetuar a prisão sem precisar causar mortes.
Jorge: Isso se ele não resistir a prisão - Disse sem baixar sua arma.
Lud: Você tá vendo alguém resistindo a alguma merda aqui, palhaço?! - Perdi minha paciência indo na direção dele, porém a Brunna segurou em meu braço.
Bru: Não faz isso, por favor? - Pediu de forma que só eu pudesse ouvir - É tudo o que ele quer, para poder ter a chance de dizer que não teve escolha - Entendendo o lado dela, apenas voltei a minha posição e mesmo a contra gosto, Jorge abaixou sua arma e mandou dois de seus agentes, algemarem o papai, Caio e um outro cara, que passou a uma certa distância de mim, enquanto o otário praticamente me atropelou e sendo quem sou, não deixei passar.
Lud: Tá cego por acaso? - Perguntei o empurrando para o lado.
Caio: Quem você pensa que é para desacatar dessa forma um agente Federal? - Perguntou deixando Suas algemas amostra - Está querendo fazer companhia ao seu pai? - Ameaçou e eu partir para cima dele, porém mais uma vez, a Brunna me segurou - Já percebi quem é que manda na relação - Sorriu um sorriso presunçoso - Quem é o cão de guarda?
Diego: Ludmilla, não faz merda - Pediu, porém já era tarde. O ódio que tomou conta de mim foi maior e sem menos perceber, já tinha acertado um cruzado de direita com tudo na cara do imbecil e peguei a arma dele já a engatilhando.
Lud: Repete se tiver coragem - Falei apontando a arma para ele, que estava caído no chão.
Caio: Se eu morrer - Disse sorrindo - Você morre... Olha ao seu redor - Me virei vendo todas as armas em minha direção.
Lud: Eu não me importo - Falei o levando e o usando como escudo, logo após acertar um tiro em sua perna aproveitando que papai fez o mesmo com o outro palhaço - Desde que te leve comigo.
Olhei para trás na intenção de ver a situação de papai e acabei me surpreendendo ao ver uma mulher sair do elevador e praticamente paralisar com a cena que está vendo e ao julgar pelo momento, acho que fui a única a vê-la, já que o foco dos demais eram outro.
Lud: Pai? Olha para trás - Falei em um tom baixo e tanto ele quanto a Bru fizeram o que foi dito.
Papai não prendeu muito a sua atenção naquele ponto, mas Brunna aparecia já a conhecer de algum lugar e o modo como seus olhares se cruzaram, diria que ela também conhece minha loira.
Bru: Mãe? - Ela praticamente sussurrou e eu achei ter ouvido errado. Não podia ser a mãe dela morreu a anos atrás. Ou é isso o que todos achavam.
Lud: Vamos fazer o seguinte Jorge - Falei em alto e bom tom - Se quiser seus agentes vivos, dispense todos os outros agora e só para deixar claro, não tô te dando espaço parnegociações ou é isso ou não é nada.
Jorge: Tudo certo - Disse fazendo sinal e todos saíram, com exceção da Larissa.
Lud: Solta as armas agora - Falei e ele deixou a arma cair no chão - Você também - Disse e Larissa fez o mesmo - Bru, você tá legal? - Perguntei ao desmaiar o babaca e deixar a situação sob os cuidados de papai e me aproximar a virando de frente para mim.
Bru: Ela estava viva esse tempo todo Lud - Sussurrou e em seus olhos já estavam visíveis as lágrimas que se formaram.
Lud: Por que não vai falar com ela? - Perguntei e antes que pudesse obter qualquer resposta, ouvir dois disparos. Brunna olhou para baixo e abriu um meio sorriso caindo em seguida nos meus braços - Bru? Por favor, olha para mim...
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