64°
Claro que isso não aconteceu, ao menos não ainda. Vai Lud, eu sei que você ainda está aí, volta para mim? Por favor?
Dr: Trezentos! - Repetiu e mesmo não querendo, a enfermeira obedeceu.
Ele efetuou os movimentos anteriores e nada, tentou uma segunda vez e nada mudou. Eu já estava quase invadindo aquela sala e fazendo tudo aquilo por conta própria, mas tinha que esperar.
Dr: Prepara trezentos e cinquenta - Disse e efetuou alguns movimentos com as palmas das mãos mesmo, já que o aparelho pediu alguns segundos para recarrega. - Pronto - Disse e a enfermeira e ele pegou novamente o desfribrilador. - Vamos garota, acorda - Disse repetindo o ato das outras vezes - Você ainda tem muito o que fazer nesse mundo - Continuou repetindo o ato mais uma vez e o monitor cardíaco mudou de status, me causando um enorme alívio.
Minutos depois, ela estava sendo encaminhada novamente para o quarto, enquanto o Dr Araújo veio até nós. Eu estava me controlando para não o atropelar e ir direto para o quarto dela, mas precisava agradecê-lo por tudo o que acabou de fazer. Salvou a vida dela duas vezes, ganhou todo o meu respeito em um único dia.
Diego: E então Dr? - Se pronunciou - Pode nos afirmar que ela ficará bem? Sem nenhuma sequela?
Dr: Com certeza podemos - Disse exibindo um sorriso que não cabia no rosto, certamente orgulhoso de seu trabalho feito - O tempo necessário é de um minuto e sua filha insistiu em ficar fora por cinco... O que descarta qualquer possibilidade de que o curto circuito não tenha acontecido - Falou nos cumprimentando - Agora se me dão licença, preciso ver como meus outros pacientes estão - Assentimos dando espaço a ele - Ela irá acordar a qualquer momento depois de passadas sete horas, então Se quiserem , podem ficar no quarto, junto com ela - Voltei a assentir enquanto Diego se afastava um pouco já pegando seu celular, deveria está querendo avisar a Silvana como a Lud está, o que me fez lembrar que tenho que fazer o mesmo com a Dai, ela estava muito mal.
Com o tempo estimado pelo médico, já quase esgotado, me recusei a sair do lado dela. Dai e RS vinherwm visitá-la, mas não ficaram muito tempo, ele por ter que resolver algum problema no morro e ela por ter que visita a família da Fernanda, pela primeira vez desde que estão juntas. Diego até tentou me expulsar para casa, disse que eu precisava descansar um pouco, tomar um banho e comer algo. Como Não aceitei nenhuma das opções até a Ludmilla acordar, ele decidiu ir comprar algum lanche para mim, logo depois de dizer que eu sou pior do que criança mimada. Não me importei , o que eu queria era estar ao lado dela, então é ao lado dela que eu Vou ficar, nem que para isso tinha que me acorrentar aqui para que ninguém se atreva a me tirar. Posso até estar exagerando, mas se coloquem no meu lugar? Você nunca ficou afim de ter um relacionamento sério com ninguém, aí quando você conhece uma pessoa que vale a pena, que te faz descobrir sentimentos que você achou nunca ser capaz de sentir, entre muitas outras coisas, ela parece viver a beira da morte. Acho que se não for normal, é ao menos compreensível que você não queira sair do lado dela, assim como estou fazendo agora.
Com uma mão grudada a dela, baixei minha cabeça a apoiando na cama e me permiti sentir novamente o alívio em saber que ela estava bem. E com toda a certeza isso não muda em nada, o fato de que preciso ter uma conversa mais do que séria com papai, o colocar em seu devido lugar. Ele não era assim, sempre se preocupava em manter os civis a salvo e não ao contrário. O modo como ele agiu, só o deixa em um ponto mais baixo que qualquer um que ele próprio já levou a prisão. Tanto falou do Diego, do modo como seus crimes eram graves, em como ele era um ser humano desprezível, que ele não é um homem digno de confiança, entre muitas outras coisas. Mas se pudesse se olhar no espelho com os meus olhos, iria ver que me seus atos já estão ultrapassando qualquer idealização que um dia criei do Diego. Mesmo essa briga deles não tendo fim, ele nunca pensou em me usar para atingir o meu pai. Tá que ele tentou me matar, mas foi por causa da traição e não porque isso iria afetar diretamente o comandante da CIA, o homem o qual eu venho desconhecendo como pai.
Sai dos meus pensamentos ao sentir um leve aperto em minha mão, abrir um enorme sorriso, ao erguer a cabeça e vê-la de olhos abertos, mais leve do que jamais esteve nesses últimos meses.
Lud: Oi? - Disse abrindo um meio sorriso.
Bru: Oi - Falei deixando um beijo em sua mão - Como está se sentindo?
Lud: Acho que nunca estive melhor - Sorriu - Se tirar o fato de que ainda estou em um hospital, é claro. Bru: Isso é ótimo - Sorrir ainda mais, podendo confirmar o que o médico nos disse - E se tudo correr bem, você vai poder sair daqui até o fim da noite.
Lud: Melhor notícia - Disse já me puxando para cima dela.
Bru: Parece que está mesmo bem - Brinquei e ela alargou ainda mais o sorriso me beijando logo em seguida.
Um beijo calmo, com aquele sabor de saudade, de quem não se vê a meses, mas que teve que ser quebrado pela porta que se abriu, atrás da gente.
Diego: Imagino eu, que as duas saibam que estão em um hospital - Disse ao entrar com ambas as mãos ocupadas - E também devem saber que é proibido qualquer tipo de barulho excessivo nesse ambiente - Sorriu deixando as sacolas sobre o sofá e se aproximou da gente - É muito bom te ver bem Lud.
Lud: É bom estar bem, pai - Disse ao ter uma boa visão de Diego - Mas o que te trás aqui?
Diego: Você, é claro - Sorriu tomando seu lugar ao lado da filha - O que mais seria?
Lud: Não posso nem dizer que sei - Disse também sorrindo - Mas algum problema com os negócios, talvez?
Diego: Não vamos falar disso agora - Disse dando um beijo na testa dela - Só se preocupe em ficar bem para poder sair daqui.
Bru: Seu pai tem razão, conversamos sobre o que você quiser quando sair desse lugar - Falei lhe dando um selinho - Mas agora... O que acha de fazer um lanche?
Lud: Tô dentro.
..........
Finalmente em casa. Depois de sairmos do hospital , não tivemos outro ponto a não ser vir para casa. Mesmo que contra a vontade, Diego acabou vindo com a gente, insistência minha, algo que até eu mesma estranhei. Mas não iria de modo algum deixar ele, que se preocupa com ela tanto quanto eu. Passar a noite em hotel, tendo quartos disponível aqui. Enquanto ele caminhava por toda a extensão da casa, afim de conhecer cada canto aqui demarcado, ajudei a Lud a subir para o quarto, já que a mesma disse estar super cansada.
Bru: Tem certeza de que está mesmo bem, não é? - Perguntei, acho que pela décima vez desde que deixamos o hospital o que só serviu para ela sorrir - Deve estar, já que não para de Sorrir da minha cara.
Lud: Não tenho culpa se você fica engraçada com toda essa preocupação - Disse logo após se ajeitar sobre a cama e fixa seu olhar em mim - E já sabe que não precisa disso tudo... Já disse e repito que eu estou mais do que bem - Sorriu e não fiz nada, a não ser retribuir na mesma intensidade - Um pouco cansada... Mas nada que uma boa noite de sono de verdade não possa ajudar... Vou tá pronta para outra amanhã.
Bru: Não brinca com isso - Pedi ficando séria e pude ver ela tencionar um pouco - Só... Só tenta relaxar - Lhe dei um selinho voltando na direção porta - Prometo não demorar, só preciso mostrar ao seu pai onde será o quarto dele... Se bem que ele mesmo já deve ter descoberto. Do jeito que é curioso, não posso duvidar essa hipótese.
Lud: Tá certo - Concordou voltando a sorrir... Prefiro quando ela está assim, feliz e sem preocupações - Mas tenta não demorar... Já passei tempo demais longe da minha namorada.
Bru: Prometo que farei o meu máximo, mas sabemos como seu pai pode ser um pouco chato as vezes... Não acho que será o o suficiente - Falei sorrindo e ela revirou aqueles belos olhos.
Lud: Odeio quando tú tá com a entrada razão.
Bru: Não sei se é por causa do jeito que te conheci, mas eu amo quando você fala desse jeito, todo largado... Sem muita cultura e ao mesmo tempo me trazendo um hábito novo.
Lud: Vai logo falar com o meu pai, antes que eu te sequestre só para mim.
Bru: Sabia que esse é um ato de crime muito perigoso, não é? Passível de prisão imediata - Sorrir e ela fez o mesmo.
Lud: Não me importaria em ser presa, se fosse você a minha carcereira.
Bru: Quando é que vai deixar de ser tão idiota?
Vi tantos pedidos para ter segunda temporada, que vai ter siiiiiim!!
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