43°
LUDMILLA
Já fizeram três dias desde a busca lá em casa, ainda não acredito que a Brunna bulou a lei outra vez, só para ajudar o meu velho, mesmo depois de tudo o que ele fez com ela. Aquela garota é incrível pra caralho. Se Fosse Eu no lugar dela, não iria dizer porra nenhuma e só para ficar mais feliz ainda, iria fazer questão de estar presente na equipe de busca e não tenho nem como descobrir o tamanho que seria o meu sorriso quando pudesse dar voz de prisão. Pois é, sou rancorosa para cacete, pisou nos meus calos já era. Acho que esse é um dos motivos para que eu odeie tanto o pai dela, mas fora isso, tem algo nele que não me deixa nem tentar mudar esse sentimento e ainda vou descobrir do que se trata.
Lud: E então mana? Como está indo essa merda? - Perguntei assim que entrei no escritório dela.
??: O que você me pediu não é fácil, mas eu dou conta - Disse sem tirar os olhos do computador - Me dê mais dois dias e pode vim buscar, fora isso, as visitas só serão de cortesia.
Lud: Valeu pela força - Fiz o nosso toque e sai vazada, tinha outros lances para dar uma olhada.
Essa é a Patrícia, ela é uma amiga desde o colégio, uma nerd, a melhor hacker desse país. Para vocês terem uma idéia,a garota já conseguiu invadir a navegação privada da Casa Branca, só por diversão e não foi pega. Bom, o que eu pedi a ela? Nada demais, algo simples, ao menos para ela. Pedir uma pesquisa completa sobre a vida do meu pai e a do Jorge e possível ligação que há entre eles e só para fechar o trabalho, pedi também para que ela invadisse todos os computadores do Juiz Sanches e fizesse uma cópia de tudo que estivesse ligado a ações corruptas. Eu posso ainda está puta com o meu pai, mas não aceito que ninguém foda com a vida dele e saber que o otário anda fazendo ameaças a minha namorada, só foi um incentivo maior. Não perguntem como sei disso, eu tenho meus meios e esses nem mesmo meu pai sabe.
Chegando no local marcado, estacionei minha moto longe de olhos curiosos e fui ao encontro dela.
Lud: Tinha que ser tão longe assim? - Perguntei assim que me aproximei o suficiente - Não podia ser em um dos muitos galpões que você usa para contrabandiar?
Erick: Depois do que aconteceu com o seu pai, não posso me arriscar, sabe disso - Disse sentado em um banco de Costa para mim - Ele deu sorte uma vez, mas não sabemos se a terá de novo.
Lud: Sei disso, mas não vim aqui para falar do meu pai - Suspirei e também me sentei , do jeito que estamos agindo, da a entender que somos informantes, o que é até engraçado - O que eu te pedi já está pronto?
Erick: Não, mas ficará a tempo - Suspirei - Para quê isso? Não seria mais fácil falar diretamente com ele?
Lud: Talvez, porém prefiro fazer tudo por mim mesma - Digo olhando o nada - Mas como está a evolução? Qual a porcentagem?
Erick: Estamos indo bem, eu diria que estamos na base do 60%, como eu disse, estaremos com tudo pronto dentro do prazo estabelecido - Disse firme em suas palavras, gosto disso nele - Mas e voce? Conseguiu o que eu pedi?
Lud: Estou quase lá - Falei suspirando, isso tem que dar certo - Me encontra dentro de Três dias no mesmo horário e te entregarei tudo... Não vai memo me dizer do que se trata?
Erick: Não posso, é um favor para alguém importante - Disse já se levantando e eu fiz o mesmo - Não tenho autorização ou o direito para te dizer algo, além do que já foi dito.
Lud: Tá ok, te entendi, nos vemos por aí - Digo saindo de cena.
Montei na moto já dou na partida e pronta para voltar para casa, precisava pegar algumas coisas antes de ir me encontrar com a Brunna. Passei o dia inteiro sem mandar sequer uma mensagem para ela, a mina deve tá uma fera comigo ou não, Ela fica bem focada quando está no trabalho. Mesmo que eu não gosto muito de admitir, isso faz bem a ela, a deixa mais feliz. Mas se ela continuar fazendo essas merdas por minha causa, não vão demorar para alguém desconfiar e abrir uma investigação contra ela.
Deixei a minha bebê em frente ao portão e entrei indo direto para o quarto, fui até meu closet e peguei uma pasta, a qual eu joguei dentro de uma bolsa junto de mais algumas coisas a coloquei no ombro e voltei ao andar de baixo. Estava para sair, quando fui abordada por mamãe, ao lado de papai.
Sil: Quase não aparece msis e quando o faz, vai sair sem dar nem mesmo um Oi? - Disse demonstrando tristeza na voz.
Ela é muito apegada a mim, faz de tudo para me ver bem, talvez por eu ser filha única, não sei bem, mas sei que ando pisando na bola com ela.
Lud: Desculpa mãe - Fui até ela é lhe dei um forte abraço - Eu tenho andado muito ocupada.
Sil: Isso não é desculpa para me deixar sem notícias - Me repreendeu e eu sorrir com isso - Você tem um celular para quê?
Lud: Tudo bem Dona Silvana, a senhora venceu - Agora foi a vez dela sorrir - Vou Manter o máximo de contato que eu conseguir - Ela assentiu me dando mais um forte abraço.
Sil: Acho bom - Disse ao me soltar - Estou vendo que está de saída - Assenti - Promete trazê-la com você dá próxima vez? - Voltei a Assentir - Ótimo, preciso fazer uma ligação, se cuida.
Lud: Sempre - Digo e ela saiu em direção ao escritório. Estava para dizer algo para o meu Velho, mas ele foi mais rápido.
Diego: O que tem aí? - Se referiu a bolsa.
Lud: Nada muito importante - Me limitei a dizer e já ia saindo, mas ele não deixou.
Diego: Então não vai se importar se eu der uma olhada - Constatou tirando a bolsa de minha posse e olhando tudo o que estava dentro - Onde conseguiu isso? - Perguntou ao abrir a pasta, ele mal bateu os olhos nela e já sabia do que se tratava.
Lud: Sabe onde eu conseguir, não precisa que eu diga algo - Disse o óbvio.
Diego: Tem razão - Assentiu - A pergunta certa é, o que pretende fazer com isso?
Lud: Tenho certeza de que já sabe a resposta disso também, levando em consideração o que tem nesses documentos - Ironizei abrindo um meio sorriso.
Diego: Você sabe o que vai acontecer quando mostrar isso para ela? - Perguntou fechando a pasta e a devolvendo para dentro da bolsa - Tem noção do que está preste a fazer?
Lud: Se quer a verdade... Não, eu não faço idéia do que vai rolar quando ela bater os olhos nessa merda - Disse colocando a bolsa de volta sobre meus ombros - Mas eu preciso dizer isso, é algo que não posso guarda para mim... Eu sei o quanto isso é importante para ela, então independente de qual vai ser a reação dela no momento, já passou da hora disso ser esclarecido - Terminei de dizer e depois de segundos, que mais pareceram horas em silêncio, ele disse algo.
Diego: Tem razão, já passou da hora - Foi o que ele disse antes de desejar boa sorte e sumir em direção ao seu escritório, fiquei curiosa, mas isso eu resolvo outra hora.
Saí de casa já pulando em cima da minha monstra, pus o capacete e dei a partida seguindo rumo ao meu apartamento. A julgar pelo horário, A Bru já deveria ter chegado e com sorte, de bom humor, não preciso de uma tentativa de assassinato hoje. Deixei a moto na vaga destinada a mim, dei um oi para o porteiro da noite e subir para o terceiro andar, sai do elevador e caminhei a passos vacilantes até a porta do apê, respirei fundo e abri dando de cara com a Brunna semi nua andando pela sala, perdi o foco por alguns minutos, mas me recompus rapidamente.
Bru: Demorou - Disse pulando em cima de mim e me beijando em seguida - E não me ligou ou mandou mensagens durante todo o dia.
Lud: Estava resolvendo um problema - Falei a coçando de volta no chão e a puxando até o sofá - Eu preciso te mostrar uma coisa muito importante e só para a gente não brigar, quero deixar bem claro que eu não sabia de nada disso, descobrir não tem nem dois dias.
Bru: Ok, me deixou preocupada - Falou deixando o sorriso em seu rosto desaparecer aos poucos - O que é? - Perguntou e eu entreguei a pasta para ela, que me lançou um olhar curioso.
Lud: Abre...
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