32°
Jorge Gonçalves ( Especia...)
Onde você se meteu Brunna? Me perguntei ao ouvir a secretaria eletrônica do celular dela pela sexta vez no dia. Mesmo quando estamos brigados, ela manda ao menos uma mensagem, isso não é normal. Já passavam das dez da noite e ainda não tenho notícias dela desde que levamos aquela garota ao hospital. Então sem ter muito o que fazer, decidir ir até ao meu escritório na agência e achei estranho ver que Larissa ainda estava por ali, a garota é pior que a Brunna, quando se trata de sair cedo do trabalho.
Jorge: O que ainda está fazendo aqui agente Carvalho? - Disse ao encontrar com ela na saída.
Lari: Estava terminando meus relatórios senhor - Disse firme - Mas já estou de saída.
Jorge: Espere - Pedi antes que ela se afastasse demais - Qual o nome daquela garota que não desgruda da minha filha? O nome completo - Pedi e ela me olhou curiosa - Sei que você sabe, vocês duas não escondem nada uma da outra.
Lari: E por que quer saber isso senhor? - Perguntou desconfiada, acho que ela não gosta muito de mim, o que é compreensível, não sou do tipo de pessoa que deve ser admirada.
Jorge: Só me diga o que quero saber para você poder ir embora - Advertir e mesmo contra vontade ela falou.
Lari: Ludmilla Santoro senhor - Eu devo ter ouvido errado ou não, ela realmente tem uma certa aparência com ele.
Jorge: Tem certeza disso? - Precisava de 100% de certeza.
Lari: Foi o que ela disse quando nos conhecemos, a menos que tenha me dado um nome falso, é realmente isso - Se virou tomando rumo a saída - Se era só isso, nos vermos amanhã senhor - Assentir e ela saiu.
Suspirei e caminhei até minha sala , onde me sentei já ligando meu computador, preciso fazer uma busca a fundo sobre essa garota. Quem sabe com a ajuda dela mesmo que involuntariamente colocar o Diego atrás das grades como ele merece?
Depois de horas ali, não conseguir muita coisa, o que me fez lembrar o quanto aquele filho da puta é bom bom em esconder evidências, mas mesmo assim não é possível esconder todos os laudos médicos, o que me deixa curioso para saber o que essa garota tem e talvez conseguir com que mesmo que ela não queria, sua ajuda na prisão de pai não seria exatamente eu a pedir, mas se o que rola entre ela e Brunna, for tudo o que parece, não vai ser muito difícil de a ter do meu lado. Dadas as três da manhã e nada da Brunna atender minhas ligações, então voltei para casa , precisava de um descanso e pensar em como agir com a cabeça dura da minha filha , que parece não ver nada de ruim naquela garota, mas como ela vai reagir ao descobrir que aquela garota é filha do alvo da missão, para qual foi encaminhada?
LUDMILLA
Depois de conversar bastante com o médico responsável e ter passado quase dois dias ali naquele hospital, finalmente pude tirar Brunna dali e tomando todo o cuidado para não correr o risco das sombras do meu pai estarem na minha cola, não quero ter que matar ninguém agora, muito menos em um hospital. Com a ajuda do enfermeiro responsável, a levei até meu carro, ela estava praticamente só para por causa dos remédios, não acordaria tão cedo.
......
??: O que você pensa que está fazendo garota? Seu pai pode me matar por causa disso.
Lud: Qual é Santos? Tú nunca teve medo do meu velho, sem falar que essa porra aqui é minha - Me referir a casa. Santos é quem sempre tomou conta de tudo aqui para mim, mesmo contra gosto de papai, que não faz idéia da localização. Isso de certa forma, foi um presente dele. Quero dizer, ele me deu o dinheiro e eu o usei em um possível refúgio - E ele não faz idéia de Onde isso aqui fica... Não tem com o quê se preocupar, ao menos por enquanto.
Santos: O que você quer dizer com isso pirralha? - Perguntou e eu olhei para o andar de cima, onde BRUNNA estava - O que aconteceu com ela? E por que você está aqui mesmo? E por que seu pai não pode saber?
Lud: Para de paranóia, são perguntas demais para minha cabeça processar no momento - Disse subindo as escadas. Julgo pelas horas que já se passaram, ela já deve tá acordada - Depois eu te respondo tudo.
Santos: Você ainda vai pôr a minha cabeça a prêmio garota - Falou negando com a cabeça e seguiu em direção a cozinha e eu seguir para o quarto onde ela estava.
Chegando na porta do quarto, parei ali por um momento, voltando a pensar em tudo o que aconteceu, tentando descobrir como aconteceu. Respirei fundo e entrei no quarto a encontrando sentada na cama abraçada com os joelhos, caminhei até ela e me sentei na poltrona próxima a cama esperando que me notasse e erguesse o olhar, o que não aconteceu. Fiquei ali esperando uma ação vinda da parte dela, por longos minutos e quando eu já estava para desistir, ela finalmente se pronunciou chamando a minha atenção.
Bru: O que você estava fazendo lá? - Soltou a pergunta, pensei que já estivesse claro, mais levando em consideração o estado em que ela estava, é normal a mesma não ter entendido muita coisa no momento - Por que ele disse que eu seria um teste? O seu teste para finalmente estar ao lado dele?
Lud: Acho que você já sabe a resposta - Dito simples e sem usar as minhas gírias, creio que não serão de muita ajuda nessa conversa - Mas se quer que eu fale tudo bem... Ele é o meu pai.
Suspirou enfim direcionando seu olhar a mim, o qual ainda não tinha aquelebrilho intenso que eu tanto aprendi a gostar. Porra! Eu tô completamente fudida não tem nem como negar essa merda.
Lud: Mais e você? Agente do FBI né? Ou Agente da CIA? Não sei bem qual dos dois - Cruzei as pernas me ajeitando melhor sobre a poltrona - Agora entendi porque o seu pai nunca foi com a minha cara. Me diz, ele sabia? - Rir ainda não acreditando - Sabia quem sou? Quem é o meu pai?
Bru: Não, ele não sabia - Tomou uma postura firme - Se soubesse tenho certeza que teria te usado para chegar até ele...
Lud: Como você fez? - Interrompi seja o que for que ela fosse dizer.
Bru: Eu não fiz merda nenhuma Ludmilla! - Alterou a voz - Eu não sabia nada sobre você... Nada além do que você mesma me contava... Nunca me veio a mente que seu pai era o cara mais procurado em todas as agências de inteligência do Governo.
Lud: Ok então, eu devo acreditar que você não sabia de merda nenhuma e que se envolveu comigo por que realmente quis? - Soltei a ironia - Que seu pai não vai com a minha cara simplesmente por isso? Que não tem nada a ver com o filho da mãe do meu pai?
Bru: Se serve de consolo, eu pensei a mesma merda quando eu soube que você era a Sub-Dona daquele maldito morro! - Ficou de pé com um pouco de dificuldade, ainda estava um pouco fraca devido a quantidade de remédios que foi medicada - É por isso que meu pai não gosta de você! Ele jogou na minha cara o quanto eu era idiota por não ter descoberto isso antes - Por está dormindo com a merda da Sub-Dona e ainda ter falhado na porra da missão! - Levou as mãos até os cabelos os bagunçando levemente e eu apenas observava e ouvia tudo bem atenta - Eu pensei que você só tinha se aproximado de mim, por que sempre soube quem eu era, que tudo foi apenas uma maneira de dar a volta por cima.
Lud: Quando ficou sabendo disso?
Bru: Quando você apareceu lá em casa com o braço quebrado, já fazia uns dias - Agora saquei tudo.
Lud: Por isso me ingnorou - Assentiu - Eu nunca soube de nada, nunca te usei para nada, me aproximei porque gostei de verdade de você- Sorrir - A marrenta filha da mãe que conseguiu me tirar como ninguém, que conseguiu ganhar a minha atenção e talvez mais do que apenas isso.
Bru: Eu também não sabia de nada, não teria aceitado a missão se soubesse - Disse voltando a se sentar na cama.
Lud: Mas teria me deixado - Constatei e ela me olhou.
Bru: Por que não atirou?
QUEREM MAIS? KKKKK
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