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BRUNNA


??: Tá atrasada.

Bru: E você, quem é?

??: O delegado - Disse em um tom autoritário - Seu novo chefe.

Bru: Vai achando... - Passei por ele sem dar a mínima - Onde está o resto da minha equipe?

??: Reunidos com a minha, no salão do segundo andar - Me alcançou enquanto falava - Como eu disse antes, está atrasada.

Meu dia nem começou e já estou tendo que me segurar para não mandar ninguém ir para o inferno e o primeiro da lista é esse delegado metido a chefão.

??: Eu sou o delegado Siqueira e pedi que vocês fossem enviados porque nossa equipe não está qualificada para fazer algo desse porte... Começou o discurso fúnebre.

Lider: Estamos cientes de sua situação - O nosso lider de equipe se pronunciou e recebeu alguns olhares estranhos e não sei bem o porquê, mas não me importei com nada - Por isso já viemos com um plano em mente. 

Como assim um plano em mente, se eu não tô sabendo de merda nenhuma?

Lider: Só precisamos de um tempo para fazer um reconhecimento total da área e mandar um infiltrado até eles.

Bru: Mal eu te pergunte - Me virei para o nosso "lider" - Quem será o infiltrado?

Lider: Iremos chegar a uma melhor conclusão, mas ao que tudo indica será você.

Bru: Por essa, eu não esperava.

Lider: Eu também não, mas foi um pedido pessoal do comandante da CIA juntamente do FBI.

Papai, se você acha que isso vai me assustar ou algo assim, está completamente enganado, já que eu iria sugerir exatamente esse plano e ainda me colocar como X-9, como dizem os criminosos.

Bru: Beleza, e como querem que eu faça isso?

Lider: Sabendo das suas técnicas, sei que dará o seu jeito - Falou olhando para os demais na sala com um sorriso debochado no rosto - Tem duas semanas para conseguir se infiltrar.

Bru: Tá achando que eu não consigo?! - Bati no peito dele, fazendo o mesmo se afastar - Sabe por que eu tô aqui otário?!

Lider: Meu nome é Arthur Garcia, tenente Coronel Garcia - Falou tentando me intimidar - Se não quiser perder o seu posto é bom começar a me tratar com mais respeito.

Bru: Vê se me erra cara... Eu não nasci para receber ordens de macho escrito não tá?! - O empurrei sobre a mesa - Se eu quiser consigo com que você vire um simples guarda de trânsito... Então vê se me respeita.

Nunca pensei que fosse ficar tão puta com alguém, quanto fiquei com aquele filho da puta, é meu velho vai me pagar caro por ter colocado alguém como esse otário, na mesma equipe que eu.

Bru: Se não quiser ir morar com Deus, acho melhor você parar de me seguir, tá me entendendo? - Falei para o carinha que não faço nem questão de saber o nome, o qual está na minha cola desde ontem quando desci do avião.

Carinha: Só estou seguindo ordens.

Bru: Esquece as suas ordens, se não quiser perder o seu emprego - Imagina só, se eu consigo um contato para entrar no morro e esse babaca estraga o meu plano? - E sai logo do meu pé, isso não é brincadeira, some daqui.

Fiquei sabendo por um dos carinhas da delegacia, que sempre rola um Baile funk da hora no morro, e que ele é liberado para geral, exceto para polícias é claro. Mas como eu disse para ele, ninguém sabe que eu sou da lei já que eu não sou daqui. E Eu estou cansada desses desgraçados querendo regrar a minha vida e tô querendo me divertir um pouco, então porque não? Me arrumei, peguei minha nave e partir para o baile.
Tava rolando um som maneiro, algo que é difícil de encontrar nesse país, ao menos é o que o pessoal da CIA diz, mas até que eu gostei. Olhei tudo é todos presentes naquele lugar, fazendo um breve reconhecimento. Mas deixei isso um pouco de lado, para poder ir me divertir.

                     LUDMILLA

Dai: Como foi o assunto com o meu irmão?

Lud: Foi tranquilo, como eu disse não tenho medo dele - Sorrir para ela que me retribuiu - vou dar um rolê entre o povo, ficar presa aqui me deixa sufocada.

Dai: Quer que eu vá? Com você?

Lud: Não precisa - Lhe dei um beijo na bochecha - Fica aí e curte com eles, se sentir que perdeu a graça assim como eu, Tú desce e me procura.

Nunca gostei desse lance de área vip, camarote, essas coisas. Sempre gostei da diversão e ela nunca está nesses ligares. Estava de boa no bar tomando uma dose de Whisky quando avistei uma mina tentando se livrar de um carinha que não saia do seu pé.

Lud: Ei! - Empurrei o babaca para trás - Esqueceu o significado de um "Nao"! - O cara ficou pálido ao me ver - vaza daqui.

Eu não consigo entender o que se passa  na cabeça desses otários. Eles acham que a mulher é uma submissa e que tem como obrigação fazer o que eles querem, mas comigo as coisas giram de modo diferente.

??: Obrigada pela ajuda, as não era necessário, estava tudo sobre controle - Disse indo em direção ao bar, eu fui logo atrás.

Lud: Talvez, mas me sentir na obrigação - Pedi duas doses de Vodka, entregando uma a Ela - Posso saber o seu nome?

Ela sorriu e virou a vodka

??: Só se eu puder saber o seu logo em seguida - Apenas assentir - Brunna, muito prazer... - Disse estendendo a mão.

Lud: Ludmilla - Apertei sua mão estendida - E o prazer com certeza é todo meu - Disse sem retirar os olhos dela, a mina é mó gata.


.........

Me levantei com uma puta dor de cabeça e dei graças a Deus por não ter ninguém ao meu lado na cama dessa vez. Com o banho tomado, higiene feita, me vestir no estilo de sempre e vazei para boca. Precisava da uma olhada na contabilidade, coisa que faço há duas ou mais semanas.

Renato: Pensei que não viesse hoje - RS comentou com um sorriso debochado no rosto - Não depois de precisar ser carregada até em casa.

Lud: Vai se ferrar cara, eu disse que dava conta.

Renato: E logo em seguida caiu no chão - Levantou colocando a arma na cintura e por falar em ontem, mina gatinha aquela que tava contigo - Disse e saiu sem esperar qualquer comentário da minha parte. Não me importei.

Números checado, Fraudes encontradas. Relatório de tudo sobre a mesa do RS. Pego minha arma e também sair. Hoje ou amanhã, alguém aqui vai rodar, é só questão de tempo, até o RS vê o nome do otário que tá roubando dele na maior cara de pau. Esses palhaços deviam saber que nada passa despercebido por mim. Já é o quarto que eu pego nesses últimos três meses.

Vagando pela cidade, me peguei pensando naquela mina do baile. E com o pouco tempo que passei com ela, posso dizer com total certeza, que ela não é do morro. Tem estilo patricinha marrenta, não se encaixa com as minas da quebrada. Mas como dizem por aí, toda patricinha curte um Baile funk, e essa não poderia ser diferente. Mas o que me chamou mais a atenção, é o fato de eu nunca ter a visto por essas bandas. Essa mina é misteriosa, e eu gostei disso. Algo me diz que ainda vamos nos encontrar outras vezes, e eu mal posso esperar.
Estacionei a moto próximo ao parque, pois meu celular estava vibrando e nesse ramo de trabalho que eu levo, nunca posso deixar de ao menos checar quem é o filho da puta que está me enchendo o raio do saco.


                    Mensagem on


Dai: Podemos conversar?

Lud: Claro, manda aí.

Dai: Pessoalmente, não por mensagem, posso passar na sua casa?

Lud: Não estou em casa no momento, é muito importante?

Dai: Em tese, é sim, e você vai ter que me explicar isso com detalhes.

Lud: Beleza então, já tô voltando. Já passo aí na tua casa.

Dai: Te espero.


                    Mensagem off


O que será que ela quer comigo? Ou melhor ainda, o que foi que eu fiz que preciso até me explicar?

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