2° Tem 44° Capítulo
BRUNNA
Nunca fui muito de acreditar em Deus, mas se ele realmente existisse, estava gostando para caralho de tirar uma com a minha cara. Aquilo era demais para que meu consciente pudesse assimilar. Não estava conseguindo entender qual das duas era mais idiotas. Se a Ludmilla por pedir tal promessa ou a Luane por aceitar. Eu sempre soube me cuidar e o que viesse a acontecer, é simplesmente porque deveria ser assim, mas elas não entendiam isso, tinham sempre que está agindo feito heroínas do dia e tudo com um Largo sorriso no rosto, não era por nada que se tornaram melhores amigas.
Bru: Lari, você dirigi - Falei erguendo as chaves em sua direção, mas ela não se mexeu, estava paralisada e não podíamos perder tempo aqui, a situação da Luane era tão crítica quanto a da Ludmilla - Larissa? - Chamei em um tom mais elevado tentando assim conseguir sua atenção, mas não adiantou muito, então me limitei a fazer a única coisa que estava ao meu alcance no momento. Deixei a Luane por breves segundos, enquanto deixava as portas do carro abertas, já arrastando literalmente a Lari para o banco do carona. Sendo assim, me coloquei de volta para levar a Luane para o Banco de trás e agradeci mentalmente ao perceber que o Zyan já estava a tomando em seus braços - Precisamos ser rápidos - Falei o ajudando a ajeitar no estofado do carro me colocando ao seu lado para tentar manter a pressão sobre o ferimento - Pode dirigir? - Perguntei estendendo as chaves em sua direção e logo depois de lançar um rápido olhar sobre a sobrinha, que ainda parecia presa em outro mundo, assentiu se colocando em frente ao volante já dando a partida, assim que tomou as chaves em suas mãos - Você vai ficar bem - Falei firme, me forçando a acreditar em tais palavras, uma vez que a mesma não se encontrava acordada. Havia desmaiado pouco depois de receber o meu apoio parq não ir de encontro ao chão.
Até o momento não tenho muita certeza do que realmente aconteceu ali. Estava pronta para dar uma na cara dela, se não houvesse uma boa explicação para o empurrão que acabei por receber, mas diante da situação seguinte, podia jurar que a maluca estava para fazer o tão sonhado pedido ali mesmo, aproveitando a trágica situação, que acabou de fato se tornando uma tragédia sem procedentes. Em nenhum momento pensei que esse Resgate pudesse me levar de volta para um hospital, por dois motivos tão distintos e ao mesmo tempo tão iguais. Não iria aceitar Perde-las dessa forma, não depois de tudo o que passamos para nos reunir novamente. Elas mereciam uma segunda chance, trabalharam duro para isso e não seria um filho da puta escroto, que iria tirar delas a busca por ações melhores, a oportunidade de se tornarem alguém melhor.
No Hospital, Zyan se apressou em toma-la mais uma vez em seus braços, já seguindo o mais rápido possível pelos corredores em busca de atendimento, o que não demorou para acontecer, uma vez que o mesmo se encontrava fardado. Sendo assim, caminhei até a recepção para fazer a ficha dela, algo que também não demorou, pois só poderia passar o básico, tendo em mente que não sei tudo o que eles precisam para preencher os papéis ali presente. Sendo assim, encaminhei até a sala de espera, onde Zyan se sentou ao lado do Roger, enquanto a Lari se colocou ao lado da Patry, a qual eu procurei de imediato, pois precisava de informações e esperava que não fossem de tudo ruim.
Bru: Lari, se sente melhor? - Perguntei a ela, antes de começar o interrogatório contra a Patty - Se quiser, podemos pedir alguns exames, assim você tira qualquer dúvida.
Lari: Não precisa eu estou bem - Garantiu mantendo a pose de durona presente, diferente de minutos atrás, mas não iria insistir ao menos por agora - Só queria saber como ela está - Jogou diretamente para a Patty, que respirou fundo antes de nos encarar de verdade.
Patty: Parecendo ser algo baseado em uma rotina para ela, Ludmilla se encontra em uma sala de cirurgia e segundo os médicos, em situação crítica - Explicou por alto o pouco que sabia - Ao que parece só nos resta esperar e torcer para que ela nos surpreendamais uma vez, saindo daquela sala melhor do que antes.
Bru: E ela vai - Afirmei algo que não tinha cem porcento de certeza, porém era isso que precisava acreditar e diante do aceno positivo de ambos, percebi que era o certo.
Patty: Onde está a Luane? Ela não deveria ter vindo com vocês? - Questionou depois de analisar todo o ambiente e não a encontrar, mudando completamente sua expressão ao fitar minhas mãos e roupas tomadas por uma quantidade exagerada de sangue, tudo bem que poderia ser o da Ludmilla, mas sua certeza se fez presente, pois o Zyan não estava diferente e ele não havia movido um músculo em relação a remoção da Ludmilla - O que aconteceu?
Bru: Ela foi baleada É assim como o porre, também se encontra em uma sala de cirurgia, lutando pela vida - Expliquei de forma simples e rápida, soltando um longo suspiro ao ver Lari nos deixar a passos rápidos, seguindo para saída do hospital.
Patty: Isso não pode ser sério - Sorriu em negação - A filha da mãe temia pela presença e quem acabou em situação crítica foi justamente ela? - Não era questão que precisasse de respostas. Ela estava inconformada e eu a entendia, afinal, aquelas malditas balas eram para mim e até agora busco entender como não me dei conta de que era um alvo - Acha que ela vai se sair bem dessa?
Bru: Preciso acreditar nisso, Patty - Afirmei a vendo assentir - Não posso perder nenhuma das duas.
Patty: E Não vamos - Garantiu me cedendo um forte abraço - Agora vai atrás da Larissa, ela precisa de você - Sorriu deixando um leve tapa em meu ombro - Qualquer coisa, eu te chamo.
Bru: Obrigada - Agradeci já me virando e seguindo até a saída, assim como ela fez a curtos minutos atrás. Poderia querer não me dizer, mas a conhecia mais do que qualquer possa vir a conhecer algum dia. Ela passava longe de estar bem, não importa o quanto tente mostrar o contrário, eu sempre saberia a verdade sobre suas ações - Lari, quer conversar? - Joguei a questão ao me sentar ao seu lado, nos bancos da frente do carro, pois era o local em que a mesma decidiu se "Esconder" da realidade que nos cercava.
Lari: O que está acontecendo comigo, Brunna? - Jogou em desespero, com as lágrimas se fazendo presentes em seu olhar e me doeu vê-la em tal estado - Quando me tornei tão sensível e indefesa? - Não havia respostas para essa pergunta, porém, ela já sabia disso, por isso foram jogadas de modo retórico, como um desabafo.
Bru: Não é vergonha deixar de lado a pose de agente durona, ao menos uma vez, Lari - Falei não deixando de a fitar, precisava lhe passar alguma confiança - Ninguém irá te julgar por isso, muito menos sabendo o que você passou nessa última semana.
Lari: Esse é o problema, Brunna, eu não passei por nada, tudo o que poderia ter acontecido, foi jogado sobre a idiota da sua namorada - Disse tudo de uma vez só e mesmo que esse tenha sido o termo estabelecido para gente ainda, não me preocupei em corrigi-la, até porque, eu gostei - Ela não se importou em ficar desacordada duas vezes, durante esses dias em que ficamos naquela merda de lugar uma delas sendo bem grave - Não se segurando mais, enfim deixou as lágrimas ganharem o seu rosto. Faziam anos que não a via dessa forma, tão abalada e me sentia um nada por não saber como ajudar.
Bru: Não é sua culpa, sabe disso - Joguei a simples verdade, o que a fez abrir um sorriso irônico em negação.
Lari: Claro que é - Rebateu com firmeza - Se tivesse dado ouvidos aos pedidos da Luane aquele dia, não teria sido baleada e por consequência, não teria dado início a essa onda de péssimos acontecimentos - Abaixou a cabeça entre as mãos, deixando seu choro audível - Nenhuma das duas estaria entre a vida e a morte em uma sala de cirurgia agora.
Bru: Lari, por favor, olha para mim? - Pedi tomando sua mão entre as minhas, para conseguir sua atenção - Presta muita atenção no que eu vou dizer agora, tudo bem? - Não disse nada, mas se manteve em silêncio sem tirar os olhos de mim - Se não fosse você ali, teria sido outra pessoa e as duas teriam feito o mesmo, nunca duvide disso - Afirmei com toda certeza que há em mim, pois se tratando de Ludmilla Sentoro, essa era uma verdade irrefutável - Não teríamos uma sequência de acontecimentos diferentes, ao menos não dependendo delas. Você não teve culpa - Voltei a repetir a puxando para um abraço apertado.
Lari: Me desculpa - Pediu depois de longos minutos presas naquele abraço, me causando confusão. Percebendo isso, ela tomou distância para concluir sem me direcionar o olhar - Por não te ajudar com a Luh - Soltou um longo suspiro - Eu fiquei sem ação, não sabia o que fazer ou como reagir.
Bru: Esquece isso, já é passado - Deixei claro, a fazendo me fitar - É normal ficar paralisada quando vemos alguém que amamos naquela situação. O medo de perder nos impede de agir, então não se preocupa.
Lari: Não quero perde-las, Bru - Sua fala ao voltar me abraçar, me fez voltar no dia em que o chip na cabeça da Lud foi desativado. Eu quase a perdi por causa de uma ação do meu pai e hoje a história se repete por causa de um filho da puta que está com os seus dias contados.
Bru: E Não vamos, Lari, as duas são teimosas demais para nos deixar assim...
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro