2° Tem. 4° Capítulo
BRUNNA
Uma semana já se foi embora e ainda não conseguimos nada com nenhum dos dois hóspede que temos. Eles Se mostraram ser bem irredutíveis, leais ao chefe. Porém, a minha paciência pode estar chegando ao seu limite, o que deixa as coisas um pouco complicadas para o lado deles e logo irão perceber isso, mas não hoje. Graças a inexistência do porre que tenho como melhor amiga, acabei por tirar todo o fim de semana de folga, algo que não faço há alguns meses. Desde aquele maldito dia, para ser mais exata. Sendo hoje uma sexta-feira e eu podendo voltar a base de operações apenas na segunda. Resolvi que iria dormir até tarde, mas não obtive muito sucesso. Acabei acordando bem antes do planejado causa de um sonho ruim, o qual me fez mergulhar em pensamentos e lembranças que eu daria o mundo para poder esquecer, mas essa não era uma opção viável.
Flashback On
Bru: Deixa de ser criança - Comentei rindo ao ser presa em um ataque de cócegas. Me lançando aquele sorriso que havia me conquistado, se afastou poucos centímetros enquanto me fitava ao se sentar a minha frente - As vezes nem parece que é mais velha do que eu. Sua maturidade é tão elevada quanto a de uma criança de onze anos, talvez menos.
Lud: Se isso foi para fazer que eu me sinta ofendida, sinto muito, mas não funcionou - Seu sorriso parecia querer rasgar seu rosto, de tão largo que se encontrava - Em grande parte porque foi por isso que você caia na minha graça e acabou se apaixonando.
Bru: Na verdade foi a sua atitude arrogante de quem acha que pode mais do que os outros - Confessei exibindo o meu melhor sorriso ao receber uma sobrancelha arqueada em desafio - O que é? Essa é a verdade.
Lud: Até hoje não acredito que veio embora sem desconfiar quem era o braço direito do RS - Comentou caindo de costas e eu me joguei sobre ela sem me dizer nada - As pesquisas que você fazia não eram das melhores, devo dizer. Como que com todo aquele acesso, nenhuma conclusão chegou até você? Só podia não estar buscando tão a fundo assim.
Bru: Quando você me disse possuir o sobrenome Santoro, eu fiz uma nova busca. Mas acabei sendo parada pela falta de acesso de um superior ou seja.
Lud: Seu velho, o mesmo que jogou na sua cara, o fato de estar dormindo com a Sub-Dona mais gata que já viu e não se dar conta de nada - Com esse comentário, não pude evitar sorrir.
Bru: Não foi bem assim que ele disse não e esse seu convencimento está excedendo os limites - Deixei claro ao me ajeitar em seu colo e a puxar para se sentar de modo que meus braços caíram ao redor de seu pescoço - Mas e você? Tendo um faro especial para identificar tiras, como não descobriu a minha intenção?
Lud: Essa é fácil - Sorriu me deixando no escuro e adiante do olhar assassino que lancei sobre ela, não demorou para a mesma prosseguir - Você não tinha uma intenção definido meu bem. Quanto mais se aproximava de cada um de nós, mais se apegava a ideia de que não éramos como seus superiores afirmavam, não precisávamos de uma punição em um morro que já era pacífico por si só. E você percebeu isso, tanto que não permitiu a morte do RS mesmo podendo estar garantindo a sua.
Bru: Não nego que tenha razão, em partes - Concordei deixando uma ponta de complexidade - Mas você esqueceu de dizer que o fato de ficar caidinha por mim acabou te cegando para o óbvio.
Lud: Acho que você está vendo as coisas pelo lado errado da história Brunna - Sorriu largo ao me fitar intensamente - A apaixonante sou eu e quem caiu de amores foi você. Tanto que queria matar um quando soube que eu havia ido embora sem te dizer nada.
Bru: Esse seu ego gigantesco me deixa comovida, meu amor.
Lud: Vai dizer que não gosta quando meu ego está lá nas alturas? - Desafiou tomando com firmeza, a posse de minha cintura para si.
Bru: Eu realmente gosto de muitas coisas em você, só não sei dizer se esse seu ego inflável está entre eles - sorrir largo ao vê-la assentir.
Lud: Tudo bem então - Devolveu o sorriso e me jogou para trás, ficando sobre mim - Mas estou com algo em mente e tenho certeza de que está nessa sua lista. E possivelmente entre as três primeiras, se não for a top um do ranking - Sorriu em divertimento e sem esperar uma resposta a altura, me beijou com voracidade e desejo, suas mãos entrando em alternância ao passearem por todo o meu corpo.
Flashback Off
Eu não fazia ideia de como uma simples lembrança podia ser tão dolorida e ao mesmo tempo tão intensa, com o poder de causar distúrbios irreparáveis. Ainda não acredito que fomos acabar daquela forma. Depois se tudo o que passamos, deixar algo tão banal ditar como Deveríamos ser, foi idiotisse de ambas as partes, mas eu não iria correr atrás quando não estava errada. Se fosse para tentar algo, que os papéis se invertessem dessa vez. Tá legal que em partes , tudo o que vem acontecendo desde então, pode ser considerado culpa minha. Mas o que posso fazer? É o meu trabalho, não vou simplesmente deixar de fazê-lo e quebrar uma linha profissional que levei tempo para estabelecer. Não foi fácil fazer todos me respeitarem em tão pouco tempo, apenas pelo fato de ser a primeira mulher no comando de uma agência da Cia, uma das melhores devo dizer. O êxito obtido em missões, não é algo que seja fácil de ser superado pelos rivais. Principalmente quando exijo excelência em quase tudo o que é feito ali dentro.
Sem saber o que fazer dentro de casa, decidir ir dar uma volta logo depois de um bom relaxante banho, precisava espairecer um pouco a mente. Sendo assim, achei que seria uma boa ideia pedalar pelas ruas do centro, algo que passei a fazer com uma frequência até alta do último ano para cá. É a única maneira que encontrei de me desligar por completo de tudo o que me aflige, me manter bem mentalmente. Sempre fui muito dependente da minha moto, então precisava encontrar algo mais saudável e a melhor opção era essa. Até porque minha caminhada não é algo que me agrade muito, não quando eu não sei manter um ritmo durante toda ela. Ao me cansar de ficar rodando o parque, resolvi passar em uma sorveteria qualquer e me refrescar antes de voltar para casa e tomar um novo banho. Estava tão aérea, que mal desci da bicicleta e acabei quase derrubando alguém,já que consegui a segurar a tempo antes de alguma colisão. Só não posso dizer o mesmo sobre seu sorvete.
Bru: Desculpa por isso, não te vi, você está bem? - Perguntei a analisando só para ter certeza de que não aconteceu nada demais - Te machuquei.
??: Tá tudo ok, acidentes acontecem - Sorriu ajeitando sua postura e me encarou, por um momento pude jurar que ela me conhecia, mas eu não poderia dizer o mesmo, nunca tinha a visto em lugar algum - Não tem motivos para se preocupar.
Bru: Qual o seu nome? - Quis saber, antes de fazer qualquer outra coisa.
??: Luane - Disse checando algo em seu celular logo em seguida.
Bru: Muito prazer Luane, eu sou Brunna e como desculpas pelo ocorrido, vou te pagar um novo sorvete e não aceito um não como resposta - Deixei claro enquanto caminhava até a entrada do estabelecimento e a direcionanava na mesma direção.
Luane: Não precisa, tá tudo bem - Tentou, mas Como já havia informado a minha posição, fingir não ter ouvido - É sério, eu preciso ir, estou atrasada.
Bru: Garanto que cinco minutos não vai matar ninguém - Brinquei ao parar no balcão a espera do atendimento - A não ser que você trabalhe para mim.
Luane: E em que você trabalha? Não parece ser uma chefe tão exigente assim - Desafiou e como se estivesse tendo um flashback, deixei o sorriso morrer - Falei alguma coisa de errado?
Bru: Não exatamente - Falei e voltei a sorrir - Mas garanto que meus funcionários não dividem esse mesmo pensamento. Mas e você em que trabalha?
Luane: Eu perguntei primeiro e não recebi resposta - Sorriu ao dizer.
Bru: Tudo bem então, vamos deixar nossas áreas de serviço para um próximo encontro - Falei e ela assentiu. Não estava disposta para falar sobre a minha área de trabalho e percebi que ela também não estava afim de falar da dela - Quaal sabor vai querer dessa vez? - Sorrindo se virou para o rapaz e fez o seu pedido.
Luane: Dimas, o de sempre e capricha...
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