2° Tem. 39 capítulo
LARISSA
Lari: LUDMILLA? - A chamei, mas a resposta não veio. Minha preocupação já transbordava todos os limites possíveis e se ela não me desse um sinal de vida, essa minha percepção só iria piorar - Vamos Lud, fala comigo - Pedi tentando mais uma vez a acordar, mas os resultados ainda eram os mesmo da última meia hora e pareciam não querer mudar de Status, o que me fez voar nos momentos que a levou a essa situação em si.
Flashback On
5 dias, era esse o tempo em que estávamos aqui, seja qual for esse lugar, uma vez que fomos vendadas logo depois de sermos arrastada para longe das meninas aquele dia ou seja, não faziamos a menor ideia de onde poderia ser a localização desse local. As coisas para nós, não pareciam muito favoráveis e isso ficou muito claro quando enfim tivemos a liberdade para analisar com calma cada canto da sala em que nos encontrávamos, logo no primeiro dia, pois foi ali que o filho da puta mostrou o que realmente queria e até então, eu não estava entendendo nada, não fazia ideia do porque estaria o devendo de alguma forma.
Sulivam: Vocês estão em minhas mãos agora e eu farei o que bem entender com as duas - Foi firme ao dizer, não deixando de exibir um prazeroso sorriso, porém a Ludmilla não se importou, apenas ajeitou sua postura devolvendo o sorriso a altura - Estou começando a achar que você ainda não entendeu as circunstâncias da situação em que se encontra Srt Santoro - Disse se aproximando e não temendo tal aproximação, ela não moveu um músculo se limitou a bater de frente à todo o momento e ali começou o que vem me assombrando desde então.
Sendo quem sou, deveria estar acostumada a todo tipo de acontecimento nesse mundo, mas no fim de tudo, percebi que essa não era a realidade que me atingia e estou certa de jamais iria me acostumar ou até mesmo esquecer o que vinha acontecendo aqui dentro.
O nosso primeiro dia de estadia não foi o mais duro deles, pois o escroto parecia ter outros planos, sendo assim, apenas reagiu a provocação da Ludmilla, a acertando com tudo a boca do estômago. Ação essa, que a levou de imediato de joelho ao chão, sem o ar necessário para respirar, o qual demorou um curto período de tempo para ser recuperado. Tempo este, que foi usado para a nossa transferência para uma espécie de quarto, porém nada era existente no ambiente além de uma cama de casal, onde a colocaram já retirando suas algemas e me fazendo o mesmo favor, retiraram também as minhas e saíram nos deixando a sós, ao trancar a porta. Sendo assim, me preocupei em apenas ir me certificar de que ela estaria bem e mesmo essa não sendo uma opção no momento, não demorou para que seu status mudasse, o que me deu enfim a oportunidade perfeita para tirar uma dúvida que me consumia.
Lari: Quem é esse cara, Ludmilla? - Perguntei me sentando ao seu lado, porém a resposta não veio, assim como todas as vezes seguinte depois dessa.
A cada dia que se passava, algo diferente acontecia e todas as vezes era ela o alvo. O entendimento não era algo que seguia e isso já estava me irritando mais do que deveria. Não podia ser possível que esse idiota tenha me trago aqui, apenas para me fazer observar tudo o que fazia contra ela, me recusava a acreditar nisso, porém nada me dizia o contrário. Eu não o conhecia, era fato e mesmo não sendo de seu agrado, ele acabou por entender esse ponto e mesmo assim não me dizia o que possuía contra mim. Poderia obter uma resposta de qualquer maneira e mais uma vez os resultados foram uma merda.
Lari: Caso ainda não tenha se dado conta, eu nem mesmo sei quem é você, então o mínimo que poderia fazer, é dizer o porquê de me manter presa aqui - Esse era o nosso terceiro dia aqui, então decidi tentar descobrir algo e como nos dias anteriores, nada me foi dito e mesmo estando mais uma vez algemada, como acontecia toda vez em que éramos trazidas para essa sala, acabei perdendo a paciência e partindo para cima dele com um forte chute, usando a sola do pé contra seu estômago. Tendo sido pego de surpresa, ele acabou dando alguns passos para trás e se abaixando para recuperar a perda de seu ar, o que não demorou muito - Não deveria ter me trago aqui - Avisei sob um olhar minucioso da Ludmilla, sobre mim e tão rápida quanto uma bala, se pôs a minha frente recebendo um forte golpe que seria. Não se contentando com a precisão de seu cruzado de direita, decidiu descontar toda a sua raiva e como vem sendo desde a nossa chegada, Ludmilla foi quem sofreu com isso e dessa vez por minha culpa - Chega! Não foi ela quem te acertou dessa vez, seu idiota - Me sentindo um nada, ao vê-lo desferir uma sequência de chutes contra as costelas da mesma, pedir em plenos pulmões tentando me soltar das mãos dos idiotas que me seguravam - Deixa ela em paz, a gente não te fez nada - Dizendo tais palavras, me senti como a pessoa mais indefesa do mundo.
Sulivam: Não me fizeram nada? - Tornou a pergunta, a deixando de lado e vindo em minha direção - Por sua maldita causa, essa filha da puta destruiu a minha carreira! - Seu grito estridente e suas mãos na gola de minha camisa, me fizeram temer o pior - Por causa de um simples erro, a minha vida foi destruída, eu perdoe tudo com o que me importava - Me jogou sobre a cadeira, respirei fundo voltando até ela - Vou fazer a mesma coisa com você, Santoro. Irei te tirar aquilo que mais ama no mundo - Deu seu ultimato, ajeitando a postura a junto de sua roupa - Tirem elas da minha frente - Deu a ordem em um minuto e no outro já estávamos de volta ao quanto sem as algemas nos pulsos. Sendo assim, fui até uma maleta de primeiro socorro que o mesmo deixou aqui e me sentei ao lado dela para cuidar do estrago feito por minha culpa.
Lud: Vai com calma aí - Pediu segurando minha mão quando forcei o algodão com álcool contra os ferimentos no canto de sua boca, então apenas assenti tomando a leveza como a principal guia desse momento - Você vai ficar bem, sabe disso, não é? - Perguntou ao me fitar, enquanto seus ferimentos eram cuidados.
Lari: Sei que sim - Afirmei respirando fundo - Mas e você? Não parece que terá a mesma sorte, principalmente se continuar agindo desse jeito - Falei levando a mão para elevar sua camisa, pois precisava ver o estado das suas costelas, mas ela não deixou, o que achei muito estranho - Tenho que fazer um curativo ou no mínimo passar algo para aliviar sua dor.
Lud: Não precisa, já estou bem - Não era essa a verdade, podia ver em seus olhos, porém não iria insistir, então deixei que o silêncio tomasse conta do momento e ao cair da noite, não pude deixar de tentar uma última vez.
Lari: Vai me dizer que ele é e porque me disse tudo Perguntei me virando de frente para ela, uma vez que estávamos deitadas tentando não surtar.
Lud: Foi ele quem atirou em você - Disse simples segurando meu olhar - E por causa disso, exigir a exoneração do mesmo ou iria cuidar para que ele não voltasse a ver a luz do dia.
Lari: Conseguiu o que queria atrávez de uma ameaça? - Não era algo fácil de acreditar, mas vindo dela, tudo era possível.
Lud: Não exatamente, mais o que de fato importa, é que conseguir - Sorriu não tirando as mãos da região onde recebeu os golpes.
Lari: Tem certeza que não quer me deixar dar uma olhada? - Insisti e mais uma vez ela negou.
Lud: Tenho sim - Repetiu deixando um beijo em minha testa e me dando as costas em seguida.
Como se esse dia não tivesse sido um suficiente, o quinto foi ainda pior. Pois algo no lado de fora, havia acontecido e ele havia gostado de descontar sua raiva na gente, quero dizer, sobre a Ludmilla. Mesmo sabendo de tudo isso, ela não facilitava em nada, estava o provocando ou tomando o meu lugar.
Sulivam: Sabe o que acabou chegando até a mim, senhorita carvalho? - Questionou assim que fomos colocadas nas cadeiras a sua frente, mas nada foi pronunciado - No fim de tudo, você me deve mais do que imagina, já que aquela filha da puta da Luane Sales, carrega no dedo uma aliança que se alinha perfeitamente a que está em sua mão. E como ela é tão responsável quanto você Santoro, acho que as coisas temem ficar um pouco mais divertidas. Não acha isso Larissa? - Questionou vindo até a mim, ao exigir que alguém segurasse a Lud. É claro que ele estava afim de espancar mais alguém além dela, porém a mesma sempre arrumava um jeito de se colocar em minha frente e dessa vez não foi diferente. O único golpe que ele me acertou, foi um forte cruzado, o que me deixou desnorteada por um momento, mas Ludmilla foi rápida em se livrar do cara que a prendia, para tirar o foco do babaca de cima de mim. Ato esse que funcionou, porém as consequências foram catastróficas para ela, que foi devolvida ao quarto desacordada.
Eu por minha vez, não me importando com o hematoma presente em meu rosto do lado esquerdo, fiz o possível para tentar ajudá-la. Aproveitando a sua incapacidade no momento, tratei de cuidar de todos os seus ferimentos, incluindo os novos presentes em suas costelas, não deixando de reparar em um conjunto de cicatrizes que pareciam ter ter histórias a serem contadas, mas não para agora, pois mantê-la o mais próximo do bem, era a minha prioridade.
Flashback Off
Lari: Acorda filha da mãe - Tentei novamente, mantendo o álcool em frente ao seu nariz e finalmente ela estava me dando sinal de reação , buscando lentamente o ar necessário para seus pulmões, antes de me fitar já levando a mão sobre o hematoma em seu rosto, porém isso não importava. Me limitei a apenas prende-la em um abraço moderado, pois suas dores eram transmitidas pelas seus olhos e vê-la naquele estado me doeu mais do que o esperado, principalmente por saber como a Bru iria reagir ao encontra-la dessa forma - Por que você insisti em fazer isso? Essa surra não era ser sua - Essa não era a minha intenção, mas junto da pergunta, vieram também as lágrimas em abundância, o que a fez se esforçar para se sentar à minha frente e as limpar com o polegar sem desviar o olhar do meu.
Lud: Porque eu prometi a Lulu que não deixaria nada te acontecer - Sorriu ao dizer - E principalmente porque me importo contigo, mais do que imagina...
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