LUDMILLA

Eu sempre soube o tão boas elas eram em sua área de trabalho, mas conhecia os delatores o suficiente para saber que estariam preparados para qualquer ocasião, até porque esse é o meu modo de agir e graças a ele nunca fui parar atrás das grades, pois da mesma forma que meu pai, estava sempre preparada para o que fosse, além de também estar sempre um passo à frente aos Canas. Sabendo de tudo isso, a primeira coisa que fiz quando cheguei aqui, foi posicionar um atirador nos telhados e não poderia ter ficado mais aliviada por ter feito isto.

Durante a pequena troca de informações que tivermos com a Brunna, não me surpreendi ao ser avisada pelo ponto que usava, que havia um atirador ao lado o inimigo, pronto para disparar e sendo a Larissa o Alvo do filho da puta, me limitei a dar o sinal para que o escroto fosse executado imediatamente. Essa minha ação além de salvar a vida dela, também foi o auge para o começo dos tiroteios. Mas durante toda a situação, estava claro para mim que no final a prisão de Danilo seria inevitável, por isso não fiz muito quando a Brunna e Larissa nos deixaram para ir se juntar a sua própria equipe que trabalhava em perfeita sincronia conosco e olhando por esse lado, nem parece que queriam a nossa cabeça a poucos meses atrás. Mas a vida é assim, o mundo dá muitas voltas.

Como pensei que fosse acontecer, não demorou muito para que os poucos homens de Danilo ainda vivos fossem vendidos e o mesmo tivesse sua prisão anunciada. Não sei se era possível esconder, mas o meu orgulho por aquela loira só se fez aumentar ainda mais diante de toda essa bagunça. Há vendo se colocar a prova apenas para não ficar atrás de seus agentes, mostrar o quão grande e valioso é o seu caráter e eu não poderia ter mais sorte por pela novamente ao meu lado, mesmo que ainda não seja por completo, mas sei que chegaremos lá. Afinal, temos uma vida inteira pela frente ou ao menos é nisso que pretendo sempre acreditar, mas os acontecimentos nunca aparece e está a nosso favor e isso se mostrou claro mais uma vez, quando aquele filho da puta me lançou um olhar mais do que debochado. Ali eu vi um aviso, algo que me dizia perigo iminente, por isso me coloquei a observar todo O local, tentando encontrar algo fora do comum, algo que não devesse estar aqui. Porém nada foi encontrado, mas encontrei a minha resposta ao voltar meu olhar para ele.

Danilo: Ninguém aqui pode me tocar comandante - A distância entre a gente era considerável, mas ele parecia querer que eu ouvisse cada uma de suas palavras - O que dirar me prender? - Jogou sua questão mais uma vez sorrindo largo em minha direção, ali eu entendi tudo. Ele era mesmo um sociopata psicótico.

Lud: Bru?! Se afasta dele! - Pedi praticamente gritando ao caminhar até ela e parecendo não me entender, deixou Danilo sob a observar de outro agente e deu alguns passos em minha direção, com Roger ao seu lado, porém o que eu temi aconteceu muito rápido. A explosão vinda diretamente do idiota, mesmo com a distância em si, Acabou me derrubando e me causando uma certa desorientação. O zumbido presente em meus ouvidos parecia vir de outro mundo. Mas saber como a Brunna estava, era a minha prioridade, sendo assim, me forcei a ficar de pé e corri até onde ela se encontrava desmaiada ao lado de Roger. A aproximidade dos dois, a explosão, causou um arremesso nada sutil e alguns ferimentos superficiais, fora o impacto contra o tímpano, que causou um leve sangramento no mesmo - Bru? - Chamei na tentativa de acordar, porém não obtive resultado - Vamos Loira, fala comigo - Sendo algo que me persegue, foi impossível não me lembrar do dia em que Jorge a atingiu na tentativa de me matar.

Lari: Como ela está? - Perguntou ao se colocar ao meu lado, enquanto Luane tentava acordar o Roger, havia me esquecido dele por um momento.

Bru: Aí minha cabeça - Reclamou levando ambas as mãos na altura dos ouvidos, sem abrir os olhos, o que me tirou um largo sorriso de alívio.

Lud: Ela vai ficar bem - Respondi vendo que Roger também estava despertando e por incrível que pareça, com as mesmas reclamações - Os dois vão.

Luane: O que aquele idiota tinha na cabeça para fazer uma merda dessas? -  Entendendo tão pouco quanto eu, ela questionou olhando para a origem da Explosão assim como o resto de nós.

Lud: Ele é um fanático, luta pelo o que acredita e nada mais além disso - Falei me pondo de pé com a Brunna apoiada e meu ombro e ela cedeu a mesma ajuda ao nosso amigo - Seja qual for a causa, ele estava disposto a morrer por ela e que deixar claro que isso ainda não acabou.

Bru: Como pode ter tanta certeza? - Questionou Me fitando os olhos - Ele matou dois dos meus agentes naquela maldita ação suicida. Não deve ter mais nada pelo que ligar depois de morrer.

Lud: Você é mais esperta que isso, Brunna - Joguei com quem não quer nada e ela pareceu me entender, porém não pode dizer mais nada - Sempre terá alguém para seguir de onde aquele filho da puta parou - Falei ao sermos abordados Sulivam e mais cinco caras muito bem armados - Mas confesso que nunca passou pela minha mente que esse alguém pudesse ser você, Tenente.

Sulivam: Estou certo de que isso nunca passou pela mente de ninguém, Santoro - Foi firme ao dizer - Poderia por favor levar as armas de vocês ao chão - Pediu de forma educada, porém irônica e já que a escolha não nos pertencia - Quando assinou aqueles documentos, não havia um dia que não passasse pela minha mente, o fato de você nos Trair e destruir toda a minha equipe levando o carregamento contigo - Confessou algo já passado exigindo um enorme sorriso - Mas no fim de tudo, te ver aqui, trabalhando em conjunto com a CIA? - Sorriu em negação - Isso sim, é uma surpresa, porém não tão grande, quando se descobre que os seus motivos estão longe de serem algo em prol do nosso governo, apenas.

Lud: Se fizer alguma merda, saiba que será um homem morto - Deixei claro temendo por suas ações e diante disso, ele sorriu ainda mais. Sulivam: Você está sozinha, não possui suporte - Disse firme ao liberar minha visão para uma equipe completamente rendida, algo que não me surpreendeu em nada e ele notou isso - Mas não era a isso que se referia quando fez a ameaça - Constatou por si só me analisando por completo e fazendo o mesmo com o pessoal ao meu lado, parando o seu olhar sobre Larissa por um tempo bem longo, abrindo um sorriso irônico em seguida - Você não faz ideia do quanto me deve.

Lari: Eu nem mesmo te conheço - Foi sincera ao dizer, mas para mim e Luane, ele era mais conhecido e nada de bom poderia sair dessa nossa ligação.

Sulivam: Eu tenho certeza que não, mas isso não muda o fato de que a minha vida de ponta cabeça, por sua causa - Insistiu deixando o braço descansando sobre o ombro dela, a trazendo junto a si para a minha frente - E sem dúvidas, você não me deve menos, sua delinquente filha da puta - Tantas ofensas no mundo e ele escolhe justo a minha mãe - Se antes eu iria matar, agora irei mata-lo apenas por causa desse comentário. Para o bem do próprio, é bom que não me dê essa chance.

Não fazia ideia do que ele de fato queria, mas era meio Óbvio que nos matar, não estava em sua lista, pois se fosse essa ideia principal, poderia ter simplesmente nos abordado com disparos. Mas por algum motivo, Ele queria esse diálogo, queria ter a oportunidade de começar uma espécie de jogo, com qual seria ele a ter o completo controle. No fim, ele deveria saber que jogar comigo nunca acaba bem, para nenhum dos lados e quando ameaçava alguém que eu amo, as consequências são ainda piores. Todos que o fizeram, entenderam está questão da pior maneira possível. Sua única vantagem era me ter na presença de quem eu nunca me atreveria a tocar um fio de cabelo que fosse, o que dirá colocar a vida em risco por causa de uma ação  que pode muito bem esperar. Sendo assim, é bom que saiba fazer proveito disso ou não terá chance de perdir perdão quando os papéis se inverterem.

Lud: Não vou repetir uma segunda vez - Avisei ao vê-lo brincar com a arma em suas mãos.

Sulivam: Quem dá as cartas aqui sou eu - Disse tocando o rosto de Larissa com o cano da arma, o que serviu para uma tentativa de avanço da parte da Luane - Não pense nisso ou as consequências serão de sua responsabilidade - Disse engatilhando a pistola, Ato que fez minha melhor amiga dar um passo em falso, porém eu sabia o que esperar do idiota e não pensei duas vezes antes de deixar a Brunna sobre o Amparo da mesma, que ainda apoiava Roger. Sendo assim, apenas avancei até o idiota o deixando sobre o chão, depois de um forte direto de direita, trazendo a Larissa para o meu lado. As armas apontadas em nossa direção, foram todas engatilhadas, mas nenhuma disparadas, da forma em que eu esperava - Vai se arrepender amargamente por ter feito isso.

Lud: Pensa que me assusta? Acha que pode sobressair sobre mim, assim tão fácil? - Falei não dando para trás ao tê-lo novamente de pé a minha frente - Eu já enfrentei momentos muito mais difíceis e ainda estou aqui. Não tenho medo da morte e se diz me conhecer tão bem, deveria saber disso.

Sulivam: Te matar, não é uma opção Santoro - Sorriu checando o sangramento de seu nariz - Ao menos não por enquanto - Disse abrindo duas algemas, colocando uma em mim, sem quebrar o sorriso que exibia e direcionando a outra a Larissa e finalmente ele fez algo que eu não entendi - Assim que receberem um toque meu, deixe-os ir - Avisou para três de seus homens e junto aos outros dois, me guiou juntamente a Larissa para saída daquele lugar. Não sabia o que iria acontecer dali para frente, porém algo era certo. Da mesma forma que Luane manteria a Bru em segurança por mim, eu faria o mesmo com a Lari, por ela.

Olhe não é bom ter duas funções kkkkkkk ( Leitora e escritora) pq se você escreve, você esquece de continuar sendo leitora e se você for dar uma de leitora, vai esquecer de ser escritora! E foi isso que aconteceu comigo, inventei de ler uma história nova, esqueci da minha história kkk.