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2° Tem. 25° capítulo

Com a mente presa em alguns relatórios que precisam ser finalizados o quanto antes, nem mesmo me dei conta de quanto tempo se passou desde que me prendi dentro desta maldita sala. No relógio já marcava mais de 19 horas e , qeu ainda estava aqui dentro não saí nem mesmo para as refeições diárias as quais foram perdidas e trazidas até a mim por Lari que mantinha a vigia com cuidado, uma vez que mamãe sabe ser muito assustadora quando quer. Quase nunca conseguia me vencer, mas não posso dizer o mesmo da escrota da minha irmã, que mesmo sendo a agente mais durona a minha disposição, jamais iria contra as ordens ou pedidos de mamãe. Mesmo não me importando muito com metade do que elas falam, não nego quando a razão as pertence, sendo assim, já estava na hora de dar por encerrado o meu horário por hoje.

Encerrando os aparelhos eletrônicos, apenas apaguei as luzes da minha sala e tranquei quando sair. Cumprimentei os agentes que cobriam o turno da noite e seguir até o estacionamento, onde me joguei em frente ao volante do meu carro e me permitir respirar fundo, buscando meros segundos de completa paz, pela primeira vez todo o dia. Voltando a mim, virei a chave e dei a partida seguindo para o apartamento da Lari, onde tenho ficado sempre que preciso de um tempo só para mim, desde que mamãe voltou de sua viagem e com certeza o meu espaço só aumentou depois do início do namoro da desmiolada com a Luane. Relacionamento esse, que não poderia me deixar mais que bem com a vida.

Estacionando na vaga de sempre, depois de longos minutos de percurso, graças ao seguimento à risca de todas as finalizações presentes na cidade, deixei o automóvel, já subindo ao andar correspondente. Atravessando a entrada, fechei a porta logo atrás de mim e praticamente Joguei minha arma, junto com o distintivo e celular, sobre a mesa de centro, isso tudo para poder me arrastar até o banheiro social e me jogar debaixo da água quente ao terminar de me despir pelo caminho mesmo. Estava realmente Exausta e contente pela primeira vez em longos meses, por ter tirado todo o dia de amanhã como folga, algo que não acontecia quase nunca, a não ser que a Lari fosse o Estopim da minha rara expulsão do comando.

Aproveitando cada segundo de baixo da água, deixei o banheiro apenas 40 minutos depois que entrei. A tenção que percorria todo o meu corpo, havia se dissipado quase que por completo, me dando enfim a oportunidade perfeita para um verdadeiro descanso. Sendo assim, fui atrás de algo bem leve para me vestir e não hesitei em tomar posse do pijama favorito da Lari, antes de me jogar sobre sua cama. Porém não tive o prazer nem mesmo de fechar os olhos por um único minuto, uma vez que a campanhia se fazia audível e mesmo contra a minha enorme vontade de continuar naquela exata posição, acabei me Levantando e indo atender a desgraça que me incomodava.

Pensando com grande satisfação em qual meio usar para me livrar do corpo logo após o assassinato, caminhei a passoscslmos e calculados até a porta, onde bati de frente com uma Luane completamente tomada pela surpresa e posso dizer que acabei ficando da mesma forma,já que possuía quase certeza de que as duas passariam a noite juntas e fora daqui. Talvez eu possa ter me enganado e cometido um equívoco, Porém isso não ameniza a minha vontade de cometer um assassinato.

Luane: Brunna? O que faz aqui? - Foi o que ela conseguiu dizer no momento e eu acabei rindo, afinal a minha presença pode ter atrapalhado algo bem prazeroso para as duas.

Bru: Bom, eu tenho o costume de passar as noites aqui quando o meu dia foi uma completa merda - Expliquei lhe dando passagem quando enfim consegui me recompor  - Mas e você? Não deveria ter a cópia da chave?

Luane: E eu tenho - Disse levando a mão até a nuca em sinal de desconforto talvez - Porém não a uso, nem mesmo a carrego comigo - Sorriu um pouco sem graça e mais uma vez eu  caí na gargalhada - O que foi que deu em você?

Bru: Desculpe, é que eu estou tentando me colocar no seu lugar - Comentei me jogando sobre o sofá e ela me olhou atentamente, como se fosse de fato algo importante o que sairia da minha boca - Tem certeza de que são mesmo amigas?

Luane: Não sei se entendi - De fato essa era a verdade, uma vez que a confusão estava estampada em sua face.

Bru: Certo, Vamos esquecer esse assunto - Deixei a seriedade se fazer presente por um momento - Veio à procura da Lari, não é? - Questionei o óbvio, cedendo espaço para que a mesma também pudesse se sentar.

Luane: É sim, mas como ela ainda não chegou, podemos conversar? - Não entendi o porquê de ela não ter chegado, mas o pedido da Luane, me me deixou em Alerta, então me limitei a apenas assentir - Aquele dia em que te pedi algumas horas a mais para a Lari, a uma semana, você ligou para ela um tempo depois. Por que? - Perguntou realmente interessada e a preocupação em seu tom de voz era visível.

Bru: A ligação que possuo com aquele ser escroto e sem paciência, é muito grande. Vai além de um simples Elo de amizade na verdade transcende o Elo fraternal - Falei não escondendo o sorriso em meus lábios - Ela não estava bem, eu sabia disso e queria saber o porquê. Saber o que havia ocorrido.

Luane: E o que aconteceu? - Questionou imediatamente, sem me dar espaço para algum pensamento lógico e diante do meu silêncio, concluiu não me surpreendendo - Ela não quis me contar.

Bru: Não é algo que me pertença, então não posso te contar assim do nada, é algo que ela precisa e vai fazer por conta própria, quando se sentir pronta - Expliquei com uma calma que raramente me perseguia ultimamente, algo que pode estar finalmente voltando ao seu normal - Dê tempo a ela, a mesma Irá te dizer tudo o que julgar necessário, só não a pressione.

Luane: Eu não vou, já deixei claro isso para ela - Sorriu ao dizer , mostrando o quanto apaixonada por aquele encosto - Mas e você? Como vão as coisas com a Lud? Está mesmo disposta a ajudá-la?

Bru: Ajudá-la, é algo que eu tenho feito desde o dia em que decidimos tentar alguma coisa, da mesma forma que a mesma sempre fez por mim e isso não deveria ter mudado nunca - Comentei viajando nos meses em que não tivemos nenhuma espécie de contato e mesmo assim a filha da mãe cuidou da minha segurança, enquanto eu só me foquei em sua prisão - Desde o dia em que ambas ficamos realmente ciente de quem éramos, Ficou claro também o quão oposto eram nossos lados, mas mesmo assim escolhemos seguir em frente juntas. Deveríamos ter tido a consciência de que em algum momento, a balança pesaria para um dos lados e infelizmente foi justamente para o meu. Eu não era capaz de prende-la naquela época e mesmo achando o contrário, não sou capaz de o fazer o agora. Na verdade nunca fui - Respirei fundo, deixando a cabeça pender para trás - Sentir seus lábios nos meus depois do encontro com nossas mães, me mostrou que o sentimento dentro de mim, sempre esteve vivo, que não adianta tentar sufoca-lo quando isso não é possível. E vê-lá entre a vida e a morte nos seus braços na missão aquele dia, me fez reviver momentos que eu gostaria de esquecer para sempre. Depois de tanto tempo, não pensei que fosse tê-lá naquele estado outra vez e nem mesmo estava ao seu lado para sentir tanto - Sorrir em negação ao ter a vontade de finalmente dizer a próxima sentença em voz alta para alguém - Eu ainda amo aquela idiota e não posso mais negar isso, não quando meus sentimentos e ações estão sempre me entregando.

Luane: Fico feliz por saber que finalmente se deu conta do óbvio, até porque ela precisa muito de você agora - Disse séria e eu não podia nem mesmo dizer algo para ir contra. A entendia muito bem e sabia ao que a mesma se referia no momento - Ninguém pode a ajudar com as crises atuais, senão você, uma vez que é a única que consegue a alcançar em meio aos vários pensamentos que vem a dominando, como se fossem de fato os comandantes de suas ações. Ela precisa de confiança e alguém em quem possa se apoiar.

Bru: E O terá...

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