2° Tem. 19 capítulo
Sil: Bru, desculpa te incomodar - Disse adentrando o quarto cautelosamente.
Bru: Não precisa disso Sil, é a sua filha aqui. Está no seu direito - Falei me colocando de pé, ao ceder o espaço - Estava mesmo esperando por você, fique à vontade, eu volto depois - Comentei abrindo um meio sorriso ao caminhar para saída do quarto.
Sil: Ainda precisamos conversar e você sabe disso - Disse ela chamando minha atenção, sendo assim me limitei a apenas assentir e deixei o quarto me dirigindo as escadas, iria enfim comer algo, antes que a mia decidisse me enviar para o além.
Com os pensamentos trabalhando a todo momento com base nas informações e lembranças passadas, caminhei até o balcão da cozinha, onde minha coroa havia deixado um lanche natural já preparado. Me sentei a mesa e tomei um pouco do suco, começando assim, a minha alimentação do momento. Estava quase terminando, quando a Lari voltou a se colocar na minha presença. Mantendo uma observação indesejada por mim, se sentou a minha frente e não disse nada, deixou que o silêncio tomasse conta por completo e isso já estava me irritando. Era claro a sua vontade de me dizer algo, então não entendi toda essa cena, porém eu mesma decidir por puxar a porcaria do assunto. Não poderia ser algo de outro mundo.
Bru: Estou ouvindo - Joguei ao deixar a louça de lado, poderia lava-las depois - Anda Lari, Esta tatuado na sua testa que quer me fuzilar com algum sermão.
Lari: Não é isso, só não acredito que se descuidou da alimentação e eu não fiquei sabendo - Disse me examinando com um olhar realmente decepcionado.
Bru: Você sabe o quanto a Mia é exagerada, não devia ouvir tudo o que ela diz - Comentei ficando de pé e a puxando junto a mim para o jardim atrás da casa. A privacidade ali era o que mais agradava - De fato, eu estou bem. Não disse isso apenas para amenizar a situação - Assentiu se sentando ao meu lado sobre o gramado, mesmo com alguns acentos a nossa disposição logo na frente.
Lari: Por que ela está aqui? - Fez a pergunta enquanto fitava o completo azul celeste.
Bru: A Mia quem sugeriu - Falei a acompanhando em sua contemplação - Disse que seria melhor para manter os cuidados, se tivesse por perto. E como a amizade reina entre elas, Silvana não pensou duas vezes antes de aceitar.
Lari: Entendi, mas como você está se sentindo com tudo isso?
Bru: Nada bem - Confessei em voz alta pela primeira vez - Eu li e reli aquelas informações várias vezes e mesmo assim organizei aquela missão. Estava claro o que estavam fazendo, mas eu me recusei a ver. Por algum motivo, eu não queria aceitar que dessa vez ela estava agindo em em Prol do governo e não contra ele - Podendo enfim dizer isso a alguém, soltei um longo e pesado suspiro - Se eu não tivesse montado toda aquela ação, tivesse dado o benefício da dúvida. Nada disso teria acontecido, ela não estaria imóvel em uma cama agora. Isso é tudo culpa minha, Lari.
Lari: Sabemos que não. As coisas só acontecem por que é algo que não está em nosso controle, não podemos prever o futuro - Disse firme ao tomar a minha frente e ganhar para si, a minha completa atenção - E se você se sente tão culpada, é porque mentiu para mim, quando questionei seus sentimentos em relação a ela. Está óbvio que o sentimento que as uniu uma vez, ainda vive dentro de você. Poderia estar trancado, mas depois do que houve a dois dias, tenho certeza de que não está mais - Sorriu ao dizer, eu me mantive inerte a qualquer expressão facial, não sabia como reagir - Olha eu sei que vindo de mim Não parece algo a se levar a sério, já que a minha vontade era de mata-la na primeira oportunidade que tivesse. Mas vocês merecem sim uma segunda chance e essa última ação dela ter sido algo honesto, só prova que a mesma está disposta a mudança para te ter de volta. Então por que não tentar?
Bru: Quem é você, o que fez com a minha Carvalho durona? - Questionei realmente não tendo certeza de que todas essas palavras saíram da boca dela, era algo quase impossível - Luane, é um prazer revê-la - Cumprimentei ao notar a sua presença.
Luane: Não queria interromper, mais a sua mãe me arrastou para dentro e disse onde vocês estavam - Disse um pouco sem jeito e sendo algo muito novo, porém satisfatório para mim. Lari, rapidamente se pôs de pé e se prendeu dentro do abraço dela, ato que fez sorrir e questionar cada detalhe de tudo o que me foi dito a agora pouco - Foi mal, não ter aparecido esses dias.
Lari: Desde que não esteja agindo criminosamente ou algo parecido, não tem problemas - Disse toda idiota ao ceder um beijo rápido a Luane. Luane: Então... - Disse levando uma das mãos até a cabeça e não pude deixar de sorrir, quando a Lari se afastou cruzando os braços.
Lari: Que merda você anda aprontando, Luane Sales?
Bru: Elas são amigas, Lari - Falei me pendurando em seu ombro ao ficar de pé - É óbvio que alguém iria ter que ficar na supervisão de toda a máfia, enquanto aquele inferno não acordar.
Lari: Eu não sei como você conseguiu manter um relacionamento por tanto tempo, com aquela filha da mãe, Brunna - Disse ao sair batendo o pé.
Bru: Não era você quem estava me dizendo que devo dar uma segunda chance?! - Joguei em provocação e recebi dois dedo em resposta, ato que me fez sorrir ainda mais.
Luane: Eu fiz algo de errado? - Quis saber enquanto observava aquele traste ambulante sumir de nossa visão.
Bru: Não exatamente, mas só o fato de estar temporariamente no comando da organização mais procurada do mundo, deveria te dizer algo - Ironizei percebendo a frustração em seu modo de respirar - A Lari é uma pessoa complicada e difícil de agradar. Sem mencionar que ela odeia mentiras, principalmente quando essas vem para prejudica-la de alguma forma e quando atingem alguém com quem ela se importa, as consequências são ainda piores - Comentei enquanto caminhávamos a passos lentos de volta para dentro de casa - Tudo o que aconteceu com vocês, o modo como ela conheceu uma parte do seu passado, só prova o quanto a mesma se envolveu, o quanto ela gosta de você. Se fosse para haver uma reação condizente com a real personalidade dela, você já estaria atrás das grades a algum tempo. Não teria nem mesmo saído da mansão Santoro aquele dia.
Luane: Compreendo cada ponto e estou certa de que posso dizer o mesmo sobre você - Comentou ganhando toda a minha atenção, tanto que parei de andar, apenas para o ouvi-la - Se você realmente estivesse realmente disposta a tudo só para deixar a Ludmilla presa, não teria feito o que eu pedi, mas sim, teria seguido imediatamente para o hospital mais próximo, onde deixaria montada uma guarda com seus melhores agentes. Dessa forma, ela seria transferida para uma detenção provisória, assim que estivesse recuperada, para esperar o julgamento em cárcere de privado. Mas você não fez isso na verdade, essa possibilidade nem mesmo passou pela sua cabeça. A única coisa que você queria naquele momento, era poder salvar a vida dela e vê-la bem, nada mais além disso. O que só prova o quanto vocês ainda se amam, mas se recusam a admitir - Sorriu ironicamente - Bom, você se recusa, pois ela nunca negou isso, apenas te deu o espaço que achou necessário. Porém, estava disposta a finalmente correr atrás do prejuízo causado, mostrar que nunca esqueceu o que viveram juntas, muito menos os planos que fizeram antes de cometerem aquela burrada.
Bru: Por que está me dizendo tudo isso? - Questionei sentindo os sentimentos falarem mais alto, não sendo capaz de segurar as lágrimas formadas em meu olhar que ameaçavam se derramar.
Luane: Porque essa é a verdade. Não há nada sobre a relação de vocês que eu não saiba. Ela teve a paciência de me contar cada detalhe, desde o momento em que se conheceram, até o dia em que você pediu um tempo, passando por todos os momentos conturbados, sendo o primeiro deles, a situação de extermínio com o pai dela, se seguindo para a prisão executada pelo seu pai, tendo ainda os períodos de quase morte da parte dela e só para finalizar, veio a sua quase morte, também causada pelo seu próprio pai - Relatou de forma resumida todos os momentos ruins que passei junto aquela inconsequente - A nossa amizade surgiu quando a mesma meio que impediu uns idiotas de fazerem pedacinhos de mim, há mais de um ano atrás. Mas eu só fui fazer parte de todo esse lance de máfia a pouco tempo. Ela viu em mim uma parceira de trabalho e uma amiga com quem poderia contar. Tudo o que eu também vi nela, por esse motivo sabemos tanto uma da outra e por consequência, de você também - Sorriu largo com tal comentário - Desde a separação, ela nunca deixou de cuidar de seu bem estar, tanto que todas as nossas ações eram calculadas até nos mínimo detalhes, de forma que você e sua equipe principal, nunca saíssem feridos. Apesar das confusões, ela gosta muito da Larissa e aprendeu a ter afeição pelo carinha que nos deixou aquele dia a seu pedido, pois assim como a mesma, ele se preocupa com você e o porre da minha morena - Alargou ainda mais o sorriso ao dizer e minhas lágrimas já não estava mais sob o meu controle - Ela ainda te ama Brunna, isso nunca mudou. E saiba que mesmo você dizendo o contrário, ela não vai desistir de tentar reconquistar o seu amor de volta...
Eitaaaaaa Bru, dois tapas na cara de uma vez só!
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