2° Tem. 17 capítulo
LUANE
O trabalho desta noite, era para ser algo simples, sem o menor dos problemas, principalmente depois de comprovarmos que de fato não se tratava de uma armação do governo. Tendo recebido o toque que se era esperado, apenas entramos em ação e seguimos para o local da transação. Não havia muito com o que nos preocupar, porém não somos o tipo que age sem ter um bom plano de contingência, sendo assim além da equipe principal, também montamos uma segunda linha, que só iria agir caso algo inesperado viesse acontecer e como a sorte nunca nos acompanha e só de ficar ao lado da Ludmilla, parece que essa perspectiva só piora. Mas bem, não tivemos nem mesmo o prazer de dar um início de verdade a todo o processo e em poucos minutos, Brunna apareceu, junto com a Larissa e um outro cara, este dando a voz de ação, sendo essa uma das várias possibilidade posta sobre a mesa. Nossa equipe de contenção se fez presente para deixar as coisas ainda piores, o nosso sniper entrou em contato. Enquanto Ludmilla batia de frente com à sua Ex.
Snipe: Há homens posicionados ao leste e oeste - Informou - Não parecem fazer parte dos que estão junto a vocês - Concluiu e é claro que já tinhamos uma noção de quem poderia ser. O FBI está na tentativa de nos derrubar há muito tempo e devido a união com uma das melhores sedes da CIA, não é surpresa eles estarem aqui essa noite e Ludmila percebeu isso quando enfim abaixou sua arma dizendo justamente o que eu esperava - As ordens ainda são as mesmas? - Diante de tal questão, dei os sinais necessários com a mão posicionada logo atrás do corpo. Somente eles sabiam o que significava e espero não ser algo necessário.
O nosso trabalho havia chegado ao fim e isso se tornou algo perceptível quando todos se deram conta de que não havia mais uma carga para ser extraviada. Dessa forma não possuímos mais um motivo para continuar com este embate, porém as coisas mostraram um caminho diferente quando a Ludmilla decidiu se despedir, deixando a verdade plena.
Lud: Dessa vez a errada não sou eu, Brunna. - Disse firme a dando as costa e como se fosse mesmo algo bem planejado, seguidos um do outro, com pequeno intervalo de tempo, 2 disparo se fizeram audíveis. Ludmilla levou a mão até a altura de seu peito e abriu um breve sorriso, antes de cair de joelhos ao chão. Sendo pega pela enorme surpresa, me livrei da máscara que cobria o meu rosto e a dei apoio, antes que a mesma perdesse por completo o seu equilíbrio.
Luane: Ei, Olha para mim ok? Fica acordada, fala comigo - Pedi fazendo pressão no local do tiro.
Lud: Você se ferrou sua idiota - Disse com dificuldade ao levar a mão até o meu rosto. Só então tive a curiosidade de erguer o meu olhar e observar uma Larissa sem fala, me fitando com uma grande atenção. E ela estava certa, eu havia me ferrado, mas isso não importa, não iria deixá-la assim, não dessa forma.
Luane: Vamos logo Brunna. Me ajuda com isso, precisamos tirar ela daqui - Pedi ignorando por momento a pessoa que me fez mudar de vida.
Bru: Róger, quero que você saia daqui e só entre em contato comigo quando obter todas as informações que irei te pedir por SMS, me entendeu? - O cara apenas assentiu e passou por nossos funcionários, o mais rápido que pôde - Se eu ainda a conheço bem, Vocês estão nessa merda de uma moto, então vamos logo atrás do meu carro - Entendendo o recado, a Larissa também saiu correndo e não levou muito tempo para que ela já estivesse estacionando à nossa frente. Toda essa ação, não deve ter demorado nem mesmo 5 minutos. O que explica a falta de atenção dos demais policiais presentes no local.
Lari: Para qual hospital eu devo ir? - Perguntou assim que nós entramos no carro, com a Santoro, já desmaiada e a mesma deu a partida, a situação estava se agravando e não tinha certeza do que fazer.
Luane: Não podemos ir para o hospital - Foi tudo o que pude falar, mesmo sabendo que isso não iria adiantar, não desta vez. E diante do meu comentário, Brunna rapidamente discou um número no celular.
Ligação
Bru: Mãe? Onde você está? - Perguntou assim que teve a ligação atendida e como eu imaginava, dessa vez não fui só eu a me ferrar. Se fosse para salvar a vida dela, não havia muito o que eu pudesse fazer - Só me responde, depois eu ouço o sermão - Em nenhum momento seus olhos saíram dá Ludmilla e é óbvio que o sentimento que as uniu um dia, ainda vive mas duas metades - Tudo bem, Preciso que prepare um dos quartos para uma ação de emergência... Só faz o que eu te pedi, quando chegar aí, te explico tudo - Concluiu desligando o celular - Vamos para a residência Santoro, Lari.
Não era um direito meu me colocar contra tal decisão. Se o telefonema era algo de urgência e ela escolher a mãe, é porque sabe o que está fazendo. Então só me resta confiar e me preparar para uma tensa conversa, assim que estivermos em uma melhor situação momentânea, algo que não se faz presente nesse momento. Mantendo o silêncio e uma velocidade acima da permitida, não demorou para que já estivessemos estacionando em frente à mansão Santoro, onde dona Silvana já nos esperava ao lado de uma mulher, que julguei ser a mãe da Brunna e não estava errada. Sem pronunciar uma palavra que fosse, apenas desci já ajudando Brunna a sustentar a Lud fora do chão, para que pudéssemos chegar o quanto antes no quarto destinado a ela.
Sil: O que aconteceu? - Fez a pergunta com os olhos completamente tomados pelas lágrimas.
Bru: Mãe, o quarto? - Ignorando a pergunta da Silvana, fez a sua própria.
Mia: O dela mesmo, não havia muito o que escolher - Disse seguindo na frente para deixar as portas abertas - A coloquem sobre a cama e saíam - Deu sua ordem e assim eu estava pronta para fazer, mas que a Brunna não. Me coloquei a porta a observando , enquanto sua mãe se livrava da regata que minha amiga vestia, isso com um assistente ao seu lado, o que era algo normal, mas também era óbvio que ela não iria prosseguir conosco aqui - Brunna, saia agora! - Disse um pouco mais alto e como a loira parece não ouvir, eu a tomei pelo braço e a retirei dali já fechando a porta logo atrás da gente. Percebi em seu olhar o enorme vazio tomar conta e me perguntei como puderam chegar a este ponto, se ainda gostam tanto uma da outra.
Sil: Bru, pode me explicar o que aconteceu com a minha filha? - Não estranhei a pergunta da Silvana ser direcionada a Ex-nora, até porque, a mesma nunca foi com a minha cara. Não confia em mim de forma alguma.
Bru: Não sei se consigo - Disse mantendo a expressão fria, não derramando sequer uma lágrima, mas deixando claro o quanto se importa.
Luane: Por favor, faça isso. Ela precisa saber - Pedi dando um leve empurrão em seu ombro e mesmo não sendo algo que desejasse, a mesma assentiu e seguiu com a Silvana escada abaixo, indo em direção a cozinha. Eu por minha vez, caminhei até o jardim, onde a Larissa se prontificou desde que chegamos aqui, então me coloquei ao seu lado no gramado onde a mesma estava sentada. Sabia que algo precisava ser dito e sabia também que a primeira palavra não devia partir de mim, então esperei.
Lari: A quanto tempo estão nessa juntas? - Questionou após minutos de silêncio.
Luane: Não era para estar ali. Sabia das chances de bater de frente com vocês - Confessei - Porém, pela primeira vez o trabalho era algo que valia a pena e ajudar a minha irmã valia muito mais - Suspirei me jogando para trás - Esse trabalho não é contra a lei, estávamos apenas nos certificando de que não sofreriam um ataque. Essa era a primeira, de muitas ações que seriam efetivas depois de um contrato assinado. Mas enfim, respondendo a sua pergunta. Estamos uma do lado da outra a um tempo bem longo, mas quando conheci você e contei para ela, a mesma me sugeriu abandonar tudo, começar do zero. Me tornar alguém que valesse a pena, que fosse digna de estar ao seu lado.
Lari: Quando pretendia me contar?
Luane: Quando você decidisse que queria me conhecer mais a fundo.
Lari: Então iria deixar que tudo dependesse de mim? - Me fitou pela primeira vez desde que me sentei ao seu lado.
Luane: Eu gosto pra caralho de você Larissa e não queria te perder, muito menos te magoar. Por isso deixei os meus afazeres ao lado da minha melhor amiga e comecei a trabalhar em um emprego digno e honesto - Soltei um longo suspiro, temendo pelo o que poderia vir a seguir - Não te enganei l ou fiz uma sondagen, até porquê, acreditando ou não, aquela maluca gosta muito de você. Só quero poder estar ao seu lado,mas não vou te obrigar a nada, se decidir diferente depois do que aconteceu - Mal terminei de falar e ela simplesmente se jogou sobre mim, me prendendo em um forte abraço. Confesso ter ficado um pouco surpresa, mas ao sentir suas lágrimas molharem a minha camisa, percebi que não poderia ter dado tanta sorte assim em momentos passados e agora entendo tudo o que a Lud me disse anteriormente. Quando se ama alguém, a gente é mesmo capaz de mover o mundo...
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