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2° Tem. 11° Capítulo

BRUNNA

Como já era esperado a missão foi concluída com êxito e sem a precisão de nenhuma baixa nos atuais relatórios da forma que foi exigido. Esses filhos da mãe metidos a sabe tudo, precisam entender que tudo que venho fazendo por essa corporação é muito bem calculado e bem feito. Não vou fazer algo que vá prejudicar toda agência e me causar a perda do meu posto e é justamente por esse motivo, que quase nunca faço exatamente o que eles me pedem, até porque em grande maioria das vezes as ações exigida são desnecessárias e nenhum pouco benéfica para a gente. Dessa vez, o pedido feito por eles poderia muito bem ter sido executado. Isso porque o nosso criminoso da vez é alguém com bastante poder e resistência, poderia vir a altura. Porém as nossas ações durante as missões executadas, são estudadas a fundo, de forma que não precisamos nos preocupar muito com as perdas obtidas, uma vez que isso raramente acontece sob meu comando. Mas o fato de ele estar em um contato direto com a nossa missão número um desde a chegada do FBI aqui, foi o que realmente me fez rever as estratégias usadas e respirar o pedido de vivo ou morto de seu cartaz de procura.

Ao chegarmos com os nossos novos hóspedes ao departamento principal, pedi para que Getúlio fosse encaminhado até a sala de interrogatório, enquanto os demais iriam ficar em uma ala de prisão preventiva, até que eu pudesse enviar um pedido de transferência para o presídio regional, onde ficariam até a chegada da data para o julgamento. E não queremos saber de enrolação ou demora, não demorou muito para me colocar a frente do filho da mãe e dar início a nossa conversa.

Bru: Devo dizer não está Surpresa por saber da sua extensa ficha criminal, Senhor Rivera - Comecei ao jogar sobre a mesa, uma pasta com todos os crimes já relatados, pouco antes de me sentar ali em sua frente - Mas vamos ao que realmente nos interessa, o que acha? - Em resposta à minha pergunta, Ele apenas sorriu largo e se manteve em silêncio - Como estou levando esse seu silêncio como um sim, vamos a nossa primeira questão do momento. O que você tem a me dizer em relação ao fato de ter sido pego com uma quantidade considerável de cocaína, craque, anfetamina e êxtase? 

Rivera: Só falo na presença do meu advogado - Foi firme ao dizer enquanto trocava o sorriso por uma expressão mais do que séria.

Bru: Tudo bem então, o que acha de você fazer algumas perguntas direcionadas a mim, enquanto ele não chega? - Questionei e pude ouvir a reclamação da Lari pelo ponto que estava usando, porém não me importei nem um pouco - Por favor senhor Rivera, tire suas dúvidas.

Rivera: Onde você quer chegar com isso? Que tipo de interrogatório é esse? - Perguntou realmente confuso com o que acontecia.

Bru: Onde Eu pretendo chegar, não importa neste momento senhor Rivera, porém estou à disposição para tirar algumas de suas dúvidas, como por exemplo. Gostaria de saber como chegamos até você, mesmo depois de sua mudança de agenda? - Joguei o verbo, vendo seu semblante mudar completamente, ato que me fez sorrir em divertimento - Bom, por onde eu devo começar a explicação? - Perguntei a mim mesma, fazendo um sinal para que as gravações fossem causadas, pois o que seria dito no momento não poderia ser ouvido por alguns agentes - Devo dizer que a minha desconfiança com meus funcionários estava bem alta e como existia um de nós entre os seus, decidi que estava na hora de confirmar esse ponto, tirar essa dúvida. Sendo assim, anunciei para todos Quem seria o nosso alvo da vez e o tamanho da importância da missão, dessa forma, apenas esperei o contato necessário e xeque-mate. Confirmei que mais uma vez não estava errada e para evitar qualquer outro problema desse tipo, guardei apenas para mim onde seria a nova localização de seu encontro. Enquanto todos esperavam que o Caminho original fosse seguido, dei novas instruções, pegando nova rota minutos depois de todos já estarem dentro dos carros - Sorri ainda mais, ao ve-lo tão nervoso diante de tal relato - Está quase tatuado na sua cara que você sabe de quem estou falando.

Tudo que eu acabei de relatar realmente aconteceu dessa forma. Porém eu ainda não havia conseguido o que precisava e somente esse ser desprezível a minha frente, poderia me dizer algo de importância. Antes que ele pudesse ao menos cogitar a idéia de me ajudar, o tal advogado teve a entrada liberada por Larissa, a qual me lançou um pedido de desculpa silencioso antes de voltar a fechar a porta e me deixar novamente a sós, agora com os dois. O olhar que eles trocaram já me dizia muito e percebendo o tipo de homem que esse escroto à minha frente é, já tinha um meio seguro para conseguir tudo o que preciso.

??: Espero que não tenha havido nenhum tipo de coação contra o meu cliente - Disse firme ao se sentar à minha frente e do lado do Getúlio.

Bru: Lhe garanto que apesar do sobrenome, eu não tenho nada a ver com o meu pai, Senhor Mendes - Relatei exibindo o melhor dos meus sorrisos - Mas agora me diga senhor Rivera, eu preciso apenas de um nome.

Mendes: Meu cliente não tem que dizer - Reforçou como se o homem ao seu lado não tivesse mais uma voz - E quanto as acusações, peço para rever cada uma delas e que uma fiança justa seja aplicada caso um processo aberto baseado nas mesma.

Bru: Senhor Mendes, devo lhe informar que não há possibilidade de fiança para este caso. O flagrante sofrido juntamente a extensão dos creme pelos quais o seu cliente está sendo procurado. Deixa nula qualquer chance de liberdade, pelo fato de ele ser um criminoso de alto risco e poder fugir das autoridades para países onde nossa jurisdição não seja aceita - Deixei claro, vendo ambos suspirarem - A pena mínima pedida nesse caso, é de pelo menos 20 anos, podendo se estender a prisão perpétua, caso algo ainda mais grave venha aparecer e seja acrescentado. Porém, podemos entrar em contato com a procuradoria e pedir um acordo, basta o senhor me dar um nome e explicações válidas que prove o que está me dizendo.

............

Bru: Será uma ação simples Carlos, haja de forma natural e tudo isso irá ser levado em consideração diante do juiz - Falei examinando a escuta instalada dentro do seu coturno, lugar que não seria revistado de forma alguma - Estaremos aqui caso precise de alguma ajuda, basta dizer algo relacionado ao clima e entraremos em cena, me entendeu? - Em resposta ele apenas a sentiu, não tinha escolha, se quisesse ter uma chance de continuar com a farda - Otimo agora vai, ela deve estar quase chegando. E lembre-se, aja com naturalidade.

Lari: tem certeza de que é uma boa ideia mandala de encontro com ela nessas condições? -  - Questionou ao se colocar ao meu lado, em frente ao equipamento montado.

Bru: Foi uma decisão dele Lari, a única forma para tentar manter o distintivo - Falei ao respirar fundo - Mas vamos torcer para que nada saia do nosso controle - Pedi ao finalmente ouvir a voz dela.

Lud: Agente Sevilla, certo?

Carlos: Exatamente.

Lud: Como não estou com tempo e também não gosto de enrolação, poderia me explicar como não fomos avisados da emboscada armada para um dos nossos? - Foi firme ao dizer, uma característica dela que nunca vai morrer.

Carlos: As informações foram passadas da forma que me pediram, porém eles tinham alguém dentro da equipe do nosso alvo e eu não sabia - Depois do comentário, o silêncio prevaleceu por um tempo desnecessário e eu já não gostei disso.

Lud: Estou te achando um cara muito nervoso Carlos, aconteceu alguma coisa que eu precise saber? - Jogou a pergunta é ali eu percebi que as coisas já estavam caminhando para um caminho sem volta.

Carlos: Não é nada demais, só acho que esse calor pode estar me afetando.

Bru: Vamos logo, essa é a nossa deixa - Falei já descendo da Van, com a Lari e mais três agentes na minha cola - Cuidado com as ações executadas - Informei apressando o meu passo já com a arma em punho e não estranhei ao bater de frente com ela e ver que a mesma também empunhava sua arma - Não precisamos causar perdas essa noite Ludmilla, podemos resolver tudo de forma civilizada.

Lud: O que passou na mente de vocês quando mandaram esse covarde filho da puta vir se encontrar comigo? Acharam que eu não iria perceber nada e poderiam executar uma prisão limpa? - Questionou sem se importar com os meus comentários, ainda mantendo meu agente sob sua mira - Eu não queria que a história dos nossos pais se repetisse Brunna, mas a decisão não é somente minha, não é mesmo? - Engatilhou sua arma a deixando cair até a altura das costas de Carlos.

Bru: Isso não precisa acontecer, podemos fazer diferente deles, basta apenas você se entregar - Falei sem baixar minha arma, da mesma forma que meus agentes e os funcionários dela também.

Lud: Sabemos o que vai acontecer quando enfim conseguirem me colocar em uma cela Brunna, sabemos que tudo o que meu pai passou não chega a nem um terço do que me aguarda - Sorriu ironicamente e o som do disparo de sua arma se fez presente segundos antes de Carlos ir de encontro ao chão, ela então olhou para seus funcionários que apenas assentiram - E mais uma vez deixo a escolha em suas mãos. Salvar a vida dele ou entrar em um confronto com meus amigos aqui e vi atrás de mim, confio em você para tomar a decisão correta dessa vez - Com isso, ela se limitou a me dar as costas e sair andando enquanto os outros dois se mantiveram ali parados, sem abaixar suas armas.

Lari: O que quer que a gente faça Brunna? - Perguntou enquanto a via se afastar.

Bru: Esquece ela, teremos outra oportunidade - Falei guardando a minha arma e indo checar a gravidade da situação do Carlos - Deixe-os ir embora e vem me ajudar aqui, precisamos levá-lo para o hospital o quanto antes...

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