18°
LUDMILLA
Lud: Como assim eu não posso sair ?
Diego: Quantas vezes vou ter que pedir para não gritar dentro dessa casa?
Lud: O que acha de ir me ouvir gritar lá fora então?!
Diego: Se você continuar assim, você não vai se enturmar com ninguém da equipe que vou te direcionar - Disse e passei a prestar mais atenção - Você vai ficar sobre a supervisão do meu braço direito, até eu achar que você pode subir para algo mais avançado.
Lud: É sério isso pai? Vai me deixar com uma babá? De novo?
Diego: Para de gritar, está quase me deixando surdo desse jeito.
Lud: O que te faz pensar que vou aceitar ordens daquele carinha de merda? - Baixei um pouco o Tom - Não aceitava ordem nem do desgraçado do do RS, que foi quem me deu o posto de Sub e me tratava de certa forma como uma irmã, imagina só! Ter que aturar quem não vai com a minha cara? - Dei uma risada irônica - Nem pensar, prefiro ficar de boa sem fazer nada, até o senhor perceber o meu valor e me colocar do seu lado - Dei as costas para ele seguindo até a saída.
Já tem 3 dias que estou presa dentro de casa e o que mais quero é poder dar uma volta sem esse guarda-costa na minha cola, fazendo com que eu me sinta uma dessas cantoras pop, isso me irrita pra caralho. Mal cheguei no portão e já tinha dois deles atrás de mim, mandei eles irem para o inferno ou fazer qualquer outra coisa e entrei no táxi que estava me esperando a mais de meia hora. Seguir para o shopping pensando se deveria ou não, entrar em contato com o RS para saber como foi o afronta com com os vermes. Desde que o avisei sobre a invasão que sofreriam, não mandei nem mesmo uma mensagem e não tem como ele me contatar, já que eu não me arrisco, tô sempre usando um número privado. Mas quer saber Deixa isso para lá se é para mim desligar do Morro que seja direito já fiz a minha parte o alertando sobre o FBI desci do carro pagando o motorista e fui andar pelos arredores do shopping não gosto muito de vir aqui em específico mas é sempre bom respirar Novos ares e eu meio que tô tentando evitar aquelas desgraças que devem estar a minha procura.
Já era bem tarde, levando em conta que sair de casa antes do almoço, tipo ja era umas 9 horas da noite e como ainda não comi nada, decide e a um dos meus restaurantes italiano Favorito. E como sempre faço me sentei na mesa de todas as outras vezes, no fundo do local, onde ninguém iria me incomodar, porém tive uma surpresa muito grande só não sei dizer se ela é boa ou ruim. Quando o garçom estava servindo o meu pedido uma pessoa em especial me chamou a atenção na entrada do restaurante.
BRUNNA
Três dias desde a invasão fracassada e eu ainda não sei o porquê de meu pai ter me chamado de volta.
Três dias atrás - Momentos depois da invasão...
Estava voltando para o meu apartamento como planejado, mas antes disso passei na delegacia junto dos demais, precisava falar umas verdades para o idiota do Garcia e não podia esperar, como fiquei por último, quando cheguei na delegacia, todos já estavam em suas devidas funções para fazerem a merda dos relatórios, sendo assim fui direto para sala do filho da puta.
Bru: Quem você pensa que é para fazer um Civil de refém? - Cheguei batendo de frente na mesa dele, sem nem me importar com quem estava ouvindo.
Garcia: Primeiro, baixa o Tom para falar comigo - Se pôs de pé bem a minha frente - Segundo, é por causa dessa ação que você ainda está viva - Deu um passo atrás e se sentou sobre a mesa - E em terceiro, eu não a fiz de refém, ela se ofereceu, disse que assim aquele desgraçado Não te faria nada - Estava pronta para mandar ele ir para puta que pariu, mas ouvi isso, me abalou estrutura e emocionalmente.
Sem ouvir ou dizer mais nada, tomei o caminho oposto e voltei em definitivo para casa. Fui o caminho inteiro pensando no que a Dai fez, mesmo sabendo quem sou e que trair a confiança de todos. Pois é, eu sei reconhecer quando estou errada, ao menos de certa forma, não que ninguém além de mim preciso saber disso. Chegando em casa, a primeira coisa que tratei de fazer foi ligar para a Dai, precisava falar com ela, antes de me livrar do meu celular e número.
Ligação on
Eu : Oi, por favor não desliga - Falei logo de cara.
Dai: O que você quer ? - Seria idiotice minha, se por um acaso eu estivesse esperando alguma reação diferente vinda da parte dela.
Eu: Queria te agradecer - Suspirei - O Filho da puta que eu tenho que chamar de chefe, me falou o que fez por mim.
Dai: Só fiz o que achei ser o certo e se era só isso, tenta não me ligar mais.
Eu: Por que fez aquilo?
Dai: Por que eu vi o que você fez! - Como assim ela viu e o idiota do Garcia não? Eu sempre disse que ele era um otário.
Eu: E o que eu fiz? - Queria ter certeza.
Dai: Salvou a vida do meu irmão - Pude ouvir sua respiração pesada daqui e a Porta se abrir, então ou ela estava no quarto ou chegando em casa - Você poderia ter deixado aquele cara matar ele ou você mesma poderia ter feito o serviço, mas decidiu se por a frente da mira da arma do seu chefe e efetuar a prisão, obrigada por isso.
Eu: Eu sinto muito por tudo Dai, eu gosto muito de todos vocês, me apeguei de modo que achei não ser possível. Mas isso é trabalho, não podia simplesmente sair fora e também não iria deixar o RS morrer, ele me apoiou quando eu mais precisei - puxei um travesseiro para o meu colo assim que pulei na cama - Sei que você não quer ouvir, mas... Eu até pensei em desistir da operação.
Dai: E por que não fez?
Eu: Meu pai... Eu só estou aqui por causa dele, não posso demonstrar fraqueza, tenho que fazer o possível para conseguir seguir ordens... Mas matar o seu irmão, não se encaixa nisso tudo.
Dai: Não sei se algum dia Voltaremos a ser o que éramos - Fez uma pausa de poucos segundos, que para mim, mais pareceram horas - Mas eu te entendo... E Brunna? Toma cuidado, sua carreira ainda vai de causar grandes problemas e até mesmo sofrimento.
Ligação off
Sem que eu dissesse algo, ela simplesmente encerrou a chamada me deixando pensativa com esse último comentário, mas nada com que eu não possa conviver. Fui tomar o meu banho e quando sair do banheiro, Recebi uma mensagem do meu pai, com a qual me surpreendi.
Mensagem on
Pai: Quero você aqui no máximo em três dias...
Eu: Até onde eu sei, a minha volta está marcada para daqui a um mês, porque essa decisão agora? Aconteceu alguma coisa?
Pai: Fiquei sabendo da operação.
Eu: E o que isso te haver? Me quer de volta só por que falhamos na missão?
Pai: Não, mas porque você é a minha filha, e acho que errei em ter te mandado para esse país.
Eu: Eu não sei se eu rio ou se choro... Qual dos dois?
Pai: Que tal me obedecer e voltar logo para casa, como eu pedi?
Eu: Beleza, nos vemos quando eu voltar.
Ligação off
DIAS ATUAIS
Sendo assim, aqui estou eu, de volta ao meu país.
Sair do aeroporto encontrando com a Lari a minha espera. Já passavam das 9 horas da noite e eu estava faminta, Então decidi ir jantar antes de ir para casa.
Lari: O que você acha daquele restaurante chinês, que você tanto ama? - Perguntou sem tirar os olhos do caminho.
Bru: Não, tô pensando em algo diferente, um lugar que eu não fui ainda - Falei com o olhar preso do lado de fora da janela.
Lari: Já sei então - Ela e Eu fiquei em silêncio, ela me conhece o suficiente para saber o que vai me agradar e poucos minutos depois já estávamos estacionando em frente a um restaurante italiano - Você nunca esteve aqui e o tempero é excelente, Então nem pense em recusar.
Bru: Mas eu não disse nada - Falei e ela começou a rir - Idiota.
Lari: Eu sei, agora vem - Me puxou pela mão, assim que saímos do carro - Você vai amar esse ligar.
Bru: Acho bom mesmo, porque eu estou de verdade com muita fome - Dei um sorriso de canto - Não almocei hoje e meio que não quis tomar café também.
Lari: Você tá o dia inteiro sem comer nada? - Disse me dando um tapa na nuca - Agora Saquei porque não quer ir para casa sem jantar - Comentou quando já estávamos na porta, porém não me preocupei em rebater, vi algo mais interessante que em segundos também olhou para mim, foi a primeira pessoa em quem meus olhos se fixaram no ambiente - Você tá ouvindo o que eu tô falando?
Bru: Na verdade não - Voltei minha atenção para ela, que olhou na mesma direção que eu olhava a segundos atrás.
Lari: E já sei o porque - Riu me dando um empurrão - O que acha de irmos lá? Ela também pareceu se interessar, já que não tira os olhos de você.
Bru: Não tô muito afim disso não - Comentei voltando a olhar para ela, que fez um gesto para que eu fosse até a sua mesa.
Lari: Agora vai né? Ela tá te chamando, além de tá quase te comendo com os olhos.
Bru: Vamos logo procurar uma mesa? - Perguntei mudando de assunto e sai andando sendo guiada por um dos funcionários - Quero dormir ainda hoje.
Lari: Climão esse que rolou aqui, né não? - Disse se sentando e eu estava para responder, quando lancei mais um olhar na direção dela e a vi vindo até a mim, Lari fez o mesmo que eu e abriu um sorriso - Não falei que ela estava interessada?
Bru: Você não sabe o que tá dizendo Lari.
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