15°
LUDMILLA
Hoje tá fazendo uma semana que estou aqui e ainda não bati um papo decente com o meu pai, no máximo um bom dia, mal tenho passado por ele direito, andando para tudo que é canto e lado dessa cidade.
Acordei com uma dor de cabeça insuportável e nem sei o porquê, só me levantei e fui tomar um banho, o qual foi bem demorado e nada confortável como eu achei que seria, apenas vestir minha calcinha box e meu Topper e comecei a secar meus cabelos com a toalha mesmo, porém a dor voltou e mais forte do que antes.
Lud: Ahhh! Que merda!! - Gritei caindo de joelhos no chão com as mãos na cabeça.
Isso já havia acontecido antes, mas não com essa mesma intensidade. E depois de ter feito alguns exames, fiquei mais do que aliviada por não ter nada de errado comigo. Mas agora a situação é um pouco diferente.
??: Ludmilla, você está bem? - Mamãe chega no quarto e rapidamente veio até a mim.
Lud: Não, eu não tô nada bem - Falei tentando me levantar, mas não conseguia, a dor era demais para conseguir fazer qualquer esforço.
Sil: Diego?! Vem aqui!!! - Mamãe gritou e eu só fiz apertar ainda mais a cabeça entre minhas mãos.
Lud: Não grita - Pedi caindo nos braços dela, perdendo a consciência aos poucos, até não ver mais nada.
....
Quando acordei eu não estava no meu quarto, muito menos em um hospital, meu pai não se arriscaria tanto nem mesmo por mim, até porque ele tinha sua própria ala médica, com seus próprios médicos e tenho certeza que é bem onde eu estava no momento. Olhei para todos os lados e não vi ninguém, Então me levantei tirando todos os aparelhos do meu corpo e sair andando na direção que ainda me lembrava sem a saída, porém alguém me parou no meio do caminho, o que não me agradou nem um pouco.
??: Onde pensa que você está indo? - Perguntou me segurando pelo braço e me puxando de volta, Talvez para aquele quarto de novo, não sei bem porque não deixei, é claro.
Lud: Tá pensando que é quem para colocar as mãos em mim assim? - Falei tirando meu braço do Poder dele.
??: Sou quem gerencia esse lugar - Disse me empurrando na mesma direção.
Lud: Vai empurrar a sua mãe desgraça! - Alterei a voz me virando de frente para ele - Não sou qualquer uma para ficar me empurrando assim não, Ok? - O ignorei seguindo o caminho da saída e quando estava para abrir a porta, ela se abriu revelando meu pai com mamãe ao seu lado.
Sil: Filha você não deveria estar de repouso? - Perguntou me abraçando e me analisando logo em seguida.
??: Perdão senhora mas ela é difícil de controlar - Falou aparecendo atrás de mim e eu lancei um olhar assassino na direção do otário.
Sil: Está tudo bem Luan, ela sempre foi difícil.
Lud: Eu não sou difícil mãe, só não gosto de ser controlada - Falei tomando rumo a saída, mas meu velho não deixou e claro que fiquei com uma puta vontade de meter o louco aqui e sair de qualquer maneira, nem que para isso tivesse que passar por cima dele.
Diego: Sem me dar mais trabalho - Disse me puxando pelo braço - Vamos voltar para o seu quarto e você só vai sair dele, quando o médico responsável dizer que você está liberada.
Lud: Uma merda que vou - Me soltei - Não sou criminosa para ficar presa, pelo menos Ainda não - Olhei para ele e sorri em deboche.
Diego: Ou faz o que eu tô pedindo por bem - Disse fazendo um gesto com a mão, o qual eu não gostei nada e em poucos segundos o tal de Luan me imobilizou - Ou então faz por mal.
Eu até tentei me soltar dele, mas no fim das contas acabei parando mais uma vez dentro da merda do quarto. Fui obrigada a ficar ali pelo resto do dia, e durante todo esse tempo não falei um A, com o meu pai e só para ter certeza de que não teria como eu sair ele deixou dois seguranças enorme na porta do quarto.
Dizer que eu não gosto do meu pai, é de fato uma mentira. Eu só estou vamos dizer, que com um pouco de raiva pelo o que ele fez nesses últimos dias, os que estão sendo praticamente um replay de cinco anos atrás.
Sil: Vocês precisam conversar - Mamãe disse entrando assim que ele saiu - Não podem continuar assim, ele sente sua falta mesmo que não admita.
Lud: Sei disso mãe, mas ele me forçou a voltar e eu tinha coisas importantes para resolver por lá - Falei me sentando na cama e Balançando os pés - Não precisava dessa pressa toda.
Diego: Na verdade Precisava sim - Disse aparecendo na porta do nada, como se estivesse ouvindo tudo e esperando uma brecha para entrar no assunto - me responde como você sendo uma das chefe daquele morro, não sabia que o FBI estava na cidade?
Lud: Como assim o FBI está no Brasil? - Dei atenção ao que ele dizia, já que fiquei realmente muito surpresa.
Diego: Fui informado de que eles foram enviados na missão de abdicação do morro do alemão, onde você estava - Disse se sentando ao lado de mamãe.
Ok, isso explica a desconfiança do RS e significa que eu preciso deixar ele sobre aviso, não posso arriscar perder o morro para esses merdas.
Lud: Entendi o que isso significa para o morro, mas não entendi o porquê de praticamente me importar de volta para cá - Olhei dele para mamãe e vice-versa - Eu não sou procurada ao olhos daqueles bostas, nunca cometi um crime e ninguém sabia e ainda não sabem quem sou eu. Sair deixando todos eles no escuro.
Diego: É o FBI Ludmilla, por mais burros que sejam poderiam descobrir quem você é assim que desconfiassem de algo.
Lud: Como iriam desconfiar de alguma coisa pai, se eles nunca sequer me viram? - Sorri irônica - São videntes e eu não tô sabendo?
Diego: Olhe o respeito, não te dei esse poder ainda - Disse tão ríspido que me fez engolir em seco - E só fiz o que fiz porque não podia arriscar perder a minha única filha.
Lud: Ok, entendi que não queria me colocar em risco, mas o que custava esperar mais uma semana ou duas? - Joguei o meu ponto e ambos me analizaram.
Sil: Por que você queria tanto ficar por lá? - Mamãe perguntou me encarando séria - Se me lembro bem quando seu pai te enviou por causa daqueles filhos da puta, você ficou ligando para a gente durante todo o primeiro ano, praticamente implorando para trazermos você de volta.
Lud: Isso foi antes de eu conseguir me tornar alguém dentro daquele lugar - Comentei o que parecia ser o óbvio.
Sil: Você conheceu alguém não foi? - Paralisei com a pergunta, não sei o porque, mas não soube o que dizer - Podemos saber quem é essa pessoa que te deixou assim... Acho que posso dizer fora do comum?
Eu estava para dizer alguma coisa em minha defesa quando o médico entrou de uma vez me fazendo parar na hora olhou para todos meio preocupado antes de começar a falar.
??: Perdão Senhor não queria interromper - Disse e o Grande São Diego fez um gesto com a mão e ele prosseguiu - Fizemos todos os exames como nos foi pedido e acabamos de olhar os resultados.
Lud: Sem enrolação, porque tô louca para sair dessa merda.
Sil: Acho que vou te mandar para uma escola de boas maneiras Ludmilla - Mamãe disse - Esse tempo no Brasil te estragou - Apenas dei de ombros olhando para o tal médico para ver se ele terminava logo o que veio fazer aqui, já estaca me irritando.
Nunca fiquei presa antes, nem mesmo quando o RS cismou que eu tinha o entragado para os canas e resolveu me costurar no galpão de sempre, do qual eu sair de cabeça erguida no mesmo dia, depois de dar uma surra nele e em três de seus vapores e ainda atirar no filho da puta que achou que tinha o direito de bater na minha cara.
??: Senhor, os exames não deram em nada - O olhei sorrindo porque eu já sabia disso, Como disse, já havia feito todos os tipos de exames possíveis - Fizemos três radiografias, todas de ângulos diferentes e nada foi apontado, os demais exames também não indicaram nada, estão todos em perfeita ordens. Não há nada fora do normal - Suspirou olhando para o meu pai, que acenou positivamente - Não sabemos o que ela pode ter.
Diego: Eu acho que sei - Falou causando surpresa em todos ali, mas a de mamãe era maior até mesmo do que a minha, então com certeza era algo sério, mais o quê?
Por hoje é só kkkk
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