10°
BRUNNA
Acordei bem cedo, me levantei e fui até o banheiro tomar um banho e fazer minha higiene pessoal. Sair do banheiro enrolada na toalha e tomei o maior susto ao ver quem estava sentado na minha cama. Sério só podia ser carma ou pedra na cruz.
Bru: O que está fazendo aqui ? - Perguntei direta enquanto fui atrás de uma roupa para mim vestir.
Lud: Já faz um tempo que não te vejo por aí - Se levantou vindo até a mim, o que me fez dá alguns passos para trás e acabar batendo as costa contra o guarda-roupas - Por um acaso, Tá me evitando? - Perguntou se apoiando com as mãos uma de cada lado do meu corpo me deixando assim presa.
Bru: Depois do que você fez - A empurrei e continuei com a minha Procura por algo para me vestir - Eu deveria te dar o troco a altura.
Lud: sabia que tu fica muito bem assim? Só de toalha? - mudou de assunto me deixando um pouco sem jeito - Deve ficar melhor ainda sem ela
Bru: Se me der licença - Falei seguindo de volta para o banheiro após escolher o que vestir.
Lud: Qual é vai me deixar aqui na vontade ? - Veio atrás, mais fechei a porta impedindo sua entrada.
Bru: Não tem nada aqui para você.
Já estava fazendo três dias, desde que ela me deixou plantada no centro da cidade, sem nem mesmo um centavo no bolso. Desde então não a encontrei em nenhuma circunstância e decidi focar mais na minha missão, que já está para chegar ao fim. Faltam apenas um mês e poucos dias, menos de uma semana. Já tenho tudo o que preciso sobre o RS e seus parceiros. Agora eu tenho que estudar os pontos de entrada e saída, para enfim poder organizar a invasão sem falhas. Não poderia ocorrer erros de modo algum. Sair do banheiro minutos depois e a filha da mãe ainda estava no meu quarto, no mesmo lugar de antes.
Lud: Tu gosta mesmo de me tirar do sério né não? - Me puxou pela cintura após me analisar por completo.
Bru: Você é quem fica se achando a minha dona - Tentei empurra-lá, mas não tendo muito sucesso. - E te garanto que não é.
Lud: Tu é muito marrenta e vai aprender a me respeitar - Sorriu - Ou não me chamo Ludmilla Santoro - Disse me beijando logo em seguida.
Santoro? Não me lembro dela ter dito esse sobrenome quando conversamos a algumas semanas atrás. Ela não disse tenho certeza.
Bru: Pensei que seu sobrenome fosse Oliveira - Perguntei ao cortarmos o beijo.
Ao menos foi isso o que ela me disse E foi com esse sobrenome que eu fiz a tal buscar no sistema da polícia, será que é falso e é por isso que não consigo acessar alguns arquivos vou descobrir tudo ainda hoje.
Lud: Não - Disse se separando de mim, acho que se sentiu desconfortável - Isso é só um disfarce.
Bru: Como assim um disfarce? - Agora aguçou ainda mais a minha curiosidade.
Lud: Não posso falar sobre isso, é algo de família - Falou voltando a me agarrar - Vê se não vai espalhar isso por aí.
Bru: Tá pensando que eu sou o quê ? - Não me respondeu, apenas me beijou, um beijo calmo, diferente do anterior, que foi mais do tipo "Tô morrendo de saudades, mas nunca vou adimitir".
........
Já faz algum tempo que estou aqui nesse prédio que chamam de delegacia, à procura do histórico real da Ludmilla, Mas diferente do que eu pensei usando o sobrenome Santoro, eu não achei nada, não porque não exista, mas sim porque tudo o que há sobre esse sobrenome está muito acima da minha patente. Resumindo, só o meu pai e seus superiores tem acesso a tal informação, o que me deixou ainda mais curiosa para saber o mistério que persegue aquela filha da mãe, se ela falou a verdade ou tentou inventar um novo sobrenome e falou esse por querer enganar quer saber? Foda-se, eu vou é deixar tudo que está ligado a ela de lado e me focar no meu trabalho. Sair da delegacia minutos depois e como faço em todos os dias, Seguir para a praia local o qual eu aprendi a gostar, Onde eu consigo pensar com clareza e é o que eu mais estou precisando no momento, colocar meus pensamentos no lugar.
LUDMILLA
Dei o maior vacilo da minha vida ali. Sério, onde eu tava com a cabeça para falar meu sobrenome para aquela marrenta? Sinceramente não sei, Simplesmente saiu como se fosse o certo a se fazer, pelo menos ela não me encheu de perguntas, Até porque eu não deixei né? Estava afim de outra coisa, que também acabou não rolando, Mas tá tudo certo ela ainda vai ser minha de um modo ou de outro. Quando sair da casa dela, fui direto para a boca, precisava resolver umas paradas por lá e abrir logo o jogo para a Dai, não que eu deva satisfação da minha vida, mas a garota, apesar de tudo o que já rolou entre a gente, acabou sendo uma irmã para mim e eu não vou fazer com ela, o que o RS faz com quase todas as Minas desse morro.
RS: Pensei que não ia colar por aqui hoje - Falando no diabo.
Lud: E não ia - Falei colocando alguns papéis na gaveta da minha mesa - Mas tava sem nada para fazer então decide adiantar as coisas por aqui.
RS: Saquei - Ele tá escondendo ou quer descobrir algo. - Tá indo para algum lugar?
Lud: Qual é cara? Vai querer saber da minha vida agora? - Passei por ele sem mais nem menos - Vê se me erra... Babaca!
Ignorando as indiretas do RS, resolvi deixar tudo Claro hoje mesmo não gosto de nada para depois, então subir para casa dele e para minha sorte eu quero pensar assim, ela estava de conversa com algumas das ficantes do irmão que vazaram assim que me viram chegar.
Lud: podemos mandar um papo? - Fui direta, sem ao menos a cumprimenta-la, mais o fazendo logo em seguida.
Dai: Claro - Falou abrindo a porta e a trancando em seguida assim que entrei - Eu queria fazer o mesmo contigo.
Lud: Beleza então - Me sentei antes dela falar qualquer coisa - Tu fala primeiro -Disse e ela suspirou.
Dai: É que... eu sei do que rola entre a gente - Parou de falar desviando o olhar do meu a todo momento.
Lud: Sem enrolação Dai, sabe que eu não curto muito essas coisas - Falei simples e ela respirou fundo.
Dai: É, você lembra que eu pedi para não me deixar no escuro né? Que era para você abrir o jogo comigo, caso se interessasse por alguém?
Lud: Claro.
Dai: então, eu quero fazer o mesmo com você - Fez mais um silêncio constrangedor que estava me matando.
Lud; Já saquei tudo e não precisa continuar se não quiser - Falei sabendo onde ela estava indo e é exatamente o que eu estava para falar para ela e agora não preciso mais.
Dai: Valeu Lud, você é a melhor! - Falou pulando em cima de mim.
Lud: Eu sei disso, mas avisa seja lá para quem for, que se pisar na bola contigo - Lhe dei um último beijo - Vai ser a última coisa que vai fazer nessa vida.
Dai: Não vou nem comentar...
.......
Depois de sair da casa da Dai peguei minha moto e sair para dar uma volta pela cidade parando em frente ao quiosque e andando pela areia ao chegar na praia. E como se meu dia não pudesse ficar melhor encontrei justamente quem tem abalado com o meu ego desde que chegou no morro.
Lud: pensando em quê? - Perguntei me sentando ao lado dela, em uma pedra que dava a perfeita visão do mar em contraste com o luar.
Bru: por um acaso você anda me seguindo? - Perguntou Rude, me tirando do sério mais uma vez no dia - Isso é crime e eu posso pedir uma ordem de restrição se for o caso.
Lud: Sério mano, tú me quebra todo o psicológico com essa marra - Desci da pedra, ficando de frente para ela - Tô aqui de boa tentando ser legal contigo, dá para ao menos não tirar uma com a minha cara?
Bru: Tá certo, eu tento não ser grossa - Desceu se pendurando no meu pescoço - Se você parar de agir como se fosse minha dona.
Lud: Isso não dá para fazer - A puxei pela cintura colando nossos corpos - Por quê se eu ver alguém além de mim, se aproximando de ti, garanto que não importa quem seja, vai morar com Deus ou com o diabo mais cedo do que imagina - Sussurrei a última parte a beijando logo em seguida.
A pegação começou kkkkkkk, quero ver depois!
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