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✥ㅡ O SONHO ㅡ✥

✥ · ✥ · ✥

   Meus pulmões ardem com o esforço de correr durante horas pela floresta. A adrenalina, antes existente, agora é apenas um eco fraco pulsando em meu corpo. Sinto dor em cada músculo existente conforme tento me mover com mais rapidez por entre as árvores densas. Tão juntas e grandes que em alguns momentos preciso me espremer entre duas árvores caso queira passar.

   Acho que perdi o imortal de vista. Corro há tanto tempo que nem sei mais o caminho de volta para casa. É aí que o desespero começa.

   Minhas pequenas pernas, ainda as de uma criança, correm na maior velocidade que conseguem. Antes, tomava cuidado para sempre deixar a trilha em minha vista, porém quando o imortal apareceu correndo atrás de mim mais rápido que um raio, desisti. Apenas corri, corri e corri. Passei por clareiras, um lago estranhamente escuro e uma parte onde os troncos das árvores eram tão grossos que mal tinha espaço para que eu passasse correndo por entre eles.

   Soluço com força, as lágrimas caindo como cachoeiras de meus olhos e embaçando a visão. Eu sou uma criança estúpida por ter tentado fugir de Kennai depois que ele me pegou roubando comida do estoque real. Eu deveria saber que ele sempre iria me encontrar; não importa onde eu fosse. Ele sempre estaria lá. Mas eu estava com tanta fome que mal pensei antes de pegar uma cadeira para subir no armário mais alto onde estavam as coisas mais caras da família.

   Meu estômago roncava. Como castigo do dia anterior ㅡ quando o pai de Kennai me encontrou brincando com um gato em vez de estar ajudando Lena na cozinha ㅡ, o governador me deixou sem comida. Eu estava tão faminta que poderia comer madeira.

   Passo pelas árvores como um falcão, só parando quando minhas pernas estão tão cansadas que mal me aguento de pé. Encosto em um tronco grosso, encontrando ali uma abertura que talvez seja o suficiente para me esconder por agora. Os soluços saem fortes de minha boca, marcando o desespero se estar sendo perseguida há tanto tempo. Meu pior pesadelo.

   Encolhendo o corpo com a dor nos músculos ao me espremer para caber ali dentro, estremeço por completo quando ouço passos se movendo meticulosamente lento pelas folhas caídas. Não se preocupa em esconder o som; quer que eu saiba que está aqui.

   Choro em silêncio, me encolhendo ainda mais naquele espaço minúsculo. Maldito Kennai por me irritar tanto ao ponto de que tive que vir para a floresta para tentar fugir dele. E agora vou morrer. Sozinha e com frio. Meus dedos sacodem na névoa espessa que me envolve, sinal do inverno chegando. A neve já começou a cair levemente, apenas um sussurro branco no meio das folhas caídas depois do outono.

   ㅡ Eu gosto de esconde-esconde. ㅡ a voz da criatura me faz estremecer mais uma vez, e um soluço escapa de minha boca. Cubro-a rapidamente com as mãos, tentando manter os sons de escaparem. Ele sonda ao redor, e obviamente sabe onde eu estou. Está me torturando.

   Silêncio. O silêncio me assusta mais do que o barulho. Aperto as mãos na cabeça e imploro pela ajuda de alguém. Qualquer um que esteja vagando por este lugar, me ajude. Ajude, ajude, ajude.

   Um grito repentino sai de minha boca quando a criatura aparece bem na frente do tronco onde estou escondida. Ele olha para mim com aquele olhar cheio de fome e um sorriso maligno. As lágrimas continuam a escorrer pelo meu rosto quando ele se aproxima lentamente, cercando sua presa. Tento mover, encontrar uma saída, mas nada faz sentido.

   Também não o imploro por misericórdia. Apenas continuo perfeitamente encolhida, chorando incontrolavelmente, enquanto espero a morte.

   Uma mão magrela e nojenta agarra meu braço e me puxa do esconderijo com violência. Caio no chão em um tombo feio, e a dor em minha bochecha começa. Caí bem em cima de uma pedra e nem quero saber o tamanho do corte que devo ter em meu rosto.

   Tento rolar para fugir dele, mas sua magia é mais poderosa, claro. Ele estende a mão, e rapidamente meus pés são presos juntos e puxados de volta para sua frente. A criatura me analisa com a cabeça inclinada, como se achasse graça da situação. Sua boca está cheia de sangue, sinal da refeição que fez em meu vilarejo. Sua túnica preta e podre também está manchada de sangue em vários lugares, mas, estranhamente, suas garras estão limpas.

   O desespero toma conta de mim quando ele se abaixa. Luto e me debato, mas só consigo ficar raspando minhas costas nas pedras da floresta. Fecho os olhos e imploro mais uma vez para quem quer que esteja na floresta a esta hora me ajude.

   Sinto uma unha em meu pé. Grito em desespero quando ela se enfia em minha pele e tento me mover, mas não posso escapar de sua tortura. Mate-me logo. Não me faça sofrer.

   ㅡ Ah, mas eu gosto de ver pequenas crianças humanas sofrerem.

   Sua voz cantarola para mim. E então, mais rápido do que um raio, ele se põe acima de mim, os dentes mordendo meu pescoço.

   Grito com toda a força de meus pulmões. Sinto a carne cedendo e abrindo espaço para aqueles dentes asqueroso, e chuva de sangue logo depois. Meu corpo debate e debate, e uma leve formigação começa a surgir onde ele está mordendo. Drenando meu sangue e o bebendo.

   Fico fraca. Paro de lutar. O desespero ainda está presente, mas não evidente. Se é desta maneira que vou morrer, que assim seja. Relaxo o corpo e fecho os olhos, observando a luz do sol passando pelos galhos tocando um no outro. Um pequeno raio de sol passa por minha cabeça, e posso jurar que vi o rosto de alguém ao olhar para cima. Com certeza isto são as consequências das torturas.

   A criatura geme em meu pescoço, obviamente se deliciando com meu sangue.

   Então o vento ruge.

   Tão forte e avassalador que a criatura voa para longe de mim com a força do vento. Meu corpo rola várias vezes no chão, parando quando uma pedra impede meu caminho. Viro a cabeça fracamente, mole demais para me importar com a dor que percorre todo o meu corpo. Sinto o sangue escorrer do pescoço, e pouco a pouco minha força é drenada até que todo o meu desejo é fechar os olhos... e dormir.

   Mas eu me esforço para olhar... e vejo.

   Um homem... Adulto e forte, luta com o imortal que me perseguia. Ele brada uma espada grande e brilhante, e ataca a criatura com força e bravura.

   Meus olhos pesam das pálpebras. Observo a luta por muito tempo, mas por fim o cansaço vence e eu fecho os olhos.

   Não sei por quanto tempo fico desacordada. Talvez horas, ou mais. Só sei que quando abro os olhos, estou sendo carregada nos braços fortes de alguém. Viro a cabeça para o veludo que encosta em meu rosto e suspiro levemente, sentindo a dor em cada pedaço do meu corpo.

   ㅡ Acordada? ㅡ uma voz pergunta. Tomo um susto, levantando rapidamente de seus braços e tentando me afastar dele. É a criatura me levando para seu covil? Lágrimas já começam a escorrer de meus olhos quando tento me soltar de suas mãos que seguram minhas pernas para que não caia. ㅡ Calma, humana. Eu não vou machucar você. Pode confiar em mim.

   Eu tento... Tento confiar nele. Mas não consigo. Chuto meus pés, e ele suspira. Por fim, abaixa levemente até o chão e me coloca de pé, virando rapidamente para me segurar quando minhas pernas cambaleiam. Suas mãos grandes vão para meus braços finos de criança, e me sustentam de pé.

   ㅡ M-m-me solte. ㅡ ordeno, fraca e vulnerável. As feridas em meu corpo latejam sem parar, e é difícil me concentrar em fazer com que ele faça o que eu digo.

   Lágrimas escorrem de meu rosto até o momento em que percebo que ele faz o que eu digo. Esse homem me soltou e me deixou de . Mesmo que eu mal possa aguentar meu corpo, ele não é rude e violento como o outro imortal que me atacava na floresta. Suas mãos são gentis quando me seguram pelos braços para me manter de . Meus olhos continuam perfeitamente fechados. Não quero ver o sangue em seus lábios.

   ㅡ Tudo bem. Tudo bem. Eu vou soltar. Mas não consegue ficar de pé, não é? ㅡ a voz dele carrega uma nota de diversão, e eu ergo meus olhos com raiva.

   E fico paralisada.

   Olhos de um belíssimo azul me encaram de volta, tão lindos e fortes que não me preocupo de o resto do seu rosto parecer manchado ou ofuscado. Eu poderia muito bem mergulhar nestes olhos e me esbaldar com sua beleza o quanto quisesse; e ainda não seria suficiente. A magia rolando pelas íris azuis me faz ter certeza de que ele é um imortal, mas me parece diferente. Este não é alguém ruim.

   Mas seu rosto... eu não o vejo. É como se uma névoa estivesse cobrindo-o de mim.

   Um pequeno fio de confiança flui em meu peito quando vejo a verdade escondida naqueles olhos. Ele não vai me machucar. Suas mãos, mesmo tão grandes, não poderiam fazer mal a alguém como eu. E aquele olhar...

   Sacudo a cabeça, cambaleando quando a tontura bate com vontade.

   ㅡ Humanos. ㅡ ele murmura, me pegando no colo novamente. Não protesto quando continua a caminhar pela floresta calmamente, esmagando as folhas e os galhos no caminho. Suas passadas largas nos fazem rapidamente chegar na fronteira da floresta, e daqui posso ver a mansão onde sou criada bem detalhada por cima de sua muralha.

   O vento forte bate em meu rosto, e eu suspiro de contentamento quando penso que há algum tempo não achei que fosse voltar aqui depois do que aconteceu.

   ㅡ Bem, humana, chegamos ao seu destino.

   Ele me coloca no chão calmamente, as mãos suaves enquanto me segura de . Seus atos são bem gentis considerado seu tamanho consideravelmente grande. Suas mãos seguram meu corpo infantil ereto no chão, apoiando meu peso quando a tontura volta e eu preciso me apoiar totalmente nele.

   Faíscas de eletricidade rolam levemente por meu corpo quando ele me toca, e surpreendentemente algumas das dores que eu sentia ao longo do corpo simplesmente vão embora. Franzo a testa para o homem, e ele sorri para meu rosto confuso. Ele se endireita e me solta por completo, dando vários passos para trás antes de voltar seu olhar para a floresta atrás dele.

   E então se aproxima novamente. Sua mão toca minha testa levemente com os dedos calejados, e o latejar que antes tinha sumido volta com força total. Tento tirar sua mão de mim, chorando descontrolavelmente, mas ele se mantém firme e empurra minhas mãos para longe.

   ㅡ Não. Pare. ㅡ meus choramingos irritam meus ouvidos, mas ele continua. Sua mão toca a minha levemente quando tento empurrá-lo mais uma vez.

   ㅡ É o melhor para você, Asterin. ㅡ ele fala com um sorriso calmo. Ele prende seus olhos nos meus por um longo tempo até que o pensamento me bate com força.

   Eu lhe disse meu nome?
 
   Tento socar sua mão para longe de mim, mas ele é mais rápido e a empurra com rapidez. Em um segundo, caio de joelhos no chão e ele me acompanha, a mão ainda segurando minha cabeça. Meus olhos pesam, muito parecido como quando a criatura me encontrou agora na floresta. O sono bate com tanta força que simplesmente fechar os olhos é a minha melhor opção.

   O homem do rosto borrado finalmente tira as mãos de mim e me pega no colo novamente.

   ㅡ Nos veremos em breve, Asterin.

   Estas são as últimas palavras que ouço dele antes de finalmente me entregar à exaustão e desmaiar ainda sendo embalada por seus braços fortes.

✥ · ✥ · ✥

   Acordo em um susto, agarrando o peito. Meu coração descontroladamente acelerado pulsa com tanta força que ainda estou me perguntando como diabos ele ainda não pulou para fora de mim.

   Meu corpo suado treme em cima da cama, e preciso me agarrar aos lençóis para tentar parar a tremedeira de meus dedos frenéticos. Sinto a quentura embalando meu corpo como um cobertor, por isso sei que quase coloquei fogo em mim mesma enquanto dormia. Acho melhor eu realmente procurar alguém que possa me ajudar com este problema rápido ou qualquer dia destes poderei colocar fogo neste castelo inteiro.

   O rosto borrado... Eu nunca consigo vê-lo, e isso é uma tortura para mim. A única paz que eu tenho em minha vida é a certeza de que todas as noites, ao dormir, terei um pequeno encontro secreto com estes olhos em meus sonhos. E ele sempre me salva. A perseguição na floresta é uma mera imaginação criada pelo meu cérebro para que eu possa ter algum motivo para ver aqueles olhos da cor do oceano. Tão profundos que poderia ser considerado o Paraíso para mim.

   Minha cabeça dói forte. Lembro-me dos desenhos que fiz desses hipnotizantes olhos azuis e a forma como nunca conseguia captar a verdadeira essência deles. Aquele brilho, aquela vida dentro deles acabava deixando meus desenhos opacos. Jamais conseguiria retratar aquela perfeição.

   Toco meu rosto quente, sentindo as pequenas faíscas que escapam pela minha bochecha, e suspiro. A cortina balança suavemente ao vento, me atraindo para a sacada.

   Uso a escrivaninha como apoio e pulo ali, apreciando a bela visão do sol nascendo sobre a floresta e aparecendo entre as colinas verdejantes. As flores começam a ganhar seu brilho da manhã com a luz dourada do sol, e iluminam o jardim ainda mais. Os passarinhos cantam livremente e passam voando pela minha janela mais uma vez, apreciando sua liberdade. Seus pios suaves me enchem de uma paz tão grande que fecho os olhos e me entrego a este sentimento.

   Os raios solares começam a penetrar meu quarto e iluminar meu rosto. Não ligo para a quentura; gosto de saber que mesmo no meio de tanto caos, ainda existe algo que sempre brilha no final. E que, não importa o dia ou a hora, eu sempre poderei vir aqui e sentir a luz do sol penetrando minha pele.

   Liberdade. Se esta for a liberdade que Korian me ofereceu, eu estarei disposta a tentar. Se ele me permitir viajar sem rumo e sem ser seguida por ninguém, eu gostaria de confiar nele e em sua palavra. Eu poderia ter a chance de ir em busca do dono daqueles olhos azuis, mesmo que talvez isso tudo não passe de minha imaginação para que não precise viver sozinha durante todos estes anos de minha vida.

   E eu poderia salvar meu irmão. Fecho os olhos e tento imaginá-lo naquela cela, sozinho e sofrendo. Eu prometi a ele anos atrás que encontraria um lugar para nós dois vivermos de acordo com nossas regras. As províncias de Ähres me dão essa certeza, mas eu apenas as encontrei dois dias antes do imortal aparecer para me levar. Não tive tempo de conversar com Grant sobre ela. E isso tem causado uma culpa gigantesca dentro de meu coração.

   Os pássaros continuam cantando sua música alegre enquanto o sol aparece cada vez mais, seu brilho me cegando levemente quando olho naquela direção. Acho que até chego a sorrir um pouco para a visão maravilhosa que se estende pelo horizonte.

   A grama verde, tão brilhante e viva, segue infinitamente até sumir na luz do sol, onde as colinas acabam. E em todo este caminho, as flores pontilham o chão de diferentes modos, um mais bonito do que o outro. Muito parecido com as obras de arte que encontrei no castelo; sem falhas e criados por mãos magníficas. Um pintor poderosamente talentoso que criou esta obra prima sem falhas.

   As flores dançam ao barulho do vento, movendo-se levemente para todos os lados e soltando seu aroma doce pelo ar. Aspiro o cheiro com vontade, desejando estar ali embaixo neste momento para sentir o odor de perto e poder tocar naquela vastidão de pequenas plantas para ter certeza de que são reais e não mais coisas da minha imaginação. Flores nunca me incomodaram; muito ao contrário. Sempre adorei cuidar de plantas e conservar o jardim bonito. Era o meu passatempo favorito quando queria fugir de meus próprios pensamentos ou acalmar minha mente depois de alguém ter me irritado.

   Liberdade. Essa palavra não sai da minha cabeça. Penso em todas as possibilidades possíveis para o que talvez eles considerem "liberdade". Pode ser algo muito diferente daquilo que eu acredito.

   Mas só poderei ter certeza disso se tentar. E, se não tentar, sei que vou me arrepender pelo resto da vida.

   E talvez perder a maior oportunidade que poderei conseguir aqui.

✥ · ✥ · ✥

   Bato na porta de Korian três dias depois. Foram dias de reflexões e autoconhecimento que precisei pensar e enfim chegar a uma decisão. Eles não me apressaram ou irritaram o pensamento com insistências e treinamentos bobos, e sim me deixaram refletir a ideia até eu mesma resolver vir até seu quarto e lhe dar a resposta.

   Minhas mãos ainda tremem com o desconforto, mas me mantenho firme. Se não tentar, jamais saberei como é realmente lá fora. Grant continuará vivendo prisioneiro e eu... casada com um homem que odeio.

   Korian abre, e eu me sobressalto. Rapidamente coloco a mão na frente dos olhos para não ter que vê-lo só de camisa e com uma calça tão baixa na cintura que é possível ver o inicio do...

   ㅡ Esta é a primeira humana que encontro que não quer ver um semideus seminu. Estou desapontado, Asterin.

   Sua voz, carregada de diversão, penetra meus ouvidos. Lhe lanço um olhar suicida por uma brecha na mão e ele sorri, apontando para dentro de seu quarto. Mas não vou. Não quero qualquer outra intimidade com ele que não seja apenas pagar minha dívida e ir embora daqui.

   Então, antes que perca a coragem, reúno todas as gramas de força que tenho no corpo e forço as palavras a saírem.

   ㅡ Eu aceito.

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