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09 - Viajantes do tempo sonham com viagens no tempo.

[01 de Maio de 1985]

Existem momentos que não saem como o planejado, mesmo que você tenha ensaiado aqueles planos em sua cabeça um milhão de vezes. A vida é tão imprevisível quanto nós, e mesmo sabendo daquilo, Celine continuava a fazer planos em sua cabeça, mas nem todos eles davam certo, porque nem tudo é tão certo assim.

Ela não esperava que ter levado Dandara para os anos oitenta a daria mais dor de cabeça do que ela imaginaria, ela esperava sorrir, esperava que tudo voltasse ao que já tinha se acostumado, mas no fundo, sabia que nada era tão simples assim.

Estava deitada encarando o teto, a pensar. Levantou-se, de modo que permanecia sentada na cama e seu olhar logo fixou-se em sua escrivaninha, onde seu relógio estava.

Geralmente, quando as pessoas faziam algo do qual se arrependiam, pensavam "E se eu tivesse feito diferente?", "E se eu pudesse voltar?". E naquele momento, Celine estava imersa naqueles pensamentos. O diferente era que ela, sim, podia voltar se quisesse. Queria? Ela se perguntou mentalmente.

Pegou o relógio e evitou fazer planos dessa vez, evitou pensar nas possibilidades, mesmo que seu cérebro trabalhasse a mil por hora. Era difícil para ela não pensar. 25 de Abril de 1985, ela digitou.

Talvez fosse a dor de cabeça que já sentia, mas parecia que dessa vez, a dor da viagem temporal fosse muito maior do que todas as outras que já havia feito. A descarga de energia pareceu muito mais forte e cansativa.

E então Celine estava na frente de Dandara.

— Tira esse negócio de mim! TIRA! – Dandara exasperava tentando tirar o relógio do seu pulso, mas não tendo sucesso.

Celine cortou o espaço que lhes separava, mudando assim o que havia acontecido, e envolvendo seus braços no corpo de Dandara, em um abraço repentino. Suas mãos quase brincavam entre os cachos dos cabelos da menina.

— Eu te amo. – Celine murmurou. Dandara não sabia, mas aquela fora apenas a segunda vez que Celine havia tido coragem de dizer aquelas palavras à ela.

Dandara ficou atônita nos primeiros segundos, até tomar conta dos fatos e afastar a loira com um empurro.

— Quem diabos é você? E que lugar que eu estou?

— Eu vou tentar mais uma vez. Escute, Dandara. Meu nome é Celine e você está nos anos oitenta. Aquela descarga de energia que sentiu quando veio para cá é o seu corpo sendo teletransportado no espaço-tempo. Você pode ver, seu celular não vai funcionar aqui, e se olhar pela janela, verá que essa não é a sua época. – Dandara fez o que aquela menina falava, olhou no celular, e olhou pela janela, ainda tentando processar tudo que a garota dizia.

— Que tipo de pegadinha é essa? O que você me deu?

— Eu não te dei nada, só fiz com que viajasse no tempo.

— Okay, você sabe que a gente...

— Está no meio de uma pandemia e eu não deveria ficar fazendo pegadinhas, ainda mais se estou sem máscara, porque você tem asma, e muito medo de contrair o vírus.

— Como você...

— Eu sei de tudo isso porque essa situação já aconteceu antes, e eu estou tentando te manter a salvo, mas da outra vez você não acreditou em mim. Você acredita em viagens no tempo, Dandara?

— Eu não, eu não sei. – Dandara respondeu enquanto sentia a dor de cabeça aumentar.

— Escute, uma coisa ruim aconteceu, e eu não sou a melhor pessoa, nem a mais eufemista, mas você morreu depois de alguns meses em que nós duas namoramos, e eu impedi isso voltando no tempo. Várias vezes. – Dandara não disse nada, sua cabeça doía demais para que conseguisse dizer qualquer coisa. Então Celine continuou. – Nada funcionava, então eu tive a ideia de te trazer para cá, mas para que eu conseguisse e tivesse tempo de fazer isso, eu impedi que nos conhecêssemos, e consequentemente que namorássemos, por isso você não se lembra de mim.

— Sua história é muito... conveniente e mirabolante. – Dandara conseguiu dizer.

— É, eu sei. – Celine segurou a mão de Dandara e a dor de cabeça de ambas pareceu desaparecer por um tempo.

— Eu quero provas, provas de que realmente viajamos ou namoramos.

— Estamos no ano de 1985, e se me lembro bem, foi o ano que a sua avó expulsou sua mãe de casa, mesmo que ela fosse uma criança apenas. – Celine disse e Dandara abriu a boca em surpresa com o conhecimento da loira. – Também sei que você é a garota mais teimosa e imprevisível que eu conheço! Sei que ama panquecas, mar, músicas. E sei que um dia você já me amou também. Só preciso que me dê uma chance de te mostrar que você pode confiar em mim de novo.

— Espera, eu tenho uma dúvida na minha cabeça.

— O que é?

— Você disse que isso já aconteceu, você conversando comigo sobre isso. O que deu errado? – Dandara perguntou hesitante.

— Você não confiou em mim. Não acreditou.

— E você está voltando no tempo para que eu acredite dessa vez? – Dandara perguntou e Celine assentiu. – Mas você acha que isso é justo com ela? Digo, talvez ela tenha seus motivos, essa história é mesmo maluca, e acho que ela tem o direito de acreditar ou não, e não acho que você deveria impedir ela de ter a opinião dela, mesmo que isso não te ajude. Não acho que deveria optar pela escolha mais fácil, acho que deveria enfrentar seus fantasmas, Celine. Enfrente seus fantasmas, Celine.

***

Acordou com o coração acelerado, a voz de Dandara ecoava em sua cabeça como uma melodia dramática. De repente, a imagem dos acontecimentos reais foram aparecendo em sua cabeça, como um filme passando muito, muito rápido, desde quando ela trouxe Dandara para sua época. Pequenos flashs, O passeio de carro, a ida a lanchonete, Dandara fazendo ioga, o fliperama, a praia e, o colar sendo jogado em direção à ela.

Celine respirou fundo e levantou-se da cama. Seu relógio estava em cima de sua escrivaninha, assim como no sonho, mas não fez nada com ele.

Celine por vezes ignorou os fantasmas que a perseguiam, ignorou falar sobre eles, pensar sobre eles, enfrentá-los. Mas talvez fosse a hora de mudar um pouco. Talvez fosse a hora de encarar o desafio, assim como encarava as equações matemáticas. Não iria ser fácil, não iria ser rápido, mas iria tentar. Precisava tentar, afinal foi o que ela disse, mesmo que em sonho.

Se arrumou e desceu as escadas. Iria trabalhar na lanchonete, mesmo que quisesse passar o dia todo sem fazer nada. Dandara estava na casa de praia, e Celine ficou tentada a ligar para ela pelo telefone do apartamento, mas se conteve.

Entrou no seu carro vermelho e partiu em direção ao seu não tão amado trabalho.

A lanchonete ainda não havia sido aberta, o que Celine estranhara, já que Beatrice costumava chegar primeiro e abrir o local. Destrancou a porta principal e adentrou o estabelecimento. Foi quando ouviu o barulho baixo. Beatrice estava sentada no chão, detrás do balcão a chorar. Celine não soube bem o que fazer ao vê-la daquele jeito, Beatrice sempre se pareceu com algo como uma bruxa mimada para ela, e vê-la em uma forma tão...humana, era diferente.

— Você estava certa! Como sempre! – Beatrice reclamou com uma voz chorosa. – Ele é casado.  

✨✨✨

Olá xuxus! O que acharam desse capítulo? O que acham que vai acontecer?

Não esqueçam de comentar, assim eu posso ver (ler) suas reações e saber o que andam achando da história.

Muito obrigada a todos que estão lendo. Vocês fazem meu dia. Um beijão e até a próxima.

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