26. Fazendo as malas
POV Brunna
Fui arrumando minhas coisas sem pressa, dobrando cada roupa e colocando em cima da cama para facilitar a visualização na hora de guardar na mala. Uma, duas, três, quatro... Não tinha me dado conta de quantas malas levaria. A sorte era o que o carro da Lud era grande.
Nessa de colocar minhas roupas todas para fora que me dei conta de quantas roupas cor de rosa eu tinha, todo os tipos de roupas em todos os tons. Ri do meu instinto Barbie e fui ajeitando as coisas.
Eu mal tinha falado com meus pais que me mudaria definitivamente e eu não iria conseguir fazer isso hoje ou tão cedo, na próxima semana iríamos viajar para um show nos EUA. Embora eu mais ficasse na casa da Lud do que na minha, eu teria que vir aqui em casa para me despedir direito deles.
Fui guardando as roupas dobradas perfeitamente as alisando para não amassar nada e fiz outra mala com os sapatos e tênis que eu mais usava, gostava e que tinha ganhado do meu amorzinho.
Era estranho a sensação de que não teria mais uma rotina nesse quarto. Parei por um momento e fiquei olhando cada detalhe do meu quarto. Eu ainda guardava numa caixa com alguns brinquedos de quando eu era criança e tinham alguns recebidos de marcas famosas e de alguns fãs. Peguei uma almofada super fofa de uma fã com a minha foto e a da Lud. Nossos fãs eram realmente muito dedicados. Eu amava cada presente que eu recebia e me sentia muito grata por receber tanto amor.
Coloquei os presentes dentro de uma caixa de cilindro e terminei de ajeitar tudo o que eu precisava levar. Óculos de sol, make, roupas, roupa íntima, produtos pessoais, perfume. Ah... o perfume, eu amava esse cheiro com uma intensidade tão grande. Tinha ganhado o 212 rose da Lud e esse cheiro marcou muitos momentos inesquecíveis que a gente passou juntas. Tirei a tampa e dei uma aspirada profunda que me fez voltar no tempo e lembrar do primeiro dia que eu o usei.
FLASHBACK
Ludmilla terminou um de seus shows no Rio de Janeiro e me levou para jantar no nosso restaurante favorito. Não importava o quão cansada ela estivesse, ela fazia questão de me agradar. Depois de jantar ela me levou para casa e tirou do porta luvas um embrulho todo empolgada.
- "Tó" Bru para você. – Ela disse toda sem jeito rindo para mim.
- Amor, mas hoje nem é uma data especial nem nada, porque você fica fazendo essas coisas?
- A partir de hoje esse vai ser seu cheiro!
Eu abri o embrulho e tinha uma caixa cor de rosa, era o 212 rose. Um dos perfumes dos meus sonhos. Tirei o plástico e espirrei no meu pescoço.
- Caralho que perfume perfeito, ele foi feito para você! – Ela me puxou pra sentir o perfume em contato com a minha pele.
- Ai amor muito obrigada, sério. Eu fico tão sem jeito com essas coisas. Vou ter que vender meu rim pra conseguir comprar presentes pra você.
- Nada disso, deixa seu rim ai que você precisa dele pra mijar. – Ela tirou onda com a minha cara. – Eu não me importo com presentes caros nem nada, só do nosso amor ter acontecido da forma que aconteceu eu já fico extremamente feliz.
Eu olhei para ela com as mãos no meu rosto não aguentando ela falar assim sobre a gente e me aproximei enchendo ela de beijos pelo seu rosto.
- Eu te amo, você é a pessoa mais maravilhosa que eu conheço!
- Eu também te amo Bru.
FIM DO FLASHBACK
Peguei mala por mala e fui descendo de uma a uma e deixei na sala. Voltei pro quarto e peguei meu celular pra ver se a Luane tinha me mandado mensagem. Abri a conversa dela e tinha um áudio. Sentei na cama e o abri.
"amiga, não precisa se arrumar muito não, só vamos no shopping mesmo, quero conversar com você e perto da minha irmã é quase que uma missão impossível, vocês são quase um pessoa só. – Ela deu uma risada alta e continuou. – a Lu ta terminando de tomar banho e já vamos ai te buscar. Beijo cunha."
Luane era tão fofa, mesmo antes de eu começar a namorar com a Ludmilla ela sempre foi uma pessoa maravilhosa, tê-la como cunhada era perfeito porque ela era como uma irã que eu não tive, a gente saia juntas, compartilhava vários segredos e o principal de tudo, a gente se dava super bem.
Digitei uma mensagem rápida para ela e corri para o banheiro tomar banho e me arrumar. Não demorou muito tempo e ouvi a buzina tocar. Calcei meu tênis e desci correndo pra abrir o portão pra elas entrarem.
A Lud saiu do carro e a Luane veio atrás. Dei um beijo demorado nela e ela me segurou pela cintura pra corresponder.
- Ih, começou o grude. – Ouvi Laune resmungando atrás.
Soltei a Lud dando risada e pedi pra elas entrarem me ajudar a pegar as malas.
- Nossa Bru, finalmente vamos morar juntas, vamos fazer várias programas juntas.
Ludmilla parou o que estava fazendo e nos olhou em reprovação. A Luane amava provocar ela e toda vez a Ludmilla caia, ela era muito namorada ciumenta.
Depois que chegamos em casa e deixamos todas as malas no closset da Lud, descemos pra sala onde estava todo mundo e eu sentei no colo da Lud enquanto esperávamos um carro vir nos buscar.
- Amor não demora ta?! – Ela me envolveu pela cintura me apertando forte, encostou a testa nas minhas costas e deu alguns beijos.
- Eu prometo que não vamos demorar meu amor. – Olhei para ela e deu um selinho demorado.
Olhei no app e o carro já havia chegado. Peguei minha bolsa e saímos para a rua.
POV Lud.
Luane sempre tinha dessas de raptar minha mulher, e o pior ela dizia que eu não podia nem reclamar por que a gente vivia grudadas e eu tinha que dar um tempo para ela respirar, respirar para que, ela não precisa de espaço, quem precisa de espaço? Ri de mim mesma ao pensar isso e acabar concordando que as vezes eu não dava paz pra Bru, eu perturbava ela o dia inteiro e eu realmente não entendia como ela me aguentava.
Foi para o meu quarto colocar minhas ideias de música do ep de pagode no papel. Eu prometi pra Bru que o faria então antes que o ano acabasse eu queria estar com ele pronto.
Sentei no chão da sacada com as pernas entrelaças e com o notebook no colo. Esbocei alguns refrãos e comecei a cantarolar enquanto escrevia.
- Caralho isso está muito bom. – Falei alto e comecei a batucar no banquinho que tinha do meu lado fazendo um ritmo para o refrão.
Aquela noite quente estava tão perfeita que parecia que tudo colaborava para minha inspiração. O céu estrelado, a lua cheia clareando minha sacada, faltava só uma breja para finalizar meu processo de criação. Na empolgação acabei escrevendo duas músicas pra Bru e eu sabia que ela ia se apaixonar.
Salvei o arquivo e fiquei cantarolando a música com som nasal, esse ep ficaria perfeito e parte da minha inspiração seria dedicada para minha tic tic. Respirei fundo orgulhosa do resultado, me levantei e fui colocar o notebook em cima da cama.
Meu celular vibrou era minha mãe.
(eu amei fazer essas conversas no wpp. se quiserem mais eu continuo fazendo)
Cheguei na sala e minha mãe assistia a novela com o Rômulo, Patty e Renatinho. Todos com uma latinha na mão e comendo amendoim.
- Orra nem chamam né. – Peguei uma almofada e taquei neles.
- Xi, fica quieta mulher que agora que a gente vai saber se vai matar o cara ou não. – Romulo disse pedindo silêncio.
- Eu mereço viu. – Fui até a cozinha e peguei uma cerveja na geladeira enquanto eles riam de mim mas mantinham a atenção na tv.
Ouvi barulho de chaves no portão de casa e puxei a cortina da cozinha pra ver quem era. Meus melhores amigos tinham uma cópia da chave de casa, então a qualquer momento chega gente em casa. Mas dessa vez era minha Bru.
Me deu um frio na barriga ao ver ela entrando em casa. Ela não percebeu que eu estava vendo ela entrar então decidi dar um susto nelas. Corri atrás da porta central da sala e fiquei abaixada. Elas abriram a porta enquanto conversavam e assim quem fecharam eu gritei fazendo elas se assustarem e virem correr atrás de mim. Ficamos dando volta na mesinha de centro enquanto os outros tentavam assistir à novela.
- Ludmilla você está com a peste hoje, misericórdia amiga. – Patty disse fazendo manobras com o corpo para tentar enxergar alguma coisa na tv.
Me deu um ataque de riso tão grande que eu parei com tudo para sentar no chão e a Bru acabou caindo em cima de mim e começou a rir também.
- Meu Deus, qual é o meu problema? – Disse gargalhando.
- Amor vamos subir, deixa eles assistirem tv em paz. – Brunna disse capotada no chão rindo junto comigo.
- Ai vamos! – Coloquei a mão na barriga de tanto que doía e peguei impulso para levantar.
Estendi a mão para ela e fomos para o quarto abraçadas saltitando no mesmo ritmo.
- Posso saber o porque voc~e tão cheia de graça?
- Ah, nadinha. – Fiquei olhando ela tirar a roupa.
- Ludmilla eu te conheço! – Ela me encarou.
- Eu tenho uma surpresa pra você! – Acabei falando.
- E eu posso saber o que é? – Ela ficou só de calcinha e sutiã e veio na minha direção pra me abraçar.
- Oh tentação, quem se concentra?
- Amor para! – Ela ficou sem graça e escondeu o rosto no meu pescoço.
- Pega meu notebook.
Ela foi até ele e trouxe para mim. Eu o abri e coloquei no arquivo. Ela ficou me olhando sem entender e eu comecei a cantar. Ela não me interrompeu em nenhum momento, ficou toca apaixonadinha me olhando sentada no meu colo. Quando terminei de cantar ela abriu um sorriso de orelha a orelha já entendendo que era para ela. Uma das músicas que escrevi contei o que ela trouxe para minha vida e como ela contribuiu para que tudo mudasse.
- Eu amei amor! – Ela segurou meu rosto. – Você é tão talentosa. Escreveu tudo isso no tempo que eu sai?! Você é foda demais! – Ela ficou me olhando admirando.
- Você me inspira todos os dias meu amor, o mérito é seu aqui. – Arrumei uma mexa do cabelo dela atrás da orelha e a puxei para um beijo cheio de saudade.
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nunca vi tanto fogo e vocês?! kkk
Até o proximo capitulo ♥
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