Um mês
Meu coração martelava no meu peito enquanto tentava recuperar o fôlego, minha respiração tão errática e pesada que doía no meu peito. Mas ainda assim, tinha um sorriso enorme no meu rosto. Só não tão grande quanto o da garota nua e suada ao meu lado.
Bru estava completamente esparramada na cama, deitada de bruços, seus longos cabelos grudados às suas costas e seu rosto ainda conservava aquele vermelho intenso provocado pelos movimentos rápidos e fortes demais. Sabia que seus músculos provavelmente protestariam de dor no dia seguinte, mas não pude evitar ficar empolgada demais aquela tarde. O fato de que ela tinha se jogado nos meus braços — literalmente — quando abriu a porta para mim foi algo que contribuiu muito para minha excitação quase ter passado dos limites. Outro fato foi que ela parecia ainda mais linda naquele dia, usando apenas um pequeno vestido rosa que mal cobria suas pernas. E nós estarmos sem nos ver desde a segunda foi o que mais contou, no fim das contas.
Nem um minuto depois nós já estávamos completamente nuas, as roupas caindo por todo o caminho até seu quarto e então a jogava na cama sem cuidado nenhum, cobrindo seu corpo com o meu.
Naquele momento, nenhuma das duas estavam muito preocupadas com preliminares e tudo que fiz foi levar uma mão para o seu sexo, já encontrando-a molhada e entrei nela de uma vez. Seu corpo arqueou contra o meu, suas pernas envolvendo meu quadril e eu ditava o ritmo, rápido e constante. A cada vez que sentia o orgasmo aproximando, diminuía o ritmo, torturando a nós duas, para só então voltar a ir ainda mais rápido, fazendo um gemido de surpresa sair da sua boca a cada vez que repetia isso.
— Você gosta assim? — perguntei por entre os dentes, provocando-a naquela velocidade, fazendo seu corpo quicar sob o meu. Aquele seu típico "uhum" foi a única resposta que tive, no entanto. — Fala para mim. Fala que gosta quando eu vou assim rápido.
— E-eug-gosto — ela gaguejou, apenas porque meus movimentos não a deixavam falar de forma coerente — assim. Rápido.
Para minha perdição, Bru rebolou embaixo de mim, como se para firmar suas palavras e dizer o quanto ela gostava daquilo e foi ali que eu quase fui longe demais, estocando com tanta força que a ouvi gemendo de dor. Obviamente parei, pedindo desculpas, preocupada com ela.
— Está tudo bem — ela tranquilizou arfando e levou as duas mãos aos meus ombros, dessa vez tomando cuidado para não me arranhar por pedido meu. — Não para. Por favor, não para.
E é claro que eu logo retomava a mesma velocidade de antes, apenas tomando cuidado para não exagerar, até que a senti gozando, seu corpo todo estremecendo violentamente. Continuei me movendo, mais lento dessa vez, segurando meu próprio gozo e então me afastei um pouco, me ajoelhando entre suas pernas. Seu corpo ainda sofria os espasmos do orgasmo quando ergui as suas duas pernas, segurando-as no alto pelo tornozelo e voltei a penetrá-la, sentindo-a ainda mais apertada pela posição.
— Machuca um pouco — Bru murmurou, levando uma mão ao seu ventre quando tentei ir mais rápido.
Eu sabia que aquela posição não era muito confortável para as mulheres, apesar de ser tão prazerosa quem metia, mas fiquei feliz em Bru ter tido a coragem de falar, ao invés de aguentar a dor em silêncio apenas para me agradar. Então, simplesmente deixei suas pernas abrirem novamente e a puxei para cima, fazendo-a sentar sobre meu membro, guiando seu corpo para cima e para baixo. Buscando apoio nos meus ombros, Bru passou a subir e descer sozinha, sua boquinha formando um "o" em cada entocada, pulando sobre meu membro e minhas mãos se dirigiram às suas nádegas, apertando sua carne macia com força.
— Isso, pequena! Cavalga no meu pau. Mais rápido — pedi, gemendo por entre os dentes quando ela atendeu, minha mão movendo como se tivesse vida própria ao desferir um suave tapa sobre sua bunda. Bru não esboçou nenhuma reação com aquilo e eu achei que talvez tivesse ido longe demais mais uma vez, então me controlei para não acabar fazendo de novo sem querer, apenas me limitando a continuar apertando suas nádegas. — Que bunda gostosa, pequena. Deixa eu ver mais dela, vai. Fica de quatro para mim.
Uma Bru trêmula saiu de cima de mim e minha mão foi quase como de forma automática para meu membro, me tocando rápido, sentindo seu líquido molhando meus dedos, enquanto a observava se posicionando em cima da cama. Ela nem bem tinha conseguido se firmar e eu já avançava em sua direção, voltando a acariciar suas nádegas, mas agora podendo me deliciar também com a perfeita visão que era ter Bru de quatro para mim.
— Você quer isso, quer? — provoquei quando a ouvi gemendo baixinho ao sentir meu membro roçando entre as suas pernas e fiquei pincelando ele na sua entrada.
— Quero.
— Então fala para mim. Fala que você quer que eu te foda agora. — Mas Bru não falou nada, apenas arfando quando continuei provocando-a, mas soltou um gemido de surpresa quando entrei nela de uma vez, apenas para sair logo em seguida. — Fala, Brunna.
— Eu quero... — ela tentou e então respirou fundo, se apoiando melhor com as duas mãos no colchão, a mudança deixando-a ainda mais empinada para mim. E foi enquanto eu olhava quase hipnotizado naquela direção que as palavras mais doces que já ouvira escaparam da sua boca vermelha. — Eu quero que você me faça gozar de quatro.
Um gemido brotou na minha garganta ao ouvir aquilo e entrei nela logo em seguida, forte, começando a estocar tão rápido que poderia estar machucando-a, mas Bru em momento algum reclamou, apenas gemendo junto comigo. Seus sons agora naturais ficaram ainda mais altos quando levei uma mão para seu sexo, rodeando sua cintura, e comecei a massagear seu clitóris, ansiosa por atender seu pedido. E quando ela finalmente gozou, tão forte que seu corpo amoleceu à minha frente, a segurei pelo quadril com as duas mãos, estocando ainda mais rápido, precisando de apenas mais alguns segundos para enchê-la com meu próprio gozo, ficando ainda algum tempo dentro dela enquanto libertava tudo que tinha acumulado aquela semana.
— Quanto tempo ainda temos? — Bru perguntou quando já estávamos mais recuperadas, apenas esticando uma mão para acariciar meu rosto, dedilhando e gravando cada mínimo detalhe parecendo preguiçosa demais para fazer qualquer movimento além desse.
— Não faço ideia. Mas duvido que o suficiente para repetir, se é isso que você está pensando.
— Sem condições — ela resmungou, soltando um suspiro esgotado. — Só queria saber se dá tempo de almoçar. Ainda não comi nada depois da aula.
— Nem eu — lembrei, rindo quando, parecendo adivinhar o teor da conversa, meu estômago resolveu roncar. E alto. — Ouviu só?
Bru ria junto comigo enquanto eu levantava, fazendo o percurso até a sala para conseguir juntar nossas roupas. E apenas quando peguei meu longo macacão, que estava no meio do corredor senti o volume da caixa que tinha guardado no bolso. Mas de início não falei nada, esperando Bella se vestir e fui tomar um banho, quando senti o cheiro de sexo impregnado demais no meu corpo. Apenas depois de me vestir fui para a cozinha, já com a pequena caixa azul nas mãos. Bru estava de costas para a entrada, mexendo algo numa panela no fogo e a abracei por trás, afastando seus cabelos do ombro.
— Por ser minha há um mês — murmurei, colocando a caixa azul à sua frente.
Ela parou o que fazia, girando o corpo para ficar de frente para mim, seu rosto numa clara expressão de surpresa.
— Como?
— Hoje faz um mês que estamos juntas — esclareci, abrindo um sorriso quando ela arregalou os olhos.
— Ah, meu Deus! Eu não... Eu não sabia. Quer dizer, eu não lembrava. Não comprei nada para você.
— Isso não é uma troca de presentes, Bru — tranquilizei-a, abraçando-a pela cintura com a mão livre. — Só estou te dando isso como uma forma de celebrar esse mês. Mas a minha escolha de celebração agora parece completamente insignificante depois da forma como você me recebeu quando cheguei e do que fizemos naquela cama. Se bem que você ter esquecido que hoje faz um mês que estamos juntas me magoou um pouco — falei de brincadeira, rindo quando ela entortou os lábios.
— Desculpe.
— Desculpo se você aceitar logo o presente antes de queimar nosso almoço, porque estou morrendo de fome.
Bru rapidamente ficou de costas mais uma vez, mexendo o conteúdo da panela antes de se voltar para mim e pegar a pequena caixa da minha mão.
— O que é?
— Abra e vai descobrir.
Mordi os lábios para evitar falar algo enquanto a via abrindo a caixa, revelando uma pequena pulseira prateada com diamantes. Estava nervosa por não saber se ela iria gostar ou não, porque raramente a via usando alguma joia, mas quando pus os olhos naquela pulseira no dia anterior quando saíra no horário do almoço para comprar seu presente, simplesmente achei-a perfeita. Era pequena e delicada, exatamente como aquela garota à minha frente.
Mas o que ouvi saindo da sua boca à seguir não foi um "obrigada, é linda" ou "o que deu em você?".
— Quanto foi isso? — Bru perguntou, apenas encarando a joia ainda dentro da caixa.
— É um presente, Bru. Não vou dizer quanto foi.
— Por favor, me diz que não é nada muito caro. Apenas isso — ela pediu, erguendo o olhar para me encarar.
— O que é caro?
— Se isso foi mais de duzentos dólares, é muito caro! — ela respondeu, franzindo o cenho quando ri.
— Você não reconhece a caixa?
— Deveria? — Bru perguntou, franzindo ainda mais o cenho.
— Não sei. Achei que todas as mulheres reconheceriam essa caixa de longe — falei apenas, dando de ombros, mas comecei a me sentir frustrada com sua reação, que não tinha sido nada do que eu esperava. — É um Bracelete LOVE da Cartier, Bru, então ela custou um pouco mais que duzentos dólares, sim.
— Quanto mais? — ela insistiu, não se dando por vencida.
— Não vou dizer.
— Menos de mil? — Bella arriscou.
— míseros R$ 82.500, que não me afetaram em nada — respondi por fim, soltando um suspiro cansada. — Será que você não pode apenas aceitar um presente meu sem fazer tantas perguntas?
— E será que você não entende que se eu usar algo feito em ouro rosa e cravejada em diamantes, estará errado? Eu não tenho dinheiro Ludmilla, e que se eu aparecer usando alguma coisa que custa mais do que eu ganho em um mês de monitoria as pessoas vão perguntar? Minha mãe vai perguntar. Meus amigos vão perguntar, porque eles sabem que eu nunca teria dinheiro para comprar algo assim.
Afastei-me dela, sentando à mesa e enterrei meu rosto nas mãos, respirando fundo algumas vezes. Ninguém falou nada e eu apenas ouvi quando Bru colocou a caixa em cima da mesa e voltou a atenção para o almoço, pouco depois colocando um prato à minha frente, mas a vontade de comer era quase nula.
— Eu gosto de dar presentes, Bru — murmurei apenas depois de um tempo, quando ela também já estava sentada à minha frente.
— Eu sei. E eu adorei — ela falou por fim. — A pulseira é linda. Mas será que você não poderia ter comprado algo mais barato? — Quando continuei encarando-a sem falar nada, apenas arqueando as sobrancelhas, Bru fez uma pequena careta, levando uma mão aos cabelos emaranhados. — Isso é barato para você, não é?
Não respondi àquela pergunta também, sabendo que isso poderia deixá-la mais irritada e levantei, dando a volta à ao seu lado e me abaixei até estar com o rosto na altura do seu.
— Eu gosto de você, está bem? Muito! O suficiente para talvez me fazer parar de comprar presentes se você quiser assim. Mas caso contrário, eu vou continuar fazendo isso. Eu vou continuar pensando em você quando estiver dentro de uma loja e vou continuar querendo te comprar algo quando encontrar qualquer coisa que me faça lembrar de você. E eu vou logo avisando que comprei o CD daquela cantora que você gosta, edição limitada com autógrafo, e só não trouxe hoje porque já tinha uma leve ideia de que íamos passar por essa situação.
— Ludmilla!
— Você já reparou que está estragando nossa celebração de um mês juntas? — falei num tom impaciente, levantando e voltei para o meu lugar, cruzando os braços enquanto a encarava com o olhar firme. — E começou tão bem.
— Desculpe — ela murmurou, mordendo o lábio inferior com tanta força que cheguei a pensar que sangraria. — Droga, eu sou uma idiota mesmo! Você veio tão atenciosa, lembrando de uma data que eu não fui capaz de lembrar e eu me comporto como uma total ingrata. Me desculpe, Ludmilla.
— Você vai aceitar o presente?
Em resposta, Bru apenas pegou a pulseira da caixa e estendeu na minha direção, deixando seu punho perto de mim como num pedido mudo para que eu colocasse a joia.
— Eu adorei — ela repetiu, abrindo um sorriso dessa vez. — Acho que posso dizer que ganhei de meu admirador secreto.
— Hum... Admirador, é?
— É, eu tenho um. Não sabia? — ela perguntou, abrindo um sorriso ainda maior quando franzi o cenho. — Ele só não é secreto para nós duas.
Sorri com suas palavras, me sentindo um pouco idiota por ter ficado com ciúmes, mesmo que por poucos segundos, quando deveria ter tanta certeza de que Bru era só minha.
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Olha o domingo fechando com chave de ouro ♥️ quero chuva de comentários 🙌🏾 fiquem de olho no perfil que teremos uma outra estória brumilla essa semana, quero vocês lá, hein🙏🏾
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